Gods and demigods
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Own Mission - MISTÉRIOS DO NILO [MISSÃO AUTORIZADA POR PHOBOS]

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Mensagem  Abel O. Drowsiness Ter Nov 06, 2012 4:55 pm

Own Mission - MISTÉRIOS DO NILO [MISSÃO AUTORIZADA POR PHOBOS] Nilotitulo

Era de manhã quando tudo aconteceu. O Sol estava apino e brilhava intensamente. Eu estava em meu quarto, mas algum dos meus irmãos havia deixado a cortina aberta, por isso sabia que a temperatura do luminar maior estava alta. forcei meus olhos a abrirem e me arrastei pra fora da minha cama macia. Odiava o fato de levantar enquanto ainda havia luz solar do lado de fora. Sabe, meu pai detesta a luz do dia, por isso se esconde nas profundezas do Hades, longe do Sol. Quando eu for mais velho e poderoso, vou pedir para meu pai levar-me com ele, mas enquanto não posso, continuo aqui com minha vida corriqueira: tomar banho, escovar os dentes, pentear o cabelo, colocar roupas descentes, almoçar, dentre outras coisas humanas.

Saí do meu chalé carregando minhas coisas para um treinamento, mas olha, não foi possível. Um sátiro lazarento trombou em mim. Uma chuva de papéis voou no céu. O hibrido me xingou de tudo quanto é nome, mas sou calmo até demais, então não liguei para as atrocidades vulgares na qual ele me chamou. Dei de ombros e o ajudei a recolher os documentos, cartas e desenhos. - Vai na paz - disse simpático antes que ele partisse para a casa grande. Cocei minha cabeça e segui meu caminho.

Eu estava chegando na arena quando notei um envelope preso no meu pé. Catei o papel, encostei-me na parede ao lado da arena e tirei do envelope uma carta datilografada com uns símbolos egípcios e uma letra rebuscada. A carta dizia o seguinte:

Own Mission - MISTÉRIOS DO NILO [MISSÃO AUTORIZADA POR PHOBOS] Nilo
Apos a leitura, tentei interpretar de forma sábia, o que aquelas palavras queriam dizer. Pelo o que entendi, o rio Nilo enviou uma carta ao acampamento pedindo ajuda. Soa estranho, mas eu li em meu quarto, num dos livros que meu pai nos deixou a disposição, que Okeano, o titã responsável pela correnteza e o vapor dos oceanos, é pai de todos os rios, que em grego são chamados de Potamoi. Logo sabendo-se disso, concluí que Nilo, o rio é filho de Okeano. Até ai plausível. O restante me doía um pouco a cabeça. O motivo? Bom, é que, esse filho de Poseidon, me cheira muito a um personagem bíblico.

Minha mãe, é muito religiosa e sempre me contava a história de um menino que foi salvo por uma manjedoura que flutuou nas águas do nilo até a filha do faraó. Esse menino foi criado para ser príncipe do Egito e governá-lo como tal. Porem, ele sabia que o povo dele, os Hebreus era escravos e, bom, ele resolveu os livrar a mando de Deus. Eu estou falando de Moisés, o único que feriu as águas do Nilo. E pela carta, ele foi um filho de Poseidon. Esse fato me doía a cabeça. Foi ai que notei uma sombra grande ao meu lado. Olhei de relance e me assustei. uardei a carta as pressas e sorri com cara de bobo, tipicamente de quando uma criança apronta e diz que não sabe de nada. - Gostou do que leu? - perguntou Quiron. desviei o olhar e fiquei em silêncio. O centauro trotou indo embora - Arrume suas coisas e vá para a colina ao entardecer! - disse ao partir.

Sorri vitorioso e corri para o chalé de Hipnos. Peguei minha mochila velha e coloquei dentro dela tudo o que achei necessário: Meu par de luvas, roupas extras, minha lira, alguns dracmas e um caderno de anotação. Tenebris, minha espada de ferro estígeo e ouro, iria guardada na bainha ao lado do meu corpo. Meu pijama de guerra iria por baixo da roupa. Fechei o zíper e coloquei a carta no bolso da calça. Me despedi de meus irmão Seth e Cain e corri para a colina. O centauro já estava me esperando. Senti sua impaciência, pois minha empatia estava no modo “funcionando”. Não sabia o motivo, mas me deixou preocupado.

Quiron me entregou duas pastilhas sabor menta e me advertiu – Olha, você vai diretamente pro Egito. Basta mastigar uma dessas balas. Para voltar para o acampamento, faça o mesmo com a outra. – Assenti e guardei a outra bala no bolso da mochila. Aguardei mais instruções, mas o hibrido entre homem e cavalo apenas me observou durante um tempo. Dei um longo bocejo e cocei meus olhos – Cuidado com os dez do Nilo... – comentou aflito. Tremi na base, mas aguentei firme o tranco. Pra quem teve que lutar com Brontes e Asclepios, qualquer outro oponente é fichinha. O centauro se foi e eu mastiguei a bala.

Quando dei por mim, eu estava no meio de uma feira de tapetes. Mulheres aos berros, puxando tecidos e conferindo metros de pano. Todas elas vestindo túnicas coloridas e artigos de ouro. Dei um passo atrás e esbarrei num pessoal que estava transportando umas galinhas pretas. Eles falaram algum dialeto estranho, eu nem entendi, mas supus que fosse um xingamento cabeludo. Balancei a cabeça e comecei a procurar pistas e perguntar sobre a localização do rio Nilo. Mas ninguém entendia o que eu dizia. Acabei enlouquecendo. Até que vi uma pessoa coberta toda encapuzada me chamando num beco escuro.

Fiquei na dúvida se seguia o indivíduo, mas poderia ser uma pista. De qualquer maneira se fosse um monstro eu sairia vitorioso. Desviei das pessoas que estavam no meu caminho, chegando até o beco. A pessoa não estava mais lá, porem no fim do corredor havia uma porta aberta. Caminhei devagar pelo corredor, sentindo minha respiração falhar, mas segui firme até o estabelecimento. Toquei a maçaneta e terminei de abrir. O lugar tinha um cheiro de mofo forte e poeira acumulada no chão. Fiquei arredio de entrar, mas fechei a porta atrás de mim.

Acasa era escura, mas podia sentir uma presença com instinto assassino ali dentro. Com certeza eu estava numa roubada. Ouvi um riso profundo. Parecia um homem, e um suspiro feminino – Tem alguém ai? – perguntei com um nó na garganta. – Preciso chegar ao rio Nilo... – continuei. No mesmo instante ouvi um grito seco e uma onda de poeira me acertou. A poeira fazia um barulho estranho, tipo um “bzzzzzz”. Notei que aquilo não se tratava de poeira e sim moscas me circundando. Debati-me, tentando afasta-las, mas nada ocorreu. Controlei meu estado mental, a fim de conter a minha ira e esclarecer minha mente. Soltei um bocejo longo e as moscas caíram sonolentas no chão. Senti um vulto me agarrar pelo ombro e me prender na parede. Reprimi um urro de dor. A mão grande estava esmagando os ossos do meu ombro. Pude sentir um hálito acético invadir minhas narinas. Quase desmaie. A coisa estava bufando bem diante de mim. Não conseguia ver, pois a sala estava escura, mas sabia que não ia gostar nada de ver a criatura em cores.

Peguei Tenebris com cuidado e, como a mão do mostro estava parada em meu ombro, usei a intangibilidade do meu corpo e atravessei o corpo da criatura. Não pude ver, então desferi um golpe transversal no nada, porem não escutei urro algum, logo supus que havia errado o golpe. Eu tentava tatear a porta por onde entrei, mas não pude encontrar a maçaneta. Senti o ar se deslocar e um grande impacto me jogou contra um pedaço de madeira. Vi a luz do Sol e meu corpo desmoronar no pó da viela. Eu havia arrombado a porta. Minhas costas doíam, mas eu estava bem. A criatura que estava tentando me matar, havia saído de seu covil. Um homem alto, músculos gigantes, pele morena, cabelos negros, olhos tão castanhos que se tornavam vermelhos no Sol. Ele vestia um par de luvas que lhe deixava com a mão parecendo com garras de falcão, por isso senti tanta dor. Meu oponente mal falava; ele apenas bufava, como se a comunicação não fosse mais necessária.

Rapidamente levantei-me e agarrei Tenebris. O homem musculoso veio ao meu encontro com as garras estendidas. Desviei por um tris. Suas mãos destruíram uma parede de tijolos de barro. A poeira levantou-se e uma nuvem de detritos embaçou meus olhos. Mantive-me calmo, mas o desespero dava-me um nó nas entranhas. Eu não podia morrer aqui. Vi uma sombra se aproximando. Rolei para trás, empunhei minha espada negra-dourada e cortei no limite da sombra. Novamente escutei o "bzzzzzzzzz". A poeira abaixou-se e olhei bobo. O que eu tinha confundido com a sombra do meu oponente, nada mais era que moscas imitando a silhueta do meu inimigo. Arregalei os olhos de forma confusa e senti uma presença detrás de mim. Não deu tempo de desviar. Eu já estava cravado a dois ou três centímetros da parede do beco. Senti meu ombro dolorido, mas reergui-me. -Quem é você? - perguntei. Porem não obtive resposta.

Girei minha espada e aguardei o momento certo para atacá-lo. Um golpe reto e direto em seu estômago. O grandalhão era rápido e num golpe preciso com o dorso de sua mão desviou a lâmina da minha espada. Ouvi o tilintar de metal raspando contra outra base férrea, juntamente com faíscas. A luva do garoto era feita de algum metal. Olhei sofrido, não sabia o que fazer. Tentei um bocejo, mas o garoto urrou no mesmo momento. O pó pareceu ganhar vida e uma onda de impacto feita de moscas vivas e vibrantes me chocou novamente contra a parede de tijolo. O grandalhão apareceu diante de mim novamente e gravou as garras na parede, ao lado do meu rosto. Suei frio e temi pela minha vida. As moscas revoavam ao nosso redor e aquele "bzzzzzz" infernal me deixava louco - A Tornozeleira! - gritou uma voz feminina. Corri meus olhos pela paisagem e vi a mesma pessoa encapuzada que havia me atraído até esse lugar. Olhei para baixo e vi que o grandalhão tinha uma tornozeleira de prata, com uma bijuteria também dourada, com uma pedra laranja esculpida num formato de mosca, ou algo parecido. Arregalei os olhos, o monstro musculoso rugiu, as moscas voaram em debandada e num único golpe arranquei o adorno. na mesma hora os insetos se derreteram em pó e o homem que me atacava explodiu numa montanha de areia. Deslzei pelo muro de tijolos, até sentar-me no chão. Eu estava aliviado, por exemplo, eu não morri né?!

Peguei o item que estava coberto de pó e admirei o artefato. A garota encapuzada caminhou tímida até mim, agachou-se e descobriu seu rosto. Ela tinha o mesmo tom de pele do homem que havia acabado de "morrer", olhos igualmente vermelhos e cabelos negros como a noite. Cabelos lisos compridos e uma franjinha. Seu rosto era jovial, não deveria ter mais do que dezesseis anos. Uma de suas madeixas era presa numa presilha dourada com um pingente num formato de gota, com uma pedra vermelha, no mesmo formato. Ela sorriu de forma simpática e eu, muito educado respondi ao sorriso - Meu nome é Kandaki... Você deve ser o enviado do acampamento né? Seja bem vindo ao Egito. - disse ela. Apresentei-me e perguntei a ela o que significava toda aquela recepção. Ela tomou minha mão e me levou para um lugar mais reservado.

Estávamos num poço artesanal. Os camelos tomavam água numa fonte, na qual as mulheres os davam de beber. Havia aluns homens armados, mas nada que fosse realmente muito sério. Minha empatia acusava de que a garota estava feliz em me ver, mas no mesmo tanto aflita por mim. Kandaki suspirou e começou seu discurso. Ela me dissera que há muito tempo atrás, um filho das águas feriu o povo egípcio com 10 pragas vindas da mão do onipotente. Porem essas pragas não foram embora, elas foram mantidas pelo povo egípcio até os dias de hoje. - Mas como isso é possível? - perguntei sonolento. A garoto ficou pensativa, mas logo continuou. Parece que Hefesto fez uma visita ao povo egípcio e lhes ofereceu uma chance de vingança contra o povo hebreu. O deus das forjas criou 10 artefatos, entre anéis, colares e presilhas. Cada um contendo o poder de uma das 10 pragas lançadas por Moisés. Na época, havia sete líderes para reconstruir o império egípcio, ou seja, eles tinham filhos, exatamente dez herdeiros ao trono. Eu estava achando tudo muito confuso, mas prestei atenção no restante da história. Os novos líderes usaram seus filhos como receptáculos para as pragas, como uma possessão. Porem não deu muito certo. A maior parte dos receptáculos vivos enlouqueceram com o poder e, acabaram destruindo novamente o Egito e parte dos povos que rodeavam as terras egípcias. Os lideres foram obrigados a pedir novamente a intervenção dos deuses. Porem estes viraram as costas. Hermes, a mando de Atena, avisou os lideres depois de anos, que havia um modo de deter os receptáculos. - E como se faz isso? - perguntei entediado, num longo e suspirante bocejo. A garota me olhou cabisbaixa. Tirou um saco de pano do bolso e me entregou. Desatei o nó que fechava o saco e despejei o conteúdo em minhas mãos. Fiquei surpreso; havia cinco jóias bem parecidas com a que eu havia acabado de conquistar - Arrancando esses artefatos do corpo do possesso! - Ela ainda acrescentou que havia mais quatro espalhados por ai. Suspirei, mas enfim, que a caçada comece.

Own Mission - MISTÉRIOS DO NILO [MISSÃO AUTORIZADA POR PHOBOS] Nilobiju2
Eu não sabia por ponde procurar, entretanto a garota se propôs a me ajudar na missão. Eu ainda não sabia quem ela era, mas fiquei com receio de perguntar. Talvez ela seja filha de Atena, pelo fato de saber tanta coisa a respeito. Mas enfim, Pelo o que eu entendi os usuários das joias, se tornaram imortais e só morrem quando esses acessórios são retirados de seus corpos. O incrível foi ver que havia uma joia em formato de caveira, roxa como o ametista. Achei estranho, como o receptáculo contendo a praga da morte dos primogênitos morreu? Bom, nem quero saber, só pelo fato de não precisar lutra contra ele, já me é de grande valia.

Seguimos rumo ao Nilo. Kandaki dissera que meus oponentes pareceriam a medida que chegasse perto da morada do Potamoi. Assenti e a segui em silencio. Vesti minhas luvas, pois vai que acontece algo. Pela caminhada, a garota informou-me que ela conseguiu as pedras preciosas com um outro receptáculo, amigo dela. Ele, o amigo da garota, era irmão do moscão, que eu havia acabado de morrer e daquele que carregava a praga do piolho. Cekirge, o gafanhoto, estava cansado de viver e retirou sua própria bijuteria, confiando a missão à menina. Qual a missão? Livrar o povo egípcio das pragas antigas que vem amaldiçoando o povo. Não sei como ele tinha tantos artefatos, mas agradeci aos deuses por não ter que combater tantos outros oponentes assim. Fizemos uma pausa, eu precisava descansar. Nos hospedamos ao lado de uma feira de artesanatos. Havia de tudo: Canecas de barro, jarras, esculturas de argila, deuses feitos de mármore, roupas costuradas com couro animal e muitos outros artigos interessantes, mas nenhum acessório correspondente ao que eu queria, ou seja, uma bijuteria amaldiçoada. Por fim, a noite veio e me dei ao luxo de tirar um cochilo. Não tive sonho algum.

Pela manhã, Kandaki havia me trazido o café. Nada muito requintado. Leite de camela, uma iguaria local e algo parecido com biscoito. Não reclamei, foi ótimo engolir algo para variar. Partimos de onde estávamos, passando por um vilarejo destruído. havia partes congeladas, algumas telhas carbonizadas e o céu estava escurecendo, com sinais de chuva. Achei estranho, mas continuamos. Mais a frente, parte do gado estava morto, e alguns outros animais estavam abatidos ao longo de uma estrada. Havia sinais de luta. Não sei o que houve, mas a coisa foi séria.

A garota estava ficando aflita com o que estava acontecendo. No mesmo momento em que fui acudi-la, sabe, perguntar o que estava acontecendo; um raio luminoso irrompeu os céus bem diante de mim. Eu me joguei sobre a garota, tentando protege-la. Uma gargalhada ecoa pelos céus escuros e de um tornado, surge um garoto. Seus olhos eram vermelhos como os de Kandaki, mesmo tom de pele, cabelos negros lisos. Seu sorriso esbanjava superioridade e seu olhar era mortal. Ele tinha um anel, num formato de cabeça de touro e em sua orelha direita, pendia algo como um meteoro, ou qualquer coisa semelhante. - Cuidado com ele, Abel.... Este é Selam Sala, a saraiva! - Antes que ela pudesse continuar, uma lufada de vento a arrastou pra longe. Seu corpo bateu num resto de construção e acabou desmaiando. - Garota estúpida! - exclamou meu novo oponente. Tomei Tenebris nas mãos e aguardei qualquer sinal de perigo. Os olhos dele mudaram de cor, como se nuvens de tempestade se formassem no fundo de seu globo ocular. As nuvens acima de mim, ficaram negras e carregadas de eletricidade. Uma risada maléfica tomou posse do ambiente e uma centena de descargas elétricas correu de cima a baixo, diretamente em minha direção. Escapei da maioria, mas levei algumas alfinetadas elétricas. Meu corpo paralisou por completo. Não conseguia dar um passo a mais.

O homem alto e viril caminhou em minha direção. Me mediu com os olhos e tocou meu rosto com sua mão direita. Senti minha pele queimar. A destra dele era quente como um fogo. - Faz centenas de anos que não vejo um semideus.... - disse me olhando com malícia. Tentei escapar, ou mesmo falar algo, mas nada ocorreu. O receptáculo me tocou com a outra mão, e na mesma hora pude sentir um frio tremendo subir pela minha espinha. Minha pele arrepiou-se - Vamos fazer um combinado.... Eu te deixo ir, se você me der essas pedrinhas que você tem ai... o que acha? - fez a proposta. A eletricidade se foi e eu caí no chão ofegando, lutando para respirar. Segurei forte o saco, e guardei na minha mochila. Joguei a mala perto da garota adormecida. Eu iria completar essa missão, mesmo que custe minha vida. Girei minha espada e sorri confiante. - Não vou te dar nada! - exclamei. Espero que meu pai me dê forças e me ajude com algum milagre. Suei frio, mas eu estava com calor. O moço riu-se, me chamou de tolo e de suas mãos surgiram duas espadas. Uma feita de gelo e outra forjada de fogo. Engoli seco; quando você acha que não pode piorar, bom, piora e, piora em níveis desproporcionais. Mantive minha mente calma e aguardei os... OPS! ele já está bem na minha frente! Como ele é rápido. Mal deu tempo de defender. Por sorte meu pijama de guerra estava por baixo. O ativei e minha armadura reluzente defendeu meu corpo de um ataque direto e sem resistência. Dei um passo atrás e girei minha lâmina num circulo lateral, dei um passo firme a frente e com tudo, desci o braço de cima a baixo em Selam Sala. Ele defendeu com a espada de fogo. Minha espada ficou quente no mesmo ato. Entretanto não soltei a bainha. O moço girou o corpo para a esquerda e notei uma onda de ar frio acertando meu rosto. Soquei a parte plana da espada com meu antebraço, afastando a lâmina dele para longe do meu corpo. Uma péssima ideia: A pele que entrou em contato, começou a ficar azul e a arder muito. Dei um passo a frente, corri os olhos pelo corpo de meu oponente e encontrei uma brecha. Bem abaixo de seu pescoço, uns dez centímetros mais ou menos. Seu peito estava livre. Avancei num acorrida certa, encaixando meu ombro no local desejado. O arratei por uns bons metros. Ele perdei o equilíbrio, foi ai que estiquei minha mão para arrancar o brinco de sua orelha. - MALDITO! - Ele exclamou e o céu iluminou-se. Um trovão desceu dos céus, separando meu corpo do dele.

Senti a adrenalina correr pelo meu corpo. Seria um desafio tremendo lutar contra esse cara, mas uma experiencia fantástica se eu acabar vencendo. Meu oponente estralou o pescoço e me olhou com fúria. Ele mexeu os lábios e pude entender claramente as palavras que ele queria dizer "eu vou te matar". Tremi na base, mas sorri para o desafio. Parti ao seu encontro e Selam fez o mesmo. Travamos nossas lâminas, ele sorriu e com a espada de gelo tentou o mesmo golpe, porem dessa vez eu não percebi e levei um chute bem dado no meio do meu peito. Cuspi sangue e perdi o fôlego. Eu estava desorientado. Foi ai que notei a lâmina dele entrando em minha coxa como se fosse manteiga. A espada era quente, senti meu músculo desnaturar.Gritei de dor. Meus olhos lacrimejaram e meu coração falhou. Eu estava certo de que Sala iria cortar a minha cabeça. Eu morreria ali mesmo se não fosse uma revoada de grous que estava passando por ali. Assoviei, usando minhas ultimas energias. A debandada deu meia volta no céu e mergulhou de encontro com o senhor Saraiva. Ele se distraiu. Essa foi minha deixa para tentar me recuperar, ganhar tempo e essas coisas mais. Selam Sala saiu ferido, mas acabou matando minhas preciosas aves. Fiquei sentido, mas elas me deram a chance de continuar nessa batalha. Juro pelo meu pai que vou vingar esses pássaros, ou não me chamo Abel Otto Drowsiness. Aproveitei que ele estava distraído, levantei e lhe dei um empurrão. Ele tropeçou, corri minha lâmina pela lateral do meu corpo e arranquei sua mão fora. Ele urrou de dor e se afastou de mim. Peguei a mão e tirei o anel. Pronto tudo estava terminado. Ouvi uma risada maléfica, gutural. O céu trovejou - Tolinho, esse anel nem é meu, é de um imbecil que não quis se juntar a mim e a meu irmão! - Ok, eu estava com medo agora. Com esse anel, eu tinha sete artefatos, faltando somente mais três para completar essa missão. Selam Sala era um, seu irmão também. Só me faltaria encontrar mais uma pessoa e minha missão estaria pronta.

O egípcio levantou-se, se vangloriando de minha derrota. A mão dele se regenerou, numa nova mão esquerda. Ele juntou as espadas e num clarão transformou as duas partes numa espada composta. Uma haste de ferro, com duas pontas longas. Uma ardia como fogo e a outra era fria como o gelo. Ele olhou-me vitorioso - Essa é a lança "Ates ve Buz", a lança da saraiva! - assustei-me, mas eu não podia desistir agora. Faltava tão pouco. Certamente ele devia ter algum ponto fraco. Mas qual? Onde será que... Já sei, quem sabe se eu o distrair, deixando-o sonolento. Apesar de ser um receptáculo de poder, imortal e tudo o mais, certamente ele é humano e sente sono. Segurei minha espada com firmeza. Selam Sala correu até mim, girando a lança, que agora era um misto de fogo e gelo. Desviei de um corte pela direita, e abaixei-me de um segundo contra-ataque. Deslizei meu corpo pelo dele e dei um longo bocejo bem na sua cara. Desviei de uma cabeçada. Segurei seu braço esquerdo, e dei outra bafejada sonolenta em suas narinas. Recebi um encontrão da lamina de sua lança no peito, mas minha armadura foi o suficiente para me defender. Apesar da temperatura ter subido consideravelmente, eu consegui me manter firme no meu objetivo. trancei as pernas nas dele e senti sua moleza chegar. Sorri e bocejei novamente. - O que você acha que está fazendo Moleque?! - exclamou. Fugi de um golpe certo, mas a ponta gélida de sua lança entrou fundo em meu bíceps. Segurei um gemido surdo. O egípcio deu uma risada. Sorri de volta. Ele olhou de canto e viu minha mão em sua orelha - NÃAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!! - o céu iluminou-se com um relâmpago e Selam desmoronou num rio de poeira. Consegui o brinco. Desmaiei.

Own Mission - MISTÉRIOS DO NILO [MISSÃO AUTORIZADA POR PHOBOS] Nilobiju3
Não sei quanto tempo se passou, mas estava super escuro do lado de fora da casa em que eu estava. Kandaki estava cuidando dos meus ferimentos. Senti uma dor, mas não aquela ardência de antes. Ao lado da minha cama, havia várias bacias com água vermelha. Carmesim e na mesma viscosidade de sangue. Supus que era meu. Porem pela quantidade que havia ali, era para eu ter morrido seco. Ri com o pensamento e sentei-me. A presilha da menina era muito bonita, e combinava com seu rosto feminino. - Quanto tempo eu fiquei... - antes que eu pudesse terminar, a garota dissera-me que eu havia apagado por um dia. Perguntei as horas e ela disse que era dez horas da manhã -Mas tá escuro desse jeito? - perguntei confuso. A garota olhou o céu e me respondeu com pesar - Karanlik, as trevas... teu ultimo desafio - uma lágrima avermelhada rolou de seus olhos. Coloquei-me a pensar. Meu ultimo desafio... Mas ainda faltava mais um fora esse tal de Karanlik. Olhei em volta vi as bacias com sangue, olhei a garota e caiu a ficha. Soltei um suspiro e balbuciei algo. O rio em sangue. A garota saiu pela porta e eu corri atrás dela, levando minhas coisas.

Estava tão escuro que não podia ver um palmo a minha frente. Corri cego, mas pude escutar um barulho corrente de um fluxo poderoso de rio. "Nilo" pensei comigo. Continuei correndo, gritando pelo nome da garota. Chegando nas margens do rio, vi claramente as águas correndo. Porem onde eu estava, continuava escuro. Um lado iluminado e outro totalmente negro. Seria esse o poder de Karanlik? Não sei, mas vou descobrir. Toquei nas margens do rio Nilo e clamei pelo Potamoi. Um jato imenso de água me inundou, transportando-me para o lado iluminado do rio. Um homem com uma túnica verde, e um cinto dourado surgiu de pé nas águas. Ao seu lado estava a garota de pele morena. - Então você é o campista que mandaram... impressionante - A voz do rio era borbulhante e poderosa. Assenti. Ele se aproximou de mim e explicou-me que sua serva, a tal garota, havia usado seu domínio sobre o sangue em suas águas, para que ele, Nilo, mandasse uma carta ao acampamento, pois ela estava cansada dessa maldição que assolava teu precioso povo egípcio. Não pude deixar de entende-la. Meu laço empático estava me avisando sobre uma angustia, uma dor cravada no peito da garota. Senti-me triste na mesma hora - Por que você não me avisou que era um receptáculo? - perguntei. Antes que ela pudesse me responder, uma mão negra do outro lado da margem, tomou a garota. Escutei um berro e novamente silencio. Nilo pediu-me ajuda. Eu novamente assenti e fui jogado novamente no breu da outra margem.

Estava muito escuro e eu não tinha nada para iluminar, se pelo menos eu tivesse pego a lança daquele cara, eu poderia iluminar essa bagaça. Andei a deriva por alguns minutos, sem rumo, guiado pelos meus instintos falhos. Ouvi um sussurro no pé do ouvido, uma lamentação em meu coração. Algo me dizia que eu nunca mais encontraria Kandaki novamente. Senti um empurrão vindo das costas, outro pelos ombros e, a cada empurrão a intensidade aumentava. Uma hora cansei e deslizei minha espada na escuridão, mas nada acertei. Fiquei aflito. Um medo repentino subiu-me, me deixando paralisado dos pés a cabeça. Uma voz horripilante ecoou em meus ouvidos – Com medo do escuro, grego? - Arregalei os olhos, mas continuava não enxergando nada. Não podia entregar meus medos a esse ultimo inimigo. - Não tenho medo do escuro! - disse forme. O vulto escondido soltou uma risada seca. Senti um tapa ardido em meu rosto. Foi tão forte que senti a carne da minha bochecha espirrar gotículas de sangue. Coloquei a mão no rosto e ele estava quente. Uma joelhada na boca do estomago veio logo em seguida. Ajoelhei em algo que me lembrava grama. Vomitei saliva e sangue. Voltei a escutar os gritos de Kandaki, a unica coisa que me dava esperança para ganhar essa batalha. Segurei minha espada com vontade e evoquei os poderes ocultos da mesma. Senti uma áurea me dominar, e por um momento consegui sentir empaticamente a presença do meu oponente. Ergui minha espada e num golpe seco, com a parte plana da espada acerto algo. Escuto um "Ai" e a escuridão cessa. A mais ou menos três metros de distancia, se encontrava um cara de cabelos compridos, lisos e negros. Pele morena e olhos castanho avermelhados. Ele tinha um manto arroxeado e um broche parecendo um eclipse, segurando uma das pontas de seu manto. Ele estava com o rosto parecendo um pimentão e sangue escorria de seu nariz. Ele ficou irado. Asas iguais a de morcego surgiram de suas costas. Seus olhos ficaram vermelhos como rubis e as tatuagens de seu corpo brilhavam como neon. As unhas de suas mãos cresceram e, pareciam tão afiadas quanto o fio de uma navalha - Sinta as fúria das trevas, seu grego imundo! - gritou e as sombras ao seu redor saiam do chão como espinhos, correndo até minha presença.

Eu não tinha escapatória. As lanças negras iriam me perfurar e eu não tinha pra onde ir, a não ser aceitar a morte eminente. Orei ao meu pai, pedindo livramento. Ouvi a voz do rio e uma onda doce me deslocou rapidamente para a esquerda. Vi as agulhas negras romperem o solo e dei graças aos deuses por estar salvo e vivo. Não conseguiria chegar perto do imortal, mas eu precisava arrancar o broche que ele tinha ali. Corri os olhos pela paisagem, tentando pensar em algo plausível, mas minha mente não me deixava pensar em nada. Olhei de relance e vi a menina pular em cima de Karanlik. Ela me jogou algo. - Usa isso Abel! Acerta a gente! Vai logo! - gritou a garota. Peguei o item e meu rosto iluminou-se. Era a lança de Selam. Qual era mesmo o nome? "Ates ve Buz". Segurei o cabo e sentir um enorme poder correr dentro de mim. Parecia que me consumia por dentro. Um poder quente e ao mesmo tempo frio. Como se o inverno e o verão coexistissem juntos. Girei a lança e corri até os dois. Fechei os olhos e aguardei um milagre. Escutei um grito agudo a lança havia perfurado o peito dos dois. A garota mesmo imortal sentia uma enorme dor, mas não largava o outro cara de maneira alguma. Cheguei perto dos dois, mas o monstro feito de trevas segurou-me pelo pescoço. Com a outra mão, ele pegou a menina pelos cabelos e a jogou no chão - Menina tola! - ele disse e arrancou de seus cabelos sua presilha. Senti angustia nos olhos da menina e.... puff ela se desfez em pó. Me senti impotente, mas a minha impotência nada podia fazer contra a força das trevas. Lagrimas se formaram nos meus olhos e meu coração falhou. Nada saiu de minha garganta, pois eu mal podia respirar. O monstro puxou meu corpo para perto do seu - Que isso sirva de exemplo para todos vocês filhos dos deuses! Ninguém poderá deter o poder das pragas do Egito! Seja homem, criatura, espírito e.... - ele parou, olhou para baixo e viu minha mão enroscando em seu broche. Ele olhou-me seco. Apertou meu pescoço com força e - MISERÁVEL!!!!- ele havia morrido para todo o sempre. Colhi os dois artefatos e juntei-os no saquinho, junto com os outros. Minha missão estava completa.

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Eu estava triste, nem tive tempo de me despedir de Kan (Apelidei-a em secreto). O Egito estava livre da maldição e eu poderia voltar pra casa. Nilo me consolou, mas seus ombros não foram fartos o suficiente para acalmar minha fragilidade humana. Antes de partir, o Potamoi deu-me de presente a lança da saraiva, dizendo que era uma lembrança da missão. A lembrança que eu queria, era novamente poder ver o rosto feliz da minha companheira. Mesmo não a conhecendo muito bem, sei que sua morte era inevitável. Bati no peito, ergui a cabeça. Pelo menos consegui completar seu desejo. Coloquei a bala na boca e num piscar de olhos voltei ao acampamento.

Entreguei as coisas para Quiron, os artefatos claro. Ele me retribuiu com om sorriso e um saco de dracmas. Fiz uma reverencia formal e voltei ao meu chalé. Precisava dormir durante uma semana toda e tentar não ter pesadelos ao ver Kandaki virando pó por toda a eternidade.

FIM

HP e MP:

Armas:

PODERES PASSIVOS:

PODERES ATIVOS:

ITEM GANHO, SE POSSÍVEL:


Abel O. Drowsiness
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