Gods and demigods
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Mensagem  Kjartan Hólm Sex Jun 20, 2014 2:54 pm

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Kjartan Jónsi Sigurðardóttir Hólm.
Nome Kjartan Jónsi Sigurðardóttir Hólm.
Idade16 anos.
ProgenitorHefesto.
MotivoKjartan nunca se deu bem com coisas vivas; sempre preferiu criar sua própria companhia a partir de uma pilha de peças. Foi criado numa oficina e, posteriormente, crescera invadindo um ferro velho para se distrair com o que poderia produzir ali. Além disso, mesmo nascido em um lugar muito ao norte, Kjarri nunca sentia demasiado frio. Era habituado ao calor de fogueiras e lareiras, passando muito de seu tempo ao redor delas.
Progenitor mortalVígdis Sigurðardóttir Hólm foi uma mulher engenhosa. De baixo nascimento, passou por todo tipo de provação que a vida podia oferecer. Sua memória mais antiga já era do abrigo de crianças, e só foi adotada aos 13 anos por um casal de moças francesas. Sua relação com as mães sempre foi muito conturbada, mas as três se amavam, apesar de tudo. Saiu de casa, de volta à Islândia, aos 20 anos, procurando por novas oportunidades. Mas a vida lhe foi cruel. Não pôde terminar de cursar a faculdade de engenharia; expulsaram-na por "comportamento inapropriado". Acabou por juntar dinheiro suficiente para abrir sua própria oficina, que vinha sendo suficiente para lhe sustentar até descobrir sua gravidez. Sua vizinha não era das mais amigáveis e, mais uma vez, Vígdis precisou vencer muitas barreiras para continuar a viver. Nos primeiros anos de vida, seu filho era só prejuízo. A criança cresceu e a pôde ajudar na oficina, mas o orçamento ainda era curto para sustentar ambos. Precisou de ajuda do governo e, mais tarde, de dinheiro "emprestado". Não vindo das melhores fontes, não conseguiu pagar tudo que devia nos prazos estabelecidos, o que levou à sua morte, quando Kjartan tinha apenas oito anos. Ele foi morar com as avós, enquanto mantinha a lembrança de uma mãe guerreira em mente.
Defeitos e qualidades Tem, no peitoral direito, uma marca feita à fogo, das que se usam para identificar cavalos, feita pelos jovens que o espancavam e ridicularizavam durante a infância. A marca é um ômega, seguido pelo número vinte e um (Ω21).
Tem a mania de lamber os lábios e bagunçar cabelos (tanto o dele quanto os de outros), e é um tanto quanto grosseiro sem perceber. É canhoto.

Cidade natal e atualNascido em Reykjavík, Islândia, onde foi criado até os 8 anos de idade. Então se mudou com as avós para Lyon, na França, até ser levado ao Acampamento Meio-Sangue por seu sátiro, Motley.
HabilidadeAcrobacias.
História Kjartan terminou a prova, entregou-a à professora e saiu da sala de aula com a mochila nas costas. Das janelas no corredor pôde ver que o sol já se punha no horizonte do campus, já passava da hora de voltar para casa. Aquele era o primeiro feriado prolongado do semestre, poderia voltar para Lyon encontrar suas avós das quais tanto sentia saudade.
Suspirou e caminhou silenciosamente pelos corredores vazios até seu quarto no edifício ao lado. Seu colega de quarto e único amigo no campus, Audrey, ainda estava fazendo a prova. Ele era bem mais velho que Kjartan, como todos os outros estudantes dali. Kjartan tinha apenas 16 anos, enquanto o resto dos estudantes era maior de 21. Isso porque ele era uma "criança prodígio" e entrara na faculdade de engenharia mecânica aos seus 15 anos.
Juntou suas coisas nas mochilas e saía do quarto quando pensou ter ouvido um balido esganiçado. Olhou em volta, mas não havia ninguém no corredor, então continuou andando. Mais cinco passos e ouviu claramente o som de vidro se despedaçando bruscamente e o trotar de cascos em sua direção. Olhou para trás e a cena que viu o deixou sem reação.
Motley, o gordo faxineiro do campus, corria em sua direção com uma escopeta na mão. Não usava seu uniforme, mas uma camisa preta de uma banda que nunca ouvira falar manchada de pizza, e tinha chifres na cabeça, bem como as perna de um burro. Gritou que Kjartan corresse, mas o jovem estava muito atordoado para se mexer. Atrás de Motley, dois cachorros muito grandes, fortes e negros, com os olhos de um vermelho vivo corriam em sua direção.
Motley empurrou Kjartan, dizendo-lhe que era um inútil, e virou-se para os cães. Seu primeiro tiro acertou um deles, que se desfez em pó dourado, mas o segundo passou longe e as balas se esgotaram. Motley puxou o menino pela camisa e eles saíram correndo do prédio.
Eles precisaram derrubar várias estantes de livro quando passaram pela biblioteca para retardar o cão e pularam pela janela para a grama do lado de fora. Kjartan queria entender o que estava acontecendo, mas Motley apenas gritava "corra!", e aquela não era a melhor hora para questionar isso.
Correram até o estacionamento, onde Motley se jogou dentro de um mustang vermelho de 1964. Kjarri parou para recuperar o ar, mas o faxineiro buzinou e gritou para que entrasse no carro.
— Ande logo, criança! O que está esperando? — Esbravejou ele.
O jovem entrou pro banco traseiro do carro e Motley arrancou para a estrada com toda a velocidade que podia. Depois de alguns minutos, ele conseguiu se recuperar e encarava incrédulo o homem que dirigia afobado.
— O que, pelos sete infernos, acaba de acontecer? E por que você tem os quadris de uma vaca?
Motley riu alto e jogou a escopeta para o garoto.
— Vai querer carregar isso. Podem vir mais deles atrás de você.
— Atrás de mim? De que merda você está falando? Eu sou só um estudante normal. — Sua fala provocara mais uma vez o riso do homem-vaca. — O que é tão engraçado?
— Você pode ser qualquer coisa, criança, mas normal está longe de ser uma delas. Agora — Ele jogou uma caixa de balas para o banco de trás —, queira carregar esta arma enquanto eu lhe conto uma história.
Relutante, Kjartan obedeceu, tirando de dentro da caixa a munição incomum para a arma. As balas cintilavam contra a luz mais que o comum, eram feitas de bronze e um tanto mais pesadas e ele tinha a impressão de isso não ser por acaso, mas decidiu não que questionar isso poderia ser perda de tempo. De qualquer forma, carregava a arma enquanto seu motorista começou a falar.
— É o seguinte, criança. Você já conheceu seus pais?
O garoto comprimiu os lábios, pego de surpresa pela pergunta e a tristeza que ela trazia.
— Apenas minha mãe — disse, num quase murmúrio —, mas ela está morta.
— Sim, sim, meus pêsames. — Motley disse e fez uma curva tão brusca que quase voou pela janela — Mas eu trago notícias, se são boas ou ruins cabe a você decidir. Seu pai ainda vive. E, ah, como vive. Provavelmente está festejando no Olimpo enquanto eu tenho de salvar a cria dele.
— Meu pai, no Monte Olimpo? Motley, eu acho que o senhor vem exagerando nos remédios pra dormir.
Uma outra curva feita à pressas fê-lo derrubar a escopeta e o homem mais velho prosseguiu.
— Eu não preciso de remédios, criança. De qualquer forma, todas as histórias que os gregos contavam em seus poemas épicos eram reais. Deuses existem. E monstros também, pode ter certeza. De vez em quando, e mais vezes do que os sátiros gostariam, os deuses vêm ao mundo humano e fazem filhos. Você é um deles, um semideus. Isso significa que tem o sangue divino, então é o jantar preferido de aberrações como os cães infernais lá atrás.
— Se a verdade são os mitos gregos, por que os cães se chamam infernais? Não existe um inferno, certo? É o Hades, o mundo inferior.
— Não faça perguntas difíceis e desnecessárias, criança.
— Você é uma vaca burra.
O carro deu um solavanco que o arrancou do banco. Ele se endireitou e pegou a arma de volta.
— Eu não sou uma vaca. Sou metade bode.
— Isso é melhor?
— Cale-se, criança, ou eu facilitarei o trabalho dos monstros que querem seu sangue.
— Pra onde está me levando?
— No momento, para o aeroporto. — Kjartan estremeceu ao ouvir essa palavra. — E então para o Acampamento Meio-Sangue. Vai estar seguro lá, e será treinado para que eu não precise salvar sua pele o tempo inteiro.
— Você acredita mesmo no que está dizendo, não acredita? Eu quero descer. Pare o carro.
— Ah, mas não mes... — Sua frase foi interrompida pelo estrondo de algo grande e pesado batendo no teto do mustang.
Era possível ver garras perfurando o metal, e partes de asas brancas tampavam as janelas de trás. Motley não parou de dirigir nem quando um grande bico dourado quebrou o vidro da frente, limitando-se a gritar "não estrague meu carro, sua galinha gigante!". Kjartan pegou a arma e se esgueirou até o banco do carona, passando o corpo pela janela aberta, e viu a mais bela criatura que já encontrara. Seus olhos eram puro ouro, brilhantes como as penas avermelhadas. Seu corpo de leão era forte e musculoso, e as asas grandes e graciosas.
O momento perdido contemplando o grifo foi suficiente para que este o atacasse com o bico, o que fez Kjartan jogar o corpo para trás num ímpeto de sair de seu alcance. Mas isso o fez perder o equilíbrio e ficar pendurado na janela do carro, sendo segurado apenas por uma das mãos de Motley. Ele gritou e o sátiro o mandou se livrar logo da "galinha fedida". Com esforço, o semideus conseguiu virar a escopeta para o grifo, que carregou o teto do carro consigo quando o tiro lhe atingiu o peito, se desfazendo em pó dourado ao rolar na estrada atrás deles.
— Ótimo, eu sempre quis um conversível! — Exclamou Motley.
Kjartan jogou a escopeta para dentro do carro e se recompôs, sentando-se ao lado dele
— Certo, agora eu acredito — Sua declaração provocou risadas seguidas de um balido engasgado — Como os humanos não sabem disso?
— A névoa esconde tudo de incomum a eles. Para evitar confusão.
— Névoa. Ok. — O garoto respirou fundo, ainda se recuperando daquele choque — Por que os monstros viram glitter em vez de morrer?
O sátiro riu mais uma vez.
— Eu realmente não sei. Talvez por serem mágicos. A única coisa que os mata são nossos metais divinos, como o bronze celestial dessas balas. — Ele fez um sinal com a cabeça indicando a escopeta — É o mais comum deles.
— Meu pai é mesmo um deus?
— Sim, criança.
Kjartan respirou fundo e deixou-se admirar a paisagem no caminho para o aeroporto em silêncio. Se seu pai era um deus, podia ter impedido a morte de sua mãe. Mas deixou-a sozinha para criá-lo. Ainda não sabia qual deus era seu pai, mas já o odiava.
O resto da viagem até o aeroporto foi calma e não demorou muito. Lá, Motley comprou passagens de última hora para Long Island, e providenciou um calmante forte o suficiente para Kjartan dormir toda a viagem. "Tenho muito medo de altura", ele havia declarado, e Motley não queria nenhum escândalo.
Acordou no banco de trás de um carro bem mais novo que o mustang de Motley, mas ainda era o mesmo ao volante. Eles seguiram caminho conversando; o sátiro lhe ensinava sobre os deuses e o acampamento, os costumes e as lendas, e, ah, como falava das ninfas. Kjarri duvidava que o metaleiro sujo de pizza tivesse alguma chance com elas, mas guardou a opinião para si mesmo.
Chegaram no Acampamento Meio-Sangue ao nascer do sol, e Motley o indicou o caminho para a casa grande. Kjartan observou todo o acampamento do alto da colina e suspirou, pensando que era aquele lugar que deveria chamar de lar. E as crianças ali, de irmãos.
Kjartan Hólm
Kjartan Hólm
Filhos de Hefesto
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