Escolta - Davi - Novo Amanhecer

**Hipnos** Qui Jun 20, 2013 2:50 pm

DAVI

O garoto, quase homem, teve que amadurecer mais cedo que os outros meninos de sua idade. Depois da morte inexplicável de sua mãe, o garoto amaldiçoara o dia em que nasceu e lamentou a perda durante um bom tempo. Confinado num trailer velho e aos pedaços, Davi sofria em sua própria tristeza. Nem mesmo na luz solar ele saía. Era como que se o mundo não lá fora não fosse mais agradável depois que sua mãe de fora para sempre. Um mês inteiro se passou e Davi não saiu daquele lugar pra nada. Foi então que exatamente ao meio-dia, ele escuta alguém batendo à porta. TOC TOC TOC! Quem seria? Só mesmo abrindo a porta para descobrir.

Assim que abriu, um garoto de cabelos brancos, olhos azuis translúcidos e pele pálida estava ali. Rosto bonito, atraente, um olhar misterioso e braços cruzados. Ele vestia uma calça jeans escura um tanto folgada, uma regata branca e uma jaqueta de couro. Um boné lhe cobria a cabeça - Desculpa a demora... era pra alguém ter vindo anos atrás - comentou o "visitante"

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**Davi White** Sex Jun 21, 2013 1:08 pm

Mais um dia normal na minha pobre vida. estava naquele velho trailer, pensando em várias coisas que tinham acontecido comigo, como a morte misteriosa da minha mãe ou o tal acampamento que eu nunca achei, e nem sequer procurei. Talvez, eu devia tomar vergonha e sair, tinha que fazer algo invés de ficar naquele velho e enferrujado trailer. Dava para se contar na mão os dias que faltavam para ele cair, e eu virar um.... mendigo provavelmente.

Até que, não sei. Tinha bastantes dúvidas na minha cabeça, como eu conseguia sobreviver sem nada, como minha mãe morreu e, se eu me animasse, aonde ficaria o tal acampamento para semi-deuses. Foi quando algo bateu na porta do trailer, eu até pensava em não abrir, mas me deu uma vontade de descobrir o que era. Quando finalmente abri, vi o sol que não via a muito tempo. Estava tão impressionado que nem notei o garoto que estava a minha frente, depois de um tempo e o notei, e ele pronunciou uma certa frase. Talvez ele fosse do acampamento dos semi-deuses, talvez não, o que custava perguntar, eu não tinha nada para fazer mesmo.

-Você é do tal acampamento dos semi-deuses? Se for isso, continue a falar.

**Hipnos** Sex Jun 21, 2013 3:36 pm

DAVI

O jovem que estava à porta assentiu ao que Davi havia perguntado. Erguendo uma das sobrancelhas o desconhecido ergue a jaqueta na altura do pulso, mostrando uma tatuagem com três letras: CHB. O de cabelos brancos suspirou meio que entediado e rolou os olhos - Camp Half-Blood. Era pra você estar no acampamento à uns 5 anos atrás... Mas parece que você não está numa área muito boa pra gente da sua espécie - disse o garoto sem nome olhando ao redor do trailer.

A brisa estava ótima e o calor do Sol fazia Davi se sentir bem. Ele até mesmo se deu uns minutos para se esquecer do mundo e de suas angustias pessoais. O visitante tinah ao lado de seu corpo, preso num sinto uma flauta-de-Pan e no meio do peito, uma cinta que terminava uma bolsa masculina. O jovem do acampamento tirou uma adaga de seu interior e entregou para o garoto - Vai precisar e... - o menino estendeu a mão, olhando fixamente dentro dos olhos de Davi - Lacaile, seu novo protetor - apresentou-se. Ao longe, algo se mexia e Lacaile, apenas balançava as orelhas.

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**Davi White** Sáb Jun 22, 2013 10:25 am

Depois de alguns poucos segundos, uma das pessoas lá presente revirou os olhos para mim, parecia entediada ou que estava lidando com um burro. Depois mostrou uma tatuagem com a sigla CHB. No inicio estranhei e mal entendi o que significa a sigla, foi quando ele explicou que a mesma significava "camp half-blood". Talvez fosse para justificar o sangue de filho de um deus com um mortal. Fiquei os observando, talvez os mesmos iriam me levar até esse campo, bem que eu queria. Foi quando um deles me entregou uma adaga, era possível notar que ela parecia ser de bronze, porém um pouco diferente, como se fosse "divina". Eu peguei a adaga, já que como o mesmo disse eu iria ter que me cuidar, ainda mais sendo filho de um deus grego. Com perigos de criaturas mitológicas a qualquer momento. Finalmente, um deles se apresentou, dizendo ser meu protetor.

-Prazer em os conhecer. Meu nome é Davi White, estão me entregando essa adaga por causa dos monstros mitológicos não? Bem, tenho certeza que sim. Então, o que vamos fazer agora?

**Hipnos** Sáb Jun 22, 2013 10:36 pm

DAVI

O menino deus sabia muito bem o que era e o que se tratava o mundo mágico. Lacaile não pode deixar de sorrir de canto para o menino. Dando de ombros o protetor apontou além, depois das montanhas e da mata densa ao redor do local - Ali, bem depois daquela montanha, passando pela cidade, fica o acampamento. Tenho que te levar lá em segurança. O único problema é que sua mãe na tentativa de te afastar e tal, deixou você numa situação complicada - o garoto de cabelos brancos suspirou e continuou a explicar - Essa é uma área destinada a famílias de monstros e por conta disso, todo sátiro que tetava te resgatar, acabara morrendo na missão - comentou rolando os olhos. A orelha dele continuava a mexer.

Davi prestou atenção em tudo quanto a visita falava. A floresta agora passava a ser assustadora, porem ele ainda estava vivo. A coragem e treinamento de sua mãe o havia protegido e seu pai, onde quer que esteja, estava olhando por ele. De repente o garoto de cabelos brancos empurrou Davi para a direita, rolando com ele pela terra e grama. O trailer havia sido rompido no meio por uma clava enorme. Todas as lembranças do garoto do Sol haviam sido destruídas num único golpe - Você está bem? - perguntou Lacaile. No mesmo instante, Davi olha diretamente para um ciclope de olho tão castanho quanto uma garrafa de coca-cola. Um brilho avermelhado se formava no Sol.

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**Davi White** Dom Jun 23, 2013 7:07 pm

Aquele garoto parecia impressionado, com meu conhecimento sobre o mundo mágico dos gregos. Tudo isso graças a minha mãe, se a mesma ainda estivesse viva eu gostaria de poder a recompensar por tudo que ela fez por mim, foi uma mãe exemplar, melhor que muitas que vagam nesse mundo. Depois de ouvir minha pergunta, o mesmo virou-se de costas e apontou para uma direção, disse que lá que se localizava o tal acampamento, ficava depois de uma montanha, seguindo uma cidade. Depois ele pode me explicar o motivo de eu ficar sem receber visitas dos tais sátiros, eu estava numa zona habitada por famílias de monstros, nesse momento meu isolamento em um trailer até pareceu bom, e ao mesmo tempo ruim, sendo que eu poderia ser esmagado por um monstro a qualquer momento.

Depois de um certo momento, o mesmo me empurrou para a direita, rolando na grama comigo, poderia ser um perigou, ou então uma demonstração do treinamento em seu acampamento, foi quando eu virei minha cabeça e vi o trailer totalmente rompido, por uma enorme clava. Todo o cenário maravilhoso para mim, se desfez. Eu fiquei bem até mesmo sabendo que minha morte poderia ser a qualquer momento, mas não com isso. Esse trailer significava mais do que uma casa para mim. Um esforça da minha mãe, mas no momento, eu deveria me focar no monstro. O meu guia perguntou se eu estava bem, então respondi:

-Olha, eu estou bem. O que eu quero saber é se devemos fugir desse monstro ou lutarmos contra ele.

O estranho era, como tinha um estranho brilho avermelhado no sol, talvez era só um fenômeno raro, ou talvez algo mais. O importante, era arrumar um jeito de acabar com o ciclope. Peguei a adaga de bronze que meu guia me deu e fiquei preparado, caso o ciclope tentasse atacar e o meu guia quisesse recuar, eu iria tentar desviar do golpe do mesmo e correr junto com o Lacaile. Caso o meu guia quisesse atacar, tentaria sumir da vista do ciclope, e então chegar até as costas do mesmo e pular, dando um corte em suas costas.

**Hipnos** Dom Jun 23, 2013 7:32 pm

DAVI

Davi parecia a pessoa mais calma do mundo. Mesmo sobre o ataque de um ciclope corpulento e destruidor de trailers, o menino solar mantinha-se calmo como uma brisa de verão. O protetor do garoto tirou as calças, mostrando pés de uma cabra albina. Pelos brancos, tão alvos quanto a neve. Combinavam perfeitamente com seus cabelos alvejados. O sátiro suspirou aliviado - Detesto calças! - exclamou. Tirou a flauta do cinto e ainda no chão, entoou uma musica celeste e bem ritmada. Ao lado de Davi, as tábuas que foram lançadas longe pelo golpe do ciclope, se incorporaram num escudo de madeira redondo e simples - Leve com você e fuja pra àquela direção - disse Lacaile apontando para a floresta antes da montanha - Siga aquele brilho vermelho, é um aliado - disse e saltou para enfrentar o ciclope.

O menino-deus Pegou o escudo e titubeou entre correr até a mata mais próxima e ajudar o garoto-bode. O ciclope girou a clava e acertou o chão diretamente. Uma nuvem de poeira elevou-se, cobrindo a visão de todos que ali estavam. Davi ficou um pouco aflito, mas algo lhe fez acamar. Uma musica melancólica com notas felizes. Ele lembrou-se de sua mãe. A mesma sempre cantara uma canção parecida com aquela quando o menino Sol ia dormir - Te encontro aos pés da montanha! VAI!! FOGE DAQUI! - gritou o sátiro no meio da fumaça. A musica parou e o Ciclope urrou.

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**Davi White** Seg Jun 24, 2013 5:33 pm

Não entendia como eu conseguia ficar tão calmo naquela ação toda, tinha um ciclope que podia destruir trailers inteiros e um menino com poderes especiais, que se revelavam de um sátiro, eram tão brancas quanto a mais pura neve que os meus olhos já podiam ter visto. Depois de tirar as calças, o mesmo pegou de sua bolsa um flauta e começou a tocar, estava fazendo bons sons, eu admito. A música fazia com as tábuas lançadas dos destroços do trailer formassem um escudo de madeira, era bem simples, nada demais, ele logo pediu para que eu o pegasse e fugisse para uma determinada direção, para onde ele apontou. Era a mesma direção que ficava o acampamento que o mesmo disse antes. Logo apos isso o mesmo disse que o tal brilho vermelho era um aliado, será que aquilo seria, o tal deus que era meu pai? talvez era só um monstro aliado, mas isso ficaria para depois.

Eu via a luta, e não sabia o que fazer, eu podia correr e deixar ele na mão ou lutar, até que ele parecia ter um bom controle sobre a luta, mas ficar lá parado não iria adiantar nada. Acabei ficando parado como uma estátua e o ciclope demonstrando um sinal de inteligência mínima, levantou uma nuvem de poeira batendo com a clava no chão. O sátiro usou sua flauta e tocou uma boa música, aquilo me lembrava dos meus bons momentos com minha mãe, quando eu ia dormir..... Nossa! O sátiro acabou gritando comigo e ele tinha razão, se eu ficasse mais um minuto podia virar vítima daquele ciclope, mesmo com a nuvem de poeira, eu iria correr até a direção que ele apontou, até que eu conseguisse despistar o ciclope ou chegar aonde ele mandou.

**Hipnos** Seg Jun 24, 2013 6:54 pm

DAVI

O menino conseguiu chegar até floresta. Ele tinha que crer que seu protetor Lacaile iria cumprir a promessa de encontrá-lo mais tarde aos pés da montanha. O garoto solar caminhava atento pela floresta, segurando um escudo comum e a adaga de bronze reluzente. As arvores pareciam segui-lo com os olhos ocos, mas tudo era uma questão de ilusão. Nada ali parecia se mover, a não ser uma sombra densa mais a frente. O que era? ainda estava muito longe para que Davi pudesse saber. Entretanto, alguns segundos de caminhada depois e outros minutos de observação, o jovem percebeu que aquela sombra estava mais para um cachorro de olhos injetados. Seus dentes eram amarelados e pareciam ter restos de carne apodrecendo neles. O cheiro de enxofre e brasas deixava Davi meio tonto, mas não era hora de se desviar do caminho.

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**Davi White** Qua Jun 26, 2013 6:51 pm

Finalmente consegui chegar na floresta, depois de uma corrida, nem tão longa e nem tão pequena até ela. Esperava que meu protetor estivesse bem, e que o mesmo chegasse em breve. Eu até sabia me virar sozinho, mas aquele cara podia saber lutar melhor do que eu, afinal já deveria ser treinado para proteger filhos de deuses.

Quando cheguei na floresta, todas as árvores secas e velhas, que eram bastantes ocas pareciam olhar para mim, como se fosse monstros encantados, ou algo do tipo. Eu não sabia muito do mundo mitológico, mas sabia o básico, e aquilo era só uma miragem causada pelo calor do momento. Quando percebi isso uma enorme sombra densa parecia perambular por estas bandas, poderia ser mais uma ilusão, mas de acordo com meu andar aquilo se mostrava um horrível cachorro, tinha o cheio tão podre que eu pude notar que ele não era uma miragem, era um verdadeiro cachorro. Sua podridão era tão intensa que eu quase fiquei meio tonto, mas eu devia me preparar para uma possível batalha, então coloquei o escudo na minha frente, e coloquei minha adaga na frente, caso o cachorro atacasse tentaria o empurrar contra o escudo e depois cortar o pescoço do mesmo, caso não oferecesse ameaça eu continuaria andando.

**Hipnos** Qui Jun 27, 2013 11:08 am

DAVI

Davi se prontificou, colocando-se em posição de defesa. O cão infernal avançou contra o garoto aos latitos esganiçados, mostrando seus dentes amarelados e afiados como navalhas. O cheiro de enxofre invadiu as narinas do menino-deus, mas mesmo sentindo seu olfato se consumido ele não saiu da posição e num golpe único, feriu o pescoço da fera, mas não o profundo suficiente para degolar a mesma. O cachorro das trevas caiu rolando pela grama, latindo e coçando o pescoço ferido. Sabendo-se que o cão infernal está em descontrole, Davi agora tinha a possibilidade de correr dali ou tentar finalizar o monstro. A montanha ainda estava um pouquinho longe de onde ele estava, mas logo a frente havia um riacho.

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**Davi White** Sex Jun 28, 2013 7:53 pm

Fiquei em posição de defesa, esperando a reação da fera. O mesmo agiu e tentou me morder com sua boca com cheiro podre e dentes tão amarelos como o sol. Aquilo ali só podia ser do inferno mesmo, pois com o cheiro e aparência não poderia ter algo igual na terra! Por sorte, consegui fazer uma boa ferida no pescoço. Ele começou a se debater na grama, querendo cobrir o ferimento ou algo do tipo, era nessa hora que eu teria que agir. Chegaria com o escudo na minha frente, esperando algum ataque do cachorro e depois cravaria a adaga em sua cara, para que o mesmo fosse morto ou ficasse incapacitado de progredir. Após isso, não poderia perder tempo então corri até a direção que meu guia mandou, antes que algo de ruim acontecesse.

-Esse dia tá ficando cada vez mais maluco.... mas um pouco interessante...

**Hipnos** Sáb Jun 29, 2013 4:38 am

DAVI

Tudo aconteceu rápido demais. Davi havia derrotado o cão infernal sem muitas dificuldades, mas em troca: seu escudo estava sem um pedaço da borda e em sua cintura, havia marca de garras sobre o tecido de sua camiseta. Não era um corte profundo, apenas um arranhão superficial que latejava de vez enquando. Com o monstro tornado em pé, o jovem semidus estava com o caminho livre para seguir até onde Lacaile, o sátiro, ordenara que ele fosse. O pé da montanha estava bem perto, mas ainda longe o suficiente para uma caminhada.

Passado dez minutos, o garoto ouviu passos pelo gramado e latidos viciosos. Não parecia ser um só animal, mas sim uma corja inteira. Latidos esganiçados, rosnados assassinos e uivos que davam calafrios assolavam o jovem meio-sangue. Um cão era fácil de lidar, mas uma alcateia seria preciso um milagre. Davi apertou o passo e se se perguntava se seu pai o reclamaria como sendo dele. Será que era preciso um teste de DNA?

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**Davi White** Dom Jun 30, 2013 5:28 pm

Nossa, todo aquele empate com a criatura infernal foi uma questão de minutos. Mas apesar disso, eu tive danos, o meu escudo estava sem um pedaço e eu estava com um corte, nada tão grave mas que as vezes latejava. Decidi então seguir meu caminho até a montanha, era um caminho curto, talvez se fosse uma corrida ou talvez se fosse a um meio de transporte. Mas a pé, aquele caminho não era nada que se pudesse chegar em uns 5 minutos ou 10 minutos. Então tudo que eu poderia fazer era caminhar até chegar lá.

Depois de passar um tempo, cerca de uns 10 minutos ou algo por aí. Eu comecei a ouvir latidos e alguns passos pela região. Talvez eu tenha matado a mão desses cachorros ou o irmão deles, se um já me fazia mal, eu teria que correr para não ser pego. Aqueles latidos me assustavam cada vez mais, era como se falassem que eu iria pagar por ter morto um membro da família. Então, decidi correr até o ponto que o meu guia mandou, e que o meu pai estivesse do meu lado, pois a minha sorte não estava boa.

**Hipnos** Seg Jul 01, 2013 7:55 am

DAVI

Decidido por correr por sua vida, Davi acelera os passos e parte para o lugar de destino. Apesar de ter habilidade para correr, uma mata com desnível é um grande desafio para qualquer um que não nasça filho de Deméter ou tenha a benção de uma caçadora de Ártemis. As coxas do garoto estavam queimando e seus pés pareciam que estavam cheios de bolhas. Ele não suava, tampouco estava ofegante, apenas suas pernas ardiam na travessia. Seu coração se acelerava a cada latido estridente que ele sentia por detrás de seu corpo. Davi nem ousou olhar para trás. Os passos estavam cada vez mais perto e a cada minuto que passava, o menino podia sentir o cheiro de podridão lhe alcançar. Medo? talvez não fosse isso que ele sentisse, mas quem sabe um nível baixo de preocupação.

A mata findou-se e o garoto-deus trombou com o pé da montanha. Agora ele devia escala-la ou dar a volta (uma grande curva rochosa no limite da floresta) para chegar até a cidade e se camuflar no meio das outras pessoas. Os cães surgiram logo atrás do jovem meio-sangue. Antes que ele tomasse qualquer decisão, Davi deu uma espiada, pois não aguentou-se de curiosidade. Eram sete cães negros e fedorentos. Cada um deles tinha uma coleira de uma cor. Sete cores como o arco-íris. O vermelho tinha escrito na coleira Redish, foi o único que ele conseguiu ler.

Um borrão vermelho novamente cruzou o céu.

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