Vida de Plêiade[By: Lanah Bloo]

A vida nada simples de uma Plêiade adolescente.

Os sátiros eram rápidos. Muito rápidos.
Antes de vir ao acampamento, Plêione me aconselhara: "Os Sátiros a perseguirá sem descanso. As ninfas fazem isso acidentalmente. De tão belas, apaixonam os outros espíritos da natureza." Jura mamãe? Pois no momento, me sentia mais uma ninfa descabelada de tanto correr.
Minhas roupas também não ajudavam muito. Vestia uma camiseta azul acinzentada escrita: Não gosta de chuva? Você é feito do quê? De açúcar?, jeans e tênis Alls Star de cano longo( Que foi? Só porque sou uma ninfa não quer dizer que não posso usar um jeans! Sou moderna. E um pouco rebelde, admito).
Quando eu peguei o pique e acreditei poder despistar os meninos-bode, tropecei em uma raiz e me estrebuchei no chão.
-Essa não...
-Bééé!- Eu podia ouvi-los se aproximar.
-Ai! Como eu escapo agora?
Uma menina tomou forma a partir da mesma árvore que eu tropeçara. Uma ninfa. Quem sabe uma dríade ou uma hamadríade. Ela dirigiu a palavra a mim:
-Ei, psiu!-Disse- Desculpe por te fazer tropeçar. Meu nome é Juniper. E o seu?
-Lanah. Está perdoada, mas como eu me livro dos sátiros?
-Hum...-Começou a pensar-Que tipo de ninfa você é?
-Uma Plêiade.
-Plêiade? Então faça o seguinte: Siga para aquele lado ali-Juniper apontou-Encontrará um rio lá. Quando se aproximar, transforme-se em nuvem de chuva. Para você será fácil fazer isso. O rio fortalecerá você, já que sua evaporação da origem às nuvens. Agora vá!
-Obrigada Juniper!
-De nada!-Disse Juniper, se transformando em poeira verde em seguida.
Acelerei até o rio. As água tinham uma correnteza forte, e outras ninfas( Náiades) estavam por lá.
-Ninfa! Béééé!-Os sátiros trotavam ao meu encontro.
Quando os avistou, as náiades deram um grito e pularam para dentro do rio. Corri até a margem. Assim que senti as gotículas de água no ar e fiquei com as forças renovadas, percebi que Juniper estava certa. O rio me ajudaria.
Concentrei-me em meu corpo. Imaginei-me condensando no ar. Comecei a flutuar e a virar vapor, minha moléculas estavam se separando. Eu virara uma nuvem de chuva em pleno ar, à três metros acima do rio.
Se você é um semideus e pensa que é fácil ser uma nuvem, aí vai uma notícia: Não é não!
Primeiro que nuvens não tem olhos. Minha visão automaticamente virou um radar vaporizado. Só sentia as temperaturas das coisas. Segundo: Minhas moléculas ficam muito leves e frágeis. Um ventinho já pode me deslocar ou me fazer desmanchar. Terceiro: Por ser uma ninfa da chuva, tenho uma vontade louca de fazer cair uma chuva forte. Raios, granizo, chuva forte e fria... O que vier primeiro. Isso é quase como ficar apertada para ir ao banheiro.
Mas, enfim, ajudou. Os sátiros não me acharam. Ficaram pela área por uns cinco minutos e então foram embora.
Voltei a ficar sólida.
-Ufa!
Olhei para trás e vi a ninfa Juniper acenando com ar aprovado. Mandei um "O.k" com o polegar, acenei e corri para a floresta para encontrar a minha casa: Uma nuvem de chuva que me mantém viva. Bom, pelo jeito, não deixarei de ver nuvens por um bom tempo. E se os deuses quiserem, nem sátiros...