MVP - Laís x Crab

A praia estava muito atrativa, ainda mais quando há Sol quente e um mar gelado para refrescar. Laís estava na praia, totalmente sozinha, cuidando de se bronzear. Assim como as plantas, a garota também precisa de algumas horinhas debaixo do Sol para se sentir feliz e simpática pelo resto do dia. E, bem, não havia ninguém para atrapalha-la e isso só aumentava as chances dela se banhar de Sol sem pressa e confusão. Sabe, sem campistas chatos jogando vôlei de praia, jogando areia e bisbilhotando seu corpo nu.

Depois de algumas horas de Sol, a garota foi dar um mergulho, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, as águas salgadas do mar, elevaram-se, como se algo estivesse saindo lá do meio, e bom, uma coisa surgiu de lá. Uma espécie de caranguejo humanoide, com pinças resistentes e carapaça aparentemente blindada. A garota tinha somente uma arma consigo, já que inteligentemente, previu que poderia acontecer um acidente desse.

Laís tinha duas escolhas, ou fugir, ou defender o acampamento de um tormento.

Uma decisão sabia. A garota havia decidido esperar um poco antes de tomar qualquer tipo de iniciativa. A filha da natureza havia tido uma sábia escolha, uma decisão digna daqueles que descendem da deusa da sabedoria, Athena. Laís fincou os pés na areia e observou o artrópode marinho guinchar. Dava até pra ver borbulhas se espumando ao redor de sua boca. A garota não ligou muito para o fato, mas ela ficou tão impressionada com as cores fortes da carapaça do caranguejo, que nem percebeu que a areia da praia a arrastava para mais perto do monstro. Quando ela se deu conta, já estava a dois metros do crustáceo. A longe, a garota podia ver que o mar também estava sendo tragado por uma energia estranha. Ela não sabia o que ia acontecer, mas sabia que deveria tomar alguma providencia antes que ela fosse alvo de uma sombra em forma de garra, que se estendia por cima de sua cabeça.

A garota estava certa sobre o que fazer. Aparte de baixo do monstro-crustáceo, certamente seria a parte em que seus golpes surtiriam um efeito tremendo e super eficaz. Assim que ela começou a avançar pra cima do animal, sua confiança foi de zero a mil porcento. Tava na cara da sociedade que ela ia ganhar a batalha em dois tempos. Entretanto, quando ela foi golpear o animal pra valer, a água salgada que estava sendo sugada pelo mosntercrab, tornou-se uma enxurrada, afastando a garota de volta para onde estava. O monstro avançou as pressas e fincou uma das presas ao lado dela, afundando uns bons 60 centímetros na areia. Ela deu graças aos deuses por ele ser meio cego, mas nem notou que a areia estava a enterrando aos poucos. O caranguejo levantou a outra pinça e guinchou alto. Algumas bolhas gosmentas caíram na pele descoberta da semideusa. A mesma sentiu coceira, mas nada comparado a pó de mico ou alergia. Laís teria que agir rápido antes de ser soterrada e golpeada pela fera marinha.

Pensamento rápido, ideias se juntando e maquinando um plano extremamente eficaz. Laís podia muito bem ser confundida com uma dama de Athena, e sua bravura e instinto de combate, com uma amazona do batalhão de Ares. Rapidamente ela levanta e coloca o plano em prática. A outra garra do monstro crava no chão arenoso da praia. O sorriso de Laís se alarga, pois isso é um sinal dos deuses, de que tudo daria certo. Ela correu pela lateral do crustáceo e o golpeou em cheio. O monstro cambaleou e ela, a jovem guerreira, aproveitou a deixa e decepou duas patas do monstro. A garota estava em êxtase, mas como seu plano dizia para tomar distancia e foi isso que ela fez.

Enquanto corria, ela notou que havia bolhas flutuando bem detrás dela. Laís virou-se e viu a enorme quantidade de bolinhas transparentes no ar. Aparentemente elas eram inofensivas, mas quando uma estourou, ela escutou um barulho alto e todas as outras bolhas estouraram junto, como uma explosão em cadeia. A garota foi atirada para trás, por causa da onda de impacto, mas não sofreu dano algum. Porem, o crustáceo gigante, já estava borbulhando outra série de bolhas.

Laís estava fazndo tudo certo, mas na quando ela deu a volta e tentou dar uma de amazona heroica e selvagem, afim de destruir o outro lado do monstro, esqueceu-se das bolhas. O vento mudou de direção e as bolhas colidiram com o frágil corpo da semideusa, a prendendo num circulo vicioso de golpes em série. uma explosão atrás da outra. laís sentia seu corpo arder, como se fosse exposta á olho quente. Seus músculos doíam como se tivesse feito um ano de academia sem descanso algum. Seu corpo caiu imóvel no chão de areia. seu corpo agora apresentava uma série de hematomas e vermelhidão; além de coceira e dor, muita dor. Apesar disso, ela teria que sofrer em silêncio, pois ela não estava conseguindo se mexer direito, tampouco se locomover. Seu pescoço estava erguido para trás, suas mãos contorcidas, assim como seus braços e pernas. Sua espada estava fincada na areia, próxima ao seu corpo. Ela sentia como se uma bomba atômica implodisse dentro dela. Seu corpo ficou enjoado e ansiava desesperadamente vomitar alguns litros de bile.

O crustáceo virou seu corpo e voltou a espumar suas bolhas. Laís revirou os olhos e notou que ele também havia sofrido dano, deixando partes de sua carapaça falhas e obviamente deixando seu corpo mole exposto. A jovem menina deusa tinha que levantar-se e voltar a lutar, ou uma nova explosão de bolhas a destruiria, e não seria nada legal.

Apesar da dor, a garota conseguiu erguer-se de sua sepultura, agarrar a espada e seguir em frente em sua batalha. A luta estava fácil, fácil. Era só avançar mais um pouco e cravar sua lâmina verde nos pontos vulneráveis do monstro. Quando ela chegou próxima do crustáceo, a guerreira resolveu não pular encima da fera e sim, golpear a criatura de baixo acima. Vai que ela atinge o coração da fera e finalmente a criatura desaba em pó? O monstercrab guinchou alto e Laís entendeu que aquilo fosse um grito de dor, ou qualquer coisa parecida. A fera pareceu cambalear, mas na verdade, o artrópode estava levantando a garra para empurrar a menina pra longe.

Laís estava ralada pelo "golpe" da pinça do caranguejo, mas ainda firme e forte. Seu corpo ainda doía pela explosão de bolhas, mas ela precisava defender o acampamento. Era um dever. O monstro deu outro berro e as bolhas que ele produzia, aparentemente virou uma baba estranha e pegajosa. que escorria por sua boca. Quando ela percebeu, o caranguejo havia cuspido um jato forte de água que explodiu a areia que estava perto dela. A criatura tinha uma péssima pontaria, mas se acertado o golpe, o dano seria severo.

Laís entendeu o que que tinha que ser feito. Rapidamente chegou próxima da criatura, ziguezagueando pela areia e fugindo das garras poderosas do monstro marinho. Astutamente pelo caminho, pega um punhado de areia e joga nos olhos do ser. O mesmo cospe um jato de água, mas acaba errando o alvo. A filha de Deméter, então finaliza o animal, fincando sua espada na altura da cabeça do monstro, entre uma plaqueta solta de sua carapaça. O animal tremula e se desfaz em pó, num guinchado agudo.

A garota cai cansada na areia e adormece. Seu corpo não estava suportando a dor. Aparentemente, a explosão de bolhas estava consumindo sua vida e a deixando mais dolorida e exausta. Sua mente obrigou-se a desligar, e impedir o processo de morte da garota por dor eterna. Quando ela acordou, os curandeiros já haviam a tratado. Laís estava fora da zona de risco, mas ainda precisava restaurar o restante de sua força vital. Quiron surgiu na ala da enfermaria e lhe entregou um saquinho de moedas - Imprudente, mas corajosa.