Escolta - Axel - O Humanoide

Aquilo era apavorante,meu amigo era meio bode,eu estava sendo seguido por um humanoide que se eu bem me lembro nas aulas que eu não dormia era o Cíc....Cicl....Ciclope?Será,eu acho que ciclope é um mutante mas você não está aqui para me ver narrar sobre super heróis. E não é todo dia que você é seguido por um humanoide. Parecia que nós íamos escapar mas a gasolina estava acabando e tivemos que sair do carro,saímos do carro e minha mãe ficou,mas isto custou caro o monstro ergueu o tacape e mandou o carro para longe,assim matando minha mãe,mesmo sendo um cara calmo eu fiquei enraivecido,peguei minha adaga da mochila(presente do meu avô) e pensei por um momento,não podia atacar sem estratégia,ele era muito maior que eu. Olhei por um momento e então falei:
-Que tal a velha tática do, chamar atenção e o outro atacar por traz?
-Nada mal.
Corri para o canto das estradas enquanto Anísio tocava sua flauta,fui para trás do monstro e tentei acertar seu tendão de aquiles com a adaga,e então usando a capoeira pulo e rolo para o lado esperando a resposta do Cíclope.

Para ter noção da minha fúria eu nem tinha me ligado da rachadura que já tinha chegado a harley,mas teve algo impossível para mim ignorar,e isto era.Ver um imenso humanoide com um imenso olho no meio da testa e um grande tacape em mãos faz um pequeno terremoto e acertar meu melhor amigo e deixá-lo no chão,então o monstro se virou para mim e então gritou:
-Lanche de Papoula.
O ser tinha um cheiro ruim e também parecia muito burro e sem estratégia nenhuma em seus ataques,mas do que importava estratégia,ele era imenso e estava vindo para cima de mim com toda fúria,o meu golpe não lhe pareceu muito efetivo,mas eu devia pensar,eu era obrigado a pensar rápido,então me lembrei do meu joelho,antes da capoeira eu tinha um problema do joelho e me lembrei como tinha dificuldade em correr com o joelho mal,raciocinei o mais rápido possível e pensei em algo arriscado,mas não tinha mais nenhum plano,e não havia mais tempo. Peguei inha adaga com força e parti para cima do Cíclope,tentei fazer o menos de barulho possível mesmo correndo,quando cheguei muito perto do cíclope tentei deslizar por entre as pernas dele e ao mesmo tempo rasgar seu joelho direito.

Realmente não era o meu melhor dia,acordaram me,meu amigo virou bode,minha mãe morreu e o monstro me agarrou com as mãos. Consegui correr e acertar seu joelho,ele pulou e fez a terra tremer,eu tropecei e então ele me agarrou com as duas mãos:
-você fez dodói em mim.-falou o Cíclope.
A imbecilidade dele e nem o seu bafo horrivelmente fedorento vieram ao caso no momento pois ele me olhou durante o tempo e então me pôs perto do seu nariz para sentir meu cheiro,ignorei a horrível meleca de cíclope que caia sobre mim:
-Gosto de papoula-Era meu fim,com certeza era.
Com certeza o próximo movimento dele seria me por em sua boca e me mastigar lentamente,qualquer pessoa normal pensaria que era o fim,mas eu não era uma pessoa normal eu era um semi-deus,eu era filho de algum deus,e eu sentia que naquele momento,este deus estava me protegendo.Olhei ao redor e vi Anísio se levantando,então juntei minhas forças e gritei:
-PELOS DEUSEEEES
Anísio rapidamente olhou para mim com um certo sorriso no olhar,então juntei minhas forças e tentei com a adaga que eu ainda empunhava cravar ela no dedão do monstro e logo em seguida toquei a adaga o mais perto possível de Anísio,que sem exitar pegou a adaga e correndo tentou acertar no outro tendão do pé do terrível ciclope,após a tentativa troteou para trás.

Que ótimo,eu tinha apenas um plano,e este plano falhou,consegui tocar a adaga a Anísio,ele pegou-a e com coragem correu para o cíclope e acertou seu tendão,mas o cíclope estava tão fascinado em mim que não ligou para o corte,ele apertava-me com mais força do que antes,sentia que meus órgãos sairiam pela minha boca a qualquer momento,a pressão de seus dedos eram fortes demais,sentia que ali seria meu fim,um fim de guerreiro,pelo menos para mim que nunca me envolvi com nada,mas ninguém nunca saberia da minha história,naquele momento eu não me sentia nada além de um projeto de herói fracassado,foi então que olhei para cima com esperança e então vi uma sombra,parecia um anjo,era sim um anjo,mas talvez era um anjo mal,com minha cabeça doendo tentei raciocinar e me deparei com uma ideia,aquilo só podia ser a morte,afinal,o que me restava além da morte. Parei de fazer força para escapar e tentei raciocinar mesmo com aquela baba em mim,eu não podia morrer ali,eu tinha que vingar minha mãe,eu não iria morrer ali,eu não podia morrer,o que Anísio seria sem mim,minha mãe,ela morreu pelas mãos do ser que agora me segurava.Como minha mãe dizia, a força da raiva supera as vezes a do amor,mas eu discordo,sim eu estava com raiva,mas eu estava com raiva por que perdi meu amor,tomei coragem e me preparei para atacar,mas atacar com o que,como?Enquanto tinha este devaneio Anísio tentando fazer de tudo para me libertar,começou a tentar fazer cócegas no monstro gigantesco.

Você deve estar imaginando minha surpresa,eu achando que morreria pois a morte estava descendo dos céus,então de repente o monstro começa a afrouxar as mãos uma chuva de penas negras acontece eu caio,me ralo um pouquinho,pego Anísio e vou para longe do Cíclope e do ..... outro ser,aquela chuva de penas me deixava tão tranquilo que eu até esqueci minha raiva,mas ela acabou e o anjo com asas negras e armadura começou a se dirigir para nós,Anísio me olhou com uma cara que eu reconhecia,ele estava aliviado,então ele provavelmente sabia que aquele ser era do bem,ou ele ficou hipnotizado com as penas,por dentro do seu bonito capacete deu para ver que ele tinha o cabelo meio vermelho e olhos dourados que pareciam estar distante,ele era muito pálido.
-Está a salvo irmãozinho...-falou o anjo-Não há mais nada o que temer
Tudo bem,nada de mais,eu apenas tinha um anjo como irmão e nunca tinha o visto na minha vida,ele então materializou uma espada que mudava de cor,olhei para o cíclope e o mesmo estava meio distraído.
-Você meu irmão?Mas....você?Filho da minha mãe?Ela morreu-perguntei parecendo um idiota-Você.....asas,eu vou ter uma?Você é um anjo?Como você fez aquilo das penas?Eu também sou um anjo?Nós não devíamos matar o cíclope?o que é esta espada?.
Meu cérebro estava a milhão,eu ainda tinha um monte de perguntas,mas não conseguia raciocinar direito,afinal,ora se ponha no meu lugar.

Eu estava muito confuso,não é todo mundo que toca borboletas em um Cíclope,o Oneiroi falava muitas coisas,e a maioria delas ainda eram confusas demais na minha cabeça,uma delas é que eu tinha uma espada mas estava atacando com uma adaga,mas isto não passa na cabeça de um garoto com uma coragem tão grande que seria capaz de mover montanhas,era uma coragem descomunal,que me subiu dos pés até a cabeça,me sentia não o garoto dorminhoco de sempre,mas sim um herói,um herói daquelas lendas antigas,lendas que agora eram histórias reais para mim,tomei a coragem agarrei a adaga com força me pus em posição de batalha e parti para cima do terrível cíclope que tinha aquelas borboletas o circundando,Anísio estava surpreso com minha coragem,mas eu sabia que ele não poderia ajudar pois ele só tinha uma flauta,e o que uma flauta faria a um ciclope, parti para cima do ciclope com menos raiva que antes,eu sentia algo que não conseguia explicar,eu sentia orgulho,desprezo,tristeza,fúria,paixão e tudo ao mesmo tempo,quando cheguei muito perto do ciclope tentei dar um mortal para frente e com o impulso do pulo cravar a adaga em suas costas,e continuar com a adaga cravada mas se agarrando nela,como se eu estivesse a tourear um ciclope,só que segurando com as duas mãos na adaga.

Eu tinha enfim conseguido dar um grande golpe no ciclope,o ciclope ligeiramente saiu do transe e começou a se sacudir,se sacudir de uma forma inacreditável,mas eu continuava me segurando na adaga cravada em suas costas com toda minha força,eu sacudia muito por causa da sacudida do ciclope, mas não liguei na hora e resolvi continuar atacando,um ataque meio louco,pois o ciclope continuava a se sacudir,mas não pensava nas probabilidades no momento,o sangue subiu a minha cabeça,e quando alguém está com uma coragem tão grande,para enfrentar mano a mano um ciclope imenso com apenas uma adaga,ele não pensa se vai acertar ou não,ele não pensa,ele age. E com um impulso tirei a adaga das costas do terrível ciclope,tentei segurar em suas costas e dar um impulso para cima,tentando chegar em seu ombro,após isso,segurei a adaga com força e tentei crava-la no crânio da besta.

FIM