Gods and demigods
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Mensagem  Makarov Dreyar Dom Dez 29, 2013 8:19 pm

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Makarov Dreyar



Nome — Makarov Dreyar
Idade — 12
Progenitor — Érebo
Motivo — De certa forma, eu me identifico um pouco com personagens solitários. Eu também tenho uma admiração saudável pelas trevas e gosto de ler/escrever sobre ela, algo que eu imagino ser comum na trama do meu personagem contando com quem seria seu pai e com a morte de sua mãe. Apesar de eu admirar Erebus eu não quero ser filho dele somente por isso. Eu seria tolo se o fizesse. Na verdade, desejo ser filho dele por minha preferência de personagem, a trama envolvida, o assunto abordado, e tantos outros temas que me prendem nesse caminho. Claro, vou honrar meu progenitor divino com o melhor das minhas habilidades, pois o que um garotinho mais quer é a aprovação do pai. Seja ele a escuridão encarnada ou não.  
Progenitor mortal — Meredy Dreyar, 24 anos, era uma garota de dezoito anos no momento em que se apaixonou pelo pai piedoso de Makarov e poucos meses depois concebeu a criança. Apesar do que pode parecer, a mãe do menino realmente amou o Deus e não trocaria os momentos juntos dele por nada no mundo, mesmo que o 'homem' tenha sido forçado a deixa-los antes de ver seu filho nascer. Meredy era uma mulher suave e de bom coração que, por falta de uma palavra melhor, iluminava a escuridão de Erebus, este logo fez com que ela concebesse uma criança a partir de uma união que tiveram poucas semanas depois de se conhecerem. Ela era uma mulher trabalhadora e apesar de herdar uma boa soma de dinheiro dos pais, empresários recém falecidos no momento em que acabou o colégio, deu muito duro na vida para conseguir uma vida confortável pro seu filho, este sendo um de seus pontos de alegria ao lado do deus a qual ela se apaixonou. Infelizmente, devido a acidentes que seu filho testemunhou e não se lembra completamente a mulher faleceu com a idade de vinte quatro anos, desejando uma boa vida a seu filho e esperando que pudesse ver seu amor novamente um dia.  
Defeitos e qualidades — Ao contrario da habitual personalidade impulsiva de um garoto de doze anos de idade, Makarov pode ser descrito como calmo, paciente e centrado. Sua raiva não é facilmente provocada e muitas vezes não é sem motivo. Dada a sua paciência constante, sabe como se livrar de pensamentos inúteis ou que atrapalhem uma atividade importante, e muitas vezes é dito como frio. Apesar disso tem um certo grau de amabilidade para órfãos iguais a ele, tendo perdido sua mãe em uma idade muito jovem. Ele também tem um lado brincalhão que raramente é revelado, e quando é ele o utiliza para provocar o inimigo em uma batalha ou simplesmente para brincar com as poucas pessoas que não sentem medo de si. Esse humor é seco, sarcástico e muitas vezes negro, apropriado para seu status. A ultima das características notáveis do semi-deus é que sua falta de habilidades sociais é algo a se levar em conta, muitas vezes evitado pelo medo natural das outras pessoas. 
Cidade natal e atual — Makarov nasceu e viveu em uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos, esta sendo nomeada Erev's Lair, e viveu ali toda sua vida até a idade de doze anos. Ao atingir esse marco acabou por ser detectado por um monstro e acabou por fugir com a ajuda de um sátiro, e devido ao poder do sangue em suas veias provavelmente vai passar o ano todo no Acampamento Meio-Sangue.
Habilidade — Depois da morte de sua mãe começou a praticar alguns movimentos de luta na tentativa de esquecer um pouco a dor, no final se tornou um garoto bastante ágil que preza mais a agilidade e velocidade do que a própria força. Tentou incorporar seu 'estilo de luta' a alguma arma, mas por falta de opções acabou por treinar apenas com uma faca de cozinha, provavelmente favorecendo armas leves, como adagas e lâminas pequenas.

História — Makarov gostava do frio.

Ele gostava da forma como o ar do inverno o envolvia em um manto de proteção, sussurrando palavras suaves em seu ouvido, confortando suas dores e acalmando seus sentidos. Ele gostava de poder usar longas peças de roupa que supostamente deveriam saciar o frio que sentia por dentro. Ele gostava da neve, a sempre companheira do inverno na maioria dos lugares nos Estados Unidos, iria cobrir a calçada como um cobertor branco e macio, assim como ele gostava da visão poética que os flocos de neve caindo do céu inspiravam. Ele não sabia quando, ou como, aqueles pensamentos começaram a brotar em sua mente, nem quando havia amadurecido tanto a ponto de se tornar insensível a diversão infantil de uma criança.

A pré-adolescência havia acabado de chegar na vida do garoto, e com ela todo um novo conjunto de pensamentos e responsabilidades. Dessa forma, era lógico pensar que isso o fez amadurecer na pessoa em que ele era hoje – Makarov supôs. Isso não importava tanto para ele, no entanto, apesar do que aparentava. Era triste, no entanto, saber que sua jornada existencial só resultaria na eventual e derradeira morte. Isso é algo que ele aprendeu muito cedo. Nada poderia mudar isso, nem o vento imaginário e sussurrante em seu ouvido, nem as palavras doces que as matronas do orfanato dizem para os garotos com pesadelos no meio da noite.

Tendo perdido sua mãe anos atrás, embora sua mente preferisse pensar que ela só estava em um trabalho de longa duração, ele nunca conheceu o amor dos pais. Seu progenitor havia abandonado ele e sua mãe alguns dias antes dele nascer e provavelmente nunca viu seu rosto. Makarov se perguntava o que o homem sentiu ao fazer isso. Remorso, talvez? Ou uma doce sensação de vitória por ter passado meses com uma mulher bonita e sair logo depois, livre novamente? Teria ele irmãos espalhados por ai, sofrendo como ele era? Ele sabia que tinha um primo ou dois por parte de mãe, mas seus tios não se viram interessados em adota-lo e por isso o garoto foi abandonado em um orfanato próximo a sua casa que estava ‘congelada’ até que ele se tornasse um adulto e pudesse morar lá. Isso se não a vendessem antes. Apesar disso, apesar de ter sido abandonada, sua doce mãe Lilliana amava aquele homem. Ela garantiu a ele que abandona-los foi tão desesperador para ele quanto foi para ambos.

De algum modo, uma parte dele queria que isso fosse verdade. Outra parte, seu lado vingativo, gritava pelo sangue de seu pai.

Em um ponto no meio disso o menino residia, na fria e calmante apatia. Makarov não se lembra de muito sobre Lilliana, sendo que ele tinha seis no momento em que ela morreu, e as memórias de seu pai não passam dos contos difusos que sua mãe lhe dissera. Eles não tinham fotografias do homem na casa.
Claro, como citado anteriormente isso não era algo que o menino estava centrado hoje.

Afinal, hoje era o dia da morte sua mãe a tantos anos atrás, e conforme a noite caia sob seus ombros ele pensou que seria um bom momento para visitar o tumulo da mulher e prestar suas pêsames semanais, sendo a de hoje ainda mais especial. Antes de tudo, ele vagamente se lembrou de se certificar de que a matrona não sentiria falta dele até mais tarde, e apenas para garantir acabou trancando a porta e a pequena janela do seu quarto.

Felizmente ou não o cemitério no qual a sua mãe estava enterrada era apenas algumas ruas longe do orfanato, e não demorou muito para que ele se encontrasse ajoelhado diante da lápide, encarando o nome gravado na pedra com tristeza e leve apatia.

Ele amava sua mãe, muito. Ele a amava tanto que até doía pensar nela, mas mesmo assim o garoto se obrigava a vir aqui toda semana e pagar seus respeitos a sua alma. Contar sobre as coisas e chorar em momentos de tristeza. Houve de fato muito choro nos primeiros anos, quando ele ainda era acompanhado por um adulto e suas visitas se limitavam a duas ou três vezes por mês.

Tocando a lápide de pedra fria – “Tão fria quanto eu”, pensou – sentiu um leve estremecimento percorrer seu corpo e algumas lagrimas brotarem em seus olhos. A camada fina de água que escorria livremente em uma linha ordenada em sua face era tão imperceptível e sem importância quanto saber que a noite já o engolfava numa escuridão aterradora. Não. Tudo que importava para o menino naquele momento era a leve e fugaz sensação de conforto em pensar que sua mãe estava ali ao seu lado, sorrindo para ele e abraçando seu pequeno corpo com carinho maternal. Aquele carinho que ele sentia uma enorme saudade.

Makarov gostava de pensar que era frio centrado e calmo. Ele de fato era, mas nesses momentos em que seu interior de pedra fria era amolecido por brasa, as lagrimas não demoravam a cair. O garoto não sabia quantas horas passou ali, apenas observando a pequena lapide simples de pedra e encarando o nome da única mulher que o amou na vida com tristeza refletida em seus olhos negros.
Isso, até que uma mão tocou em seu ombro.

O coração de pedra do garoto disparou um pouco, batendo mais rápido a cada segundo quando sentiu a mão firme segurando-o pelo ombro esquerdo. Tão absorto quanto era em deixar que os sentimentos de dor fluíssem através dele, acabou por não notar a aproximação do estranho antes que fosse tarde. – Quem é você? – Perguntou, virando a cabeça lentamente para o lado, tentando ter uma visão melhor do desconhecido.

- Ora, não é cortesia comum apresentar-se antes de exigir o nome de outra pessoa? – Franziu o cenho para a resposta do homem. Ele sabia da cortesia comum, tendo tido aulas de etiqueta e boas maneiras com as outras crianças do orfanato, mas também era de cortesia comum ser educado com estranhos. Evidentemente é melhor não mencionar o fato de que ambos estavam em um cemitério e ele não tinha razão nenhuma para incomoda-lo, muito menos agarrar seu ombro. Mas, olhando um pouco melhor para seu rosto o garoto começou a reparar em suas características físicas e faciais. Ele era realmente alto, muito mais alto do que o menino, e de feições ariscas. Tinha a pele queimada pelo sol, como se passasse mais tempo do que o saudável nele, e dois olhos marrom-acastanhados estavam plantados desajeitadamente em seu rosto.

- E o que um estranho está fazendo aqui segurando meu ombro em um cemitério tarde da noite? – Ele pareceu sorrir, era difícil discernir, pois suas feições eram tão pesadas e ariscas, marcadas com arranhões naturais que mais pareciam enormes talhos em seu rosto, que a detecção de mais uma linha ali era difícil.

- Você me pegou, semi-deus. – Makarov não teve muito tempo para debater mentalmente as palavras do estranho, tendo que saltar para lado de modo a evitar o poderoso soco desferido pelo homem. Para o horror do menino, este que estava atordoado demais para acreditar que tinha impulsivamente desviado do golpe de alguém assim tão fácil, o soco atingiu a lápide de sua mãe, estilhaçando-a em milhões de pedaços. – Venha cá. Eu não tive comida decente em meses. Humanos não são nada comparados ao sabor de um meio sangue.

Se ele fosse um garoto qualquer, Makarov já estaria correndo em direção ao homem em raiva cega ao ver a lapide de sua mãe ser despedaçada frente aos seus olhos. Mas ele sabia se conter muito melhor, e em vez do ódio quente correndo por suas veias, uma fúria fria congelou seus ossos. Os olhos do menino se endureceram conforme seu cenho foi franzido. Centenas de possibilidades encontravam-se em sua mente, e a única conclusão que ele conseguiu tirar no espaço de poucos segundos foi irrevogável; seja lá o que ele era, ou o que o homem era, sua vida estava em perigo.

Claro que o homem não lhe deu mais tempo para encontrar uma resposta e logo avançou nele novamente. Makarov estava tendo sérias duvidas quanto ao caráter homem deste senhor que havia estraçalhado uma pedra com as mãos nuas. Isso não era possível em centenas de níveis diferentes.

Girando para o lado novamente ele conseguiu escapar mais uma vez das mãos do desconhecido, evitando por pouco outro daqueles socos insanos. – Você me irrita, pirralho. Fique parado para que eu possa esmagar seu crânio. – O homem rosnou. Makarov começou a perceber leves alterações na aparência dele. Nada muito distintivo a primeira vista, mas era impossível perder o único olho sentado no meio da testa.  – “O que diabos está acontecendo?” – Perguntou a si mesmo, suando um pouco com o esforço físico exigido para esquivar de cada um daqueles socos. Era loucura! Se ao menos um lhe atingisse na cabeça, o garoto tinha a sensação de que não sobraria nem mesmo uma pasta no lugar do cérebro.

- Gah... – Gemeu baixinho. Ele não podia se esquivar para sempre, e eventualmente um dos socos lhe pegou de surpresa, atingindo em cheio sua braço direito. – “Isso dói...” – Makarov estremeceu ao ouvir o som de seus ossos se descolando, sentindo a dor característica de quebrar o braço. Era decididamente excruciante. Mas, pensando melhor – e querendo sair vivo daquela, o garoto respirou fundo e se concentrou. Por algum motivo aquele cara só tinha um olho e estava tentando mata-lo. Ele o chamou do que? Semi... Semi... Semideus!

- “Mas, se eu sou um semideus então... Um ciclope!” – Lembrando-se dos contos de fantasia que a matrona contava a ele e as outras crianças, o menino se lembrou do nome de um gigante que tinha um só olho e uma força enorme. Aparentemente ele era resistente a fogo, também. Não que isso importasse agora, ele não podia brotar fogo das mãos, honestamente!

Foi quando ele ouviu um novo estilhaçar de pedra.

Apenas por instinto que ele conseguiu apanhar uma lamina de pedra curva, na verdade era uma lasca que veio voando em sua direção, com o braço bom (embora esse braço ainda estivesse ralado e machucado de rolar no chão). Ela tinha, milagrosamente, uma espécie de cabo curto e um entalhe de pedra curvo. Era evidentemente uma parte arrancada de um arco de pedra de alguma lapide aleatória que o ciclope esmagara, mas era mais do que o suficiente na mente do menino.

Esquivando-se novamente, Makarov sentiu seu braço se tornar dormente sob a pressão, e ele só pode agradecer a qualquer divindade la fora por isso. A dor nublaria seus sentidos, e seu corpo já estava cansado. Ele não aguentaria muito mais. Distraidamente o menino se perguntou como ele havia se metido nessa confusão. – “Não, isso não é hora de pensamentos assim. Preciso me concentrar.” – Decidido, franziu o cenho em uma mascara de pedra fria e avançou o melhor que pode na direção do homem gigantesco. O dito homem, que na verdade era mais um monstro do que qualquer coisa, se agachou para alcançar a altura do pequeno semideus e, dessa forma, agarra-lo pelo pescoço e mais do que provavelmente explodir eu cérebro fora. Desviando por impulso, o menino conseguiu arranhar o único olho do ciclope, arrancando um grito de dor da criatura.

- “Corra, pequeno semideus. Encontre o menino de cabelos vermelhos na saída do cemitério. Fuja enquanto tem chance, você não está armado para enfrentar tal criatura.” – Uma voz sussurrou na mente de Makarov, tão fria quanto sua própria mas contendo uma pequena quantidade de amor paternal que o menino não reconheceu. Mas, sabendo que ela estava certa e deixado-se para questionar o motivo de estar ouvindo vozes aleatórias em sua cabeça para mais tarde, Makarov virou-se e correu o mais rápido que pode com um dos braços quebrados e efetivamente exausto.

Ele não sabia por quanto tempo seus pés o levaram para a entrada do cemitério, nem a quantidade de força que tinha sobrando. Era certo que ele desmaiaria se tivesse de lutar de novo. Pensamentos fugazes e distintos apareceram em sua mente, e a única coisa que se fixou foi a imagem da lápide de sua mãe estraçalhada pelos punhos do ciclope. O garoto cerrou as mãos, prometendo a si mesmo que destruiria a criatura se o encontrasse novamente. Era uma promessa, e essa era uma que ele não quebraria. No entanto, a sobrevivência vinha antes da vingança.

Dessa forma, em meio a gemidos exaustos e a ordem de ‘continuar’ emitida a seu corpo, ele alcançou a entrada do cemitério, enquanto avistava um dos garotos do orfanato. Ele era aleijado, ao menos parecia ser, e estava la a poucos meses. Segundo as matronas o garoto tinha treze, mas só o ralo cavanhaque dizia o contrário. Makarov imaginou que ele havia repetido muito, ou ele era precoce. Muito precoce.

No entanto, conforme corria em direção ao outro garoto que o encarava com urgência e um pouco de medo, o medo habitual de todos os que o rodeavam, ele se perguntou se veria a neve daquela cidadezinha novamente. Ou se ouviria o mesmo vento confortando-o em dias difíceis, mais uma vez.

Algo profundo dentro de si mesmo soando suspeitosamente como a voz de antes lhe respondeu a isso.

“Não”.

Foi tudo o que bastava para o garoto apressar seus passos em direção ao desconhecido. 
Makarov Dreyar
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