⊱ REFEITÓRIO ⊰

You knew I were trouble...

Era quase 13h quando eu decido ir almoçar. Fechei minha mochila, guardando minhas preciosas lembranças dentro dela (o que não são muitas, apenas uma foto dos meus pais adotivos e um colar que ganhei de um senhor na rua) e, parti para o refeitório. Eu estava com uma fome enorme, daquelas que só moradores de rua entenderão. E, como eu já fui mendigo, sei o que a palavra fome significa em minha própria pele.

Chegando lá, fui logo pra fila da comida. Não liguei muito pra onde a sentar, pois não há ninguém mesmo pra sentar-se comigo. Peguei um pouco de picanha suína, minha preferida, molho de churrasco, tomates, alface americana, purê de cenoura e uns canapês de presunto. Peguei também umas asinhas de frango banhadas à alho poró e coentro. Batatas fritas não faltavam no meu prato. Quando chegou minha vez de oferecer algo, joguei as asas temperadas e - Obrigado por tudo pai... Espero que tenha um bom dia - disse pra mim mesmo e fui sentar-me solitário na primeira mesa do refeitório.

Comi rápido o que eu havia pegado e pedi que uma ninfa me servisse água. A mesma não demorou-se e eu bebi um copo geladinho de água cristalina, direto da fonte. A comida desceu bem e eu me sentia melhor. Agora, eu acho que vou tirar um cochilo... Não tenho mais nada o que fazer mesmo e, aquele deus repentinamente parou de me pregar peças. Eu até que estava gostando de não me sentir abandonado, mas enfim, a vida segue e eu também.

...So shame on you now

Esse é meu post de número {01}. O tempo está {tranquilo}, e estou me sentindo {meio chateado}, estou falando com {ninguém}. Estou postando {no refeitório}. E agradeço a Lari ❥ por esse template.

You knew I were trouble...

Era mais um almoço solitário no refeitório e, como não tem jeito de passar fome, caminhei depressa do chalé até o galpão. O cheiro de costela de porco estava me consumindo por dentro e a cada passo, minha boca salivava um pouco mais.  Acelerei meus passos e peguei a fila do rango. Ser mendigo por anos me deixou com uma fome imensa.

Dentre tudo o que tinha pra comer ali, peguei as costelas de porco banhadas em molho BBQ, tomates, pois adoro tomates, alguns pães de alho para molhar no molho e um punhado de batatas fritas, pois assim como tomates, adoro batatas fritas. Joguei metade das minhas costelas no fogo, junto com uns pães de alho para que meu Pai "xuxasse" o pão no molho - É.... ainda não gosto muito do senhor, mas te agradeço por mais um dia - pensei, meneei a cabeça e fui me sentar na magnânima mesa de Zeus. Eu estava sozinho como sempre, porem esperançoso, ou quase isso.

Deliciei-me com as coisas que peguei e novamente chamei uma ninfa para me servir um copo grande de água gelada. É, eu curto muito beber água. Não me acostumei muito bem com o borbulhar de refrigerantes e nem com a textura dos sucos de fruta. Água parece tão... Certo pra mim que, prefiro bebe-la o tempo todo. Comi tudo, bebi tudo e saí do refeitório satisfeito comigo mesmo e com o trabalho na cozinha. Espero que o jantar me surpreenda.

...So shame on you now

Esse é meu post de número {02}. O tempo está {tranquilo}, e estou me sentindo {até que confiante}, estou falando com {ninguém}. Estou postando {no refeitório}. E agradeço a Lari ❥ por esse template.

Eu estava no refeitório comendo igual um condenado, quando:
- Percy! Você está bem? Você foi atingido; e a maldição? As muralhas subiram e eu não pude ver mais nada e, de repente, os deuses estavam lá e... – Annabeth mal respirava pronunciando as palavras. Olhei nos olhos dela, coloquei as mãos em seu rosto, colocando os cabelos louros para trás da orelha.
- Hey! Eu estou aqui, não estou? Estou bem... só com um pouco de fome – minha barriga roncou e eu ri – tá, muita fome!
Ela riu também. Olhava-me como se eu fosse uma medalha de ouro olímpico brilhante que estava sumido a semanas. Eu a olhei por um tempo também.
“Como está bonita... e essa cara de preocupada...”
RRRRRRRRR!
“Ah é, eu estava comendo.”
Voltei a comer. Ela ficou me perguntando sobre a maldição, pois eu tinha sido atingido por Gabriel; até sangrei. Logo que o evento teve um fim, aquela sensação de invencibilidade havia voltado e, para checar, tentei me cortar um pouquinho com a faca e nada tinha acontecido. De fato, a Maldição de Aquiles estava de volta.
“Aqueles escritos...”
- Ah, haviam escritos na arena... nas muralhas! Acho que tem algo a ver com isso. Algum bloqueio.
- Ah, já li sobre isso – ah, claro que já leu – mas não tinha reparado...
- Você? Não reparou nos escritos? Não ficou se encantando com toda arquitetura da arena?
- Ah, eu estava preocupada com você... eu... tinha falado com Rachel e... sobre a profecia.
- A profecia? Qual? Como assim?
- Você vai saber na hora certa.
- Ah, Annie... qual é?
- Por favor, Percy... eu estou com medo. Na hora certa você vai saber, não quero complicar as coisas.
- Sério... medo? Annabeth, lutamos contra Cronos...
- Percy...
- Ok, eu vou... vou esperar, fica tranquila – olhei-a por um tempo admirando-a e lhe beijei.
- Obrigado. Eu vou no chalé resolver umas coisas... se cuida, ok?
- Pode deixar comigo!
Ela me deu um último beijo e saiu de perto. Já me sentia melhor, mas ainda com fome.

“Profecias e mais profecias... parecem mais assombrações, isso sim. Espero que não tenha nada relacionado com ‘apunhalada nas costas’ desta vez.”
Fiquei ali, mesmo após acabar de comer, pensando em muitas coisas. Profecia, Annabeth, mãe, deuses, titãs, humanidade. Todo aquele fardo voltando a pesar mais uma vez. Mas eu me mantinha convicto; eu iria fazer o possível e o impossível para ter mais tempos de paz. E onde estava Groover? Depois que ele se "promoveu" ficou mais difícil o contato, a não ser pelo Elo de Empatia.
"Percy, se está me ouvindo...? Cuidado, cara... muito cuidado! As coisas estão ficando ruins de novo..."
"Grover? Ei, você está? Grover... ?"
Tudo ficava mais estranho. Claro, eu era Percy Jackson... sabia o que estava acontecendo. Começava com uma profecia, continuava com alguém escondendo coisas importantes e indo para coisas estranhas acontecendo do nada e, de repente, estava correndo risco de vida.
"Pode crer, Groover... estou praparado".
Fui para a praia ver o que a minha mais nova arma era capaz de fazer: Saphire's Water.

Eram nove horas da manhã quando fui tomar o café da manhã. A missão para conseguir minha parceira Talt havia me exaurido mais do que imaginei. Depois de passar na enfermaria para cuidar de alguns leves ferimentos, segui para o chalé de Phobos, onde eu simplesmente apaguei.

Cheguei no refeitório e encontrei várias pessoas, espalhadas por diversas mesas, uma maior do que a outra. Como geralmente fico sozinha, estranhei encontrar tanta gente reunida. O salão era bastante espaçoso e ouso dizer que caberia todo o acampamento no lugar umas três vezes. Talt estava no meu ombro e observava a todos com um certo receio.

- Relaxe, Talt. Eu estou aqui com você. - disse sorrindo para ela.

A pequena fada pareceu se acalmar depois disso. Seguimos, então, para o bufê, onde haviam dezenas de pratos maravilhosos. Peguei um pouco de arroz e bastante carne assada com molho de churrasco, além de um suco maravilhoso de morango. Peguei algumas frutas pequenas para Talt, como cereja e morango. Aproximei-me da pira e ofereci ao meu pai boa parte do churrasco e um pouco de arroz.

- Seria tão incrível pode te conhecer, pai. - meus pensamentos vagueavam tentando imaginar como ele seria.

Talt começou a me chamar e percebi que estava demorando demais a me sentar. Fomos até a mesa de Phobos e nos deliciamos como o sabor maravilhoso da comida. O arroz era, sem dúvidas, o melhor que provara em toda a minha vida. A carne também era bem temperada e as frutas, pelo que pude notar de Talt, estavam maravilhosas.

Terminando de comer, voltei para meu chalé e me preparei para mais um dia de sustos.