MvP - Sophitia e Nathaniel

Sophitia, ou Soph como seus amigos a chamavam, estava dando uma volta pela floresta. Ela andava pensando em suas escolhas e decisões durante sua estadia no acampamento. De uma garota bobinha, a filha de Atena havia se tornado quase uma filha frívola de Afrodite, por falta de muita inteligencia e experiencia em combates, porem, ela estava tentando se enquadrar nessa vida nova. Enfim, fora essa temática em sua linha de pensamentos, a menina caminhou tão fundo na floresta que acabou chegando num lugar não explorado da mesma. Uma caverna cercada por arvores altas com copas densas de um verde tão escuro que o Sol mal penetrava entre as folhas. A garota bateu palmas na entrada do covil e uma risadinha ecoou de lá de dentro. A menina deu uns passos atrás e arregalou os olhos quando um hibrido entre leão e hiena se revelou. Um animal enorme do tamanho de um leão, com o focinho fundido de Hiena. Havia pintinhas pelo corpo da criatura e listras na coxa. A boca era enorme e branca com manchas negras bem marcantes. Uma juba escura de tons amarronzados enfeitava o rosto medonho da besta - HI HI HI HI HI - ria o Leucrota.

Não tão longe dali, Nathaniel, um filho de Érebo caminhava pelas sombras da noite em busca de algo a fazer, já que ele dormia o dia inteiro e só despertava quando o Sol ia embora. Em sua andança, o garoto pode ouvir uma risadinha. O mesmo acelerou seus passos e quando percebeu, já estava numa espécie de covil. Uma criatura monstruosa ria-se sozinha ao rosnar para uma garota de pele branca e cabelos escuros. Essa era a hora de se mostrar útil ao acampamento e quem sabe, ainda ganhar o coração de uma beldade.

Sophitia, fez o primeiro movimento. Sua adaga cortou o ambiente em rodopios fatais de sua lâmina afiada, correndo em direção à besta fera. Porem, a garota não esperava que a fera fosse desaparecer em meio as trevas. Sua adaga ricocheteia em falso no chão e volta até sua mão, sem sequer ferir o monstro que ri - HI HI HI HI HI - em meio as trevas da floresta. As risadas tolas da criatura ecoam na mente dos jovens meio-sangues, os fazendo temer por um instante. Porem, Nathaniel, com toda sua elegância, não se deixa abalar por uma mera risadinha idiota de um monstro ridículo quanto um Leucrota. O filho da escuridão, então, caminha até perto da moça, e a mesma desaparece por completo.

A questão é: o leucrota também não está visível e apenas se podia ouvir suas risadas mal intencionadas. Sophitia, apesar de inteligente, sentia que a criatura zombava dela. Era uma risadinha tão mediocre que a filha do saber escutava claramente em sua mente - HI HI HI HI HI Eu sei onde você está burrinha! Não adianta se esconder tolinha HI HI HI HI HI - Aquilo era uma afronta pra qualquer semideus, ainda mais pra filhos orgulhosos de si, como os de Atena. O leucrota surge risinho pela escuridão e num movimento rápido e certeiro, ziguezagueia pelo luar, derrubando os dois, com um golpe de cauda. O monstro então some novamente e fica rindo do desastre que era os meio-sangues.  

Sophitia, usando os olhos de uma coruja que ouvira seu chamado evocativo, conseguiu localizar a besta e, juntamente com os poderes sombrios que contornavam o Leucrota, vindos do elegante filho de Érebo, a garota sábia desferiu com louvor seus golpes nem combo perfeito de três hits consecutivos. A fera engasgou o riso e aos tropeços, acabou se cortando na lâmina escura de Nathaniel. A unica surpresa da dupla, foi que o monstro que ria estava bem próximo deles. A sorte foi que a criatura se afastou assim que recebeu o susto dos golpes da filha do saber, senão, o leucrota teria os matado ali mesmo.

A lua foi tampada por uma nuvem densa e o escuro tornou-se incômodo. Quando ainda estava claro, os garotos podiam enxergar de boa, mesmo que só um bocado da criatura. Porém agora, Soph e Nath mal enxergavam um palmo a sua frente. O filho das trevas, conseguia manter sua pose elegante e pomposa frente a situação, mantendo a clama e a razão. Entretanto Sophitia, apesar de não parecer, sentia um medo crucial vindo de seu âmago. Contudo a moça se portava como uma guerreira, pois ela devia ser forte pelo garoto. Pelo menos era assim que ela pensava, já que ela tem um sentimento muito forte de proteger os outros que a cercam, independentemente de serem íntimos ou não.

O  leucrota continuava zombando dos garotos, balbuciando palavras de desânimo completo, dizendo que eles não serviam para nada, que eles eram a escória dos deuses e que ele, o leucrota, iria despedaçar cada um deles e que seus gritos não seriam nem mesmo ouvidos no seio da floresta - HI HI HI HI HI - a risada ecoava e ecoava, trazendo medo, pavor e ansiedade a cada um dos semideuses que ali estavam no meio da escuridão.