PvP: Hallt x Albafica.

Ainda bem que eu sou muito atencioso e preocupado com meus irmãos. Aliás, eu fui o primeiro a chegar no acampamento, e apesar de parecer forte, eu tenho muito o que aprender e evoluir. Espero que meu irmão aprenda alguma coisa quando nos enfrentarmos. Juntei as coisas que iria usar em batalha e e corri distraído para a arena. Espero que ele não ache estranho a minha mania estranha de tocar as pessoas. Suspirei profundo e quando dei por mim, já estava no destino proposto do treinamento. Acenei para meu irmão do outro lado da Arena e surpreendentemente me peguei pensando em Kyle. O que é que ele está fazendo agora? Bom, deixa pra lá, eu vim aqui pra treinar, né? Tenho que dar tudo de mim. Bati meus pés no chão, para sentir o ambiente, fechei os olhos e a brisa me encheu de frescor. Me coloquei a sorrir tímido e aguardei.

Bom, o combate foi autorizado, mas eu não gostava de me anteceder no combate, eu preferia que o garoto fizesse o primeiro movimento contra a minha pessoa. Msmo aqui em campo, eu sou pacífico demais para golpear qualquer ser vivo. Isso se aplica ao meu irmão Hallt. Não tenho coragem alguma de ataca-lo, mas o intuito desse embate é ataca-lo, treina-lo e transformar meus novo irmão num guerreiro, ou qualquer coisa desse tipo. Pigarreei, levando a boca cinco de minhas sementes, conquistadas nos jogos olímpicos. Olhei o céu e caí meus olhos sobre o meu desafiante - Espero que você saiba correr... - comentei distante umedecendo meus lábios, brincando com o suspensório do meu macacão.

Eu nasci no campo, minha cusparada é incrivelmente boa e, bem, posso ser uma negação com arco e flecha, mas eu tenho uma bela pontaria no quesito cusparada, e essas sementes, somadas ao meu poder, causaria um bom susto ao meu irmão. Claro que eu iria errar umas três, pois só queria impressionar meu irmão. Porem duas, eu com certeza tentaria acertar e, de preferencia, em suas coxas ou na altura dos ombros. Se nada desse muito certo, eu ainda podia correr, e desviar do meu irmão, minha agilidade é um tanto quanto incrível e somada a minha outra habilidade, geo-dynamica, Hallt perderia o equilíbrio e eu poderia me afastar dele novamente.

Essa seria a primeira lição dele: A esquiva é a melhor defesa e se bem executada, e claro, uma grande forma de abrir brechas e analisar o oponente quando for hora de investir. Sorri para meu irmão e iniciei meu plano.

Eu soltei uma gargalhada gutural e sincera. Meu irmão não era tão bobo como diziam. Eu soube que ele levou uma surra de um sátiro, mas acho que sua perda, o deixou um tanto mais concentrado e esperto. Acho que ele não precisa da minha ajuda para nada. Pra mim, ele já está pronto para um combate real, porem, agora me veio a questão, será que dou tudo de mim, ou apenas continuo brincando com ele. Posso fazer ele suar fácil, fácil, mas acho que agora não é hora para isso. Tenho um outro plano na manga, ou qualquer coisa parecida com isso.

Eu não podia vê-lo, já que ele vestia o elmo dado por nossa mãe. Eu também o tinha, mas não quis usá-lo, acho covardia demais ficar invisível num combate. Enfim, eu sei que ele gosta muito de flores e esse papo todo de encanto, então, por exemplo, acho que posso atraí-lo com meu perfume, ainda mais se o cheiro for de rosas bem vermelhas. Tipo aquelas de Luis XIV, diabólicas e dotadas de realeza. Meu sorriso ficou mortal, mas meu rosto ainda era sedutor. Uma das alças do meu macacão escorregou, deixando metade do meu peito nu amostra. Músculos firmes e grandes. Bom, tudo em mim foi feito para atrair. Mesmo eu não sendo filho de Afrodite, minha mãe escolheu bem os meus genes. Minha beleza e sensualidade, somado ao cheiro de rosas, seria uma bela distração, ou melhor atração - Vem brincar comigo - Falei calmo, com um tom de diversão. Molhei meus lábios para dar um toque especial.

De qualquer forma, isso era só parte do show. Uma das paredes folhosas do meu irmão, havia caído perto de mim. Caminhei até ela e com um toque gentil, desfolhei a parede e as tornei rígidas como navalhas. Estas correriam o campo de batalha, cortando tudo o que estivesse pelo caminho. Bom pelo menos era o que eu esperava que acontecesse, já que este é o pacto que todo o filho da natureza faz, quando atinge uma certa maturidade. Para aterrorizá-lo mais ainda, eu faria um clone de luz, e o faria procurar meu irmão no meio dos destroços causados pelas folhas - Se você não vem, eu te faço uma visita - falei cruzando meus braços, deixando meu clone o procurar. Entretanto, apesar da minha posição despreocupada, meu relógio estaria bem ali, pronto para ser ativado num escudo de espinhos.

Em resumo, se tudo desse certo, meu irmão seria atraído pelo meu cheiro de rosas, entrado em panico pelas folhas navalha e quem sabe travaria uma batalha com um clone meu. Nada mais básico do que isso.

Eu admito que foi um erro usar as mini folhas das raízes, mas pelo menos serviu de distração pra algo. Hallt estava nalgum lugar perto de mim, pois meu clone havia me defendido de uma cusparada, mas se ele está perto de mim, que estou fora de qualquer tipo de matagal estranho do menino, como ele ainda pode estar invisível? Bom, só os deuses sabem. Continuei com os braços cruzados, com meu relógio de prontidão, caso algo acontecesse. Não estava preocupado, apenas um pouco entediado com a batalha. "o que será que tem pro jantar?" - pensei distraído enquanto evocava braquiárias ao meu redor, num tapete verde e luminoso por uns 10 metros de raio, num circulo perfeito.

Suspirei fundo e Usei dos princípios da sucessão ecológica para trançar a grama ao meu redor, dificultando os passos de Hallt. Ele estaria fadado aos tropicões e com o solo bem gramado, bem trançado, ele não poderia continuar invisíveel, sem fazer barulho algum. Meu clone ficaria vigiando minhas costas, e se percebesse alguma coisa, eu ia ativar um bônus na grama, algo que talvez meu irmão não esperasse: Uma chuva reversa de folhas afiadas. Reversa, pois viria de baixo e, de folhas afiadas, pois usaria do pacto para transformar as folhas do solo gramado em agulhas.

Um ataque fulminante e uma defesa quase impenetrável. Ainda mais se eu o distraísse com rosas brancas que tornavam-se vermelhas como o sangue e desfaleciam em pétalas negras. Lambi os lábios e aguardei.

Sangue, tudo o que ele não podia ter arrancado de mim. Não ligava para dor, para o estupido golpe de adaga que cortara minha pele morena de sóis gregos. Mas meu sangue, ninguém tira de mim. Meu precioso e avermelhado líquido de vida, é somente meu e ninguém mais pode usa-lo ou tirá-lo de mim. Só eu posso me cortar fundo e deixar meu fluxo sanguíneo se esvair de mim mesmo. Meu rosto estava sereno, mas meus olhos expressavam um ódio mortal e aterrorizante. Não fico bravo por pouco, aliás eu só entrei num abriga de verdade, quando as piadinhas ao meu respeito, começaram a afetar a vida do meu pai. Enfim, isso é outra história. Pois bem, antes que o garoto pudesse fugir de mim, num súbito movimento de meu punho, tento segurar alguma parte do corpo do garoto. Se não desse certo, a grama trançada do solo iria fazê-lo tropicar, mas se isso também não desse certo, um abalo sísmico resolveria a questão do afastamento do moleque- Chega de fugir! - falei firme.

Empunhei a Pollux&Castor, e agora as coisas iriam se tornar sérias. Uma das foices brilhava como o Sol e a outra somente refletia o brilho. Minhas foices gêmeas ligadas por uma corrente, seriam usadas como ganho, caso meu irmão estivesse longe, ou caído no chão. Um simples fincar da lâmina nalguma parte de seu corpo seria uma ameaça suficiente para que ele não tentasse escapar, pois o mínimo puxão que eu dê, caso a foice estiver presa em seu corpo, seria um caos para meu irmão. Já pensou ele com uma fenda enorme do ombro até o osso da clavícula? Não seria nada agradável e pode dar bicheira, uma larva de mosca que come carne fresca.

Mas por outro lado, se ele estivesse bem perto de mim, tentaria dar um soco firme na boca de seu estômago. Meu muque tem o tamanho de um melão e é forte e duro como o mesmo. Já pensou em levar uma surra de melão? Não? nem eu. Não tenho culpa se meu pai me obrigou a trabalhar no campo com ele desde pequeno. Agora sou obrigado a ser esse muro musculoso de pessoa. Enfim, eu estava pensando nisso, pois assim que ele estivesse dolorido, faria crescer uma planta mágica em volta dele. Esta, sugaria o restante de forças que lhe sobrariam e restauraria parte de minha própria energia que fora usada durante todo o combate.

Se bem que, se ele estiver foragido e se minha geo-dynamica funcionar como esperado, as plantas sangue-suga seriam bem vindas também, e somadas ao golpe de foices, seria bem eficiente, quase como um combo. De qualquer forma, qualquer um dos planos seria bem eficiente, pois eu estou focado em destruí-lo no ato e, minha atenção dobrada, me ajudará a ser bem sucedido em qualquer coisa que Hallt fizer. E mesmo que ele, meu irmão consiga fazer alguma coisa espetacular, eu tenho clones melhores que o anterior para lidar com ele. Clones feitos de madeira maciça, capazes de fazer tudo o que eu faço, de forma independente. Imagina 3 Albaficas clonados, mais o original, eu, lutando contra um único oponente? intenso. Mas claro, só os usaria em segunda instancia, caso o plano A e o plano B, não dessem muito certo.