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One-Post Mission, Teste Sam Parker - Aliança soturna.

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Mensagem  Hades Sáb Mar 02, 2013 12:35 pm

As Correntes da Redenção, para Sam J. Parker.

Sam parecia ouvir sinos ecoando em sua mente; uma, duas, três vezes, vagarosamente, seu som fazia o corpo do garoto fremir, como se a temperatura ali no quarto despencasse subitamente. Mas não, seu corpo estava muito quente, as batidas ejetavam emoção em seu coração, a respiração começava a ficar dificultosa. Diversas imagens corriam por sua mente, desde à paz de uma igreja, com o sino tocando, à confusão de um exército se preparando para a batalha. A segunda, com certeza, era a mais adequada. De repente o garoto começou a afundar na cama, braços estavam o envolvendo, puxando-o para baixo em um abraço. Uma força incomum o hipnotizava, ele não conseguia gritar, som algum era libertado. Engoliu a saliva a seco e esvaeceu.

Entreabriu os olhos, sua pálpebras se separaram com certa vacilação, seu corpo estava duro e seus punhos cerrados, deitado numa cama em que caberiam pelo menos mais cinco seres igual à ele. O quarto não tinha portas, janelas ou móveis, apenas a enorme e, diga-se de passagem, confortável cama. Estava um tanto escuro, mas ele conseguia ver a forma de uma ave no pé da cama. Pensou ser algum objeto, um adorno, quando a ave abriu as asas de tons dourados e gritou, imponente. O corpo de Sam tombou novamente, dormiu.

Sonhando, ele subia uma montanha íngreme, cheia de pedregulhos. Sam estava com muito frio, duas aves sobrevoavam acima dele; um corvo e uma águia dourada. O corvo flutuou no ar em direção ao garoto, mas quando o semideus achava que esta iria atacar-lhe, a ave desviou-lhe e passou à frente. Ergueu a cabeça e viu, então, um homem amarrado lá, correntes prateadas o impediam de sair. Detentor de um olhar sábio, a barba grisalha do homem já alcançava níveis extremos, seus cabelos já ultrapassavam seus pés. De repente, o corvo agarrou-lhe a carne com as garras e começou a comer seu fígado, impiedosamente. Pobre titã... criou o homem, deu-lhes o alimento, devolveu-lhe o fogo, para agora perecer diante de uma mera ave. Mas ele não tinha ressentimentos, cumpria sua penitência com orgulho, sem dar um gemido sequer, pois quando sua boca abria, não emitia nenhum som. Como em um filme, Sam viu tudo se acelerar, viu um homem extremamente musculoso subindo a montanha, e arrebentando as correntes, libertando Prometeu. Como hologramas, as imagens oscilaram e desvaneceram, dando lugar à uma mulher. De olhos verdes e corpo esbelto, algo conectava aquela mulher ao semideus. Seu vestido de seda estava todo rasgado, e as correntes que antes prendiam o titã, agora prendiam a deusa.

Ele acordou novamente, na mesma cama, agora o que era uma ave dourada, era um homem de armadura dourada e asas brancas, abertas majestosamente, o deus iluminava o garoto. - Olá... rapaz... seja lá qual for o seu nome... eu esqueci-o. - Hipnos lhe falava, de modo lento e estendido. - O que viu foi nada menos que Macária, a filha do meu Senhor, presa. Hades queria ir libertá-la, mas uma vez que Zeus a prendeu, pensando erroneamente que nós iríamos atacá-lo, por sermos aliados de Érebo, parece que temos que nos defender. Então, infelizmente para você, escolhi-o para libertá-la...Eu queria contá-lo muito mais que isso, mas acho que... não lembro mais. Só sei que eu não sou capaz de quebrar as correntes, apenas... apenas aquele que... aquele que libertou o que já foi preso lá, terá que procurar por Hércules, aquele que libertou Prometeu... o único possuidor de força necessária para arrebentar as correntes... correntes... hum... correntes as quais nem Ares ou Afrodite foram capazes de destruir, quando Hefesto usou-a para prendê-los. Não vejo motivo pelo qual Hércules vai ajudá-lo, mas... não ligo, a missão é sua. Meu mestre Hades disse que, se precisar dele, lhe concederá um desejo, apenas um. Reze à ele. Agora vá, porque quanto mais tempo Macária ficar fora, mais tempo aqueles que deveriam ter uma boa morte, morrerão tragicamente pelo foice de meu irmão... e... quanto mais tempo o Rei e a Rainha ficarem sem sua filha, mais tempo eu terei que aguentar as suas fúrias. - o deus estalou os dedos e caiu na cama, dormiu.

Sam materializou-se no ar, e então caiu, nada que fosse machucá-lo. Suas costas se chocaram com um assoalho de madeira, e logo veio a constar que estava num navio... um trirreme lotado de esqueletos, remando. Um dos esqueletos, com uma boina de capitão, veio até ele e colocou a boina sobre a cabeça do semideus. - Olá, vivo!!! - berrou ele, batendo continência. - Nosso senhor Hades cedeu um navio à você, para concluir a missão. Estamos todos às suas ordens, qualquer ordem! Me chamam de Spike, e aqueles ali a Vossa Majestade chama de vermes cascudos! Agora, se não se importa... Remem, vermes cascudos! - o capitão Spike pareceu orgulhoso de ter dito aquilo, e logo os espectros começaram a remar, movendo o barco. - Você assume daqui, senhor!


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Última edição por Hades em Qua Mar 06, 2013 4:40 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Sam J. Parker Ter Mar 05, 2013 5:26 pm

As Correntes da Redenção
Abriu meus olhos, um pouco mais que o normal, e percebi que aquilo tudo não havia passado de um grande sonho, apesar de ainda estar dentro do acampamento, e do chalé de Hermes, já que não havia sido reclamado. Um pássaro negro apareceu e se colocou no pé da cama. Ele tentou espantar o corvo, mais antes que tivesse força para isso, esvaeceu novamente.

Depois disso, sonhou com Macária, em sua prisão, Hipnos começou a me explicar tudo que eu deveria fazer. Eu tentei absorver todas as informações, e consegui – apesar de que a cada fala de Hipnos, parecia que ele esquecia de algo.
Apesar de eu ser apenas um campista indefinido, seria escolhido para a missão, porque e como eram duas coisas que eu não sabia.
Cada vez que tentava argumentar sobre o que Hipnos me dizia, não conseguia falar, minha voz não saia, apesar dos meus esforços. Hipnos estalou o dedo e ali estava eu – seja lá onde ali for.

Aquilo tudo estava se passando novamente em sua cabeça, quando estava abordo do navio, como Hipnos havia levado o próprio até lá, não sabia, só que deveria salvar uma deusa, que poderia ser ou não minha progenitora. Me levantei, reparei que eu estava vestido com minhas roupas de treino, fui até o esqueleto falante.
- Onde estamos? – disse olhando para o esqueleto que chamou os espectros de vermes cabeçudos.
- Estamos no da Biscaia, o mar de comércio entre Espanha e França. Me chamo Spike, sou o capitão das Sombras do medo, e caso você não seja muito inteligente, significa o nome do navio. Como disse estou as ordens. – disse o esqueleto, havia me insultado da maneira mais sensível para ele e que estava vestido com roupas de um capitão da marinha. – Estamos indo em direção ao mediterrâneo, assim como mestre Hipnos falou-lhe, nós...
Parei de prestar atenção no que ele falava, a partir daquele momento, me lembre de Hipnos me explicando tudo, que teria que fazer convencer Hércules, filho de Zeus a me ajudar a libertar Macária das correntes de Hefesto, sendo que nem Ares e Afrodite conseguiram se libertar da própria.
Era como se após absorver as informações ditas... Não sei dizer, como se fosse algo que já tivesse aprendido e lido mil vezes.

Olhei para cima, ainda estava escuro, teríamos que permanecer ali por um tempo, se eu não me enganava.
- Certo, que tipo de armas eu tenho?
- Nos entregarem essa espada de bronze celestial e esse escudo de bronze para você. – Disse ele me entregando as coisas.
- Certo, qual o tempo de viagem?
- Deixe me ver sem empecilhos de monstros, são mais ou menos... – Ele começou a fazer contas nos dedos. – Mais ou menos às três da manha.
- Certo, eu vou lá embaixo treinar. Só uma coisa, continuem em velocidade máxima até o mar mediterrâneo e depois me chame.
O capitão Spike assentiu com aprovação e eu desci para treinar um pouco. Se eu iria libertar uma deusa menor, tinha que treinar um pouco. Um dos vermes cabeçudo me levou até um local onde eu poderia treinar. Era um campo de treinamento razoável,tinha alguns bonecos de palha para treinar, outros que se que se mexiam conforme a água. Acionei eles, e coloquei umas aramas em sua mão e comecei a treinar: esquiva, corte no flanco direito e esquerdo, defendia com o meu escudo, cortei a mão do boneco que se mexia, e logo depois arranquei sua cabeça.

Passei um tempo treinando, estava ofegante e suado. O barco começou a sacudir muito fortemente, como se algo pesado tivesse acertado. Prendi meu escudo nas costas, e embainhei a espada e a prendi do lado esquerdo do corpo, e subi correndo para a proa do navio.
Avistei o capitão e corri até ele.
- O que está acontecendo?
- Batemos em um pedregulho, estávamos quase chegando, teremos que desviar, vai demorar para chegar. – Falou Spike.
- Não podemos, a cada segundo que eu demoro mais, Macária sofre nas garras de Zeus.
Acho que se Spike fosse de verdade ele iria ter uma cara de chocada, eu estava meio que desafiando o rei dos deuses.
- Tudo bem, mais você vai sofrer as consequências. É um caminho mais perigoso.
- Tudo bem, já estou no caminho perigoso, estou desafiando o rei dos deuses ao libertar a filha de Hades.
- Você tem razão.

Fiquei pela proa, esperando a nossa chegada. A longe eu vi um ilha cheia de linda mulheres.
- O que é aquilo?
- Sereias... Droga! – Disse ele com raiva. – Vou desviar.
- Não. Eu quero ouvi-las.
- O que? Porquê? – disse Spyke.
- Dizem que quando você escuta o canto da sereia, você vê a coisa que você mais gostaria que acontecesse, se eu ficar olhando, eu posso ver a forma de convencer Hércules, de acabar com a guerra.
- Isso faz sentido, mais é perigoso, se você se afogar não vou saber como ajudá-lo.
- Então me amarre com toda a sua fora no mastro principal, e não me solte por nada. – Disse para Spike.
- Certo, você que manda.
As cordas estavam tão apertadas que estava queimando quando eu me movia, o capitão ainda parecia não ter aprovado a idéia. Achei que tinha me engando enquanto a idéia, a ilha já estava próxima e nada de sereia. Meu corpo começou a pesar, uma linda voz cantava ao fundo da maré, minha visão ficou turva por um tempo e quando olhei para frente eu vi, minha mãe, e um homem, ele estava de terno, será que aquele era o meu pai... Minha mãe apontou para mim e me chamou, eu comecei a correr o máximo que podia, mais algo estava me segurando, eu olhei pro lado e um grupo de espectros me segurava para eu não ir. O homem de terno começou a se virar, eu finalmente veria o rosto do meu pai, senti uma forte pancada na cabeça, comecei a sentir minha visão ficando turva novamente, senti a madeira gelada do barco no lado esquerdo do meu rosto, o sangue escorria da minha cabeça, a visão escureceu completamente, e o gosto de sangue em minha boca aumentou.

Acordei em uma cama que parecia ser improvisada, o barco ainda estava se mexendo, eu me levantei, comecei a olhar em volta, aquela parecia ser a cabine do capitão. Sai dali, estava a noite ainda, a lua parecia que estava descendo no céu, estimei que já seria entre duas e meia e três horas da manha.
- Boa noite, senhor. – disse Spike.
- Porque será que eu estou com uma dor de cabeça tão forte?
- Isso, bem uma cortesia das sereias. E uma minha também.
- O que aconteceu?
- Bem, você conseguiu se soltar, e nos venceu, quando ia pular no barco, eu lacei sua perna e te trouxe de volta, e quando você chegou no barco ia pular novamente, em tão tive que te bater com o seu escudo. Me desculpe.
- Tudo bem.
- Falta apenas um pouco de tempo para nós atracarmos na ilha de Hércules, se prepare.

Desci ao convés do capitão e peguei minhas armas, prendi o escudo nas costas e embainhei a espada, e subi novamente.
- Tem algo errado. – disse Spyke.
- O que está acontecendo?
- O mar, ele mudou o curso, como se tivesse... Não sei dizer, sendo controlado, como se algo o empurrasse.
- Isso não é bom...
O barco parou drasticamente, um grande banque aconteceu, eu cai no chão, ao encostar no barco, senti como se tivesse algo embaixo dele, igual a sensação de quando você está em um carro, e passa algo embaixo da roda. Eu me levantei e olhei para fora do barco, e vi uma sombra enorme passando pela água, não era algo pequeno isso eu tinha certeza, e estava vindo a superfície.
Me afastei o mais rápido que pude, quando o barco parou com força, fazendo-me voar, quase caindo da proa.
- Isso é ruim. – disse olhando para Spyke.
- Você não faz ideia – disse o capitão.
- Vocês tem arma no barco?
- Temos, mais só...
Um tentáculo, que deveria ter dois metros de largura agarrou um dos vermes cabeçudos e o fez desaparecer.
- Verme cabeçudo um, desça até o salão de armas e acione todas, iremos enfrentar o Kraken.
“Ótimo! Como se não tivesse problemas muitos problemas.”
O verme cabeçudo mais próximo de mim, levantou e saiu correndo, descendo as escadas. Os tentáculo voltaram a aparecer, eu havia conta sete, agarrando mastros, pedaços da proa, tudo no que ele pudesse se agarrar. Algo começou a se levantar da água, era enorme. O verme cabeçudo um veio correndo, ele parou em frente ao capitão e assentiu que “sim” com a cabeça. Ele foi até a cabine do capitão, e voltou.
- Vermes, modo guerra, ora da luta! – Disse o capitão.
Canhões apareceram na proa, no lugar de onde os vermes remavam, com os próprios na linha de fogo. Começamos a atirar, os tentáculos ficaram destruídos.
Mas cinco tentáculos apareceram, onde pegaram todos os canhões, e os levou pro mar.
- Isso não é bom. – disse.
O capitão estava em choque. Os tentáculos voltaram, era minha vez, tentáculos tentavam destruir a vela principal, coloquei minha força inteira, e decepei o tentáculo que com o que pareceu agonia voltou para o mar. Fui até os tentáculos que tentavam agarrar a tripulação, não era muito difícil atacar algo sem olhos. Um dos tentáculos agarrou o meu tornozelo e começou a me puxar para fora do barco, cravei a espada nos assoalhos e tentei me segurar, quanto mais eu me segurava na espada, mais os tentáculos esmagavam minhas costelas, a dor começou a ser agonizante, não tinha maiis forças para segurar e soltei. Foi tudo muito rápido, minha dor passando, a luz da lua desaparecendo e a cara do Kraken aparecendo. Para falar a verdade, era bem diferente dos filmes, ele não era meio humanoide, apenas polvo. Meus olhas pareciam que iam saltar de suas orbitas, estava sendo afogado, peguei meu escudo e comecei a bater sem parar no tentáculo, até me soltar, o próprio fez depois que um sangue viscoso começou a ser solto.
Subi com velocidade a superfície, eu ia morrer se não chegasse lá rápido. A luz parecia diminuir assim como minha velocidade, o kraken estava voltando para me atacar, usei todas as minhas forças para voltar a superfície. Senti minha mão no ar, apressei minhas pernas e consegui chegar a superfície. Respirei o máximo que podia, e voltei nadando para o barco.
- Spyke.
- Eu já sei.
Uma corda apareceu no mar, eu a segurei e comecei a balança-la, então os marujos me puxaram com tudo, quase senti que meu braço ia ser arrancando.
- Bem-vindo de volta.
Comecei a cuspir água, mas não tinha tempo para isso, me levantei ainda tonto e sem folego e fui atrás da minha espada. Tirei ela dos assoalhos e olhei para o mar, os tentáculos já eram visíveis.
- Capitao, precisamos de um a flecha tamanho família, ou um arpao.
- Agora.
O capitão e alguns vermes trouxeram uma arma, não era uma arma... Era uma ARMA. Era uma besta gigante, do tamanho de uma catapulta, com um flecha que atravessava, no mínimo cinco Sam’s. Ela disparava meio que uma flecha com uma junção de arpão, devia ter uns dois metros de comprimento, tinha uma espécie de alavanca que se puxava disparava. Eu mirei para baixo, sabia onde o Kraken estava, só precisava que ele ficasse visível.
- Preciso que enquanto eu miro, distraiam os tentáculos.
Eles me olharam como se dissessem, “Somos espectros, e um esqueleto esqueceu?!”, mas logo Spyke fez os vermes pegarem qualquer coisa afiada o bastante para ser uma arma.
Não demorou muito para o Kraken começar a me atacar, os espectro começaram a bater neles com madeira, facas de prata, tudo que tivesse ponta. Quanto mais o kraken era acertado (os seus tentáculos no caso) mais ele ficava com raiva e aparecia a superfície. Quando vi a sombra da sua cabeça gelatinosa, eu atirei. A água começou a borbulhar como se o kraken gritasse.

Uma nuvem preta subiu, pelo que lembrava das aulas de biologia, não havia matado o polvo.
- O que está fazendo?
Eu havia subido na besta e afastado ela até o gatilho (alavanca) travar. Peguei minha espada, e olhei para o esqueleto chefe.
- Spyke, acione.
- Boa sorte.
Rezei rapidamente a Poseidon, esperava que desse certo. Ouvi Spyke acionando a besta, eu nunca odiei tanto uma flecha. Eu apontei a espada na direção do topo da minha cabeça e só tive tempo de olhar para aquela cabeça gelatinosa, e desacelerar a ponto de para quando sai dela. O sangue do povo se espalho pelo mar, e ele virando pó dourado. Logo voltei para o barco, assim como a primeira forma, tomei um bom banho para tirar aquela gosma de Kraken de mim.

- Aquilo foi nojento. – era Spyke, ele veio até minha cabine.
- Nem me diga.
- Só desci para avisar chegamos.
Eu sai dali, e vi uma ilha com um homem enorme brincando de lutinha com um elefante. Ele devia ter dois metros e dez, de comprimento, ele era gigante de largura, todos os músculos enormes e definidos.
- Aquele é...
- É sim.
Hércules socou o elefante e ele voou batendo na palmeira, e logo virou apenas areia. Desci do barco e fui em direção do próprio.
- Parece que os deuses ainda mandam semideuses para resolver seus problemas.
- Você não faz ideia. – Sorri para ele, apesar de tudo tinha ótimo humor. – Olha, estou sem tempo então vou direto ao assunto.
Eu comecei a explicar a Hércules tudo que eu sabia da missão.
- Hum... Então você precisa da minha ajuda para terminar a sua missão. Bom, para eu te ajudar, precisa fazer uma coisa por mim, eu quero que você mate uma górgona e me traga o sangue do seu lado direito e o do sei lado esquerdo. Como você sabe, o lado esquerdo mata instantaneamente e o lado direito do corpo pode curar tudo.
- Eu concordo com seus termos, mais preciso que jure pelo rio Estige, que quando trazer, você me ajudará a libertar Macária.
- Eu juro. A górgona que eu quero está do outro lado da ilha, aqui estão os frascos e não os confunda.
Eu assenti que sim, peguei os frascos e fui atrás delas.

Caçar uma górgona não era nada legal, andei um grande tempo para encontrar seus rastros. Como sabia que era ela, pelo cheiro de cobra. Segui os rastros que me levaram até um Rio, e ali a górgona se encontrava. Ela parecia não ter me visto, eu subi em uma árvore com duas pedras no bolso.
Joguei uma das pedras perto dela para ela saber que tinha alguém ali, e a outra entre os arbustos. Não era um grande plano, mais esperava dar certo.
A górgona caiu na minha armadilha, e seguiu até os arbustos, ela estava abaixo de mim, eu me levantei e preparei para pular, com minha espada em mão. Saltei em direção a górgona, com um único e limpo corte que daria nela, quando já estava tão próximo dela, ela se virou sorrindo e me segurou pelo pé, jogando-me contra o chão. Fiquei sem ar por um instante, e reparei em algo, ela já sabia sobre mim.
- Vejo que tenho um almoço para mim.
Ela avançou em mim, como se fosse me morder, eu girei para o lado e me levantei, ainda com dores. Coloquei a espada em minha frente, minhas costelas começaram a doer, a batalha contra o Kraken havia começado a dar seus frutos. Avancei contra ela, mirando na altura de seu ombro, tentando acerta-la com um corte limpo. A própria desviou e me arranho no peito, cai de joelhos no chão. Senti ela se aproximar e pulei contra ela, com a espada mirando em seu peito, ela desviou e me arranhou nas costas.
- Como é ridículo lutar contra você, aquele garoto, Percy Jackson era mais divertido, lutava melhor.
A verdade era que estava cansado, não havia me recuperado da batalha contra o Kraken, e já estava lutando de novo. Tentei me lembrar dos ensinamentos de Quíron, apenas medusa conseguia transformar a todos em pedra, pelo menos poderia olhar para ela. Ele dizia que quando estávamos cansados, a melhor coisa para fazermos, era fazer o mesmo com o inimigo. Sabia o que fazer.
- Estava pensando, queria que fosse a Medusa, pelo menos eu teria algo a me orgulhar, havia matado medusa. Mais você, é só uma górgona ridícula, não tem nem graça de matar.
Meu plano havia dado certo, ela estava irritada, e começou a me atacar sem penar. Eu desviava das suas garras, dando pancadas com a mão em sua cara, quando vinha me morder chutava seu peito. Ficamos nisso por um tempo, e ela estava ofegante, e eu já havia descansado bem. Quando ela tentou me morder de novo, eu desviei para o lado, e decepei sua cabeça.
- Sam wins. – disse olhando para cabeça.
Senti sangue na minha mão, olhei em meu braço, apesar de desviar ela havia me acertado muitas vezes ali, ele estava sem pele, arranquei a camisa e a rasguei para estancar o sangue, e não perder mais do que já tinha perdido. Fui até o corpo da górgona e fiz um corte em seu braço direito, retirando o sangue e o mesmo em seu lado esquerdo. Fiz uma marca na tampa do frasco esquerdo em X para saber que ali estava o sangue da górgona do lado esquerdo, para não confundi-los.

No caminho de volta, minha visão foi ficando turva, havia perdido muito sangue, e estava a ponto de desmaiar. Demorei menos que na ida, mas cheguei ao encontro de Hércules.
- Vejo que Esteno de deu trabalho.
- Um pouco, - a minha visão estava confusa, fechei os olhos e os abri, vendo normal de novo. – O frasco com X na tapa é o do lado esquedo e o outro o direito. – disse jogando ambos para ele. – Agora vamos, está quase amanhecendo e tenho pouco tempo.
- Mais que disse que vou com você. – Eu estava a ponto de explodir quando ele me olhou sério. – Eu disse que o ajudaria e não que iria até lá com você.
Ele foi até perto da palmeira e socou o chão. Não foi um simples soco, já que a ilha tremeu e abriu uma pequena cratera onde havia socado. Ele colocou a mão dentro da cratera e tirou uma clava, toda de madeira, com espinhos de metal ao seu redor.
- Essa é a clava que matou as Hidras, eu conseguir destruir as correntes com ela, pelo simples motivo de tela banhado no sangue da Hidra de Lerna.
Eu segurei a clava, que era mais pesada que parecia, e agradeci ao deus menor pela ajuda.
- E eu vou te ajudar a chegar lá.
- Porque você faria isso?
- Sejá lá qual for sua missão é contra Zeus, então vou ajudar, porque odeio meu pai, e sua carona se foi. – Olhei para o mar, depois da batalha contra o Kraken, não era de se esperar que Spike e as sombras da noite tivessem indo embora. – Você vai ir até lá com isso.
Ele me mostrou um Pégaso, ele tinha o tamanho e músculos de um cavalo com anos de treino, com apenas um detalhe, ele parecia estar preso, como se alguém tivesse que libertá-lo.
- Essa é o Pégaso, já deve saber quem é, uma vez ele veio a minha ilha e o capturei. Ártemis, claro, não gostou nada que eu tivesse pegado mais um de seus animais, ela me permitiu ficar com ele se, nunca mais perseguisse a sua corça. Eu aceitei, e agora ele me pertence. O importante é que ele não se cansa, e é muito rápido, sendo até mais que um carro de corrida. Você vai chegar com ele em Cáucaso, por volta das seis horas. E mais uma coisa. – Ele estalou o dedo, e minha ferida se curou. Minha visão não estava mais confusa e eu estava bem, parecia que tinha ido numa enfermaria magica instantânea. – Não vai enfrentar Zeus machucado, assim pelo menos terá uma chance. Diga a Hades que se precisar estarei ao seu lado na luta contra Zeus.
Tirei a blusa rasgada, que parecia agora nova do braço, e a vesti.
- Agradeço por tudo. Eu direi.
Subi no Pégaso com a clava em minhas costas e a espada embainhada na cintura, Hércules lhe disse o que fazer e ela me levou.

Era doloroso viajar com um Pégaso sem cela, nunca havia agradecido tanto por ter chegado em terra firme. Minha virilha doía muito, desci do Pégaso e me alonguei um pouco, a pouco o Pégaso me olhava como se esperasse algo.
- Eu não preciso mais de você, está livre, pode ir embora.
Seus olhos brilharam e ele saiu voando, como se dissesse, “liberdade!”.
Eu sentei-me para descansar um pouco e sem perceber cai no sono.
Ao acordar, o sol já nascia, estava atrasado. Levantei-me e comecei a correr em direção ao monte, ele já estava perto de mim, mas teria que atravessar a floresta onde eu estava.
Comecei a me mover, corri o mais rápido que pude para sair dali, mais eu sentia que havia algo errado nessa floresta. As árvores começaram a tombar uma após outra e uma coisa apareceu. Era um minotauro, ele tinha bem à vontade mais de dois metros de altura, os seus braços e pernas pareciam algo tirado de uma revista de culturismo – bíceps e tríceps protuberantes e uma data de outros – tendo todos juntos como bolas de basebol revestida de pela e veias salientes. Não trazia qualquer roupa, com exceção das cuecas – e digo: eram coloridas e com bonequinhos e coraçõesinhos, o que até teria piada se a metade superior do seu corpo não fosse tão assustadora. Do umbigo para cima, tinha pelo preto e eriçado, que ia ficando mais denso a medida que chegava aos ombros. O seu pescoço era uma massa densa de músculos e pelo, que terminava numa enorme cabeça, com um focinho tão comprido quanto o meu braço, narinas ranhosas enfeitadas com uma argola de bronze, seus olhos estavam vermelhos de raiva e um par de chifres – enormes , pretos e brancos com as pontas mais afiadas do que se tivesse utilizado uma lixadora elétrica. Ele olhou para mim e berrou – um som que pareceu ao mesmo tempo um grito, um mugido e um arroto muito alto.
- Eu não dou sorte.
Ele socou uma árvore fazendo ela cair feito um boneco de plástico. As narinas do minotauro começaram a tremer. Ele precisava carregar um pacote de lencinhos de papel no bolso, pois seu nariz estava molhado, vermelho e nojento, ele exalava um odor de carne podre. Baixou a cabeça e investiu, aqueles chifres afiados como laminas apontados ao meu peito.
Era diferente estudar eles e enfrenta-los, eu estava com medo, e a adrenalina vibrava em mim, deixei ele se aproximar até o ultimo momento e saltei para o lado.
O homem-touro passou por mim a toda velocidade, como um comboio de mercadorias, roncou de frustração e virou-se; O homem-touro roncou, escavando o solo com a pata. Não para de me observar.
Eu fiquei paralisado de medo, me disseram que minha mãe morrera enforcada por um monstro daquele. A raiva substitiu o medo. Os meus membros foram invadidos por uma onda de energia – a mesma que sentira quando o Kraken me atacou.
O homem-touro parecia que iria embora.
- EH! – gritei, agitando a minha camisa vermelha e correndo para um dos flancos do monstro. – Eh, animal idiota! Eh, carne para bifes!
- Rrrrrr! – o monstro virou-se na minha direção, novamente.
Foi então que tive uma ideia – era uma ideia estupida, mas era melhor do que nada. Encostei-me ao enorme pinheiro e agitei o camisa vermelha em frente ao homem-touro, pensando que sairia do seu caminho no ultimo instante.
O tempo começou a passar mais devagar.
Minhas pernas travaram. Eu não podia pular para o lado, assim saltei direto para cima, usando a cabeça do monstro como trampolim, girei o corpo no ar e cai sobre o seu pescoço.
Como eu fiz aquilo? Não tive tempo para descobrir. Um milissegundo depois a cabeça do monstro chocou-se contra a árvore e o impacto quase fez meus dentes saltarem da boca.
O homem-touro cambaleou de um lado para outro tentando se livrar de mim. Segurei com força em seus chifres para não ser arremessado. O cheiro de carne podre queimava minhas narinas.
O monstro se sacudia e corcoveava como um touro de rodeio. Poderia simplesmente ter chegado para trás e me esmagado completamente na árvore, mas eu começava a perceber que aquela cousa só tinha uma direçãoo: para frente.
Pensei em como aquele bicho havia espremido a vida para fora de minha mãe, como a fizera desaparecer da minha vida para sempre, e a raiva me abasteceu como um combustível de alta potencia. Agarrei um dos chifres com amvas as mãos e puxei para trás com toda a minha força. O monstros se retesou, soltou um grunhido de surpresa, e então... pléc!
O homem-touro berrou e me atirou pelos ares. Aterrissei de costas na grama. Minha cabeça bateu contra uma pedra. Quando me sentei, minha visão estava embaçada, mas eu tinha um chifre nas mãos, um osso partido do tamanho de uma faca. O monstro atacou.
Sem pensar, rolei para o lado e me levante de joelhos. Quando ele passou a toda velocidade, enterrei o chifre quebrado bem na lateral de seu corpo, logo abaixo da caixa torácica peluda.
O homem-touro urrou em agonia. Debateu-se, rasgando o peito com suas garras, e depois começou a se desintegrar – em areia se esfarelando, carregada pelo vento aos pedaços para longe, do mesmo modo como o Kraken fizera no mar.
O monstro se fora.
Nada como começar a manhã matando um minotauro, estava muito cansado novamente. Usei todas as minhas forças para continuar meu caminho com a clava em minhas costas e eu não havia reparado mas, minha espada em minha cintura.

O caminho demorou um pouco, logo cheguei ao topo do monte, onde vi Macária, ela era uma linda mulher, com cabelos morenos sedosos e brilhantes. Mas parecia triste e fraca. Fui andando até ela com a clava em mãos.
- Eu estou aqui para libertá-la deusa.
- Obrigado... – ela não conseguiu terminar a frase e logo vi que ela estava fraca.
Eu usei todas minhas forças no golpe, para arrebentar a corrente, e elas fizeram conforme a minha vontade. Macária caiu rapidamente em meus braços e eu a coloquei delicadamente no chão.
- Irmão.
Ela devia estar delirando, achava que era seu irmão. Carreguei ela em meus braços e a levei monte a baixo. Como era filha de dois deuses, um da sombra e outro das flores, levei-a até a sombra de um pinheiro, para descansar.
Sentei-a no chão, e ela começou a dissolver, junto comigo. Lutei com todas minhas forças para sair dali mais não havia conseguido, as sombras me absorveram, eu fechei os olhos e mergulhei nelas.
Ao abrir meus olhos estava em uma sala, algo parecido com a sala do trono, onde um homem forte com barba cortada e cabelos, ambos negros estava sentada, com uma mulher linda, andando de um lado pro outro inquieta.
- Filha. – Supôs que aquela fosse Perséfone.
Ela abraçou sua filha chorando, o homem no trono olhou para mim e eu entendi o recado, era para me aproximar do próprio.
- Fez muito bem sua missão, Sammuel Johson Parker, e sem usar o meu pedido.
- É mesmo. Havia me esquecido.
Começamos a rir, não durou muito, mais finalmente consegui brincar depois de algumas semanas longe da civilização.
- Eu lhe agradeço.
- Lorde Hades, a deusa Macária me chamou de irmão. Pensei que ela estava delirando mais...
- Eu não posso te dizer isso ainda, peço que fique, eu e minha esposa lhe receberemos muito bem. Peço que realmente pense em ficar, meus soldados mais habilidosos lhe ajudaram com seu treinamento. Só tome cuidado para não ir muito longe dos terrenos do acampamento. Eu queria muito conversar com você, mais neste momento...
Ele não precisava terminar, já sabia que ele estava em guerra com Zeus e Poseidon, bem eu quero dizer, eu e todas as pessoas do acampamento meio-sangue. Sabia que ele concentrava suas forças ao máximo aos dois, o submundo não é algo que me agradava mais, era o melhor momento para pensar no que havia acontecido comigo nessa jornada, e ficar sozinho que era a coisa que eu mais gostava de fazer.
- Eu sei da guerra, não precisa me explicar. Aceito sua oferta, ficarei, mais não pretendo ficar muito tempo, no máximo três meses.

Após a entrega de Macária por um tempo eu fiquei ali no submundo, Hades sempre foi muito bondoso comigo, só não havíamos tido tempo para aquela nossa conversa.
Eu havia sido para treinar com os soldados, havia melhorado muito com o que me ensinaram ali, não era por menos, os principais heróis gregos estavam ali, e Hades “mexeu alguns pauzinhos” para que eles me ensinassem. Naquele momento havia derrotado todos os quinze espectros e os doze guerreiros esqueletos ali. Ao longe um homem alto, magro, tinha cabelos e uma barba negra, malfeita. Ele começou a se aproximar de mim, algo nele era estranho.
- Garoto, você luta bem... Bem para derrotar um pequeno e fraco semideus inexperiente.
- Eu lutou muito bem, quer testar?
- Se insiste.
Ele criou uma espada a partir das sombras, aquilo foi incrível. Comecamos a batalhar, eu investi contra ele, descrevendo um arco grande e perigoso nele, ele apenas girou contra o meu golpe, puxou minha mão colocando-a, em minha nuca e sua espada de sombras em meu pescoço.
- Como disse, fraco.
- Como fez isso?
- Eu tenho muitos anos de experiência. Você quer que eu te ensine?
- Você faria isso?
- Sim, apenas com uma condição tudo o que eu disser, você fara, até que seja uma coisa inútil como levantar uma pedra e arremessar, entendido?
- Claro, eu sou Sam Johson Parker. Você é?
- Eu tenho vários nomes, mais o que realmente me chamam é Érebo.
Aquela revelação havia sido surpreendente, ele era Érebo, um deus primordial.
- Nossa... Muito prazer. Quando vamos começar?
- Gostei de você filho de Hades, vamos...
Ele percebeu tarde o erro que havia cometido. Eu era filho de Hades, o homem naquela visão das sereias era ele.
- Sou muito bocudo, mais não pude evitar logo ele vai revelar isso para você.

Em primeiro mês de treinamento Érebo, foi um pouco ridículo, ele me fazia carregar pedras pesadas nas costas, e correr pelo jardim de Perséfone. Tinha que fazer todos os dias, entre vinte a oitenta flexões e cem abdominais com ele socando minha barriga. Lhe garanto não era nada agradável. Ao final do mês qualquer pedra que ele me fazia levantar, parecia ser uma pena, e graças as flexões e abdominais meu corpo havia ganho muitos músculos. Ele fez eu treinar com arco e assim eu fiz, não era muito bom, mais conforme o tempo passou - com isso quero dizer o resto do mês - eu conseguia acertar um alvo em movimento, ou na mão de alguém.
No segundo mês de treinamento, ele me ensinou a lutar com uma espada. O que eu sabia perto de seus ensinamentos era ridículo. Esse treino era o mais prazeroso, mais também era o mais doloroso. Ao final de cada dia, eu ganhava novos hematomas pelo corpo. Ele começou a me mostrar estratégias, a maior arma de um homem era a sua mente, ele começou a me treinar mentalmente, para tudo que pudesse ou não acontecer, probabilidades de acertos quanto a um ataque. E sempre ao anoitecer, treinávamos com espadas, e todos os dias novos hematomas apareciam em meu corpo.
No terceiro mês, ele me fez pensar em possibilidades caso alguém atacasse o acampamento meio-sangue, as lugares onde atacariam e tudo mais. Eu montava estratégias, que eram realmente boas. Érebo começou a me treinar em batalhas com espada montada. Era completamente da luta no chão, o jeito que precisava para virar o corpo, onde eu deveria proteger. E ele continuou me treinando na luta de espadas, agora os dois iam dormir com hematomas em seu corpo. Ao final do mês, ele me enfrentou com espada, ele criou uma espada de sombra do mesmo peso e tamanho que eu costumava usar. Ao começo do combate nenhum de nós dois se mexia, pois um esperava o outro atacar primeiro. Analisei o ambiente que cercava-me, procurando alguma coisa que pudesse me dar vantagem. Um galho queimado chamou minha atenção.
Eu me joguei para baixo, agarrei o galho e atirei em Érebo. O tempo que levou para alcançar o galho o atrapalhou um pouco, e Érebo desviou-se facilmente do pedaço de madeira queimado. O deus avançou depressa para a frente, lançado sua espada. Eu abaixei no momento em que a lâmina passou assoviando por cima de sua cabeça. Dei um grunhido e ataquei Érebo com ferocidade.
Caíram no chão, cada um lutando para ficar por cima. Rolei para o lado e dei um golpe com a espada na direção das pernas de Érebo. O deus aparou o golpe com o cabo da espada e, com um pulo, ficou em pé. Girando no mesmo ugar onde estava, ataquei novamente, fazendo movimentos complexos com a espada. Fagulhas saiam das espadas quando se chocavam repetidamente. Érebo bloqueou todos os golpes, o rosto dele estava sério devido à tamanha concentração. Mas podia notar que Érebo se cansava. Os golpes incessantes continuaram enquanto cada um procurava uma brecha na defesa do outro
Então, senti a batalha mudar. Golpe a golpe, ele ganhava vantagem, as defesas de Érebo ficavam mais lentas ele perdia terreno. Bloqueei facilmente um golpe direto de Érebo. As veias pulsavam na testa do deus e os vasos do seu pescoço estava dilatados devido ao grande esforço. De repente, mais confiante, golpeei com a espada mais rápido do que nunca, tecendo uma teia de aço na espada de Érebo. Aumentando sua velocidade, bateu com a parte chata da lâmina contra a guarda de Érebo, jogando a espada dele no chão. Antes que Érebo pudesse reagir, toquei levemente a garganta de Érebo com a espada.
Estavam em pé, ofegantes, com a ponta da minha espada sombria tocando a clavícula de Érebo. Lentamente, abaixei o braço e me afastei. Foi a primeira vez que ele ganhou de Érebo sem usar nenhum truque. Érebo desfez as espadas. Ainda com a respiração difícil ele disse:
-Chega por hoje.
- Mas nós penas começamos. – disse surpreso.
Érebo balançou a cabeça. – Eu não posso lhe ensinar mais nada com relação a espada. De todos os guerreiros que conheci, só três desses poderiam ter me vencido dessa maneira, e duvido que algum deles conseguiria fazer isso usando a mão esquerda. – Ele sorriu com melancolia. – Posso anão ser tão jovem quanto antes, mas posso afirmar que você é um espadachim de talento singular.

Eles não pararam de lutar, só que com menos vezes. Em uma dessas noites, Hades e eu havíamos finalmente conversado, e ele me falou que era seu filho. Quando disse que já sabia ele ficou surpreso, e logo disse o nome de Érebo. Ele me entregou um anel, ele era completamente negro, apenas com uma caveira prata em seu centro. Ele disse que aquilo era um anel, que ele nunca havia dado a ninguém, pois não os mereciam. Ele ajudaria a controlar e criar os esqueletos, guerreiros zumbis e tudo e acima de tudo, eu poderia usá-lo para matar a pessoa que escolhesse, mais aquilo exigiria muito poder de mim, tanto que eu poderia morrer se não estivesse pronto, aquele presente substituiria o desejo que ele havia me dado, eu não argumentei contra.
Antes de ir, Érebo me entregou uma espada de dois gumes, sua lâmina era negra, disse ser de ferro estigio, ele mesmo havia feito ela. Seu cabo, era de prata, havia uma caveira no copo da espada que simbolizava o símbolo de Hades, seu punho era prata assim como o restante e nas pontas da guarda, havia duas pedras negras, tanto quanto buracos negros, que ele me disse ser o seu símbolo. Seu punho era perfeito para minha mão.

Eu era o filho de Hades, discípulo de Érebo, naquele momento, havia se tornado um verdadeiro filho da Sombras e da Morte. Ao voltar pro acampamento, expliquei tudo a Quíron e Dionísio.
- Garoto, você sabe que agora o rei dos deuses é seu inimigo. – Disse o Sr.D.
- Claro que sei.
- Então venha, filho de Hades, você agora tem coisas grandes para fazer, traduzindo, hora de eu te treinar de verdade. - disse Quíron.



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Sam J. Parker
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