Gods and demigods
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One-Post-Mission - Aragom C. McLaster

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Mensagem  Hipnos Sex Jun 13, 2014 12:25 pm


"Uma Volta Pelo Faroeste"

Fazia tempo que o garoto de Ares estava no acampamento apenas treinando e treinando e sem sinal de fumaça a respeito de sair em missão. Porem, num belo dia de Sol, enquanto se dirigia até a arena, para mais um treino entediante, um sátiro carteiro lhe interrompe de seguir adiante, entregando à Aragom um envelope branco com um selo roxo de cera derretida na frente. O filho da guerra abriu e dentro dele, havia um pequeno telegrama escrito o seguinte em letras escritas por uma caneta roxa com cheiro de uva: "Caro meio-sangue, você teve a grande honra de ser escolhido para sair desse acampamento condenado pelos deuses para realizar uma simples tarefa. Venha até a casa grande por volta das 15 horas para acertar os detalhes. Atenciosamente D." - O semideus fechou a carta e seu coração pulsou um tanto mais alegre, pois aqueles dias sozinhos de treinamentos tediosos, finalmente haviam acabado!

ACONTECIMENTOS DURANTE A MISSÃO:
★ Deve se entrar num rodeio
★ Pedir ajuda à alguém da localidade
★ Encontrar Lacaile e usa-lo como NPC durante a missão: https://gods-and-demigods.forumeiros.com/t480-os-npcs-personagens-nao-jogaveis
★ Seguir pistas
★ Combater alguém com grande poder
★ Batalhar contra alguma coisa a seu critério
★ Achar um cowboy talentoso
★ Achar um rebanho de ruminantes a sua escolha
★ Evento aleatório 1
★ Evento aleatório 2
★ Evento aleatório 3
★ Participar de um bang bang

REGRAS:
★ Os fatos acima podem ser realizados em qualquer ordem
★ Não perca tempo com o prólogo, mas o restante da missão deve ser detalhada
★ Deixe claro ao final do texto o quanto perdeu de HP/MP
★ Deixe claro ao final do texto os presentes (armas, itens, animais, ...) que quer ganhar, caso vc consiga algo.
★ No mínimo 50 Linhas
★ Qualquer dúvida, mande-me uma MP
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Ficha do personagem
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Mensagem  Aragom C. Mclaster Sex Jun 27, 2014 9:53 pm


"Uma Volta Pelo Faroeste"

Parte 01
 
06:48. Algum lugar em minha cabeça.
 
No meu sonho eu estava no meio de um monte de gente. As pessoas ião e vinham para todas as direções. Todos usavam roupas de cowboy. Eu, estranhamente, também estava usando uma. Caminhei até chegar a um lugar onde parecia ser o posto central para onde as pessoas se encaminhavam. O lugar era uma espécie de arena. Rodeada de arquibancadas e com um campo de areia no centro. Empurrado pela multidão, eu entrei no estádio, quando fui subir para as arquibancadas eu vejo um homem usando roupas negras, mas antes que conseguir velo direito, esculto um BANG e acordo.
 
07:00. Acampamento meio-sangue.
 
 
Acordei assustado pelo barulho, foi quando escutei uma voz.
- Desculpe gente...
Aparentemente alguém tinha derrubado um escudo no chão, o que causou o barulho.
Permaneço deitado por um tempo, esperando o resto das pessoas saírem. Depois de um tempinho eu me levanto, troco de roupa e vou tomar café da manha.
Depois de toda a rotina matineira, eu pego a minha espada e vou em direção a arena, mas no meio do caminho fui interrompido.  Um sátiro me parou para entregar-me  um envelope. O objeto era branco e continha um lacre de cera roxa. O sátiro se foi me deixando sozinho com o envelope que eu abri e vi que tinha uma carta também escrita de tinta roxa.
"Caro meio-sangue, você teve a grande honra de ser escolhido para sair desse acampamento condenado pelos deuses para realizar uma simples tarefa. Venha até a casa grande por volta das 15 horas para acertar os detalhes. Atenciosamente D."
Li as palavras que estavam escritas no papel. Fechei a corta e sorri. Finalmente teria alguma coisa mais emocionante para fazer. Dei meia-volta e caminhei em direção a casa grande. Meu coração estava mais acelerado do que o normal. Eu não sabia o que viria pela frente, mas é o desconhecido que alimenta a emoção da aventura.
 Quando entrei na casa grande, Quíron veio ao meu encontro.
- Olá, Aragom, venha o Sr.D quer velo. 
 Ele falou indicando uma sala com a mão. Caminhei até ela e adentrei a sala. Dionísio estava sentado em uma cadeira atrás de uma escrivania, o mesmo faz um gesto indicando a cadeira na frente da escrivania. Eu me sento e fico olhando para ele, esperando que o mesmo dissesse alguma coisa. Ele olhou para mim e falou: 
- Primeiramente, boa tarde. Então, semideus, eu reparei que você vem treinando, treinado e treinado. - Ele foi falando as últimas três palavras com um tom tedioso - E me perguntava o por que de tanto treino?
Eu fiquei sem saber o que falar, mas ele não queria de fato uma resposta.
- Então, de olho em umas situações, eu pensei em lhe dar um pequena tarefa que espero que até você seja capas de cumprir. - ele continuou - já ouviu falar da Sword of Heroes? 
Eu fiz que não com a cabeça.
- Essa espada é na verdade uma lâmina forjada com Ferro Estígio. Ela foi perdida durante a queda de Esparta e desde e então nunca mais foi vista, até agora. - Ele terminou mexendo em alguns papeis encima da escrivania, pegou um envelope e me entregou - Ha relatos que a espada tenha ido para em algum lugar no Texas. - Sua expressão ficou séria nesse ponto -  E você, jovem Semi-Deus, tem a tarefa de recuperar a Sword of Heroes antes que ela seja perdida novamente. 
Eu fiquei meio confuso com a tarefa, depois de pensar um pouco eu perguntei:
- Mas, senhor, como que eu vou encontrá-la. 
 Dionísio apenas me encarou e respondeu:  
- Creio que não será tarefa muito difícil. - Ele terminou com um olhar penetrante.
 Eu fiquei apenas imaginado como eu acharia essa coisa e como faria para me apoderar dela. 
- Nesse envelope que te entreguei contem às informações que precisa. Boa sorte e tente voltar inteiro. - Me dispensou inesperadamente.
 Eu me levantei e sai andando até estar fora da casa. Só quando estava lá foi que eu abri o envelope e peguei o papel que estava dentro dele. Ali se lia:
 
 "Não a nada mais emocionante que um rodeio"
 
Eu tive que reler o papel três vezes para ter certeza que tinha lido direito. Não fazia idéia do que aquilo significava.
 Suspirei e voltei para o me chalé. Quando entrei nele eu fui direto para o meu quarto. Peguei minha mochila e coloquei comida (na maior parte besteiras), poucas roupas para a viagem e guarde minha espada na bainha. Troquei-me, coloquei uma camisa, um moletom escuro, calças jeans escuras e calcei meus tênis.
 Quando eu saio já estava quase escurecendo e o frio vinha chegando. Andei pelo acampamento indo em direção a saída, mas foi aí que eu trombei com alguma coisa, ou alguém. Percebi que era o sátiro Lacaile, o instrutor de treinos com espadas. 
- Desculpe-me...
 Tentei me desculpar, mas ele me interrompeu.
- Isso não foi nada, Quíron me mandou aqui para ir com você. 
 Ele falou com a voz séria. Eu fiquei confuso.
- Oi?
- Quíron me mandou ir com você. - Repetiu.
- Isso eu entendi, mas por quê?        
Ele deu de ombros.
- Ele apenas me pediu para ajudá-lo. Então, para onde vamos? 
Fiquei surpreso com a noticia, o sátiro nunca me pareceu ser do tipo que gostava de ajudar, não que ele parecesse feliz com a tarefa. 
- Pelo papel que me entregaram, parece que tenho que ir para o Texas, tem alguma coisa a ver com um rodeio.
Falei olhando para o sátiro que me escutava. 
- Então vamos. 
 Falou apenas dando as costas e começando a andar. Eu o segui até a saída do acampamento.
 
22:14. Em algum lugar no Texas.
  
 Quando saímos do acampamento, tínhamos pegado um carro e viajado até aqui.
 Agora já estava noite e frio tinha chegado. Lacaile usava um casaco branco, calças e tênis para esconder a parte de bode, ele também estava dirigindo. Eu estava sentado no outro banco do carro olhando para um mapa. A viajem até aqui tinha sido incomodamente silenciosa. Tínhamos parado apenas em dois postos para reabastecer e quase nada foi dito o resto da viagem.
- Para onde agora? - Repetiu a única coisa que eu estava ouvindo durante horas.
- Vire a esquerda naquela curva - Respondi consultando o mapa.
 Depois de reler o papel que o sr.D tinha me entregue, eu decidi que talvez fosse bom fazer um visita a um show de rodeio que iria acontecer aqui perto. O problema é chegar lá. 
- O que é aquilo? - Lacaile perguntou indicando umas luzes lá na frente.
- Deve estar vindo do rodeio - Falei depois de olhar para as luzes.
Lacaile acelerou um pouco indo em direção das luzes. À medida que aproximava-nos do lugar de onde elas vinham, podíamos ver uma pequena cidade se formando lá na frente. Quando estávamos entrando na divisa dela, pudemos ler uma placa que dizia: Welcome to woodbury. 
 Estranhamente a cidade tinha um aspecto de cidades do velho oeste. Uma multidão de pessoas parecia estar indo para uma só direção.
 Lacaile parou o carro e nós dois descemos. 
- Tem ideia do que fazer agora? - Perguntei virando o rosto para ele. 
- Não - Respondeu apenas. 
 Olhei para os lados pensando no que fazer, foi aí que percebi uma coisa. Tinha auguem nos observando de dentro de um barracão. Não consegui ver quem era, mas a pessoa sumiu quando eu olhei para ela. Comecei a andar em direção ao barracão. Lacaile foi me seguindo sem dizer nada. Aproximamos-nos do barracão e adentramo-lo pela porta aberta. Estava meio escuro lá dentro, tudo estava quieto. 
- O que estamos fazendo aqui? - Lacaile perguntou depois de um tempo. 
- Eu achei que tinha visto... ABAIXA.
Segurei-o pelo braço e o puxei para baixo, instantes antes de um frecha passar por onde nossas cabeças estavam a alguns instantes. Quando cai de costas no chão eu já num salto fiquei em pé e saquei minha espada, no momento em que meu relógio apitava como se indicasse a hora e se transformasse no Agriochoiros já preso em meu braço pronto para ser usado. Lacaile também já estava em pé, mas ele não usava arma. Nós depois procurávamos de onde tinha vindo a frecha, mas não foi preciso procurar muito. Uma garota aparentava ter entre 16-17 anos, salto de dentro das sombras para o centro do barracão. Ele usava umas roupas escuras que facilitavam sua camuflagem no escuro, tinha cabelos negros como à noite, olhos castanhos que acompanhavam um olhar sério. Ela estava em posição de batalha, com duas espadas curtas e prateadas em mãos. Ela avançou dando um golpe com a ponta de uma das espadas, eu apenas defendi com o escudo sem poder atacar. Se aproveitando da brecha ela desferiu um novo golpe na horizontal, eu inclinei minha coluna para trás deixando a lamina passar por cima de meu rosto. Recuei um pouco para trás e instantes depois vi Lacaile ir na direção dela preparando um soco, mas ele levou um chute no estomago e foi jogado para trás. 
- Quem é você? - Eu perguntei me preparando uma nova defesa.
- Calado, filho de Ares. - Ele falou avançando para um novo golpe. 
 Mais uma vez eu defendi com o Agriochoiros o duplo golpe vertical que ele fez com as duas espadas. Eu não conseguia atacar ela, na verdade nunca consegui atacar uma garota. 
- Que foi? Tem medo de me enfrentar? - zombou indo para um novo golpe.
 Até o cavalheirismo tinha limites. Num movimento arriscado eu larguei a espada e segurei o pulso dela que descia em um golpe vertical com a ponta da espada. Girei o corpo levando ela junto e derrubando-a no chão. As espadas dela caiu de suas mãos e eu empunhei a minha colocando a ponto dela próxima a garganta dela.
- Acho que é melhor termos um conversa. - Falei respirando fundo para recuperar o fôlego. 
 Lacaile recuperou o fôlego que tinha lhe tido tirado pelo chute e veio até onde nós estávamos.
- Quem é ela? - Perguntou apontando para a moça caída no chão.
- É isso que eu ia perguntar - respondi olhando para ela - quem é você? 
 Ele engoliu em seco antes de responder. 
- Meu nome é Tabita.
- E por que nos atacou? 
- Porque vocês estão aqui para roubar a arca. 
 Olhei confuso para Lacaile que explicou: 
- A relatos que a espada esteja guardada dentro de uma arca de prata com detalhes em ouro. 
- Exatamente, e vocês vieram para roubar a arca. - ela fala com um tom que sugere um ameaça. 
 Eu olhei para ela sem saber o que dizer, por fim falei: 
- Fomos mandados aqui para recuperar a espada e não para roubá-la.
 Ela olha para nós dois, e depois de um tempo fala: 
- Minha missão é proteger a arca, impedir que as criaturas do submundo se apoderem dela. Para onde vocês pretendem levar a arca? 
- Para o acampamento meio-sangue. - respondeu Lacaile. 
 Ela continua olhando para nós, depois pergunta: 
- Vocês já têm as Escrimas de Jade? 
- As o que?  
 Ela revira os olhos, empurra a lamina da espada com o dedo se fica em pé.
- Vocês estão indo atrás da Sword of Heroes e nem sabem o que são as Escrimas de Jade? 
- Talvez você possa nos contar.
 Ela olhou para nós dois como se avaliasse se contava ou não. 
- As Escrimas são três jóias que abrem a arca, sem elas é inútil ter a arca. 
- E você sabe onde elas estão? 
- Sim. Se não estão com vocês, então as três estão no troféu para o campeão do rodeio que vai ter essa noite. 
 Olhei para a saída. 
- Então vamos lá. - Falei indo começar a andar, mas ela me interrompeu. 
- E vocês vão desse jeito? Vão ter que trocar de roupas para ir para um rodeio.
 Olhei para mim, depois para Lacaile. Nós dois estamos realmente usando roupas bem diferentes do cenário.
- Então vamos logo com isso. - Falou Lacaile impaciente.
 
 
23:39. Centro de festas de Woodbury
 
Tínhamos trocado de roupa na última loja que ainda estava aberta essa noite. Agora usávamos roupas que combinavam perfeitamente com o cenário da cidade. Nós três tínhamos nos misturado a multidão e entrado no lugar que parecia com uma arena, mas era na verdade o centro de eventos da pequena cidade. 
- Vocês têm idéia do que fazer agora? - Perguntei para os dois.
- Temos que pegar o troféu - Respondeu Tabita.
- E como vamos fazer isso? - A voz de Lacaile se fez ouvir no meio do barulho. 
- Vamos encontrar um jeito. 
 Continuamos andando, na verdade sendo empurrados pela multidão. Quando entramos no lugar onde aconteceria o rodeio, pudemos ver que ele era rodeado por arquibancadas de madeira e no centro tinha um terreno de areia branca onde aconteciam os shows com os touros. Sem querer acabo esbarrando em um homem no caminho. Ele era alto, usava roupas diferentes do resto das pessoas. Suas roupas consistiam em um longo sobretudo negro que ocultava quase todo o seu corpo. Seus cabelos eram negros, iguais aos olhos que pareciam conter toda a escuridão da terra. Sua pele era pálida, não uma palidez semelhante a do Lacaile, a dele era cinzenta e deixava uma aura mais sombria.  
Desculpe... 
- Não foi nada. - Ele fala dando as costas e continuando o seu caminho. 
 Continuo parado por um tempo olhando para onde ele estava. Uma coisa naquele homem me incomodava, era como o sentido de perigo me alertando. 
 Nós nos sentamos em bancos esperando para ver o que devíamos fazer. Enquanto isso, lá no centro do campo de areia, um homem que usava um chapéu de Cowboy combinando com a roupa, começa a falar para todos ouvirem: 
- Senhoras e senhores, eu, John, tenho o prazer de anunciar que dentro de alguns minutos será iniciado o quadragésimo sexto rodeio de Woodbury. - A multidão gritou de euforia - Lembrando que quem quiser se escrever para tentar ganhar o troféu, as inscrições vão até a meia noite.
- Temos que pegar aquele troféu - Tabita sussurrou para apenas nós três ouvirmos.      
- Isso nós já percebemos - Respondi também sussurrando - Mas como vamos fazer isso? 
- Parece óbvio - Respondeu Lacaile - Um de nós vai ter que ganhar esse rodeio. 
 Nós olhamos de um para o outro. 
- Eu não posso montar em um touro - Lacaile já falou logo. 
- Eles não permitem garotas nesse rodeio.
 Os dois olharam para mim. Eu engoli em seco e respondi:
- OK, eu vou. Aonde que se faz a inscrição mesmo? 
 Tabita sorriu e respondeu: 
- Me sigam. 
 Nós três nos levantamos e começamos a andar. Déssemos as arquibancadas e caminhamos pelo chão até chegar a uma espécie de barraca de madeira. Lá estava o Cowboy John e aquele homem de roupas pretas. Os dois pareciam estar discutindo em voz baixa. Quando nos aproximamos, o homem de preto percebeu a nossa presença e falou para o Cowboy: 
- Outra hora continuaremos essa conversa, John.
- Sem pressa, Draco.
 O homem que se chamava Draco se virou a saiu do lugar. John se virou para nós e falou:
- Desculpe por isso, esse cara apareceu pela cidade faz umas semanas, sujeito estranho. - Sorri - E o que eu posso fazer por vocês? 
 Olhei para os dois ao meu lado, depois olhei para o Cowboy.
- Eu quero me escrever no rodeio. 
 Ele fala rindo: 
- Você quer tentar o montar no La plaga? - ele ri mais alto - Você é doido garoto. 
Talvez, mas eu quero montar nele. - falo lançando aquele olhar sério, dádiva dos arianos.
 Enquanto John me encara o seu sorriso vacila um pouco, depois de um tempinho ele fala: 
- ok então, o regulamento diz que qualquer um acima de catorze anos pode participar, você tem mais de catorze anos? 
- Tenho quinze. 
- Então se considere participante. Qual é o seu nome mesmo? 
- Aragom. Aragom Corleone Mclaster.
 O homem anotou o nome num pedaço de papel, assentiu com a cabeça e se afastou andando. Eu me virei para os outros dois, pensando no que tinha acabado de fazer. Eu já estive em rodeios antes, mas como espectador e não como parte da atração. 
- Agora esperamos...
  
24:00. Quadragésimo sexto rodeio de Woodbury. 
  
Tínhamos caminhada até onde os participantes ficavam esperando a sua vez de montar no touro. Parecia que todos estavam esperando para montar no mesmo touro. Todos conversavam em vozes baixas uns com os outros. Eu estava sozinho, já que Lacaile e Tabita não puderam entrar nesse lugar. Eu quase não entendia o que os outros falavam, devido à barulheira. Foi só quando escutei a palavra "touro" que eu lembrei que ainda nem sabia como era o touro que eu estava destinado a montar, mas pelos cochichos das pessoas ali, dava para se pensar que ele era algum tipo de monstro. Alguns diziam que seu couro tinha tons avermelhados, já outros afirmavam ter visto labaredas de fogo saindo de suas narinas, mas o que todos concordavam era que ele é o maior touro que já tinham visto. Nesse momento eu já estava me arrependendo do que tinha feito, aquelas características combinavam com um touro que eu já tinha ouvido falar, mas não podia imaginar como um poderia ter vindo parar no Texas. 
 John entra no lugar onde nós estávamos. Ele era um homem de físico forte, olhos verdes, cabelos castanhos e andava sempre sorrindo. 
- Chegou a hora gente. Já sabem as regras, quem ficar por mais tempo encima do touro ganha. - Ele pegou um caderninho e começou a ler os nomes - A ordem é: Gonçalves, Lafey, Mcgonocall, Pervereu... -continuou falando até o último sobrenome -... E por fim Mclaster.
 Como eu já tinha imaginado, eu seria o último a montar nele. O primeiro dos homens ali se adiantou e foi por um pequeno corredor estreito e sumiu de vista. Alguns minutos depois, com uma voz anunciando, por trás da cerca eu posso o ver entrando no campo de areia montado encima do touro. Foi quando eu vi o animal que eu realmente gelei na hora. Sem duvida aquilo só podia ser uma coisa, o couro com um tom avermelhado, os chifres negros, e as quase imperceptíveis pequenas labaredas de fogo que saiam de suas narinas. 
- Um touro de Creta... - Falo baixo para mim mesmo, me viro para o Cowboy e pergunto com a voz normal - Onde vocês conseguiram esse touro? 
 O homem olha para mim e responde: 
- Acredite ou não, o achamos na Grécia. Estava numa ilha rochosa. É melhor nem perguntar como conseguimos trazer ele para o Texas... AI, Essa deve ter doido. - O homem que estava encima do touro é arremessado por cima da cerca e caí no meio da multidão. 
 O resto da noite se seguiu cheio de gritos e gente voando pelos ares quando eram arremessadas pela força descomunal do touro. De onde eu estava eu não podia ver onde estavam Lacaile e Tabita, não que isso fizesse muita diferença. Quando o penúltimo participante, um jovem de entre 16-17 anos, foi arremessado antes mesmo de completar quatro segundos encima do touro, eu soube que tinha chegado há minha hora. Nada mais que a coragem e o espírito destemido de um Ariano poderiam ter-me feito caminhar em direção ao túnel sabendo o que me esperava lá. Meus passos estavam firmes e sem hesitação, o coração estava acelerado e mesmo sabendo o que me esperava meu corpo ainda respondia aos comandos do cérebro para continuar avançando. 
 No final do túnel estava o touro. A formação do túnel era perfeita para alguém montar encima dele sem ele perceber. Tinha dois homens esperando, uma para ajudar na montaria e o outro para abrir o portão.
- Tudo bem? -Um deles perguntou
Eu apenas fiz um gesto positivo com a cabeça e montei no touro. 
- Um, dois, três...
 Abriu o portão e o touro disparou para frente. Foi a pior sensação que eu já senti. Era como se meu corpo estivesse sendo arremessado para todas as direções ao mesmo tempo. No momento que o touro saiu pelo portão aberto rumo ao campo de areia, ele pulava como se o chão estivesse pegando fogo. Cada um de seus movimentos me custava todo o esforço para não cair. Ele era um louco descontrolado, corria e pulava para todas as direções, sempre tentando me derrubar. Tudo passava tão rápido que era impossível tentar contar o tempo. Depois do que foram os minutos mais sofridos que eu já tinha passado, o touro se joga para frente ficando apenas com as patas dianteiras no chão, nesse momento as patas traseiras se levantaram e com o impulso gerado por esse movimento, eu também fui arremessado para frente e tive que me segurar com toda a força que ainda tinha para não ser jogado no chão. Eu podia escutar os gritos dos espectadores, para eles aquilo era divertido, para mim aquilo era um pesadelo. Enquanto lutava para não cair, mentalmente eu tentava calcular o tempo. Julgando pelo quinto participante, o que tinha durado mais tempo, eu precisava ficar sete minutos encima do touro se quisesse vencer, mas aquilo era demais para qualquer um. O touro de Creta deu um ultimo movimento e eu, sem poder mais me segurar, fui arremessado para frente sendo jogado no chão. A queda me fez bater o rosto no chão arenoso. Com a visão turva e o corpo doido, eu percebo a aproximação do touro, ele vinha correndo em minha direção. Com agilidade, eu rolo para o lado para escapar da força descomunal do touro. Aproveitando do desnorteamento dele gerado pela velocidade que tinha vindo na hora da investida, eu disparo em direção ao portão de saída para escapar do animal. Mas ele tinha percebido a minha intenção e também disparou atrás de mim, ele era mais rápido, mas eu ainda estava na dianteira e reunindo toda a força em minhas pernas, eu me jogo por cima do portão. Eu caí rolando no outro lado, enquanto escutava os barulhos do touro no outro lado.  Um dos homens que estava lá quando eu montei veio correndo onde eu estava.
- Está tudo bem? 
 Fiz um gesto positivo com a cabeça enquanto tentava me levantar recuperando o fôlego. 
- Sim, eu acho.
 Ele sorriu e falou: 
- Parabéns, você ficou dois minutos a mais que os outros. - Sorriu e se afastou. 
 Eu fiquei sem nem acreditar, isso significava que eu tinha permanecido nove minutos encima do touro. Tinha perdido completamente a noção do tempo enquanto estive lá, tudo tinha parecido tão rápido e tão demorado ao mesmo tempo. Eu sorri, sorri por saber que tinha vencido, sorri por saber que estava bem mais perto de completar minha missão, mas acima de tudo sorri por ter sobrevivido. 
 
 
00:00. Central de festas de Woodbury.
 
 
Eu tinha me reencontrado com Lacaile e Tabita assim que saí do cercado, eles tinham estado assistindo lá das arquibancadas. Agora nós três estávamos esperando a hora da entrega do troféu, e ela não demorou pra chegar.
- Senhoras e senhores - A voz do Cowboy John se fez ouvir - É com grande prazer que anuncio que já temos um vencedor... - A multidão grita em comemoração -... Para receber a quadragésima sexta taça de campeão do rodeio de Woodbury. - Ele faz um pequena pausa, talvez para deixar os carregadores trazerem a taça  para o centro do lugar - E agora o campeão, com exatos dois minutos e treze segundos de vantagem, o campeão é Aragom Corleone Mclaster. Vem aqui, rapaz.
 Senti alguém me dando um pequeno empurrão e me adiantei indo até o lugar onde ele estava. Quando cheguei lá, ele me puxou e me colocou no lado dele. 
- E a taça. 
 Ele levantou um pano que cobria o abjeto e revelou a taça. O objeto era a escultura feita de ouro representando um homem montado encima de um touro. A parte mais interessante daquele objeto era as três esmeraldas que enfeitavam o seu suporte. 
-Pode pegar que é sua... - O resto da sua frase ficou abafada por uma seqüência de Bangs que fizeram todo mundo dar gritos de susto. Homens montados em cavalos invadiram o lugar e começaram a atirar para o alto. As pessoas gritavam desesperadas e corriam para todas as direções, Lacaile e Tabita correram para onde eu estava.
- O que esta acontecendo? 
- Não sei. 
 Quando olhei melhor para os homens encima dos cavalos, eu percebi uma coisa estranha. O rosto da maioria deles estava oculto pela sombra dos chapéus, mas em alguns dava para ver que parecia que seus rostos estavam podres, como se a pele já tivesse morrido há muito tempo.
- Quem são vocês? - John perguntou para um dos cavaleiros que parou na frente dele. 
- Entregue a taça - Ele falou puxando uma pistola e apontando para o Cowboy - Agora.
 Lacaile sussurrou: 
- E agora?
- Quando eu falar pegue a taça - Sussurrei. 
 John, que nada escutou da conversa ao seu lado, respondeu o cavaleiro: 
- Não. - Sacou uma pistola e deu um tiro na cabeça do homem encima do cavalo. Mas o estranho foi que ele caiu, mas não permaneceu lá. O "homem" se levantou e deu um tiro no John, que caiu e não levantou mais. Ele veio caminhando até onde o troféu estava. 
- AGORA! - Pulei na frente do que quer que seja aquela coisa e, com um barulhinho de relógio apitando, o Agriochoiros aparece preso em meu braço. Dou uma investida com o escudo para jogar o homem no chão. 
- PEGUEI, VAMOS SAIR DAQUI. - Lacaile gritou de algum canto, enquanto mais desses homens vinham em nossa direção. Nós três corremos para a saída, mas os homens montados em cavalos bloqueavam a saída.
- Por aqui!
 Mudamos de direção e fomos por uma saída lateral. Uma seqüência de tiros foi disparada em nossa direção, por sorte nenhum nos acertou, mas passaram bem perto.
Nós conseguimos nos esconder embaixo das arquibancadas, mas os homens continuavam a nos procurar em todos os lugares.
- Eles estão por aqui, continuem procurando. - Escutamos a voz daquele que eu tinha derrubado antes de correr. 
- E agora? - Perguntei para os dois. 
- Temos que sair daqui, achar a arca - Lacaile se vira para Tabita - Então, onde esta a arca?
- Está em um trem. 
- Onde? 
- Não sei
- Como não sabe?
- Não sei.
- Tem alguma coisa escrita aqui - Lacaile repara no troféu - Siga a estrela verde. Que isso significa?
- Aquela - Ela falou apontando para o céu. 
- Então é melhor irmos logo - falei olhando para os lados para verificar se os homens estavam por perto. 
- Espera! 
- Que foi? 
- Ali - Falou apontando para o telhado de uma casa que era possível  ver de onde estávamos. No alto de telhado tinha alguém, quase não dava para divisar seus contornos porque ele usava umas roupas pretas que se misturavam a escuridão. 
- É aquele Draco - Lacaile falou olhando para o homem - O que ele esta fazendo lá encima?
- Não é lógico? 
- O que deveria ser lógico? 
- Ele é um necromante - Afirmou ainda olhando para ele, depois virou para nós - Aqueles homens, vocês devem ter reparado que não eram comuns.
- Não diga, nem reparei quando um deles não morreu com um tiro na cabeça. -Lacaile cortou com sarcasmo.
Ela o ignorou e continuou - Eles já estavam mortos a muito tempo, foram reanimados por magia para servirem a quem os reanimou. 
- E como se mata eles? 
- Matando quem os controla.
- É melhor sairmos daqui logo, antes que nos encontrem. 
- É vamos! 
 Com cuidado para não nos verem, saímos e começamos a andar meio abaixados.  Por sorte conseguimos sair sem que nos vissem.
 
 
01:30. Arredores de Woodbury
 
 
Estava tudo escuro, frio e complicado para caminhar. Tínhamos saído da cidade, sempre indo reto em uma direção, já fazia uns trinta minutos. 
- Mas onde está esse trem? - Lacaile perguntou já impaciente. 
- Não falta muito, só temos que achar o trilho se acharmos o trilho achamos o trem - Tabita respondeu sem olhar para trás. Ela estava caminhado na frente.
- O que é aquilo? - Depois de um tempo, perguntei apontando para uma nuvem de areia que se levantava.
- Tempestade de areia?
- Não, são vacas - Tabita falou espantada - E tem homens montados encima de touros... Não pera, O QUE É AQUILO? - sua última frase saiu um pouco alterada, e não era pra menos. O que ela achou que fossem homens montados em touros, era na verdade uma mistura de homens com touros. Cintura pra cima eram homens, cintura pra baixo eram touros.
- São bucentauros - Explicou Lacaile, tinha pelo menos cinco daqueles.
- E quando eu acho que já vi tudo - Falo Espantado.  
- Estão vindo nessa direção, o que vamos fazer? 
- Não sei, o que acha, Lacaile? 
- Não a lugar para se esconder aqui - Ele afirma, e corretamente, realmente não tinha lugar para se esconder, só se nos enterramos na areia.
 O rebanho controlado pelos bucentauros se aproximava cadê vez mais, até que enfim eles já estavam perto o suficiente para divisarmos os seus rostos. O rebanho estava sendo guiado por cinco bucentauros, dois atrás, um de cada lado e um na frente. Eles eram grandes, suas partes de touro eram negras e as de homens eram brancas bronzeadas. O da frente, o que parecia ser o maior, empunhava um longo machado de dois gumes. Os outros tinham lanças de madeira com a ponta de bronze. Assim que chegaram perto, o grandão parou e os outros o imitaram. 
- Quem são vocês? E o que estão fazendo em nossas terras? - Sua voz era grossa e ele tinha uma aparência de poucos amigos.
- Estamos procurando um trem - Respondeu Lacaile. 
- Procurando um trem? - ele riu alto - Acho que estão meio perdidos. 
- Talvez estejamos - Falei me aproximando um pouco e olhando para ele - Se puderem nos indicar o caminho nós agradecemos. 
 Ele sorriu de uma forma um pouco maldosa.
- E se eu não quiser ajudar os humanos? 
- Dai você pode sair do caminho para nós continuarmos. - Falei já ficando sem paciência, essa era uma coisa que eu não tinha.
 Ele não gostou deu ter respondido a grosseria dele com grosseria. Pisoteou o chão com as patas dianteiras e falou com a voz irritada: 
- Garoto impertinente, vou lhe dar uma lição!
 Ergueu o machado e deu um golpe onde eu estava. Joguei-me para o lado e cai rolando para desviar da arma dele. Coloquei-me de pé e puxei a espada pronto para lutar. Girei a espada no lado do corpo enquanto avancei para cima dele, dei um golpe na vertical. Ele defendeu com o cabo do machado e já ia dar um novo golpe quando uma frecha perfurou o seu coração e ele caiu morto na hora. Espantado olhei para trás e vi Tabita segurando um arco de madeira com detalhes em prata nas duas pontas. 
- Valeu - Falei recuando par mais perto deles. 
- Não foi nada - Falou dando um sorriso.
 Os outros bucentauros também estavam super espantados com o ocorrido, parecia que o grandão colocava medo nos outros e ninguém parecia ter lamentado muito a morte dele.
- Agora alguém pode nos dizer para onde esta o trem? - Falei guardando a espada dentro da bainha e olhando para eles.
Um deles se aproximou.
- Meu nome é Harxegar, o trem que vocês procuram esta naquela direção - Apontou para um pouco a esquerda da direção em que estávamos indo antes - Mais uns trinta minutos de caminhada.
- Obrigado. E desculpe pelo... - Fiz um gesto de cabeça na direção do bucentauro morto no chão.
- Não se preocupe, estávamos mesmo pretendo fazer isso.
 Assenti com a cabeça, meio confuso e fiz um gesto com a mão chamando os outros dois. Pelo canto do olho eu vi o arco de Tabita encolher em um pequeno pedaço de metal, e os bucentauros se afastarem com o seu rebanho. 
 Continuamos andando por mais uns vinte minutos e já estávamos cansados de tanto andar.
- Falta quanto pra amanhecer? - Ouvi a voz impaciente de Lacaile.
- Mais umas quatro horas - Respondi consultando o relógio.
- Gente, pera! - Tabita falou parando bruscamente.
- Que foi, chegamos?...
- Quieto! - Ela olhava para auguem ponto na nossa frente - tem alguma coisa ali.
 Imediatamente ao som dessas palavras, Lacaile e eu nos adiantamos para ficar lado a lado com ela também olhando para a mesma direção que ela olhava. 
- Não estou vendo nada.
- Nem eu.
- Tinha alguma coisa ali. - Ela insistiu ainda olhando para a mesma direção. 
- Deve ter sido a sua imagi... - O resto de minha frase foi cortada por uma nuvem de poeira que se levantou com um estouro do chão. Um escorpião gigante tinha saído de dentro da terra, outros o seguiram com mais estouros de terra. Cerca de seis dessas coisas tinham surgido de baixo da terra e agora nos rodeavam. 
- O que são essas coisas? - Perguntei sacando a espada pronto pra me defender. 
Escorpiões gigantes - Lacaile respondeu.
- Não diga! - Tabita cortou com ironia
- O nome deles é Escorpiões gigantes, só não sei o que estão fazendo aqui - Ela falou enquanto as criaturas se aproximavam. 
- Esqueci de falar, a arca é protegida por criaturas...
- E agora que você avisa?
- Eu esqueci - Seu tom era de quem pede desculpas. 
 Não tinha tempo para responder, os escorpiões avançaram dando golpes com seus ferrões quase ao mesmo tempo. Nesse momento eu perdi a noção do que acontecia com os outros, só soube que nós três saltamos uma para cada lado para desviar dos ferrões que golpearam contra nós. Mesmo sem saber eu tinha uma vantagem sobre as criaturas, já não enxergavam direito e a escuridão da noite somando a nuvem de areia que se levantou quando seus ferrões golpearam o chão, as deixava praticamente cegas. Cai rolando e imediatamente me pus em pé, um dos escorpiões avançou mais um golpe na minha direção. Esquivei-me para o lado para desviar e, aproveitando que o ferrão dele estava preso no chão, avancei contra ele dando um golpe com a espada em seu casco, mas a espada voltou quando colidiu com o casco de ferro do escorpião. Meio desnorteado pelo impacto, eu recuou alguns passos enquanto observo a criatura se preparando para uma nova investida. Agora ele dá um salto para frente quase caindo encima de mim. De alguém lugar eu vejo um deles tombando e a voz de Tabita gritando:
- ACERTEM A BOCA!
- ACERTAR O QUE? - Gritei em resposta, mas fiquei sem resposta já que estávamos todos ocupados tentando não perder a cabeça.
 Os escorpiões estavam fechando o cerco, nos obrigando a ficar um perto do outro sem saber o que fazer para sair vivos daquele lugar. Nesse momento eu escuto um som bem alto e uma luz se aproximando, olho para a luz e olho para o chão, percebo que estávamos todos encima de uma linha de trem. 
- PULEM! - Gritei puxando os  dois para trás, segundos depois o trem passou acertando metade dos escorpiões que estavam ali.
- Esse era o nosso trem? - Lacaile perguntou espantado ainda olhando o longo trem passando na nossa frente.
- Não - Tabita respondeu também com o tom espantado - O nosso ta parado. 
- É melhor irmos então. 
 Nós três nos viramos e demos alguns passos, mas quando o trem terminou de passar, o ultimo escorpião que ainda estava de pé avançou para cima da gente. Mas, impressionantemente, Tabita se virou com tamanha rapidez que deu pra pensar que ela estava esperando o ataque. Em uma fração de segundo ela estava segurando um pedaço de metal que cresceu e envergou nas pontas, um elástico saltou de uma ponta e se prendeu na outra formando um arco de bronze e prata. Uma frecha saiu de sei lá onde e se encaixou no arco e foi disparada com um tiro certeiro dentro da boca do escorpião, ele caiu no chão já morto. 
 Lacaile e eu ficamos sem ação por um tempo, até que: 
- Essa foi boa! - Exclamei impressionado.
 Ela apenas sorriu e o arco encolheu novamente em um pedaço de metal
- Vamos, não podemos perder tempo.

 Nós continuamos a caminhada indo sempre na mesma direção.


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Mensagem  Aragom C. Mclaster Sex Jun 27, 2014 9:54 pm


"Uma Volta Pelo Faroeste"

Parte 02


02:00. Trem abandonado.
 
 
O que é aquilo? - Lacaile peguntou depois de um longo silencio que tinha se seguido do resto da caminhada. 
É o trem! - Tabita exclamou com alivio. 
Vamos lá! - Lacaile falou se animando e acelerando o passo. 
 Nós três nos aproximamos e pudemos ver com clareza o trem parado lá a frente. Parecia estar abandonado a muito tempo. Teias de aranha podiam ser vistas em diversas partes e a parte visível de dentro do trem estava coberta com uma camada de areia. 
- Parados aí! - Uma voz feminina se fez ouvir de algum lugar.
 Lacaile e eu olhamos para os lados procurando a origem da voz, mas Tabita já estava olhando para uma mulher encima do trem. 
- Vocês não deveriam estar aqui. - Sua voz era séria. 
Quem é você? - Perguntei localizando ela lá encima.
- Nós somos os guardiões da arca - Enquanto ela falava mais dois apareceram um de cada lada dela - retornem agora e poderão viver, Ariano.
Como ela... - Comecei falando baixo mais Tabita cortou.
Eles sempre sabem - Ela falou olhando para a mulher e os outros dois homens encima do trem. - Eu sou Tabita, uma guardiã, tenho direito de entrar no...
- Você não tem mais direito a nada! Você guiou esse semideus e esse sátiro até aqui, aos olhos dos guardiões, você é apenas mais uma invasora! - Ela sacou duas espadas prateadas, idênticas as que Tabita tinha usado contra mim quando a encontrei - E todos vão morrer! 
 Ela saltou de cima do trem junto com os outros dois, ela que parecia ser a única que estava armada e avançou contra Tabita. Um grandão com cara de rato foi de mãos vazias para cima de Lacaile e o outro careca sobrou para mim. Já que ele estava sem arma eu achei que não era certo usar minha espada contra ele, teria sido melhor se tivesse usado. Ela desferiu um soco em direção ao meu rosto, eu me esquivei para o lado me preparando para contra-atacar. Acertei um soco nas costelas dele, mas pareceu que ele nem tinha sentido. Agora foi a vez dele de acertar um soco no meu estomago, eu cambaleei um pouco para trás sem fôlego, mas não tinha tempo para me recuperar, ele avançou em um novo golpe que, por milagre ou meu treino de kung full finalmente dando resultado, eu parei com um chute no meio da cara. Ainda meio surpreso pelo acontecido, eu avancei junto com ele. Nessa trajetória nós dois íamos nos colidir e pelo tamanho dele eu ia levar a pior, mas não foi bem assim que aconteceu. Quando estávamos bem perto, e ele já com um soco preparado, eu tipo que me abaixei e me ergui colocando toda a minha força no braço que usei para dar o impulso a fim de jogar o homem por cima de mim. Funcionou e ele caiu espatifado no chão batendo a cabeça em uma pedra. Isso ocorreu ao mesmo tempo em que o homem com cara de rato era arremessado contra a parede do trem ficando inconsciente. Os únicos combatentes que ainda combatiam eram Tabita e aquela outra mulher, ambas usando um par de espadas idênticas. Pelo que via Lacaile tinha o mesmo pensamento que eu, estávamos procurando uma brecha para tentar ajudar, mas as duas estavam em movimentos tão ferozes e rápidos com as laminas que era impossível tentar achar um jeito de se intrometer no briga, apesar deu saber que ela não iria gostar se eu assim fizesse. Foi tão rápido que nem deu pra sequer ver direito o que aconteceu, um das laminas de Tabita girou encostada em uma das laminas da mulher, a dessa última foi arremessada para cima enquanto ela era acertada por um chute no meio do estomago. Assim como o de cara de rato, ela foi jogada contra a parede do trem ficando inconsciente com a batida. 
Desculpe irmã. - Sua voz era meio triste. 
Ela é sua irmã? - Lacaile fez a pergunta que estava prestes a sair de minha boca. 
Tecnicamente sim. Vamos, a arca está lá dentro. 
 Ainda meio confuso eu segui eles até o interior do vagão do trem. Quando entrei eu parei no mesmo lugar e pisquei umas duas vezes para ter certeza que não tinha batido a cabeça e ficado maluco. Se por fora ele era um trem abandonado, por dentro pareci mais um antigo templo grego feito de mármore. Tinha pelo menos o dobro do tamanho que aparentava ter por fora, olhei para o teto e vi que ele também era feito de mármore branco, as paredes tinham desenhos em entalhes de todos os deuses, o lugar era iluminado por tochas dispostas a intervalos de 15 metros uma das outras. 
Belo trem.
Não achou que a espada ficaria guardado dentro de um trem antigo e abandonado. 
É tem razão. Então, onde ela está? 
Ali - falou fazendo um gesto para o final do lugar, onde tinha um pedestal de rocha negra com uma arca de prata com detalhes em ouro. 
 Não entendi por que não tinha reparado antes naquele objeto, afinal ele dava um completo choque de cores no ambiente branco. 
O troféu
 Lacaile me entregou o troféu de ouro que ele tinha carregado até ali. Com um pouco de esforço eu arranco as três pedrinhas verdes que estavam presas nele. Segurando as três na mão, eu caminhei até onde a arca estava. De perto dava pra ver algumas inscrições nela em grego antigo, mas eu estava sem interesse para ler e apenas inseri cada uma em um buraquinho que tinha na frente. Quando as três foram inseridas elas brilharam um pouco em uma luz verde, eu segurei a tampa co mas duas mãos e a ergui esperando ver um longa espada, só que não. Não tinha nada ali, a não ser um pedaço de metal escuro com alguns entalhes que eu não entendi. Peguei aquele objeto, no máximo esperando que ele se transformasse em uma espada igual outras que eu já tinha visto, mas ele continuou na mesma forma. 
É isso? - Falei olhando para os outros dois que me observavam com a mesma impressão de desapontamento - Tudo isso por um pedaço de metal escuro? 
Tem alguma coisa errada...
Não diga.
É sério, isso deveria ser uma espada...
Mas é - Fala uma voz diferente, seca e fria - A espada só aparece para quem merece.
 Nós três olhamos para a entrada e vimos um homem parado ali. Usava roupas negras, pele pálida, olhos escuros como a noite, e cabelos pretos. O necromante Draco.
A propósito, obrigado. Eu não poderia ter aberto a arca mesmo. 
Por que você quer tanto isso? Pelo que sei, necromantes usam magia e não armas. 
 Ele sorri de uma forma maldosa.
A espada, nas mãos de um semideus é apenas uma espada com alguns atributos. Mas nas mão de um necromante ele representa uma fonte de poder inestimável, podendo ampliar meus poderes em nível gigantesco. Com ela meus poderes se igualaram aos deuses! - Sua voz soava quase demente. 
Maluco - Lacaile resmunga.
Maluco ou não, daqui não passa. - Ela sacou as duas espadas e avançou para cima do necromante.
 Algo terrível aconteceu. Ela fez apenas um movimento co ma mão na direção dela e uma chama negra sair de sua mão colidindo com Tabita na altura do peito. Ela foi arremessada para trás e caiu no chão, não se levantou mais. 
Tabita! - Gritei e corri onde ela tinha caído.
 Ela ainda respirava, mas seu corpo estava frio e não tinha vestígio de queimadura em suas roupas. 
O fogo negro fere a alma e não o corpo! Logo sua amiga estará morta. 
 Lacaie fez um movimento como se fosse avançar nele, mas o necromante foi mais rápido e já tinha lançado mais uma daquelas chamas contra o sátiro. Sem nem pensar eu me lanço na frente e como sempre acontecia, talvez por ele estar grudado em meu pulso e pudesse sentir meu sistema nervoso, meu relógio se transforma no meu escudo já posicionado em posição de defesa e grudado em meu braço. Quando a chama colidiu com ele uma coisa estranha aconteceu, as chamas pareceram que se retrairão por um segundo, como se o Agriochoiros tivesse absorvendo as chamas, mas elas se reexpandirão em uma pequena explosão que arremessou eu e Lacaile contra uma parede. Já que ele estava atrás, ele bateu na parede e eu nele. Ele ficou imediatamente inconsciente pela batida, mas eu tinha tido o impacto amortecido e apenas senti um pouco de dor no braço que estava apreso pelo escudo. 
Me deixa adivinhar, rubi? 
É - Falei me levantando sem entender a pergunta.
 Ele sorri ironicamente
Sorte sua, rubi diminui os efeitos da chama negra. Mas ele não vai te proteger para sempre. 
Não precisa - Falei em pé segurando o escudo com uma mão e aquele pedaço de metal com a outra. 
Acha que pode me vencer? Não te contaram histórias naquele acampamento? - Sua voz saia fria e maldosa - o único jeito de ceifar a vida de um necromante seria com...
Uma espada feita de ferro estígio. - Terminei a frase dele.
Exatamente. E já que não estou vendo uma dessas aqui, presumo que você terá o mesmo destino que sua amiga!
 Eu senti uma raiva colossal, maior até para os padrões de um ariano, uma raiva que parecia que estava percorrendo meu braço até chegar na minha mão fechada entorno daquele pedaço de metal, só que ele já não era mais só um pedaço de metal. Da ponta dele saiu uma espécie de luz negra que foi subindo e por onde ele subia ia se formando uma lamina negra, até que ele se extinguiu formando a ponta da espada. Eu estava segurando o cabo de uma espada que parecia ter uns 60 centímetros, tinha dois gumes extremamente afiados, no espaço entre elas tinha uma inscrição em grego que eu pude traduzir para "Até a última gota de sangue. Próxima ao punho tinha uma pedra negra enfeitando a lamina, a aparência da espada era bela e fatal.  
Acho que achei uma espada. - Olhei para ele enquanto falava.
 Ele não falou nada, apenas fez com que um novo chama negra surgisse em sua mão e ele a arremessou em minha direção. Vendo aquela chama mortal vindo em minha direção eu fiz a coisa mais óbvia e sensata a se fazer, golpeei a chama com a espada. Foi uma sensação estranha, era como se o fogo fosse sólido, a espada colidiu com ele e ocorreu augo semelhante a quando eu tentei defender uma dessas com o escudo, o fogo se retraiu, a espada brilhou com a luz provocada pelas chamas e eles sumiram, sumiram como se tivessem sido absorvidas pela espada. 
 Encarei o necromante que parecia estar preocupado. Ele enfiou a mão dentro de um bolso e tirou um pedaço de ouro, que cresceu e virou uma espécie de bastão de ouro com formato de cabeças de serpente nas duas pontas. 
Achei que necromantes não usassem armas. 
Precaução. 
 Ele fez um movimento com o bastão para acertar ele em mim, mas eu defendi com a espada que, no ponto em que as duas armas se chocaram, emitiu faíscas negras. Colocando força nas duas mãos que seguravam a espada, o escudo já tinha voltado a ser um relógio quando a espada apareceu, eu empurrei o bastão dele e golpei na horizontal. Por onde a lamina passava ela era acompanhada por um vulto escuro, como se a sombra da lamina a seguisse. O golpe foi defendido com o bastão dele, e mais uma vez sairão faíscas negras de onde as armas se colidirão. Sem perder tempo eu ergo a espada acima da cabeça e deu um golpe na vertical. Ele defende colocando o bastão na frente, só que dessa vez o impacto foi muito forte, depois que as armas se afastaram o bastão de ouro tremeu e se partiu em dois. 
Não! 
Acho que perdeu o brinquedinho. 
 Foi tão rápido que eu nem vi direito o que aconteceu. Suas duas mãos explodiram em chamas, eu o golpeei quase que involuntariamente com a ponta da espada. As chamas em suas mãos se apagaram quando a espada traspassou seu corpo, do lugar em que a lamina entrou nele estava emitindo uma luz negra. Seu rosto estava em choque, apavorado sabendo o que o esperava. Em um último movimento ele fez uma coisa que podemos dizer que foi estranha. Ele levantou uma das mãos e tampou minha cara com ela, eu não vi mais nada, mas se alguém estivesse assistindo a luta poderia ver luzes negras vazando entre os seus dedos. Sua mão caiu mole para o lado, seu corpo deslizou da espada e caiu para trás, mas antes de tocar o chão já tinha se desintegrado.  Devo dizer que eu não sai na melhor, eu cambaleei para trás com a visão turvada, tudo escureceu. 
 
 
16:14. Enfermaria, acampamento meio-sangue. 
 
 
Não sabia quanto tempo tinha se passado, só me lembro que acordei em um ambiente familiar. Parecia uma das enfermarias do acampamento e de fato era. Pisquei algumas vezes para clarear a visão, eu podia escutar vozes falando ali perto. 
Acho que ele acordou. - Uma voz familiar falou. 
Já não era sem tempo! - outra voz fala. 
Aragom, você esta bem? - Ouço a voz de Lacaile ali perto. 
Já estive melhor. - minha voz saiu meio rouca - Quanto tempo fiquei aqui? 
Uma semana. 
Que? E como cheguei aqui? 
Eu trouce você depois que acordei e alias Tabita também esta bem. 
Ela está aqui? 
Não. Ela não pode passar pela barreira. 
É ele esta vivo, todos estamos felizes e tudo mais. Que tal se formos logo ao que interessa? Conseguiu a espada? - Foi só aí que eu identifiquei quem era aquela segunda pessoa.  
 Eu tateei os bolsos até sentir o pedaço de metal no bolso, peguei ele e o levantei acima do corpo. 
Isso? 
Muito bem! - Eu quase vi um sorriso no rosto dele - Se saiu quase perfeitamente
Quase? - falei indignado. 
Sim! Teve que voltar arrastado por um sátiro, eu não considero isso a perfeição. 
 Ele se afastou andando para trás. 
Lacaile, acho que tem que voltar para as suas tarefas. 
Sim, senhor - Ele saiu da enfermaria. 
 Quando Dionísio estava quase na saída ele se virou para mim.
A propósito, bom trabalho - saiu me deixando sozinho ali. 
 Fiquei meio confuso tentando entender o que tinha acontecido para eu desmaiar, só me lembrava de ver o copo de Draco se desintegrando e minha visão escurecendo. Queria saber como tinha sido carregado até aqui, mas ninguém parecia disposto a querer me explicar. Eu apenas continuei deitado naquela cama, pensando.
                                    
 
 
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Mensagem  Hipnos Sáb Jun 28, 2014 6:39 am

★Atualizado★

Fiquei impressionado com o teu empenho numa simples OPM. Gostei muito dos eventos, da interpretação do personagem (Lacaile soou grosso e distante na medida certa) e, do andamento da missão. Meus parabéns. Fora o item que vc escolheu como presente, vou lhe dar o que combinamos, e mais algumas coisas:

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