Em busca das jóias perdidas - Annye Stark (Atena) - Participação especial de J. Macarthur.

O dia havia começado de maneira bem comum no acampamento: Campistas treinando, filhas de Afrodite se maquiando, filhos de Apolo no arco e flecha e ninfas fugindo dos sátiros, mas por algum motivo a prole de Ares havia decidido, naquele dia em particular, estar no treino de canoagem em um pequeno intervalo, quando seu caiaque foi atingido por forças do mar que decidiram começar a içá-lo ao longo da correnteza. A cada instante que se passava, a força da pequena embarcação apenas aumentava em direção a alto mar o levando para lugar algum, sem nenhum controle nem meios de voltar, e quando foi parar já estava no meio do oceano. Não tinha comida, água doce nem armas, apenas as roupas do corpo para sobreviver, quando optou por dormir após dar-se por conta que não teria meios de remar nem nadar de volta para o acampamento. Logo, ajeitando-se no bote, conseguiu fazer com que os Deuses o abençoassem com a revitalização de seu sono.

Aquelas horas embarcadas em seu subconsciente, o mesmo teve um dos sonhos mais estranhos que poderia imaginar, uma ninfa das águas salgadas havia subindo no barco e falava diretamente com ele em um tom calmo e ignorando todas as perguntas que ele tentava lhe fazer sobre o que estava acontecendo e como retornar.

- Acalme-se jovem guerreira, e lembre que do nada o inimaginável se pode tirar, que as fronteiras estão em sua mente e que a folha Maple você deve buscar. No seu caminho tentações e escolhas, dos seus sonhos você deve fugir, para encontrar o que mais deseja. A ajuda virá ao seu caminho, com a resposta para o objeto perdido e em pouco tempo a morte irá lhe procurar, mas mantenha sua ajuda divina em segredo.

Assim que a paladina acordou, procurando incessantemente pela ninfa no caiaque, o sol já lhe batia na metade do céu e um pequeno pacote estava em seu colo. Um baú de ouro do comprimento de um palmo, mas trancado e onde estava uma chave havia espaço para cinco pedras em seu lugar, mas sem as joias. Ao seu lado, começou a aproximar-se uma embarcação, um grande navio com uma donzela amarrada com correntes na polpa e seu rosto aterrorizado. Acima das mesmas estava em ouro escrito as letras: ρα

- Mulher ao mar! Mulher ao mar!

Dito isso, uma corda foi lançada em direção ao caiaque esperando por Annye. Qual seria a reação dela? Será que arriscaria subir na embarcação ou iria preferir esperar pela próxima, afinal aquela donzela na polpa era de fato assustadora.

Prazo:

Regras:

A medida que a prole de Ares subia pela escada de corda, carregando seu baú, começou a distinguir os rostos dos tripulantes, com uma boa base de névoa os encobrindo até os joelhos, risadas eram dadas e a mesma foi recepcionada por tapinhas nas costas. Por trás dos chapéus de marinheiros, podiam se ver peles em estado de degeneração, com partes faltando e revelando os ossos de caveira. Alguns tinham flechas cravadas na cavidade onde deveriam se encontrar os olhos e caminhavam cambaleando pelo convés do navio, mas todos a receberam com festas e vivas.

Ao contrário da lógica, um banquete a esperava em um buffet, com frutos do mar, bebidas e comidas em perfeito estado, como se alguém supostamente soubesse que ela estava por vir e já a estivesse esperando. Estranho? Talvez.

- Madame, senhorita Annye Stark, prole de Ares, paladina de Hélio...bem vinda à bordo do P.A. O capitão reservou uma suíte especialmente para a sua estadia, fazemos questão que.... aprecie o navio.

O final da frase se deu em um sorriso sombrio e, antes que Annye pudesse se dar conta, já era empurrada por um dos marinheiros para dentro de uma das cabines. A porta dupla tinha detalhes em dourado e as maçanetas tinham rubis para serem girados, do tamanho de palmas da mão, quem quer que estivesse ali teria acesso à muito dinheiro. A suíte continha uma confortável cama redonda de lençóis de seda brancos, travesseiros de penas, um armário de madeira entalhada com detalhes em ouro puro além de um cofre no canto oposto ao armário. Sobre a cama, pairava uma bandeja com diversas flores cor de rosa de aparência deliciosa, porém antes que Annye se voltasse para a porta, a mesma havia sido já fechada e chaveada.

Prazo:

Avisos importantes.:

A porta não se movia, simplesmente permanecia parada como se debochasse da expressão de frustração da garota com os chutes sem sucesso. O pequeno baú ainda encontrava-se envolvido por seu braço canhoto quando Annye sentou-se no colchão da cama redonda apoiando o objeto com cinco cavidades ocas onde estariam pedras preciosas pelo desenho que se fazia na madeira.

Assim que a prole sentou-se, o lençol escapou da cama e a movimentação de uma arrebentação na embarcação fez com que uma das obras primas dependuradas na parede caíssem, revelando um cofre embutido na parede. Subitamente, a filha da Guerra uniu as sobrancelhas intrigada e levantou-se do colchão, indo até a surpresa revelada e observando que no painel onde se encontraria a senha a ser digitada, rodava uma descrição que, traduzida do grego antigo, revelava a pergunta: “O templo eu maculei, pelas forças das tempestades eu me encantei. O preço tive que pagar, isolada do mundo e de todos tive de ficar. Quem sou eu?”.

Outra peculiaridade do cofre era que ao invés de números, continham letras em grego antigo, provavelmente para a resposta do enigma ser digitada. Agora o que fazer? O que será que continha aquele cofre tão bem escondido que o acaso havia revelado a sua localização?~

Prazo:

Avisos importantes.:

Assim que Stark terminou de digitar, de maneira insegura, o nome da resposta ao enigma, um “click” se ouviu pelo quarto e automaticamente a porta do cofre abriu-se revelando dentro uma pequena bolsa. A filha de Ares pegou a mesma e levou até a cama sentando-se diante do objeto novo e abrindo, esta era feita de um couro marrom de animal, costurada a mão com uma longa alça e um espaço relativamente pequeno dentro dela. Logo, começou a retirar os objetos que se encontravam ali: uma nécessaire também de couro com cinco dracmas de ouro dentro, uma nota de cinquenta dólares mortais, um pequeno saco plástico com um único quadradinho de ambrosia dentro, um pergaminho antigo enrolado e um bilhete de uma folha de livro rasgada.


A dislexia da menina não ajudava muito com relação ao bilhete, logo o colocou de volta na pequena mochila e decidiu abrir o mapa que, como por mágica, começou a revelar a localização do navio como um GPS. E, dando zoom sozinho, passou a mostrar o navio e seus tripulantes andando pelo mesmo com diversas identificações com símbolos. A sua maioria revelava em cobras e pegadas de cachorros que se moviam sozinhas, também existia uma quantia considerável de caveiras passando pelos mesmos e no centro do navio visto de cima continha uma foice que brilhava, porém a observação da menina foi interrompida por um bater na porta.

- Madame, o mestre ordenou avisá-la que o jantar será servido em dez minutos.

Rapidamente, Annye guardou todo o material dentro da bolsa, inclusive o baú ao escutar o barulho da fechadura se destravando e fechou a pequena mochila lateral de couro. Seja a quem for que aquele material pertencesse, já havia estado no navio. Quando a grande porta dupla abriu-se, observou uma mulher de uma beleza quase inigualável, mas os olhos estáticos, cansados, com uma expressão fixa que quando avistou a bolsa pareceu reprimir um tom de raiva em sua garganta, sibilando.

- Por que não deixa isso ai e vou leva-la preparar-se para o grande banquete? O mestre é muito impecável com a aparência de seus convidados.

Atenção:

Prazo:

Avisos importantes.:

Em um passeio de sua escola mortal ao museu de história natural de Nova York, o garoto estava distraído ouvindo a explicadora sobre os artefatos de dinossauros encontrados no território dos Estados Unidos, quando algo chamou a sua atenção. A voz de uma criança chorando que, aparentemente, apenas ele conseguia escutar. Intrigado, ele se encaminhou seguindo a voz e acabou no salão dos mamíferos africanos, bem distante de seu grupo.

Olhava ao redor, mas nada de suspeito acontecia no ambiente, exceto pelo frio na espinha que percorria a prole de Athena que parecia arrependido de não ter levado naquele dia de excursão nenhuma de suas armas. Porém, quando ele aproximou-se do leão empalhado à sua direita, algo atingiu sua cabeça com tamanha força que causou a queda do filho da sabedoria e a quebra de parte da arma utilizada para feri-lo, pois uma pedra preciosa em formato de losango, lilás, caiu no chão ao lado do rapaz.

Enquanto o autor do golpe chamava alguma coisa com passadas extremamente pesadas para carregar o garoto, Chris sorrateiramente pegou a pedra e a colocou no bolso da calça pressentindo que aquilo seria útil. Bem em tempo fora essa sua atitude, já que depois disso a sua visão ficou cada vez mais turva e os sons mais distantes até que o garoto estava desmaiado.

Quando acordou, estava em um ambiente claro, branco e extremamente limpo e deitado sobre uma cama acolchoada e redonda. Sobre a mesa de cabeceira, do lado direito, encontrava-se uma bandeja de prata brilhando e um prato de porcelana com doces organizados de maneira circular. Cada um destes tinha um tom róseo e formato de flores flutuantes, como as que encontram-se sobre as vitórias régias no Brasil. Sobre a cadeira encontrava-se um terno preto e gravata com uma camisa branca de linho impecavelmente dobradas.

Apoiando-se no cotovelo esquerdo, o garoto começou a erguer-se passando a mão nos olhos e sentiu uma leve dor no lugar onde havia levado o golpe, desviando os dedos da face até o local e o massageando. Então, a porta da cabine abriu-se e o que parecia ser um marinheiro se não tivesse seu corpo já corroído pelo tempo com partes da pele faltando entrou no campo da visão de Christian. – O chefe ordenou que se aprontasse, o jantar será servido em cerca de dez minutos. – Logo, fechou a porta e o garoto começou a se arrumar, mesmo sem saber o que estava por acontecer, porém sua capacidade de pensar ficou afetada pela sua fome ao ouvir a palavra “jantar”. Devia estar sem comer a pelo menos um dia inteiro e seu estômago já reclamava.


A mulher parecia deveras desgostosa ao receber a resposta da prole de Ares, alternando o olhar entre a bolsa e o rosto da garota mais algumas vezes. Uma curiosidade que a prole de Ares pôde observar na mulher era que, apesar de bela, seu rosto era estático e cansado, assim como o seu olhar. Porém, a convidada apenas assentiu e entregou um vestido à garota, longo e vermelho como o sangue, com uma fenda na lateral da perna que subia até a altura de seu joelho.

- Está bem, senhorita, como desejares. Em quinze minutos venho busca-la. – A mulher falou a contragosto e fechou a porta da cabine, voltando a trancá-la. A garota apenas observou a porta ser fechada e um suspiro de alívio escapou por entre seus lábios, revirando os olhos pretos. Após trocar-se, a figura que parecia no espelho em nada se parecia com a prole de Ares que subiu no navio, um reflexo sensual, de uma mulher era formado diante de seus olhos. Em um tempo exato com o dito pela tripulante, as batidas se refizeram na porta da cabine de luxo. Pegando a bolsa, Annye abriu a porta em seguida e deparou-se com a mulher que indicou o caminho para o salão principal.

- Com o perdão da senhorita, temos outro acompanhante também para ser pego nesta cabine. – Falou a mulher parando diante de uma porta parecida com a da cabine onde a garota se encontrava e dando mais três batidas na mesma. A porta abriu revelando um rapaz loiro, de corpo atlético, com cabelos loiros e olhos cinzentos expressivos. Christian estava usando terno e gravata pretos com uma camisa de linho branca e sapatos sociais, porém sua expressão parecia tão confusa quanto a da filha da Guerra.

Uma pedra preciosa no formato de losango, em tons lilás.

Uma bolsa de couro de animal marrom contendo:
- Uma nécessaire com 5 dracmas de ouro
- Um bilhete escrito “TEE TVLOUO”
- Uma nota de Cinquenta dólares mortal
- Um pequeno saco plástico com uma ambrosia dentro
- Um mapa do navio.
- Um pequeno baú de ouro com comprimento de meio palmo, trancado, com cinco espaços diferentes no lugar da fechadura.

Ordem de Postagem e prazo:

Avisos muito importantes.: