Refeitório

Refeitório

Missões. Aventuras em que os deuses enviam seus filhos, seguidores, ou apenas alguém que eles considerem aptos para o que precisam que façam. Com Corallyne não havia sido diferente, sua mestra havia lhe mandado há pouco tempo em uma missão fora do acampamento. As imagens de cada batalha haviam se fixado de forma terrível entre as memorias da semideusa, estas lembranças teimavam em voltar durante a noite ou durante os cochilos em meio à tarde. A moça se encontrava a caminho do refeitório, seus passos eram lentos, seu corpo doía levemente, algumas pontadas de dores surgiam em sua cintura e logo em seguida no ombro esquerdo. A cabeça da mesma se mantinha baixo e seu olhar fixava-se no caminho que ela fazia em direção ao local onde poderia se alimentar e recuperar alguma energia. O olhar dela logo se elevou em direção ao céu, este estava tingido de laranja, vermelho e roxo. A noite estava começando, algumas estrelas já começavam a surgir, devia estar passando das 18h30min. Um movimento forte surgia na entrada do refeitório, a maioria dos semideuses seguia para o local com escudos e espadas em mãos, deviam estar voltando de algum treino na arena. Mas Coral se dirigia até o local de mãos vazias e com algumas dores espalhadas pelo corpo. Um pouco de comida realmente faria bem a semideusa, traria a energia que lhe fora retirada durante a missão. Uma leve brisa passou ao seu lado deixando os fios negros do cabelo dela bagunçados, um pequeno sorriso surgiu no canto dos lábios da jovem assim que ela adentrou o recinto e avistou a mesa dos filhos de Éris. Alguns já estavam ali e todos riam de forma larga, estavam claramente se divertindo uns com os outros. Com passos firmes, decididos, porém leves e suaves, a comensal se aproximou da mesa e se sentou. Como sempre acontecia em todas as refeições, pratos foram surgindo diante de cada um dos semideuses. O prato que surgiu em frente à garota possuía poucas coisas: arroz, feijão, um pedaço de carne e algumas folhas. “Ao menos minha mãe sabe do que estou precisando agora...” Um riso baixo e bobo escapou da boca da garota, alguns dos seus irmãos a olharam, mas logo voltaram suas atenções aos pratos em sua frente. O garfo era levado a boca da jovem de forma devagar, a atenção desta estava fixada na parede, por algum motivo a parede estava lhe chamando atenção. Alguns minutos se passaram e o que se via no prato de Corallyne era o que ela estaria oferecendo a sua mestra. A jovem respirou fundo fechando os olhos, abaixou a cabeça como se estivesse pronta para começar a fazer uma oração. “Para Nyx, aquela que falhou, que fora derrotada, mas que ira ressurgir das cinzas como toda fênix é capaz de fazer. Para aquela que mostra a todos o real poder feminino e consegue domar aqueles que ama. Para a minha avó.” Os olhos da prole da discórdia foram se abrindo lentamente, estes fixavam-se no prato, do qual a comida já havia sumido. A garota sorri pouco antes de se levantar e seguir para o seu chalé para uma boa noite de descanço.

thanks juuub's @ cp!  

Andy Grey

Estava ultimamente cansado, eram dias cheios, muitas coisas interessantes pelo acampamento, muito trabalho e para mim, era tudo bem divertido, com meio-irmãos sempre unidos e amigáveis. Minhas tias, as filhas de Afrodite - e alguns tios - eram bem legais, também. Em geral, eu vivia uma fase tranquila. Amanheci naquele dia com certa fome, o que era bem raro. Dei um pulo da cama, vestindo roupas agradáveis e de tons leves, encaminhando-me ao enorme salão, com suas milhares de mesas com os símbolos de cada chalé. Mordi o lábio inferior, caminhando até o balcão e pedindo para a agradável cozinheira o que eu iria querer; sopa, com pão de queijo e café.

Caminhando com minha comida deliciosa ainda fumaçando, fui para minha mesa, no caminho colocando alguns pães de queijo na pira especial para meu pai, rezando baixinho para ele me dar força e muito amor - como sempre pedi em silêncio para ele, desde que o vira. Sentei-me em minha mesa, bebericando meu café primeiro, depois, enquanto fitava com calma a paisagem e o enorme salão e todos os seus belíssimos detalhes. Depois de terminar minha sopa com os pães de queijo - que sobrou alguns -, eu fui embora, antes agradecendo encarecidamente para a cozinheira adorável e saindo dali.