Gods and demigods
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O Novo Imortal

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Mensagem  Hades Dom Abr 29, 2012 5:34 pm

Relembrando a primeira mensagem :

O Imortal


Prometeus criou o homem à partir de água e terra, dando forma assim aos humanos, meros mortais, bonecos de barro, mas que ainda fariam muito ao mundo. Os mortais se espalharam, se multiplicaram. Resistiram à muitas catástrofes, mas sua espécie continuou resistindo. Ainda sim, suas vidas eram quase sempre insignificantes. Entrementes a piscadas divinas, homens construíam uma vida, alguns até alcançavam a tão suada e sonhada glória, a riqueza. Então, morriam. Nem um século de história. Porém, não eram suas riquezas que marcavam no enorme diário da Terra, e sim seu legado.

No tempo em que os líderes ainda travavam suas próprias batalhas, honrando aqueles que os seguiam, mortais com grandes personalidades surgiam e se destacavam. Semideuses não foram os únicos que possuíam poder abaixo dos divinos e eram encarregados de os servirem. Alguns homens conquistaram sua “imortalidade”, pois seus nomes não foram esquecidos. Outros a conquistaram literalmente, até mesmo antes de Hércules e Dionísio. Agora, porém, os deuses não podem mais interferir no mundo mortal. Agora, líderes dão o estopim a guerras e deixam que homens caiam lutando. Aproveitam-se do amor que soldados têm por sua pátria e abandonavam-no para que se exterminem, como se prostrando a eles. Esses homens, reis mortais, queriam superar os deuses. A realidade, é que não eram reis, eram ditadores hipócritas, fracassados lembrados por medo, não por respeito. Minos foi um daqueles que morreu zombado, morreu quando já estava morto, por dentro. Sucumbiu a sua prepotência. No Mundo Inferior, contudo, ganhou lugar especial no tribunal, por sua personalidade inabalável e justa.
Antes dele, houveram outros...

Então, quando pela primeira vez o Olimpo fechou, decretou-se, em meio à todos os deuses que eles não interfeririam mais. As guerras sanguinárias abençoadas por eles teriam fim. As intermináveis seções de extermínio e destruição teriam fim.
Um tecido foi firmemente costurado, distorcendo a realidade para mortais. Batizado de névoa – bem apropriado -, esse tecido ocultava o mundo imortal para mortais, separando-os definitivamente. Entretanto, nesse tecido foi aberto propositalmente uma falha. Enquanto semideuses eram caçados e mortos, haviam outros que também viam através da névoa. Aqueles de espírito determinado. Aqueles que não limitavam suas mentes fracas, mas acreditavam no impossível. Eles tinham o dom e eram abençoados por isso.

Os deuses nunca estiveram realmente longe dos mortais, pois estavam sempre os punindo por seus erros. Primeiro, o dilúvio gerado por Poseidon à mando de Zeus, para exterminar a raça humana. Ela sobreviveu. Cidades como Sodoma e Gomorra foram arrasadas por ultrajarem os deuses, por desacreditarem neles e na sua obra. Outras, como a Babilônia, faleceram no seu reinado de trevas. Eles sobreviveram. Reis foram destronados, morreram ou foram mortos por seus próprios servos que se rebelavam. Todavia, um deles foi abençoado por Hades e voltou ao Mundo para servir-lhe para apenas um propósito: recuperar um artefato roubado, a Chave do Hades. Este rei era prepotente, ele caiu em sua própria estupidez porque achava que era imoral. Mas foi abençoado justamente por isso, porque não temia a nada – nem mesmo aos deuses.

Finalmente a tormenta teria fim e os jogos encerraram-se com um estrondo nos céus. Os deuses estavam satisfeitos de dor e sangue. Porém, se não fosse tão fácil assim, os campistas vencedores iriam para os seus chalés. Agora, eles sabiam que alguém morreu, contudo, era um mistério quem. Poderia ser um conhecido qualquer, ou um amigo, um irmão..

A filha de Zeus, Angelique, e o filho de Hefesto, David, estavam perdidos. Melhor, mais perdidos. Seus desgastes físicos já não aparentavam consumir-lhes tanto, mas suas mentes vulneráveis ainda reagiam ao recente ocorrido, que os fragilizou tanto. Não uma fragilidade física, como ferimentos. Mas sim uma impotência ao ter consciência do que os jogos eram. Tão fútil, covarde. Ainda sim, descompor entidades poderosas e indiferentes que eram os deuses, não os conduziriam para o local certo. Então... que tal se a concepção de lugar certo de repente mudasse? Ninguém ousou cogitar se aquela súbita desorientação de localidade estava premeditada ou apenas ao acaso.

Estar com alguém que não se gosta não era o melhor remédio depois de um caminho quase que interminável para a morte. O sentimento de desprezo entre Angelique e David e seus olhares intimidadores no Acampamento já percorriam seu sangue. Um ponderava ao outro se a melhor opção seria desembainhar suas armas e ir ao ataque. Um mero truque dos imortais para testar aqueles dois semideuses. Temo dizer que ambos podiam ser comparados a barbantes finos esticados a tal ponto de estourar. E se esse realmente fosse o estopim, então temo ainda mais que o próximo barbante a estourar seria o das Moiras.

Buracos negros abriram-se no chão, como se uma tentativa - que funcionaria muito bem, diga-se de passagem - de separar os dois inimigos. Uma inimizade pessoal, se me permite, não uma inimizade obrigatória, o que os jogos teriam feito muito desde o começo. Matar ou morrer. Algo maior, então, desfez o impasse. Um cheiro terrível de morte tomou conta daquela clareira na floresta, como se a própria comparasse ali. Ninguém contrariou, pelo menos. Eram cristais negros - dois - e brilhantes que saíram daqueles buracos. Estava tudo esclarecido para eles. Angelique já havia recebido uma foice com um "H". Mas não uma foice comum, uma foice que determinava bem seu presenteador: era feita de ferro estígio e tinha detalhes de bidentes no seu cabo. Uma foice bem incomum, na verdade. Hades era o único deus maior que não participou da reunião que decretou os Jogos Olímpicos. E quando a foice parecia induzir a filha de Zeus para aquele canto da floresta, uma pequena peça iniciou o quebra-cabeça gigante, que ainda precisava ser completado.
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Mensagem  David R. Feuer Sex Set 14, 2012 2:59 pm

MAKE ME WANNA DIE
You say this is suicide? i say this is a war
Era tudo surpreendentemente avassalador. O monstrengo bloqueou com facilidade debochante a flecha e ainda prosseguiu com suas dicas sobre a culinária canibal. Eu realmente duvidava que a filha de Zeus tivesse gosto bom, ela era um tanto estressada e sua carne devia ser dura por causa disso. Sorri com o pensamento enquanto encarava a montanha de músculos e de pelos posta diante de mim. Talvez eu nunca conseguisse levar algo completamente a sério, eu tinha uma veia cômica incitante de um humor excessivo e talvez até negro. Mas era isso que me mantinha forte e imune aos perigos, minha maior habilidade era minha natureza, a mais irreverente de todo o mundo. Sinônimo de David é David.

Andrew me auxiliou nas ofensivas contra o lobão, o ceifador era habilidoso, um ótimo reforço eu tenho de admitir. Uma dupla inusitada, eu diria. Os ceifeiros da morte não costumavam a serem unidos como os menestréis mesmo que entre si, mas o rapaz estava dando uma mãozinha e uma foicinha e tanto.

Graças aos deuses, ou as flechas improvisadas como baquetas, o monstro havia liberto o jovem que prendia em uma das mãos. Porém a prole de seu maior inimigo continuava sobre suas garras, minha parceira Angie. O ceifeiro emanou trevas que entorpeceram o ambiente, enquanto isso também prendia o monstro com correntes providenciais. O ambiente estava extremamente escuro e então eu decidi criar um contraste repentino. Com um rápido movimento acenei para Drew e Hao que se recuperava e ergui meu isqueiro mais uma vez. Utilizando o controle do fogo lancei um conjunto de flashs de fogo para o alto, aquilo deveria prejudicar a visão de Licaão. Sorri um pouco tenso, depois que as chamas apagaram-se não dava para ver nada e eu esperava que o fogo tivesse causado algum dano no lobo mal.
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Mensagem  Hades Sáb Set 15, 2012 8:04 am

Hao Asakura, o filho de Érebo, excedeu o barranco entre ele e o medo, ele só não estava consciente desse fato temeroso. Numa deslocação rápida demais para um garoto ferido, ele lançou não só à Licaão, como á própria sorte. Suas pernas não acompanhavam o ritmo açodado e aflito de sua mente vazia, e ele pereceu quando Licaão, apenas num torcer de pescoço, mostrou-lhe algo. Como um lobo, Licaão partilhava com Andrew e Hao o dom de ver atrás das trevas, e no exato segundo que Hao iria lhe desferir o golpe mortal, um rugido de não mais que dois segundos tornou-se um eco horroroso. Quando o filho de Érebo menos entrevia movimentação por parte do lupino, era tarde demais, o bafo deteriorado do inimigo invadiu suas narinas, uma pressão incrível sobre seu rosto empurrou para trás, e o som amedrontador o silenciou. No primeiro segundo que se correu em seguida, o Senhor Asakura já tinha caído no chão, suas armas à poucos metros de seu corpo, assim como a flecha prateada, quase aos pés de David, lhe seduzindo tanto quanto Afrodite um dia faria.

De repente, luz alagou o céu novamente, a mesma tática usada pelo filho de Hefesto anteriormente. Licaão olhou, comprimiu os olhos e fechou-os, sacudindo a cabeça, era terrível para ele. As diferentes cores que invadiam o céu, em forma de fogo, eram captadas pelos grandes olhos de Licaão, parecia até queimá-lo por dentro, até desaparecem. - Ei, garoto, olhe para aqueles lobos ali, eles eram semideuses como você. - Licaão dizia, ainda se recuperando do pequeno entreveiro. - Quer ter poder e tua parceira, juntos, ou nenhum deles? - foi a pergunta de toda a vida de David, e nem todas juntas se comparavam a altitude dessa. Outras opções não foram disponibilizadas, era escolher ou agir, levando em conta que agir poderia lhe remeter ao "nenhum deles". Licaão era esperto, além da super força, super sentidos, super velocidade e tudo o mais que estava lhe garantindo a vitória sobre eles.
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Mensagem  Andrew K. Maverick Qui Set 27, 2012 6:57 am

Licaão se distraía. Ele era esperto, com certeza, mas estava cego. Não era a escuridão, entretanto, que o deixava cego. Era seu próprio poder. Aquela alma egoísta e arrogante havia se cegado de tanto ódio e prepotência. Mesmo sendo forte e um grande oponente, falhava na mais básica tática de sobrevivência: Não subestimar ninguém. Dei um passo à frente, induzindo meu clone a fazer o mesmo, ainda apertando as correntes ao redor do grande lobo. Eu tinha mais três almas no meu jarro. O isqueiro prateado que estava preso ao meu cinto. Sebastian dizia que eu fazia isso para me parecer com o Batman. Apenas ria e concordava. Onde estaria meu irmão agora ?

- Ei, garoto, olhe para aqueles lobos ali, eles eram semideuses como você.

Licaão falava com Dave. Ele o aludia a aceitar uma vida de subordinação e se tornar mais um de seus lacaios. Ótimo. Era essa a distração que faltava. Eu e meu clone tínhamos a capa negra de ceifador. O que o grande lobo não havia se dado ao trabalho de prestar atenção, porém, é que eu não estava me escondendo na escuridão. Essa seria uma tática imbecil, considerando que o monstro podia ver como no claro através da escuridão. Não. Eu me unia á escuridão, através da capa. Eu ERA a escuridão ao redor de Licaão, de onde saíam foices ligadas a correntes, as mesmas que o prendiam com força. Com um movimento silencioso de mão, puxei meu isqueiro e o liguei, deixando sair dele a alma de um Lestrigão, moldado no formato da minha. Um segundo clone adentrava o campo de batalha, a cinco metros de mim. Também se camuflava nas sombras com sua capa de ceifador e possuía sua grande foice acorrentada. Com um comando mental, ele logo entendeu o que eu queria.

- Quer ter poder e tua parceira, juntos, ou nenhum deles?

E assim, minha terceira foice voou no céu escuro, silenciosa como a noite, rápida como a luz da lua. Em questão de décimos de segundos, ela fazia uma curva e envolvia o pescoço de Licaão com sua corrente, ainda preso pelas outras. A foice, no extremo da corrente, se fixava na árvore mais grossa próxima ao lobisomem, com força. Em conjunto, eu e os dois clones colocamos as mãos esquerdas no solo. Aquilo não ia matar Licaão, visto que monstros não morrem. No máximo o mandaria para o reino de meu pai por um tempo, mesmo que pouco. Demorando nada além do necessário para se abaixar, movimentamos a terra abaixo do monstro. A corrente no seu pescoço se mantinha firme e tensa. O chão embaixo do lobo cedeu, cedeu e cedeu. Falamos em uníssono:

"- Você pode ser esperto, Licaão. Mais ágil que um lobo, mais forte que um herói. Mas ainda assim, é mais arrogante que o próprio Hades. "

Embaixo de Licaão, um vale de 20 metros havia se aberto. O chão balançava em toda aquela área da floresta e o lobo estava suspenso apenas pelo pescoço, com uma de minhas correntes, enquanto imobilizado pelas outras duas, todas muito bem presas por nossas mãos direitas. Logo, eu e meus clones nos levantamos e começamos a arremessar inúmeras bolas de fogo infernal no lobo. Uma após a outra, as bolas voavam em direção à criatura.


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Mensagem  Hades Ter Out 09, 2012 4:04 pm

Não havia alma daquele jarro que sobreposse Licaão, os níveis de presunção daquele velho lobo, excediam os limites aceitáveis. Aquilo não era aceitável, era asqueroso, repugnante, nojento. Cada vez mais, seus lábios se separavam, seu ar podre infectava o ar, com a mais vil perversidade possível, seu espírito era sórdido e imundo, já tão manchado de sangue inocente. Não havia possível salvação para sua alma, ela afundaria na lama do Tártaro, não pior ou melhor que todos os que jaziam lá. Seu desdém à seus oponentes lhe garantiram um resultado incorreto, de todos os seus cálculos baseados no poder, na vingança, na imortalidade. Agora, lá estava ele, a cena mais divertida da noite, para os semideuses. Correntes o circundavam o pescoço, suas garras tentavam segurar-se, enquanto suas pernas se debatiam, suspensas. Seus dentes mordiam o absolutamente nada, rosnados e gemidos, fundidos num misto horripilante de dor, era a única coisa transparecida por ele. Não era mais intimidador, não era mais tão poderoso e frio, não era mais invencível. À vinte metros abaixo de si, refletia sua própria alma banhada em sangue, seu futuro era revelado, todos os corações que um dia suas garras perfuraram, pareciam voltar a bater, naquele momento. Esperavam por ele, frenéticos e inquietos. Sua penitência já não era mais a prata, bolas de fogo o atingiam, e sua pele não se regenerava, já não havia força que o segurasse lá encima, enquanto a árvore que mantinha a força presa, envergava lentamente. - Sua índole é podre, como o cheiro do Tártaro. Olhe para sua alma, Licaão. Sofra. Tolere-se. - uma voz dizia em som totalmente audível para o lobo, e para Andrew. Suave, nada amedrontadora, acalentadora. O terror estava passando.

† † † † †

Licaão piscou, atento à noite. Nada diferente ocorria nela, seus olhos giravam em frações de segundos, até, subitamente, algo de ferro atingir-lhe o pescoço. As correntes vieram com tanta força, que puxaram-no para trás, envolveram-se em seu pescoço. Suas garras tentavam quebrar a arma, mas uma foice, na extremidade, havia cravado numa árvore, e seus esforços estavam sendo em vão. Ele já não sentia mais seus músculos ávidos, prontos para estourar a corrente, uma força ainda maior, sobrenatural, agia em sua mente, ele além de iludir a si próprio, agora era iludido. Para todos os lados, ele via a si mesmo, via o passado, o presente, via o seu provável futuro. "Arrogante" foi a palavra que ecoou em sua mente, até que um rápido abalo sísmico lhe tremeu as pernas. Todo seu peso caiu, ele estava pendurado pelo pescoço, lutando contra a gravidade. Jogava as pernas de um lado para o outro, suas veias saltaram. Seus olhos estavam esbugalhados, ainda evidenciando uma pitada de humor sarcástico, enquanto tentava preservar a própria vida. Ele mirava algo abaixo de si, e tentava rir para o filho de Hades, que não entendia sua felicidade dissimulada. O olho lupino de Licaão estava que quase todo vermelho, suas mãos estavam dentro das correntes, entre ela e seu pescoço, tentando escapar. E então, esferas vieram em sua direção, o impacto da luz foi tanta que a besta soltou um rugido eufórico, após ouvir o estalido que vinha do tronco da árvore. Ela estava cedendo.

Tardou, mas não falhou. O líder do chalé de Hades compreendeu o motivo do sorriso desprezível e sujo de Licaão. Tão focado na batalha, que o rapaz não percebera seus amigos. O grande buraco foi se abrindo, levando consigo Angelique, a filha de Zeus e Hao, o filho de Érebo. Não só eles, como o filho de Hefesto, que não tinha visão noturna, foi sugado pelo buraco. No ligeiro desespero, Andrew olhou em volta, já não havia mais o que fazer, o caule da árvore quebrou, e Licaão desabou abaixo. Somente sua corrente e foice, presas por um acaso numa parte esburacada da árvore, ficaram penduradas. Ele olhava lá embaixo, mas nada via. Logo, mirou os arredores. O templo, antes impossível, agora estava à sua vista, e não apenas. No fim da escadaria, um homem trajando trapos, se colocava na frente de alguns semideuses. Possuía melenas loiras, estava sujo e correntes prendiam-se à seus dois pulsos. Seu cristal pareceu queimar dentro de seu bolso.
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Mensagem  Andrew K. Maverick Ter Nov 06, 2012 9:45 am

E então o olhar do lobo fez sentido. Seu sorriso tinha sim um por que de existir naquele momento. Licaão podia cair, mas não cairia sozinho, aparentemente. Enquanto ele caía, preso ainda pelas correntes dos meus dois clones, caíam também meus colegas de missão. Angelique, Hao e David sumiam no buraco rapidamente. A escuridão os engolfava com tamanha fome, tão repentina, que me gelava a espinha. Era como se eles nunca mesmo tivessem existido. Apenas via-se a corrente que enforcava Licaão, presa na árvore, sumindo na escuridão do buraco. Aquilo não era tão ruim quanto parecia, na verdade. O lobo estava muito ferido e as correntes possuíam dentes em toda sua extensão que deviam estar destruindo seus músculos e impedindo qualquer cura por enquanto. Além do que, ele continuaria preso, mas com meus amigos lá. Apenas cerquei o buraco com paredes de fogo grego. Angelique e David deviam conseguir sair tranquilamente e auxiliar Hao. Licaão teria mais problemas.

- Vão lá e resolvam isso. Não desatem as correntes das foices. Tirem suas espadas de ferro estígio e o executem. Protejam os três. Assegurem-se de que eles estão bem, pois sabem se defender. Caso ele escape, recorram ao máximo poder das suas foices. Vocês tem minha permissão para usar o "Desespero Resguardado". Vão.

Eles apenas assentiram e pularam no buraco também. Tinham asas, então provavelmente pairariam até o fundo. Naquele momento uma raiva sem precedentes invadia meu corpo e alma. Eu queria apenas aquele ser desprezível morto, meus amigos salvos, e o corpo fétido dele preso na mais escura das celas do tártaro. Comecei a sentir um tipo de energia, uma entidade se aproximando. Os cristais carregados por David, Angelique e Hao voavam na minha direção. Instintivamente, levantei o meu e eles se grudaram. Encaixaram perfeitamente, como se fossem todos fragmentos e uma mesma pedra.

Me apressei e entrei na sombra que uma árvore fazia a um passo de mim. Thanatos havia me dado o poder de aguentar viajar pelas sombras com uma resistência anormal. Isso era bastante útil, quase uma nova habilidade. Meu objetivo era, claramente, chegar ao topo do templo. Eu sentia que, qualquer que fosse o sentido e motivo disso tudo, iria descobrir lá. Tinha certeza de que meus amigos ficariam bem. Pelo menos um pouco de certeza. Apressei minha viajem, que normalmente dura segundos e apareci na base da escadaria do templo. Isso era estranho, uma vez que desejava chegar ao topo. Como eu temia, essa energia púrpura impedia que eu me aproximasse desse jeito do templo. Eu teria de percorrer toda a escadaria do modo difícil, e foi o que fiz. Degrau após degrau, me aproximava do topo. Sentia a energia de quatro meio-sangues e uma presença maligna. No entanto... eram seis entidades que eu sentia. Quem mais estava ali com eles cinco ?
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