Rio - Local público

Eu gargalhei alto com tudo aquilo, era incrível como ele tinha errado o cheiro do meu perfume estava tão na cara que eram Rosas. Me aproximei dele e disse em seu ouvido.

- Amor você errou, o cheiro do meu perfume é de Rosas. Te dei uma chance e não acertou terei que fazer algo que você não vai gostar.

Peguei uma pluma e comecei a passar ela embaixo do braço dele, o fazendo cocegas. Um tempo depois eu parei, não seria tão ma com meu amor. Voltei a cesta e peguei o próximo item.

- Vamos a Audição, meu amor.

Coloquei uma música para tocar e esperei pela resposta dele, aquela era a primeira música que dançamos juntos, será que ele lembraria?

Eu cantarolava junto com a música, era impossível mais aquela era uma das músicas que eu mais gostava, e era nossa minha e de Ravyn fui tirada de meus devaneios quando ele me perguntou.

- Precisa ser o nome da música?

- Claro amor. E quando você ouviu essa música, se lembra?

Olhei para ele e sorri, eu sabia que ele lembrava que tínhamos dançando ela juntos, mas eu nunca tinha comentado o nome daquela música com ele.

Ficamos um tempo em silencio para aproveitar aquela canção linda. Me lembrei da nossa dança e mais uma vez sorri, era tudo tão perfeito, ele, aquela noite em baixo do luar. Chegando ao fim da música ele disse.

- Não sei o nome, mas sei que é a primeira música que dançamos. Mas, errei a pergunta principal, eu entendo. - Sorri. - Qual o nome, por sinal?

- Eu até poderia aceitar só isso, mas eu não sou tão boazinha. Vou aprontar contigo. - sorri. - E o nome da música e My All da Mariah Carey. - Me aproximei dele novamente e pegando um pouco de mel na cesta espalhei por seus braços. - Isso é para que fique um pouco docinho e vamos a última prova o toque, levei até as mãos dele um item que passou por nós no inicio de nosso namoro. Será que ele era bom de memória e lembraria dessa.

A cesta de piquenique? Só meu amor para dizer aquilo, como podia ser a cesta se o que dei a ele não era redondo. O encarei e mais uma vez me aproximei dele, colocando uma mãe em seu peito, eu o beijei e disse.

- Você errou mais uma vez meu amor, se lembra da corda que usei naquela brincadeira na floresta? Pois é, eu guardei a corda, vou ter que fazer uma pegadinha mais agora não. Vou te dar uma última chance, peguei um novo objeto e encostei na pele dele. Esse objeto era frio e também representava nós dois.

A caminhada até o rio foi longa, mas eu e Ethan viemos conversando todo o caminho até ali, ele era bem simpático, mas minha cabeça encontrava-se a apenas em um lugar Hedone. Ao longe já víamos o inicio do rio, mas as margens eram bem extensas e minha filha poderia estar em qualquer lugar por ali. Continuamos andando até que ele disse.

-Wow ser uma grega deve ser incrível! - A caminhada continuo até que uma hora o rio já era visto de longe - Eu não possuo desejos... provavelmente eu irei ficar no acampamento, o lugar é bem confortável! Eu já me pensei como mentalista mas os filhos de Éris não podem entrar...

- Entendo, uma boa escolha o acampamento é uma ótima moradia mesmo. E ser grega não é tão incrível assim. - Ainda mais por ter vindo da época onde tudo aconteceu, e tudo o que eu passei, balancei a cabeça tirando aqueles pensamentos dela. - Você só acha isso por causa dos deuses não é? Sou mentalista sei de tudo. E bom, pena que não podes ser mentalista é muito bom. Além de sua mãe qual deusa lhe chama mais atenção?

E conversamos por todo o caminho até as margens.

Eu sorri qual a resposta dele, a chance que eu dei tinha valido a pena.

- Bom amor acertou e mesmo uma adaga. -Fui para atrás dele e desamarrei a venda que cobria seus olhos, sorri e o encarei. - Amor já que acertou essa, não vou aprontar com você pelo erro da corda.

Fiquei muda alguns instantes, era isso mesmo que estava acontecendo, minha mãe uma deusa estava entre mortais? Como ela tinha conseguido isso, e o que ela fazia ali. Não podia ser verdade eu a sentia, ela estava perto muito perto. Se ela visse Ravyn naqueles trajes ia brigar comigo, vire para meu amor e disse.

- Ravyn melhor você vestir suas roupas, tem gente se aproximando. E não pergunte como eu sei, só tenho certeza. - o beijei rapidamente e vi ele colocando suas roupas.

Aquela paisagem e o barulho natural do rio e da natureza me acalmava, a conversa estava boa mas eu ainda estava preocupada com minha filha não a tinha visto em nenhuma lugar foi quando Ethan me chamou a atenção para duas silhuetas próximas a uma arvore. Enfim achei minha filha, pensei.

- É... eu sempre gostei dos deuses, tanto gregos como romanos sabe? Bom eu sempre achei Perséfone interessante.... e desculpe fugir do assunto, mas aquilo são pessoas?

- Entendo, os deuses são bem interessantes mesmo, é bom Perséfone ... é bem amável diferentemente de Hades. - disse se como os conhecesse, e é claro os conhecia a milenios. - É sim parecem pessoas, vamos até lá?

E nós aproximando do casal que parecia bem apaixonado ali juntos, eu disse.

- Olá o que fazem sozinhos aqui? - Encarei Hedone, esperava uma resposta rápida dela.

Eu estava bem nervosa, minha mãe se aproximava cada vez mais eu conseguia sentir. Meu namorado querendo beijo e eu não sabendo onde enfiar minha cara. O que minha mãe ia dizer sobre tudo aquilo? Eu ia levar uma bronca isso era certeza. Encarei Ravyn e antes que ele me enchesse de perguntas o calei com um beijo apaixonado, foi quando ouvi a voz de uma mulher atrás de mim. Eu estava perdida era ela.

- Ma ... - a encarei e ela me olhou com uma cara seria provavelmente ela não queria que eu a entregasse, ela estava como uma semideusa, acabei entrando no personagem. - Digo Psy, que bom vê-la onde estava? E bom não estávamos fazendo nada demais, só namorando. Vai dizer que você nunca fez nada parecido? - Mãe, o que faz aqui? perguntei em pensamentos.

Atrapalhar o encontro da minha filha era o que eu queria, onde já se viu uma menina de 14 anos se atracando no meio do mato com um garoto. Olhei para o menino que diz que se chamava Ravyn cumprimentando Ethan, o menino até que parecia ser simpático e que tinha um bom caráter, mas Hedone era minha filha. A semelhança de nos duas era notada de longe, e eu tentando esconder qualquer parentesco, ouvi tudo o que eles diziam até que Ethan disse.

- Desculpe Psy mas eu tenho que ir, já deu o meu horário!

- Tudo bem Ethan, muito obrigada por tudo. Te devo uma viu? Qualquer coisa é só chamar. - dito isso olhei para Ravyn e falei. - Me chamo Psy, sou antiga aqui no acampamento e sou mentalista de Psiquê. Também tenho parentesco com Hedone. - olhei para minha filha que estava vermelha, eu e ela precisávamos conversar a sós.

Eu estava mais vermelha que meus cabelos, nunca imaginaria que minha mãe sairia do olimpo e viria até no acampamento só para ver o que eu estava fazendo. Nem prestava atenção no que eles faziam ou falavam, me encontrava perdida em meus próprios pensamentos. Como uma proteção fui para trás do meu namorado e o abraçando pelas costas fiquei ali escondida do que poderia vir, deixaria que ele tentasse conquistar minha mãe do mesmo jeito que me conquistou.

Eu olhava seria para os dois, Hedone escondida atras dele e ainda me encarava vermelha. Eles pareciam que se amavam de verdade e eu não iria acabar com um amor, Eros brigaria comigo se eu fosse contra o amor mesmo sendo de nossa filha.

- Tem parentesco, é? Se conhecem de onde?

Sorri após a pergunta dele e respondi calma e tranquilamente.

- Temos um parentesco sim, mas acho que este não vem ao acaso agora Ravyn. - o olhei de cima a baixo. - O que queres com Hedone? Pode se dizer que a tenho como filha e vou protege-la de qualquer um que tentar magoa-la.

Eu continuava atras do Ravyn, não queria deixa-lo. Tinha medo do que minha mãe iria falar, e se ela contasse toda a verdade, e se ele não entendesse e terminasse comigo. Isso não podia acontecer nos amávamos, minha mãe teria que entender, ela ama meu pai e ele é o deus do amor, ela sabe como é isso. Encarei os dois e fiquei quieta e totalmente apreensiva, apertando ainda mais o Ravyn.

Ouvi atentamente e sorri assim que ele disse.

- Bem, eu quero passar o resto da minha vida com ela. Eu amo-a muito, como nunca amei nem nunca amarei alguém. Ela é perfeita do jeito que ela é, sou muito feliz com ela. Apenas quero retribuir o que ela me faz sentir. Por isso namoramos.

O que ele disse me fez lembrar cada momento que passei ao lado de Eros, momentos felizes de um casal apaixonado. Eu nunca imaginei que minha filhinha fosse amar assim tão intensamente, mas ela era filha do deus do amor estava explicado. Eles amam intensamente, sorri para o casal e disse.

- Tudo bem Ravyn vou confiar em você. - no fundo eu sabia que ele era o garoto certo para ela. - Espero que vocês sejam felizes, só não a faça sofrer ou você vai se ver comigo e com o pai dela. Não queira ter uma deusa de inimiga digo não quera me ter como sua inimiga. Bom vou indo, até; - Virei as costas e sai deixando eles dois ali sozinhos novamente, já era hora de voltar pro olimpo meu marido me esperava.

Eu fiquei sem palavras pela ultima frase de minha mãe, ela contou que era deusa e agora? Ele iria me encher de perguntas, e iria descobrir a verdade. Precisaria enganar ele, ou faze-lo esquecer, tive uma ideia.

- Meu amor a Psy é uma brincalhona não é. - sorri falsamente para ele. - Que bom que ela entendeu que eu te amo. - puco ele e o beijo.