Gods and demigods
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Σ A Volta do Exílio Σ

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Kyle Winshester
Thanatos
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Mensagem  Thanatos Sex Jul 05, 2013 5:38 pm

Relembrando a primeira mensagem :

MAPA DO ACAMPAMENTO:

Acampamento Meio-Sangue. Long Island. Nova York. O lar de milhares de semideuses durante as diversas idades da humanidade e, atualmente, casa para centenas deles. Criados a partir de um ser divino e um humano, todos encontravam ali, naquele lugar em comum, uma terra para chamarem de suas. Eles sabiam que pertenciam ali, que era o lugar deles e, para um meio-sangue, isso é algo extremamente importante. A maioria não se encaixava em canto algum, caçados desde pequenos por monstros e feras sanguinárias. Disposto ao longo de uma vasta planície, com colinas e riachos, além de uma praia própria, o acampamento meio-sangue era o lugar perfeito para morar alguém que pertencesse a tais mestiços. E era, também, o mais seguro. Nenhum campista conseguiria se imaginar vivendo sozinho, exposto e indefeso no mundo fora das barreiras mágicas de lá. E é bom que não imaginassem, pois a realidade era algo que nem os piores pesadelos chegavam perto. E, disso, quatro campistas sabiam perfeitamente.

Era uma tarde comum no acampamento. Os relógios deviam ter batido dezessete horas a pouco mais de alguns minutos. Os campistas, saindo de suas atividades na arena e das aulas após o almoço, tiravam aquele resto de dia para passear nos campos de morango, subir a colina para aproveitar os deliciosos ventos que a cobriam ou reunir-se em volta de alguma fogueira por ali. Alguns filhos de Apolo jogavam vôlei com sátiros e ninfas no estádio, próximo à Casa Grande e à entrada da colina. Na arena, do outro lado de um dos braços do rio que dividia o acampamento em partes, James e Andrew ensaiavam um pesado treino, um duelo que usava apenas correntes como armas e que parecia atrair a atenção de alguns campistas. Quíron passava lá por perto, assegurando-se de que estava tudo bem. Era seguido de perto por um grupo de semideuses, arcos e aljavas nas costas, vindos do treino de arco e flecha. O centauro se despediu dos alunos, mandou um cumprimento aos que estavam na arena e marchou até a Casa Grande. Audrey, filha de Dionísio e Rachel, filha de Apolo, se encontravam reunidas com um grupo de meio-sangues em volta de uma fogueira improvisada, no meio do "ômega" formado pelos chalés. Riam e se divertiam com diversos amigos e amigas, em um total de mais de uma dúzia. Não muito longe dali, Kyle, de Hermes, organizava suas coisas em seu chalé, fazendo promessas de força e determinação para si mesmo, agora que havia voltado para seu verdadeiro lar. Todos os campistas tinham os seus desafios pessoais para superar a cada dia ali, preparando-se sempre para as batalhas do mundo real e para as missões dos deuses. Sabendo disso, Anthony Sunbolt, meio-irmão de Kyle, o mandou palavras de apoio e coragem. Anthony era instrutor de arco e flecha, um dos melhores no acampamento depois de Quíron. Era abençoado por Apollo e, estranhamente naquele dia, estava saindo com seu arco em mãos para uma vigília. Dizendo pressentir algo, deixou o seus irmãos no chalé de Hermes e partiu para a colina. Em seu caminho, deu de cara com o melhor amigo Ian Gravelock, instrutor de corrida no estádio. Apressado como sempre, o sátiro apenas mandou tomar cuidado com o grupo de meio-sangues treinando próximos à colina.

Albafica, filho de Deméter, era um experiente meio-sangue. Era um dos mais velhos e mais fortes, fazendo parte da instrução em armas de corte, mais especificamente foices e adagas. Dava uma aula de lâminas curtas para um grupo de dez campistas jovens, entre doze e quinze anos. Suas habilidades de percepção, entretanto, o fizeram parar os movimentos quase imediatamente.

O filho da deusa da colheita deve ter sido um dos primeiros a perceber, mas não demorou para que todos começassem a olhar receosos para o céu. As adagas e lâminas caíram das mãos dos campistas que treinavam com ele. Anthony preparava o arco nervoso, enquanto Ian, correndo até a Casa Branca, gritava por Quíron. David, nas forjas do acampamento, levantou seu óculos protetor contra a fumaça e limpou o rosto sujo de fuligem, chamando seus irmãos do chalé de Hefesto para observar o que acontecia. A fogueira nos chalés se apagou, e todos que antes riam e celebravam agora murmuravam e olhavam, estarrecidos, para algo estranho no céu. As falações e cochichos se espalharam tão rápido que dava a impressão de ser uma panela fervente, chiando ao esfriar contra a água fria. James e Andrew se olharam, calados e perplexos. Guardaram as correntes, envolvendo-as nos braços e correram em direção á colina, como fizeram vários outros campistas. O filho de Hades concentrava seu espírito para mandar um sinal de alerta aos outros ceifadores. Gabrielle, Nathan, Matthew e Maya, além dos outros, logo partiram também. James apenas comentava sobre o modo engraçado como boas batalhas sempre eram interrompidas. O filho de Érebo avistou Mellody com um grupo de alguns amigos e gritou seu nome, apontando para o céu. Percy saía de uma canoa, a qual havia parado bruscamente nas proximidades dos campos de morango para fazer o mesmo que todos estavam fazendo: Admirar e se estarrecer. Um grande furacão parecia se formar no céu, perfurando o acampamento e suas defesas mágicas como se fosse uma broca natural. Chamando seu meio-irmão Nathan, que parecia se entreter com Annabeth Reader e alguns outros campistas em uma roda de conversa, partiram para aonde o tornado parecia querer tocar o solo: A colina.

Quíron mal teve tempo de gritar alguma coisa. Quando deu por si, todos os campistas haviam entrado em um estado que beirava o caos. Os ventos ao redor do acampamento haviam enlouquecido completamente. Resmungou algo sobre a péssima hora que Dionísio escolhia para visitar convenções de vinho e reuniu os heróis ao redor da colina, cercando-a com a quase totalidade dos semideuses. Ali, naquele meio círculo que cobria um lado da área onde descia o tornado, sendo a outra coberta pelas florestas e pelo pinheiro de Thalia - O Velocino brilhando dourado - estavam todos os campistas já citados, além de muitos outros.

- Campistas! Algo se aproxima! Não se deixem serem pegos de surpresa! Preparem seus arcos, lanças, espadas, tudo que tiverem! Esse não é um simples tornado.

E, como se previsse que o centauro fosse terminar seu grito com tais palavras, o ciclone desceu de uma vez, batendo no chão como se fosse um grande soco. A onda de impacto varreu a colina de cima à baixo, derrubando vários campistas e desestabilizando outros. Joe, de Afrodite, se segurou em Albafica. A maioria dos que ele via por perto não tiveram a mesma sorte. Era como se uma área circular, do tamanho de um pequeno quiosque de lanches, tivesse explodido em um cilindro maciço de ventos rodopiantes. Após voltarem a ficar de pé, todos encaravam o fenômeno, que parecia ter alcançado uma situação estável. Nikka, de Hipnos, podia ver algo saindo de dentro do furacão. Um ponto preto, a quase vinte metros de altura, havia se desprendido do corpo do cilindro e caía, acelerado, em direção ao solo. Quando já estava perigosamente perto, viram se tratar de um adolescente. Cerca de 19 anos. Caindo em direção ao duro solo, a pele fumegando, desacordado.


Garoto caindo:
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Mensagem  Kyle Winshester Seg Jul 15, 2013 8:49 pm

Bocejei com o comentário do Casey. Talvez por saber que não ia ficar sabendo do que aconteceu com eles. Dei os ombros e sorri com o comentário dele sobre sua perna.

Puxei pela gola da camisa um dos curandeiros e o encarei. - Cuida da perna dele está bem? - Falei me dirigindo a saída daquele lugar. Não queria ficar ali nem mais um segundo. Ao sair da enfermaria suspirei e fechei os olhos. - Deveria ter ficado e lutado para dormir... Que diabos estou falando?! Odeio dormir. - Fiquei confuso com meus próprios pensamentos. Estava me sentindo fraco. - Acho que meu açúcar está baixo. - Comentei comigo mesmo voltando para o chalé.
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Mensagem  Thanatos Qua Jul 17, 2013 11:33 pm

MAPA DO ACAMPAMENTO:

Um dos curandeiros presentes na enfermaria logo se mobilizou para ajudar Casey. Claro, depois de ser quase ameaçado por Kyle, ficava claro que a perna do outro filho de Hermes necessitava de cuidados urgentemente. Ele a enfaixou com uma espécie de atadura que mais parecia um papiro, de tão fino que era o material. Após passar as mãos por cima da perna do garoto, sem encostar, como se procurasse sentir algo em algum ponto, parou bem no meio da canela do menino loiro. Murmurou algumas palavras e um estranho brilho se fez perceber por debaixo das bandagens, que caíram, estranhamente pesadas e rígidas. Era como uma esponja que havia acabado de se encher e pesar. O curandeiro assentiu com a cabeça para Casey e Kyle:

- Ficará bom em questão de minutos. Ossos quebrados são bastante fáceis de se consertar. Vou deixá-los e voltar a cuidar de Rob.
- Obrigado, cara. Questão de minutos é algo bem legal.

E, falando isso, pôs-se ao lado do garoto de chamas, pegando o que parecia ser a última dose de néctar e dando um pouco ao garoto. Robert já se levantava e abria os olhos, mas ainda parecia fraco. O curandeiro endireitou o meio-sangue para que ele se sentasse na cama e logo se retirou. Rob piscava os olhos como se acordasse de um sono de décadas. Coçava a barba lentamente, estalando a boca.

- Ah, estamos todos aqui. Espera, cadê a baixinha? Cas, onde está a Elsie? Não diga...
- Tá chegando. Um filho de Poseidon, uma de Hades e uma de Quione a levaram ao velocino para remover o veneno. Ah, e uma irmã do Dex também. Já tinha até esquecido que tínhamos família por aqui. Família... e talvez amigos.

Ele olhou pela porta, por onde acabava de sair Kyle. Mostrou um lago sorriso de agradecimento, embora seu irmão estivesse de costas, e já longe. Voltou seu olhar para a irmã de Dex, a filha de Atena que os havia ajudado pouco antes. Annabeth havia entrando, meio apressada, alguns segundos antes de Kyle sair. Ela parecia bastante feliz, voltando toda a sua atenção à Dex. Ela fazia um resumo dos acontecimentos no topo da colina para Annye, filha de Ares, e relatava o estado de Elsie. O filho de Hermes sentiu seus ombros levantarem-se, livres de um imenso peso. Dex olhou para ele e sorriu. Rob se limitou a um riso sarcástico, mas obviamente repleto de alívio.

- A baixinha é dura na queda. Veneno de Estrige costuma matar em duas horas. Já faz quase um dia.

Ele sorriu e bateu de leve na madeira da cama com o dedo, em um gesto quase pensativo. Annye, respondeu com educação ao agradecimento e foi logo se postar na entrada da enfermaria, passando da porta, encostada na parede pelo lado exterior. Esperava a amiga filha de Hades, que trazia com Nathan e Gabrielle a garota ferida. Annabeth logo virou sua atenção para Dexter, que se ajeitava na cadeira, ficando propriamente sentado. Seu olhar era calmo e sereno, sábio como o de Annabeth e, claro, como o da própria Atena. Soltou um sorriso para Casey, que logo entendeu o recado e se levantou de seu leito. Sua perna estava como nova e seu corpo não tinha mais nada além de arranhões. Ele caminhou até o leito de Rob, sentando-se ao seu lado e puxando conversa

- Sou Annabeth Palas, mas pode me chamar de Anna. E, que eu saiba você, senhor Dex, deveria estar descansando. Tiveram uma chegada triunfal além dos limites da saúde e precisam se recuperar.
- Bem... - Começou Dex, apalpando seus lençóis meio sem jeito. - Não foi nada triunfal, para ser honesto. Trouxemos um tornado para o acampamento e Rob incinerou parte considerável da colina.
- A grama estava fraca e desidratada. A culpa não é minha.
- Você agora é jardineiro? Enfim, Annabeth Palas, minha mais nova irmã, me chamo Dexter Zayas. Obrigado a todos vocês pela ajuda e pode confiar que estamos nos recuperando muito bem.
- Bem vindo de volta à casa, mano. Como está se sentindo? Annye cuidou direitinho de você? Mas... Se me permite, como você fez aquilo na colina? De falar na mente das pessoas? Eu preciso aprender isso. É demais!
- Ah, sim. Obrigado pela hospitalidade, mas não... não sabemos se poderemos ficar. De qualquer modo, sim, Annye fez um ótimo trabalho. - Ele levantou o dedo indicador para Annabeth, pedindo por um tempo, e procurou em suas vestes alguma coisa. Lançou um olhar demorado, vasculhando um recinto e elevou a voz para Casey.
- Casey, viu meu elmo?
- Aquela sua cartola velha e puída?
- Aquele meu elmo.
- Ah, eu peguei. Só para guardar, eu juro. Não serve para mim, de qualquer jeito. Toma.

E puxou da gola da camisa uma tiara de ouro encrostada com diamantes. Ele olhou para ela, admirando sua beleza e soltando uns longo suspiro, e a arremessou para Dex, que a pegou no ar. O filho de Atena a balançou rapidamente. O que antes era um borrão dourado nas mãos dele agora era um borrão negro, que se revelava uma cartola, bem ao estilo inglês, como de um mágico. Realmente, tinha suas marcas de poeira e alguns arranhões na aba e topo. Ele a pôs na cabeça, lançando um olhar estreito para Casey:

- Seu gosto para acessórios é bem peculiar.
- Eu gosto de me sentir uma princesa de vez em quando. Bem melhor que um mágico de circo.

Dex balançou a cabeça lentamente em uma negação e se voltou para Annabeth:

- Anna, vou ser direto com você. É esperta, vai receber bem a ideia. Eu fui deserdado por nossa mão. Os únicos laços que mantenho com ela são genéticos e eu só os mantenho por que, bem, não dá pra cortar. Fui apadrinhado por Psiquê, que me deu o dom de grandes poderes psíquicos. Com isso, posso fazer uns truques, como falar na cabeça dos outros. Posso te ensinar...
- Isso se ficarmos no acampamento. O Olimpo e seus rituais ridí...
- Exato, vamos dar um passo de cada vez.
- Perdão, perguntas demais para alguém que foi arremessado do olho de um furacão contra o chão... Teremos muito tempo para conversar sobre isso. Não sei o que aconteceu, mas vocês chegaram, conseguiram... Tenho muito orgulho de você, mano... De vocês, aliás. São exemplos de heróis.
- Garota, você não sabe nem a metade. Teve uma vez que a gente...
- Agora não, garoto arco-íris. Deixe a menina conversar com o irmão. Você estava me explicando como me viu pegando fogo lá de cima do tornado, lembra?
- Ah, sim! Aí eu disse pra Elsie: "Aposto dez pratas como ele incinera a primeira e a segunda fileira de gente quando se explodir". E então...

Dexter piscou para a filha de Atena e cruzou os braços. Annabeth sentiu uma leve cócega dentro da cabeça, como se alguém tivesse entrado lá e deixado as vestes rasparem levemente na entrada de seu cérebro. A voz de Dex ecoava em sua cabeça.

"Sei como se sente, irmã. Tenho que ser um líder forte, mas também senti um grande apreço por você. Sinto que devo protegê-la, mas meu papel com os Exilados, infelizmente, se faz mais importante. Farei tudo que puder para estar com você. Também, irmã, quero uma família. Mais do que amigos, quero algo que me lembre o que eu tinha antes de me perder no mundo. O que me diz?

Naquele momento, irrompeu pela entrada da enfermaria uma Elsie de andar vacilante. Sua cor havia voltado quase totalmente. Suas pernas continuavam um pouco bambas e ela se apoiava em Nathan, filho de Poseidon. Mellody havia ficado para trás, conversando com Annye, que os havia visto chegando à distância. Gabrielle entrou na enfermaria, ao lado de Nathan. Os olhos de Robert recaíram sobre ela e de lá não saíram mais. O garoto a fitava atônito. Após alguns segundos, Cas percebeu estar falando sozinho e também olhou para a filha de Quione. Sussurrou ao amigo:

- Só parece ser um pouco fria, nada que você não dê jeito, esquentadinho. Mas é bem bonita, e olha que eu nem sou chegado nesse gênero.
- Cala a boca.
- Os três marmanjos estão se sentindo bem? Recuperados, felizes, batendo papo? Ótimo. Só temos três horas até a reunião com Quíron e Dionísio e, depois disso, enfrentar a decisão dos deuses. Não vão me dizer que fui a única que pensou nisso, mesmo quase morrendo?
- Você não era a única quase morrendo, pintora de rodapé.
- Estávamos só te esperando. Sente-se. - Uma cadeira de madeira foi movida pela pequena sala, quase como movida por um fantasma. - Casey, sabe o que fazer.
- Pode deixar, Dex.
- Meus amigos. Agradeço infinitamente pela ajuda de vocês. Se não tivessem aparecido, nem sei o que teria acontecido conosco.
- Morte, incineração, derrame e... provavelmente ia se suicidar por remorso e solidão. - Elsie falou, apontando para si, Rob, Dex e Casey, respectivamente.
- Haha, engraçada. - Disse Casey, sarcasticamente, Estava levantando as mãos para o teto da enfermaria e as descendo, repetidamente. Era como se tentasse puxar um véu invisível em todas as direções. Os outros logo perceberam que uma camada de brilho multicolorido descia através das janelas e porta. Uma cúpula de luz parecia envolver aquela parte da enfermaria. Após terminada, desapareceu. Um dos curandeiros passou pela sala, parando bem no meio dela. Olhou em volta, a expressão de espanto e confusão:

- Podia jurar que eles estavam aqui ainda...

Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, Elsie fez um gesto com a mão livre,que não se apoiava em Nathan. Fios prateados que preenchiam todo o recinto, entrelaçados como uma grande teia, surgiram momentaneamente conforme ela parecia puxá-los para baixo. Se sentou na cadeira logo em seguida.

- Invisíveis e inaudíveis. Todos nós, até que saiamos daqui ou passe o efeito. Bem, vamos à reunião.
- De qualquer modo, o que quero dizer é: Peço que nos deem licença para podermos discutir algumas coisas. Logo nos reuniremos com todos vocês no refeitório. Adeus a todos e muito obrigado.
- Valeu galera.
- Obrigado por não me deixarem virar pó.
- Agradeço a ajuda. Muito obrigada.
- Adeus, irmã. Nos veremos logo.

E, assim que as portas se fecharam, ninguém mais pode escutar nada dentro da enfermaria. Era como se, atrás daquelas portas, eles tivessem se calado ou deixado de existir.


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Mensagem  Convidado Qui Jul 18, 2013 12:21 am


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( I ) will stand by you, no matter what.


Assim que relatei o estado da menina que estava sendo trazida por Nathan, Mellody e Gabe observei com os cantos dos olhos a expressão de verdadeiro alívio na face de um dos garotos. No fundo, eu também sentia-me extremamente aliviada por termos conseguido, com muito trabalho em equipe, garantir a sobrevivência de todos, ainda mais com o relato dado dizendo que a garota resistia ao veneno fazia dias, agradecendo mentalmente por ter me lembrado de entregar à Gabe a ambrosia e o néctar. Ela estaria exausta com essa briga interna a tanto tempo. Observei Annye se retirar e eu havia entendido que ela assim como estava preocupada com a chegada da menina, também desejou dar um pouco de privacidade, passamos já alguns momentos juntas desde a sua chegada no chalé dos Paladinos e ela sabia como eu me sentia constrangida em público, ainda que já tivesse superado essa fase na infância.

Revirei os olhos cinzentos, dando uma risada breve e entre dentes com a resposta de Dex sobre a chegada deles, lançando lhe um sorriso tranquilo. Não estava nem perto de estar puxando as suas orelhas, apenas preocupada pela a recuperação de todos ali, principalmente a dele. Agora era minha vez de sentir o sangue subindo às minhas bochechas de uma maneira que eu não desejava nem imaginar o quanto estava vermelha. Sim, gostava de tomar a posição de liderança quando a situação me exigia, mas detestava receber algum parabéns depois, não via motivos para isso, tinha meus próprios motivos para tentar sempre garantir que todos chegassem vivos e a salvo no acampamento. Motivo esse que eu não havia contado desde antes de descobrir que era meio sangue, simplesmente o evitava ao máximo.

No entanto, a face se voltou para ele com um único movimento do olhar ao chegar aos meus ouvidos a informação de que eles poderiam não ficar ali. Meu primeiro impulso foi de pensar em protestar, havia apenas conhecido Dex e se até mesmo minha mãe pensava que ia tirá-lo de mim tão rápido assim, não sabia que eu não pouparia nem mesmo ela de se tornar uma grande pedra em seu sapato. Mas, antes que ele se preocupasse e pudesse gastar qualquer energia comigo, lhe lancei um sorriso tentando transpassar tranquilidade assentindo quando ele disse que Annye havia lhe cuidado bem.

Por um instante, os olhos cinzentos se focaram apenas em observar a conversa entre Casey e Dex sobre a cartola e, pelos Deuses, quando observei uma tiara de princesa não consegui evitar uma risada reprimida, levando a mão à boca e tentando desviar o rosto de meu irmão. Mas o mesmo foi de encontro aos olhos de Dexter quando ele voltou a falar, recompondo-me o mais rápido que eu conseguisse, deixando transparecer apenas um sorriso pequeno na lateral do rosto o escutando. A maior parte de mim gritava implorando para que ele ficasse e agradecia por Andrew não estar ali para ver o temor que eu sentia, ou a decepção com minha mãe por ter deserdado alguém como Dex.

Quando Casey foi responder, meu rosto se voltou para ele sorrindo com aquela empolgação, parecia comigo quando tive meu primeiro treinamento de esgrima. No entanto, Rob tinha razão e eu não sabia quanto tempo ainda tinha com meu irmão. Senti sua mente invadindo a minha, torcendo para que ele não visse a memória que repassava como se fosse um filme travado, diversas e diversas vezes. Alternavam entre o carro de meu pai em destroços de uma rua calma do Texas com uma criança atrás olhando para o mesmo fixamente, sem expressões no rosto, como em um borrão passava para eles caídos no acampamento. A memória dos olhos de Dex quando tentei segurá-lo e de Rob caído incinerado no chão enquanto eu tentava correr na sua direção. Eram como flashes em alta velocidade que sacudi a cabeça a fim de espantar e concentrar-me apenas no que ele me falava. De certa forma, agradecia pela maneira alternativa de comunicação que ele havia escolhido, não gostava de falar em público de pessoas que eu já não tinha intimidade.

”Irmão, eu entendo essa decisão que você tomou, e eu teria tomado a mesma no seu lugar, mas pessoas aqui precisam de mim mesmo eu não tendo assumido a responsabilidade sobre elas, propriamente dita.”
Os olhos se voltaram para Nathan e a filha de Quione carregando a menina e meu coração falhou uma batida ao ver que até os primeiros passos estava já recomeçando a dar. Continuei então minha conversa mental com ele lhe lançando um olhar e o guiando até Nathan esperando que ele entendesse.

”Mas também peço que entenda que eu tenho meus motivos para não querer perder nenhum dos lados, em hipótese alguma, nunca mais. Por favor, se o seu caminho não for aqui no acampamento, me promete que a gente vai continuar por perto, afinal acabou de arrumar uma sarna para lhe proteger. E isso é uma promessa tão forte quanto a que fiz para o Rob na colina, assim como cumpri com aquela pretendo cumprir com essa.”

Uma risada entre dentes se fez, enquanto os pensamentos corriam mais rápidos como se algo dentro de mim estivesse em contagem regressiva para o tempo que ainda teria com ele. Mexendo o cabelo loiro nervosamente o colocando atrás da orelha, voltei a pensar.

”Eu vou ficar para sempre com você. Mas depois conversaremos melhor. Faço questão. Vai dar tudo certo no refeitório, eu prometo. Juro pelo Estige que vou estar lá cuidando de você, mano. De todos vocês. Vou protegê-los.”

A menina parecia ter um senso de humor inatingível e lhe sorri gentilmente, mas o aperto no meu coração estava forte demais para que eu pudesse rir, a única coisa que deu uma pausa nele temporariamente fora a magia feita pelo garoto da perna enfaixada. Eu, literalmente, corria o local com os olhos envoltos por um brilho curioso alternando com olhares atentos que lançava a ela, atônica. Certamente, eu grudaria nos exilados até que aprendesse todos aqueles truques. No entanto, voltei o rosto para meu irmão que pedia, educadamente, para que todos nós nos retirássemos, mas não podia deixar de sentir o nó na garganta voltando. Não chorava, nunca havia chorado, como se meus olhos fossem secos, porém tinha certeza de que estava próxima de conseguir aquele feito ali. Lancei um sorriso compreensivo a todos e fui até Dex o abraçando, enquanto sussurrava alto apenas o suficiente para nós dois ouvirmos.

- Não vou me render tão fácil assim. Não preciso de fácil, apenas de possível.
Esperava que ele entendesse que se tratava da retirada dele e de seus amigos do acampamento. Em seguida, afastei-me e caminhei até o filho de Poseidon o puxando pelo pulso até que o mesmo se levantasse, então posicionando-me atrás do mesmo com as mãos em suas costas o empurrando e dando um sorriso aos meninos e à Elsie.

- Conversa particular, cabeça de molusco. E eu... tenho que falar com você.

Estava já empurrando o mesmo para a porta da enfermaria, quando corri de volta até a maca de Dex, tirando a adaga que levava sempre presa nas costas e apoiando a mesma ao lado de meu irmão sorrindo.

- É para dar sorte para vocês. Ela nunca me deixou na mão.

Então voltei para a saída com o filho de Poseidon e logo, nos dirigi até o refeitório conversando com o mesmo entre sussurros. Não estava com apetite nenhum depois das coisas que haviam acontecido, mas as refeições eram obrigadas no acampamento.





notes none.
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word count Muito.
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