Gods and demigods
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O Novo Imortal

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Mensagem  Hades Dom Abr 29, 2012 5:34 pm

O Imortal


Prometeus criou o homem à partir de água e terra, dando forma assim aos humanos, meros mortais, bonecos de barro, mas que ainda fariam muito ao mundo. Os mortais se espalharam, se multiplicaram. Resistiram à muitas catástrofes, mas sua espécie continuou resistindo. Ainda sim, suas vidas eram quase sempre insignificantes. Entrementes a piscadas divinas, homens construíam uma vida, alguns até alcançavam a tão suada e sonhada glória, a riqueza. Então, morriam. Nem um século de história. Porém, não eram suas riquezas que marcavam no enorme diário da Terra, e sim seu legado.

No tempo em que os líderes ainda travavam suas próprias batalhas, honrando aqueles que os seguiam, mortais com grandes personalidades surgiam e se destacavam. Semideuses não foram os únicos que possuíam poder abaixo dos divinos e eram encarregados de os servirem. Alguns homens conquistaram sua “imortalidade”, pois seus nomes não foram esquecidos. Outros a conquistaram literalmente, até mesmo antes de Hércules e Dionísio. Agora, porém, os deuses não podem mais interferir no mundo mortal. Agora, líderes dão o estopim a guerras e deixam que homens caiam lutando. Aproveitam-se do amor que soldados têm por sua pátria e abandonavam-no para que se exterminem, como se prostrando a eles. Esses homens, reis mortais, queriam superar os deuses. A realidade, é que não eram reis, eram ditadores hipócritas, fracassados lembrados por medo, não por respeito. Minos foi um daqueles que morreu zombado, morreu quando já estava morto, por dentro. Sucumbiu a sua prepotência. No Mundo Inferior, contudo, ganhou lugar especial no tribunal, por sua personalidade inabalável e justa.
Antes dele, houveram outros...

Então, quando pela primeira vez o Olimpo fechou, decretou-se, em meio à todos os deuses que eles não interfeririam mais. As guerras sanguinárias abençoadas por eles teriam fim. As intermináveis seções de extermínio e destruição teriam fim.
Um tecido foi firmemente costurado, distorcendo a realidade para mortais. Batizado de névoa – bem apropriado -, esse tecido ocultava o mundo imortal para mortais, separando-os definitivamente. Entretanto, nesse tecido foi aberto propositalmente uma falha. Enquanto semideuses eram caçados e mortos, haviam outros que também viam através da névoa. Aqueles de espírito determinado. Aqueles que não limitavam suas mentes fracas, mas acreditavam no impossível. Eles tinham o dom e eram abençoados por isso.

Os deuses nunca estiveram realmente longe dos mortais, pois estavam sempre os punindo por seus erros. Primeiro, o dilúvio gerado por Poseidon à mando de Zeus, para exterminar a raça humana. Ela sobreviveu. Cidades como Sodoma e Gomorra foram arrasadas por ultrajarem os deuses, por desacreditarem neles e na sua obra. Outras, como a Babilônia, faleceram no seu reinado de trevas. Eles sobreviveram. Reis foram destronados, morreram ou foram mortos por seus próprios servos que se rebelavam. Todavia, um deles foi abençoado por Hades e voltou ao Mundo para servir-lhe para apenas um propósito: recuperar um artefato roubado, a Chave do Hades. Este rei era prepotente, ele caiu em sua própria estupidez porque achava que era imoral. Mas foi abençoado justamente por isso, porque não temia a nada – nem mesmo aos deuses.

Finalmente a tormenta teria fim e os jogos encerraram-se com um estrondo nos céus. Os deuses estavam satisfeitos de dor e sangue. Porém, se não fosse tão fácil assim, os campistas vencedores iriam para os seus chalés. Agora, eles sabiam que alguém morreu, contudo, era um mistério quem. Poderia ser um conhecido qualquer, ou um amigo, um irmão..

A filha de Zeus, Angelique, e o filho de Hefesto, David, estavam perdidos. Melhor, mais perdidos. Seus desgastes físicos já não aparentavam consumir-lhes tanto, mas suas mentes vulneráveis ainda reagiam ao recente ocorrido, que os fragilizou tanto. Não uma fragilidade física, como ferimentos. Mas sim uma impotência ao ter consciência do que os jogos eram. Tão fútil, covarde. Ainda sim, descompor entidades poderosas e indiferentes que eram os deuses, não os conduziriam para o local certo. Então... que tal se a concepção de lugar certo de repente mudasse? Ninguém ousou cogitar se aquela súbita desorientação de localidade estava premeditada ou apenas ao acaso.

Estar com alguém que não se gosta não era o melhor remédio depois de um caminho quase que interminável para a morte. O sentimento de desprezo entre Angelique e David e seus olhares intimidadores no Acampamento já percorriam seu sangue. Um ponderava ao outro se a melhor opção seria desembainhar suas armas e ir ao ataque. Um mero truque dos imortais para testar aqueles dois semideuses. Temo dizer que ambos podiam ser comparados a barbantes finos esticados a tal ponto de estourar. E se esse realmente fosse o estopim, então temo ainda mais que o próximo barbante a estourar seria o das Moiras.

Buracos negros abriram-se no chão, como se uma tentativa - que funcionaria muito bem, diga-se de passagem - de separar os dois inimigos. Uma inimizade pessoal, se me permite, não uma inimizade obrigatória, o que os jogos teriam feito muito desde o começo. Matar ou morrer. Algo maior, então, desfez o impasse. Um cheiro terrível de morte tomou conta daquela clareira na floresta, como se a própria comparasse ali. Ninguém contrariou, pelo menos. Eram cristais negros - dois - e brilhantes que saíram daqueles buracos. Estava tudo esclarecido para eles. Angelique já havia recebido uma foice com um "H". Mas não uma foice comum, uma foice que determinava bem seu presenteador: era feita de ferro estígio e tinha detalhes de bidentes no seu cabo. Uma foice bem incomum, na verdade. Hades era o único deus maior que não participou da reunião que decretou os Jogos Olímpicos. E quando a foice parecia induzir a filha de Zeus para aquele canto da floresta, uma pequena peça iniciou o quebra-cabeça gigante, que ainda precisava ser completado.
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua maio 02, 2012 8:07 pm

POST I


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...


Quando ouvi um estrondo bárbaro partindo os céus e ecoando em meus ouvidos como um grito de satisfação dos deuses, soube que os jogos havia finalmente acabado. Infelizmente eu não havia ido para meu Chalé, como desejava... Minha eliminação deu-se assim que eu houvera decidido desviar caminho pela floresta, tentando encontrar a saída antes que isso fosse permitido. Estava cansada de toda aquela palhaçada que parecia nunca ter fim, e se os deuses quisessem diversão, que os mesmos fizessem seus próprios joguinhos, com suas próprias leis e seus próprios soldados, porque usar semideuses como peças de um jogo era, no mínimo, uma impetuosa idiotice. Vão jogar um pôquer, caramba; vão se embebedar, enquanto assistem aos esportes em uma SKY HDTV. Qualquer coisa, mas deixe os semideuses fora disso. Assim como vocês, nós só queremos a bendita paz... Será que é pedir muito?

Vocês devem estar pensando que eu sou uma baita de uma rabugenta na hora de falar sobre os deuses. Então, você pensou extremamente certo. Não que eu seja assim 24 horas por dia, apenas não gosto de injustiça... E isso é uma das qualidades – ou defeitos – que devo ter puxado d’Ele. Zeus ou Hades. – I'm on the highway to hell – Cantarolei, enquanto segurava minha mais nova foice com as duas mãos, apertando-a cada vez mais, enquanto andava ao lado de... Ugh, um estranho. – On the highway to hell... On the highway to hell – Revirei os olhos com a ironia da música.

Procurava manter uma distância segura rapaz, caso ele tentasse alguma gracinha, e minha lança vez ou outra ficava apontada para o mesmo, em uma ameaça silenciosa. Tudo bem, confesso que estava sendo precipitava com relação ao garoto, mas não havia ido com a cara dele e pronto. O que eu posso fazer? Se ele é digno do meu pedido de desculpas por causa de seus julgamentos, então que o filho de sei lá quem me mostrasse que eu estava errada. Contudo, enquanto isso não acontecia ele continuaria sendo alguém com quem eu preferia não compartilhar o mesmo ambiente. Saindo do mar de pensamentos que me encontrava, olhei de relance para meu acompanhante e sorri de canto, quase simpática. – Então, vai me dizer seu nome, ou eu vou ter que descobrir sozinha? – Arqueei uma das sobrancelhas em sua direção. – Sou Angelique Harmon, filha de Zeus, prazer em conhecê-lo – Não era totalmente verdade.

Depois disso, voltei a ficar em silêncio... E ri comigo mesma ao pensar em como era estranho estar sozinha com um rapaz no meio da floresta. Não era assim que eu havia imaginado... Brincadeirinha. Revirei os olhos por causa do meu próprio pensamento e ativei meu olhar de águia. Assim poderia ser mais cautelosa e manter meu pensamento sempre focado em minha mais nova missão. Desde a localização das árvores, até os rastros no chão eram perfeitamente observados por mim... Aliás, na situação em que nos encontrávamos qualquer pista era melhor do que ter que aturar o silêncio perturbador do estranho ao meu lado. Se bem que: boca fechada não fala besteira, então que o silêncio reinasse até quando fosse preciso.

Passei meus dedos finos pelo “H” gravado na foice. Algo me dizia que aquilo não havia sido exatamente um presente... Estamos falando do rei do submundo, minha gente. Sei que ele não me daria uma foice assim de graça. Hades queria um favor em troca, tinha plena certeza disso. Agora faltava-me descobrir o que era, e porquê eu não poderia descobrir isso sozinha.

Façam suas apostas, meus amores, porque os jogos acabaram de começar.
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Mensagem  David R. Feuer Sex maio 04, 2012 9:26 pm

She

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Graças aos deuses, ou graças a mim mesmo, consegui escapar da situação da areia movediça. Aqueles jogos já estavam me enchendo, a cada passo me via em uma nova situação de perigo, a ação até que fazia bem, mas incrivelmente já me sentia entediado com tudo aquilo.
Sai andando sem rumo exato, quem sabe eu não me livrava daquela competição sanguinária. Eu acabei ultrapassando os limites da floresta e me perdendo, não sabia ao certo o que aconteceria, vi os deuses explodirem Azrael por ter violado uma das regras e levado presentes de seu pai para a competição, por isso fiquei desconfiado de que a qualquer momento poderia ser punido por uma das divindades descontroladas, e digamos que ''maneirar'' era um termo inexistente no dicionário dos deuses, dava-se para perceber isso apenas vendo os estragos causados nos semideuses que jogavam aquela partida de brutalidade para entreter os deuses impiedosos.

Ouviu-se um barulho estrondoso que tomou conta dos limites não só dos jogos, mas como de todo o Acampamento. Ficou claro que aquilo era um anúncio, com certeza o dono dos céus estava decretando o fim dos jogos. Eu sem dúvida já estava eliminado por estar ausente, não sabia voltar e devo dizer que antes do estrondo não sentia a mínima vontade de retornar.
Foi então que percebi que não era o único ''fugitivo'', ao meu lado estava uma garota que também estava nos jogos, era ela a qual Alba no início dos jogos tentou atrapalhar com suas plantas, lembrava-me de que ela havia se livrado e continuado no jogo com facilidade, ela exalava um certo poderio.

A garota mantinha uma certa distância, pelo que me parecia aquilo era um modo de se precaver contra mim, durante algumas vezes ela tornava a lança em minha direção, como se fosse me deixar intimidar pela ponta da arma. Não simpatizava com a garota, talvez ela fosse mais simpática como um monte de cinzas... enfim achei melhor não arrumar confusão.

– Então, vai me dizer seu nome, ou eu vou ter que descobrir sozinha? – Disse a garota com uma de suas sobrancelhas arqueadas, depois da breve pausa ela apresentou-se– Sou Angelique Harmon, filha de Zeus, prazer em conhecê-lo. - A parte do prazer em me conhecer não me pareceu muito verdadeira, a ponta da lança usualmente apontada para mim desmentia esta parte, mas ela esclareceu meu pensamento, uma filha de Zeus, por isso aquele poder que exalava. Eu mantive um olhar respeitoso para a garota, pouco me importava que ela era filha de um dos três grandes ou que ela tinha armas, enquanto eu apenas o isqueiro e minha pirocinese. Eu nunca fui de temer, mas sempre fui de respeitar aqueles que nada haviam feito a mim, e a tal de Angelique enquadrava-se nesta categoria.

- Sou David Firenze, pode me chamar de David - Eu disse me apresentando, tentando imprimir alguma simpatia. - Um filho de Hefesto, muito prazer. - Forcei um sorriso discreto para a garota, mas logo depois voltei a observá-la sem expressão estampada no rosto. O silencio era um tanto chato, mas ao menos evitava que as rivalidades se acirrassem. A menina mantinha a visão fixa na rota e ficamos caminhando por um bom tempo. A única coisa que fazia além de caminhar e abrir e fechar a tampa de meu isqueiro, o barulho e a chama que surgiam a toda vez que fazia isso eram tranquilizadores para mim, esperava que minha acompanhante não se irritasse, ou não.

Fomos então surpreendidos quando buracos negros surgiram no chão, não demorou muito para que um cheiro cadavérico se espalhasse, também meu nariz fazendo cara de repulsa.
- Cara, que porcaria de cheiro.
Nada agradável, nem um pouco agradável, foi então que dos buracos negros emergiram dois cristais, a coloração deles obviamente era negra, e parecia muito óbvio de onde eles vinham e quem os havia enviado, o cheiro de defunto talvez fosse um fator decisivo para essa conclusão.




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Última edição por David B. Feuer em Sex Jun 01, 2012 9:31 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Hades Sáb maio 05, 2012 2:31 pm

Ah sim... os verdadeiros jogos estavam por começar. Dessa vez, ninguém seria lançado na floresta a própria sorte. Dessa vez, eles se lançariam num abismo. Se ainda estavam vivos, se não foram queimados, devorados, consumidos pela fome, então um propósito maior viria. Um propósito maior sempre vem, um propósito pior, também. A verdade era que se um desígnio não fizesse parte do projeto de seus destinos, então provavelmente nem estariam na floresta, nos jogos, no acampamento. Provavelmente não nasceriam com seus dons. Dons que podem estar ocultos dentro de si, esperando serem revelados por seus possuidores, ou então já se sobressaíram, estão aguardando apenas serem utilizados para o fim necessário, o fim certo. Para infelicidades dele, agora já participavam disso. Ainda sabiam que uma morte ocorreu, e essa morte também, por acaso, estava diretamente costurada à eles.

Os dois semideuses seguiram em frente à floresta, até os buracos negros cuspirem duas peças para fora. Lembravam monstros gosmentos de desenhos infantis. Um breve tremor causou uma depressão ali, e cedeu-se, sendo sugada pela própria Terra. Então, o solo estabilizou-se e voltou como estava antes, deixando apenas ali dois pedaços de vidro escuro, puros e límpidos, apesar de terem vindo do subterrâneo, subterrâneo num conceito muito mais amplo, para aqueles que quiserem entender. Encontravam-se diretamente ligados com Angelique e David, como se um pedaço de seu corpo jazesse caído ali. Era impossível os repelir de si. O filho de Hefesto e a filha de Zeus poderiam pensar em ignorar, mas não existia repulsa entre eles e os objetivos. Eles queriam ser tocados.

O cheiro nada agradável foi varrido pelo vento. Ambos tocaram os cristais negro, que simulavam um aguilhão de um escorpião perfurando-lhes a pele e inoculando fluídos tóxicos que rapidamente correram suas veias, até chegar na sua cabeça. Lá, a picada realmente aparentou ser real. A paisagem em sua volta torou-se confusa e então passaram para outro plano.

David viu seu companheiro, Azrael. Ele estava a incrivelmente bem e as queimaduras que antes lhe consumiam nem se quer deixaram feridas por seu corpo em ótimo estado. Não só estava curado, como melhorou, a não ser por um fator: estava pálido e não eram antigos ferimentos que o perturbavam, eram constantes tremores em seu corpo. Era como se barras de ferro o impedissem de sair, de ajudar. Atrás deste, estava um anjo prateado. Suas asas estavam batendo suavemente. Ele olhou fixamente para o Menestrel.

- A benção do subterrâneo está com vocês. - ele começou - Procure a minha pupila e a avise sobre procurar a guerra, os reis e os infernais.

Angelique entrou em outro lugar. Estava a beira de um rio que conhecia bem, pois, em um certo momento de sua vida, esteve lá com alguém. Esse mesmo alguém estava sentado em uma grande cadeira de madeira brilhosa. Ela batia os pés no chão de terra, enquanto um enorme barco de afastava deles.

- Não me canso de ver essa cena. - ele lhe falou, naquela mesma voz forte, mas estava suave e tranquila, e até, pode dizer-se, um pouco abatida. - O que achou do meu humilde presente, cara Angelique? - o deus do submundo não esperou resposta e logo começou a falar, com a voz mais séria dessa vez. - Um dos meus juízes, aquele que carrega a chave do inferno, foi capturado. Sem ela, o caos reinará aqui. Sem ela, vocês não trarão de volta aquele que poderá auxiliar a encontrar o antigo rei destronado. Sem o antigo... bom, não vamos prolongar esse assunto. Vão ao templo e se prostrem aos deuses. Talvez seu amigo David saiba quais são.

De repente voltaram a realidade, nos seus devidos lugares. As árvores ao seu redor não estavam em seus devidos lugares, porém. No estado que eles estavam, parecia alucinação vê-las se movendo.

Elas sim não queriam que esse toque acontecesse.
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Dom maio 06, 2012 4:26 pm

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"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
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O barulho que David Firenze – ou David, como ele permitiu que eu o chamasse – fazia com o isqueiro dava vontade de pegar aquele objeto e fazê-lo engolir, só para ver se o barulho soava melhor engatado na garganta dele. – David, amorzinho – Disse, com falsa simpatia – Será que dá pra parar de fazer isso? – Gruni, sentindo um cheiro horrível possuir o local logo após. Tirei os olhos de David e vi o chão cuspir duas coisas para fora. Duas bolinhas reluzentes e limpas. Aproximei-me de uma delas, perguntando-me se era seguro tocá-la. Não sei o que aconteceu, só lembro de uma das minhas mão serem guiadas até o cristal, como se fosse o certo a se fazer. Não protestei diante disso, apenas me entreguei à vontade que sentia, e assim que segurei o cristal firmemente, algo perfurou minha pele rapidamente. Tão rápido que quase não houve dor, apenas uma pontada no meu cérebro, que fez-me largar o cristal e recuar, com os olhos fechados em um aperto.

Assim que abri os olhos, percebi que nada mais ligava-me a realidade. Não havia mais uma floresta, nem David e nem o cheiro de putrefação. Meu corpo estava em um lugar, mas minha mente encontrava-se em um local completamente diferente, e familiar. Dei alguns passos adiante, encarando, ao longe, o famoso barqueiro se afastar. Eu definitivamente já havia estado ali, em um sonho, com os mesmos dois homens presentes. O que levava-me a pensar que aquilo eram um mal sinal. Sim, estava mais do que ciente de que Hades só me chamaria se fosse um caso extremamente importante. Engoli a seco e fitei o horizonte, pensativa.

– Não me canso de ver essa cena. – Sua voz rouca penetrou em meus ouvidos carregada de serenidade. Uma calma e um pesar – quase oculto – que atingiu me atingiu em cheio, fazendo-me abaixar a guarda por um único instante em muito tempo e, feito isso, sentir meus músculos relaxarem. – O que achou do meu humilde presente, cara Angelique? – Tirei os olhos do barco e encarei Hades, com um meio sorriso. Abri os lábios para lhe responder, agradecida, mas antes que eu o fizesse, ele já havia me cortado, com a voz finalmente voltando ao seu timbre normal. Indecifrável. – Um dos meus juízes, aquele que carrega a chave do inferno, foi capturado. Sem ela, o caos reinará aqui. Sem ela, vocês não trarão de volta aquele que poderá auxiliar a encontrar o antigo rei destronado. Sem o antigo... bom, não vamos prolongar esse assunto. Vão ao templo e se prostrem aos deuses. Talvez seu amigo David saiba quais são. – As palavras “amigo” e “David” soavam estranhas em uma mesma frase, mas quando soube que era a hora de ir embora dali, fiz o que achava que deveria ser feito.

– Obrigada – Sussurrei, com minha voz e minha mente sendo levados de volta a floresta. Tudo volta a ser real. – David... – Chamei-o mansamente, ainda afetada pelo que havia acabado de acontecer. – Fui só eu que tive um encontro de última hora? –Tinha a plena certeza de que ele também havia fugido um pouco a realidade. Esperei sua resposta e suspirei alto, olhando em volta o dançar das árvores. Nada agradável de ver. Inspirei levemente e passei a sussurrar: – Encontrei Hades. Ou melhor, ele me encontrou. Disse algo sobre um de seus juízes ter sido capturado, alguém que carrega a chave do Inferno. – Fiz uma breve pausa – Cara, estamos ferrados... – Balancei a cabeça negativamente, tentando conformar-me com a situação – Mais uma coisa – Outra pausa. – Temos que nos prostrar aos deuses... Você sabe quais, não sabe? – Franzi o cenho, antes de encará-lo com uma expressão séria. Coisa rara. Se eu estivesse em estado normal, provavelmente faria piadinhas da situação, mas até agora não havia graça alguma.

– Tudo isso porque desviamos caminho das olimpíadas – Resmunguei, mesmo sabendo que não era exatamente isso.

Havia algo muito maior do que dois meros semideuses sendo eliminados. Começo a achar que nós nunca iríamos ter chance de ganhar as Olimpíadas, pois assim que pisamos na floresta, os deuses tinham planos para nós. Não parecia combinado, mas ao mesmo tempo achava impossível ser uma série de coincidências. David e eu havíamos sido escolhidos ou castigados por nossos atos. Atos sem sentido, se me permitem dizer, porque justamente os dois campistas que desviaram caminho eram os que agora tinham uma missão muito maior do que as Olimpíadas. Nós nunca poderíamos ter ido para nossos Chalés também, realmente eliminados, como os outros “perdedores”, pois tínhamos que estar ali, e naquele momento.

Ou, o que eu estou falando é uma baita de uma viagem.

– Temos que sair daqui. – Dei uma rápida olhada em volta, com o olhar de águia ligado – Não sei você, mas eu não quero ficar e esperar pelo nosso próximo sinal. – Arfei – Quer dizer, isso se você concordar, parceiro – Sorri maliciosamente.
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Mensagem  David R. Feuer Sex maio 11, 2012 3:34 pm

Fucking Road

Don´t no where it goes...


Fiquei fitando as pedras preciosas obscuras momentaneamente, durante este tempo elas pairavam sobre os vértices sombrios, mas estes se fecharam fazendo com que aquela parte do solo da floresta retornasse a sua antiga aparência. Os cristais então estavam pousados no chão, meus olhos estavam vidrados nos vidros negros, meus músculos se contraiam como se fossem se mover involuntariamente e eu senti até uma tremedeira quando percebi que minha mente e minha alma pediam loucamente para que tocasse as pedras ao chão, me sentia como uma criança repreendida de tocar no ferro de passar roupa que se corrói com a vontade de testar quais seriam as consequências.

Notei que o cheiro da morte havia deixado o ar, não era surpreendente sabendo que os portais haviam se fechado. Então com foco novamente destinado as pedrinhas lá fui eu dar um discreta cutucada. Assim que minha mão se aproximou eu rapidamente a movimentei para agarrar o cristal a minha frente. Instantaneamente senti uma pontada na ponta da palma da minha mão esquerda, por um breve momento me arrependi da ação crendo que aquilo era a fonte de um veneno, senti algo viajando pelo meu interior até chegar a minha cabeça, neste momento minha visão ficou escurecida e desfocada, cada defeito foi se agravando gradativamente, até que a visão não estivesse mais presente.

Repentinamente lá estava eu, cheguei pensar que tinha desmaiado, mas ao abrir os olhos vi que me encontrava em um lugar diferente. Mas logo que notei cada ponto da nova paisagem que se estendia a minha frente achei que tinha morrido. A minha frente lá estava Azrael, o garoto que eu achei que tivesse morrido parecia bem melhor do que depois de ser punido por desrespeitar as regras do jogo. Busquei em seu corpo com meus olhos sinais de feridas e queimaduras que deveriam estar lá depois de uma explosão um tanto intensa. Mas logo notei que a pele do garoto estava pálida como a neve, sem dúvida o jovem não tinha nem um pouco da pinta de filho de Apollo que já apresentara no passado, nada de feições iluminadas e pele viva e estranhamente o garoto tremia a todo momento como se estivesse nu no Polo Norte.

Notei uma terceira pessoa na cena, ou talvez não fosse uma pessoa. Um homem pairava no ar graças a grandes asas que ele possuía exoticamente em suas costas, ele estava logo as costas do garoto de Apollo. O cara realmente adorava a cor prateada, pois ela preenchia todo o luck com essa cor. O anjo de prata então me disse:

- A benção do subterrâneo está com vocês. Procure a minha pupila e a avise sobre procurar a guerra, os reis e os infernais.

- Claro - eu disse com um ponto de interrogação estampado em minha cara - Problemas na pupila? Devia procurar um oculista... - eu zombei enquanto a paisagem se desfazia novamente e mais uma vez tudo sumia.

Voltei a realidade logo ouvindo a voz de Angelique chamando meu nome com uma estranha serenidade, eu assenti positivamente com minha cabeça quando a garoto perguntou-me sobre repentinas viagens astrais. Com a pergunta a garota esclareceu-me que não era só à mim que as pedrinhas haviam proporcionado uma mudança de plano.

- Encontrei Hades. Ou melhor, ele me encontrou. Disse algo sobre um de seus juízes ter sido capturado, alguém que carrega a chave do Inferno. – Disse a garota, logo depois prosseguiu – Cara, estamos ferrados... – Eu sorri para ela tentando parecer mais despreocupado do que estava. Rapidamente liguei os fatos, apesar da garota ter me oferecido uma descrição rápida e resumida já havia ajudado a solucionar meu enigma. O anjo de prata estava ligado ao deus dos mortos, com quem Angel estivera a pouco, aquele ser alado só poderia ser a morte personificada, o auxiliar do chefão submundano, o Lorde Thanatos.

– Mais uma coisa. – Disse Angelique me retirando de meu mergulho em deduções - Temos que nos prostrar aos deuses... Você sabe quais, não sabe? – Ela me olhou séria, por um momento me perguntei se realmente saberia, eu sorri suavemente para a filha de Zeus de forma nervosa.

- Acho que então teremos que fazer uma rezinha para as divindades lá de baixo - Disse eu a garoto abrindo um pouco o sorriso e desviando o olhar para o chão, como se fosse possível avistar os reinos infernais dali.

– Temos que sair daqui. – Disse a garota olhando aos arredores, então percebi que as árvores que nos rodeavam pareciam estar vivas e furiosas, mais exatamente contra nós dois – Não sei você, mas eu não quero ficar e esperar pelo nosso próximo sinal. Quer dizer, isso se você concordar, parceiro.

Olhei para Angelique que sorria maliciosamente, eu somente dei resposta com mais um aceno positivo. Até aquele momento eu não havia parado para pensar em qual teria sido o destino de Azrael, mas agora que o havia visto junto da morte... será que aquilo era a confirmação da morte do garoto? Hmm... já haviam aparecido dois deuses infernais conectados a morte e aos mortos... Azrael estava pálido como um... defunto. O clima estava tão agradável como o de um cemitério sombrio cercado por árvores possuídas.

- Vamos vazar... - Eu sussurrei para Angelique com a voz um pouco tensa e o olhar desconfiado demonstrando a alerta nos sentidos, parece que ali a missão realmente começava.



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Última edição por David B. Feuer em Sex Jun 01, 2012 9:29 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Hades Sáb maio 12, 2012 9:19 am

O tempo momentaneamente mudou, o céu cerrava lentamente, formando uma espiral de nuvens negras acima deles, que logo começaria a deixar cair gotas d'água. O seu meio envolvente já estava escuro e eles nem notaram, diante de tantos eventos. Encontrar os deuses da morte em tão pouco tempo, mas, concomitantemente, hauriu boa parte do seu, considerando que, quando saíram dos jogos, ainda estavam no pôr do sol, e antes mesmo que pudessem vislumbrar tal imagem, a lua se colocou no lugar dele. Como em conta gotas, os pingos de água precipitavam em seus rostos sujos, juntando-se ao seu suor e agonia. Escorriam e desabavam ao chão nesse ciclo, até que o poder das nuvens dobrasse, as cordas que as seguravam descomunalmente alto, se arrebentassem e, nesse exato momento, seus flocos estivessem se dispersando e tombando sobre os semideuses. Em simples e míseros segundos, a força da chuva se desenvolvia gradativamente e alcançava muito mais água, criando poças de lama e deixando o solo escorregadio e num tom avermelhado. Angelique e David olhavam um para o outro, concluindo que estavam encharcados, seus cabelos deitavam em suas cabeças e suas vestes grudavam no corpo - as inteiras, ao menos.

Embora suas roupas se encontrassem lamentavelmente empapadas, não era apenas isso que decaia sob suas cabeças, era também todo o peso da responsabilidade que ia se contraindo sobre elas, e cada vez aumentava mais, em circunstâncias diferentes e, as vezes, provadoras. Ambos consentiram que a melhor decisão a se tomar era sair daquele local o mais rápido possível, no entanto, o que está escrito não poder ser apagado com borracha e reescrito, apenas completado e encerrado com um fim feliz. Bom, pensando de melhor forma, o fim feliz nunca vem, apenas vem o fim menos pior, o que pode acarretar em um outro livro mais tarde, mas vamos pular essa parte. Seus pés atolavam na lama e uma ameaça oculta estava vindo.

O filho de Hefesto deu, em sua resposta, o ponto final, e seguiu em frente, com um pouco de dificuldade, devido ao barral que se formou. Seu pé atolava em algumas foças, o que o deixava extremamente nervoso quando já tinha muito a se fazer por uma noite. Quando, então, suas alucinações aparentavam ganhar energia e se fortalecer dentro deles, decididas a explodir, eles se decepcionaram ao constatar que não eram suas mentes férteis o suficientes, mas sim a floresta.

Algumas árvores sobrevivem por milênios, e nesse tempo de meditação - sim, meditação - elas contraem tanta energia de sua volta que ganham vida. Aquele era o ponto. Uma coincidência, talvez, ou elas já esperavam por eles para seu tão aguardado acordar e espreguiçar. David bateu de frente em uma árvore que simplesmente não poderia ter sido plantada ali, pois suas raízes se ramificavam em outras e espalhavam em suas voltas, algumas até se enrolavam com a de outras árvores, de modo que elas logo começaram a se mover também. A primeira árvore, sem dúvida menor que as outras, mas com certeza de muito mais atitude, moveu-se e lançou pedaços velhos de seus troncos na direção de Angelique. Eram pedaços descascados e pontiagudos de madeira, que se destacaram e voaram para ela, como um dardo em seu alvo. David, ao se dar conta, viu que a grande árvore em sua frente ultrapassava as outras em tamanho. Em volta desta maior, outras a circundavam, como uma família furiosa.


† † † † †


Angelique Marshall Harmon ○ 130/130
David G. Vulcan ○ 100/100

Árvore-Mãe ♣ 200/200 [à frente de David]
Árvore I ♣ 100/100
Árvore II ♣ 100/100
Árvore III ♣ 60/60 [atacando Angelique]
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Mensagem  David R. Feuer Seg maio 14, 2012 5:04 pm

Just The Start

I like when they don´t like!


Nunca me agradaram muito os ambientes naturais ao ar livre, mas ultimamente havia passado um bom tempo naquela maldita floresta e cada segundo mais uma surpresa nem um pouco agradável tratava de me assombrar, vida natural, sempre preferi as quatro paredes de uma oficina. Para piorar bastou olhar para o céu, que mais parecia uma tela abstrata de colorações negras, para confirmar aquilo que a paisagem anunciava claramente, um aguaceiro iria jorrar sobre nossas cabeças.

Logo depois um trovão ribombou pelos céus de negritude, e repentinamente gotas começaram a se lançar sobre a terra. A intensidade da chuva ia aumentando gradativamente. A medida que cada vez mais a água atingia o chão, a terra de baixo de nossos pés tornava-se uma grande pasta de terra avermelhada e nossos sapatos se aderiam àquilo tornando mais difícil a caminhada. Eu e Angelique já havíamos nos decidido por sair daquele local, e fui isso que fui fazendo, tentando caminhar pelo barro que me atolava constantemente.

Eu fui andando aos trancos e barrancos por um curta trajetória, trajetória esta que encerrou-se quando eu cheguei a frente de uma árvore gigantesca, isso se tal adjetivo puder ser realmente apropriado para descrever a dimensão daquilo. Meus olhos foram tentando captar a extensão da árvore, mas com tamanha proximidade daquela grande
matriz florestal eu pude perceber que não eram alucinações que nos faziam ter uma falsa impressão de movimento das árvores daquela floresta. Elas realmente emanavam uma certa vida, pena que logo se demonstraram nenhum um pouco simpáticas.

Nós estávamos encrencados, eu conclui, logo depois de uma árvore menor se movimentar e lançar sobre minha parceira de missão fragmentos de sua própria madeira, que se assemelhavam a grandes dardos afiados. Ficou mais do que óbvio que a árvore a minha frente era algo como uma mamãe de bebês furiosos que a circundavam, sendo que um deles tentava matar Angelique. Eu tentei raciocinar um pequeno plano de ataque rapidamente. Tomei fôlego e me lancei sobre a árvore-mãe, tentei correr a escalando enquanto me segurava nas fendas existentes na casaca do robusto tronco da árvore que já era um tanto velho, a escalada não era fácil. Enquanto fazia isso meu isqueiro que já estava fazia tempos em mão se ascendeu e eu fui me concentrando para que as chamas se espalhacem pelo tronco, eu guardei o isqueiro e comecei enquanto escalava a atiçar as labaredas com a mente, para que elas aumentassem e tomassem conta da árvore. Tinha que tentar destruir o mal pela raiz.



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Última edição por David B. Feuer em Qua maio 30, 2012 1:45 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua maio 16, 2012 6:31 pm

POST III


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...


- Vamos vazar... – Sussurrou David, semicerrando os olhos de maneira desconfiada para algum lugar na floresta. Assenti em resposta, animando-me com a ideia de finalmente poder sair daquele local que também não me inspirava confiança. Aquela coreografia que as árvores faziam a nossa volta era algo ameaçador, quase como um aviso. No lugar dos holofotes, o espetáculo fora substituído por nuvens carregadas e escuras, que não levaram muito até finalmente ceder e jogar uma pancada de chuva sobre nossas cabeças. Sentia o tecido das minhas vestes, centímetro por centímetro, grudar-se ao meu corpo conforme o nível de água ia aumentando. Olhei de relance para meu companheiro de missão, percebendo que seu estado não estava muito melhor que o meu. – Era só o que faltava – Resmunguei para mim mesma, pensando no quão eu ansiava sair dali o quanto antes. As árvores nos ameaçavam e agora a chuva nos atacava sem dó ou trégua... Sinceramente, eu não estava com muita vontade de saber o grand finale disso, mesmo ciente de que, lá no fundo, nós já estávamos incluídos no roteiro há muito tempo.

Conforme andávamos, o solo engolia parte de nossos pés, até o arrancarmos dali e continuarmos o percurso ao desconhecido. Estava frio, então usei minha mão livre da foice e coloquei-a junto ao meu corpo, em busca de um rápido calor. Suspirei alto e acompanhar o ritmo de David, mas isso que isso acontecesse, meus olhos de águia captaram um movimento estranho em volta. Virei-me em um solavanco para encarar uma árvore de pequeno poste lançando pedaços de galhos da minha direção. Movi meu corpo agilmente para o lado, com o intuito de desviar dos seus dardos, então segurei minha foice firmemente com as duas mãos. Investi-lhe um ataque horizontal com a ponta da lâmina, segura de que uma árvore não teria reflexos melhores que os meus. Ainda mais com os olhos de águia ativados. Logo após meu ataque, recuei, procurando agora preparar-me para uma futura defesa.

Ao meu lado, o som irritantemente familiar penetrou em meus ouvidos como uma música. Soube então que David também estava em ação, utilizando o fogo, para ser mais exata. – Fogo?! – Olhei-o em um breve segundo, e sorri cheia de satisfação – David, David... Eu acho que te amo...! – Comentei ironicamente, dando mais alguns passos atrás. Transformei parte do fogo de David em fogo sagrado, mas não só para ajudá-lo, e sim para me ajudar também. Depois que tive certeza de que poderia manipular as chamas de cor bege, fiz uma trilha de fogo pelo chão que ia até as duas árvores medianas e as cercavam. Sabia que não adiantaria muito, mas queria poder atrasá-las enquanto matava a árvore caçula e David tentava dar um jeito na mãe. Tentei fazer as chamas subirem pelas suas raízes, mas manipular o fogo era difícil na situação em que estávamos.

...


PODERES UTILIZADOS:
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. - Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
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Mensagem  Hades Sex maio 18, 2012 8:26 am

A chuva continuava entre os dois semideuses, que travavam sua primeira batalha em busca de desvendar os enigmas que foram-lhe dados. Ela vinha com descomunal força daquelas negras nuvens, ainda como brindes alguns pequenos raios, que estrondeavam sem dó. Por momentos, Angelique ponderava se seu pai estava mesmo cumprindo seu dever, ou contribuindo para que ela morra antes mesmo que os espinhos da árvore a atingissem. Entrementes a concentração de mínimos segundos para atacarem, aquela sensação estranha os correu: uma série de estremecimentos musculares rápidos e involuntários os causavam calafrios, lutando, assim como eles, frente a frente com o resfriamento de seus corpos. Era possível notar a constante perda de energia nos seus tremores internos, enquanto a parte externa já se eriçava. O tempo não era amigo, nem seu estado atual, porque, se as árvores não dessem conta do serviço, a chuva e o frio finalizariam.

David escalava o vigoroso e desfragmentado tronco da velha anciã, sem desmerecer o trabalho que lhe causou, devido as fortes gotas d'água que lhe caiam à face como reduzidas pedrinhas, atrapalhando assim sua visão. Pulando em apuros aos imensos obstáculos que a planta o impusera, ele finalmente chegou ao seu "pico", o ponto desejado, acendendo seu isqueiro e espalhando as chamas. Nada que adiantaria muito, por muito tempo, já que a Ent-Maior não ficaria esperando ser queimada por um jovem semideus. O fogo se propagava e aumentava suas dimensões invejavelmente, para um dia de chuva, até, de repente, sua coloração ligeiramente encetava a mudar. De vermelho e laranja, foi logo para beje e branco, causando uma rápida interrogação no filho de Hefesto, mas logo foi respondida ao fato dele não estar sozinho naquela missão, e que sua parceira estava bem - e viva. Porém - sempre temos um porém, acostumem-se -, quando esse fogo personalizado realmente surtia algum efeito na grande árvore, o garoto recebeu uma chicotada nas costas, ainda sim, contradizendo tudo, não machucou-o, apenas enrolou-se por seu tronco - seu tronco, não o da árvore - e lançou para longe. Isso certamente machucou.

Angelique esquivou-se das investidas da árvore, caindo e, consequentemente, sujando-se toda de lama. Mas, sem deixar que isso a abatesse, ela levantou-se e segurou firme aquele presente, desferindo seu primeiro e último golpe àquela pequena Ent. A ponta da lâmina da foice chocou-se contra o fino e jovem caule da árvore, partindo-o levemente, mas que já foi o suficiente para que ela tombasse para trás, sem aguentar o peso que a decaía sobre. No chão, seu tronco abriu-se ao meio, e suas raízes tornaram-se escuras, mortas. Uma a menos. Apenas uma, e a mais fraca, pois ainda os mestres se colocavam para a batalha. Então, dando-se conta de que David também estaria ao ataque, ela uniu suas forças às dele, e transformou o seu fogo em fogo sagrado. Sua potência era maior e logo consumiria toda a árvore-mãe, sendo que até denotava-se a fraqueza de suas filhas. Contudo, isso não aconteceu devido à uma das árvore ter lançado um de seus galhos sobre ele, como se, de súbito, se modificou em um elástico para isso, enrolando-o e jogando o menino no barro, à uns cinco metros dali. Aquele fogo já não se alastrava mais, ao contrário, sua essência minguava. Sua outra manobra falha também não deu certo, quando as chamas que Angelique dominava tentaram chegar ao ponto vital da árvore - raiz -, mas as suas próprias raízes se despregaram do solo e criaram jatos de água, retirados da terra molhada, que logo apagaram aquele fogo.

As Ent's tinham uma eminente estratégia, que venceu dois semideuses, filhos de deuses, que, sem esforços deveriam destruir aqueles troncos animados. Uma derrota por uma manticora, um minotauro, uma hidra, mas uma derrota para árvores era inadmissível, uma vergonha. As Ent's já se descocavam, destacando e pregando novamente suas raízes no solo, circundando-o os semideuses para um ataque final. A que se mostrou mais ágil infiltrou profundamente suas raízes no solo e iniciou o ataque. As raízes subiam em velocidade e saltavam do solo, com o intuito de acertar os semideuses. A mira delas era tão boa que na sua primeira tentativa a raiz saiu da terra bem embaixo do pé de Angelique, empurrando a menina para cima e deixando-a cair no barro.

† † † † †

Angelique Marshall Harmon ○ 115/130
David G. Vulcan ○ 90/100

Árvore-Mãe ♣ 180/200 [entre os dois semideuses]
Árvore I ♣ 95/100 [lançou David]
Árvore II ♣ 95/100 [atacando Angelique]
Árvore III ♣ [Aniquilada por Angelique]
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua maio 23, 2012 7:38 pm

POST IV


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...


Era humilhante confessar, mas David e eu estávamos, definitivamente, ferrados por árvores assassinas e extremamente chatas. Aquela brincadeira de “desmatamento” estava nos atrasando e até mesmo nos enfraquecendo, então, parem toda essa merda que está na hora de eu descer. Se eu não morri em um lugar com 15 – 16, contando comigo – semideuses descontrolados, por que eu faria isso agora, com três pedaços INÚTEIS de madeira? Pff. Aliás, nem sei o porquê delas terem brotado diante de nós coincidentemente bem na hora em que havíamos decidido sair dali. Começo a desconfiar de que há alguém fazendo de tudo para nos ver há sete palmas de terra. E se houver mesmo, sei que pedaços de madeira velha não são nem o aquecimento comparado ao que nos espera. Chato, não é? Enfim. Pensar nisso fizera minha visão ficar vermelha de ira. Ira dos deuses, que pareciam não querer mover uma palha para os problemas que NÓS estávamos resolvendo por eles. Quantas e quantas vezes eu já não fui alvo de missões suicidas... E não é nessa que o mundo vai perder a vestal amarga e a filha revoltada. Ou eu não me chamo Melanie.

Anyway... Ficar parada pensando não estava ajudando em droga nenhuma no momento, então decidi deixar a parte consciente de lado e partir para a violência. Comecei tentando limpar as nuvens de chuva do céu, da minha maneira lenta, por falta de treinos com a habilidade, mas estava tentando, e não desistiria até derrubar árvore por árvore que se achavam, inocentemente, mais assassinas do que eu. Fui jogada no chão e fiquei extremamente suja de lama, contudo, minha alma ainda estava intacta. As árvores visivelmente tinham uma estratégia, e quando uma raiz tirou-me do chão, caí novamente, só que dessa vez, estava cansada.

Levantei em um pulo, segurando a foice do jeito certo, então corri. Corri tão rápido que sentia o vento frio atravessar o meu corpo, corri em direção à árvore que havia me atacado, sabendo que as raízes nunca conseguiriam penetrar o solo, identificar minha localização indeterminada, por causa da corrida, e me atingir a tempo. Levantei a foice, com o olhar de águia atento, o fogo sagrado controlado e o ângulo perfeito para um ataque direito. Dessa vez tentara um ataque vertical, bem no meio do corpo sinuoso da árvore, de um jeito particularmente bruto. Deméter que me perdoasse, mas desde as Olimpíadas, a natureza estava me enchendo o saco. Primeiro o ataque de um de seus filhos e agora as árvores... Nunca desejei tanto o aquecimento global como agora.

Assim que lhe ataquei, afastei-me e manipulei o fogo ao meu alvo talvez ferido. Sabe quando você piora uma ferida e ela acaba se tornando bem pior do que aparentava? Era isso o que eu estava fazendo agora, como uma adaga investida e girada no coração. Tateei com fogo o lugar do “ferimento” e retornei a atacar.


...


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- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. - Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Nephoscinese inicial {Nível 3} Por Zeus ser o senhor dos céus seus filhos possuem o poder de controlar as nuvens presente no céu. Nesse nível esse poder não é muito desenvolvido e seu controle não é muito bom.
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Mensagem  David R. Feuer Dom maio 27, 2012 12:27 pm

Three Trees

I believe I can fly!


Meu plano não deu muito certo, ao menos não por inteiro. Consegui chegar após um grande esforço ao topo de arvorezona, então fiz meu papel de esguicho de labaredas, meu objetivo era empestear toda a árvore com chamas e mais chamas, algo que não seria nada fácil. Então percebi que as labaredas alteravam suas tonalidades repentinamente, era algo exótico, mas eu reconhecia que aquilo era o fogo sagrado, sempre fui muito bom com dedução, então era fácil saber que minha parceira além de filhinha dos céus era uma Vestal. Aquilo chegou a me agradar, pelo menos ela também usava fogo em seus poderes, não me sentiria incomodado de dividir um pouco com ela, mesmo por que o combate estava mais dificultoso do que o planejado. Eu alastrava o fogo que era mais eficiente em sua nova forma, mas a sensação de sucesso era temporária.

Senti algo em minhas costas - e não parecia nenhum pouco com uma massagem. Eram os galhos elásticos da árvore, que pareciam tentáculos ao se enrolarem em torna de meu corpo, eu me debati e balancei freneticamente as minhas pernas no ar, já que meus pés haviam deixado a madeira da árvore assim que seu ''bracinho'' me ergueu. Eu fui lançado, mas meu toque de palhaço não iria me deixar entrar em desespero, eu abri os braços e me vi voando em direção a grande poça de lama. Eu abri a boca e gritei sorrindo:

- I believe I can fly!!! - Caí na lama e saí rolando pela terra pegajosa, afim de diminuir o impacto. Parei de rolar e fiquei estirado ao chão de braços e pernas abertos balançando de um lado para o outro, fazendo um anjinho de neve, ou melhor de lama. Parei com a brincadeira para virar minha cabeça para o lado. Vi que Angel combatia uma árvore, era a anãzinha que havia a atacado. Sua foice podou a plantinha cruelmente. Eu não podia mais atiçar o fogo da árvore matriz, as chamas diminuíam gradativamente. Angel tentou então atingir a raiz da grande árvore com as chamas claras. Infelizmente a tentativa foi falha.

As raízes da Mama Ent saíram do solo e ela se mostrou uma ótima bombeira quando esguichou jatos de água sobre si mesma, acabando com o incêndio. Estávamos em maus lençóis, ou melhor, em maus galhos. Angel partiu em ataque sobre a filha mais crescidinha, ainda tinha outra que parecia uma gêmea e a mamãe. Eu me ergui da lama, estava com raiva daquelas árvorezinhas chatonas de plantão. Então comecei a espalhar ondas de comandos mentais por toda a floresta, convoquei todas as cigarras que lá viviam para irem até aquele local em particular, mais peculiarmente na filha da Mama Ent, a que não estava sendo atacada por Angelique, as cigarras de toda a floresta deviam ir até lá e empestear a árvore para ao menos distraí-la.

Enquanto isso meu plano era arranjar encrenca com a grandona. Então gritei para Angel que me atirasse duas de suas flechas, a garota olhou relutante e fez. As flechas vieram em minha direção e caíram próximas a mim na lama. Eu corri e as peguei com extremo empenho convertido em agilidade. Peguei as duas flechas e comecei a batucar a ponta das mesmas contra uma pedra, meu talento com instrumentos permitiu que eu usasse as flechas como baquetas, baquetas estas que não via desde os jogos, então nada melhor do que improvisar. Comecei a entoar batucadas em um ritmo harmônico e envolvente, formando uma melodia cheia de esplendor, a Obra da Desatenção faria com que as plantinhas furiosas ficassem desconcentradas em relação a batalha, motivadas pela trilha sonora que se desenvolvia.



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Última edição por David B. Feuer em Qua maio 30, 2012 1:39 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Hades Dom maio 27, 2012 5:32 pm

Quinze minutos, talvez vinte, que acabariam com quinze anos. É tudo muito complexo a forma como o tempo passa, quando se está lutando com árvores vivas, quando se está sujo e cansado, quando se está prestes morrer. Detalhes, eu diria. Esses quinze minutos de forte chuva já diminuíam de pouco a pouco, de forma que em no máximo dois minutos ela já teria cessado completamente. Apesar disso, tudo trabalhava contra os semideuses, até mesmo a própria natureza, o que eu acho desnecessário ressaltar, nesse exato momento. Uma leve garoa se fazia presente, mas se decepcionava ao não ser notava, comparada ao temporal que passou, tampouco devesse ser notada, tal a batalha que a floresta sediava. Embora o frio ainda ocupasse um lugar especial em suas peles ouriçadas e espavoridas, o calor do combate os aquecia, e logo passaria de "pouco frio" para "pegando fogo", com o imensurável dano que quem-quer-que-seja estivesse lhes causando. Convenhamos nós que não é todo dia que árvores mutantes acordam com o intuito de exterminar semideuses.

A tenacidade embeveceu Angelique, e não só sua vontade de viver e vencer prevaleceu, mas sua coragem e sua força espiritual, aquela que não seria abalada, nem mesmo por socos de um gigante ou golpes cortantes de uma espada abençoada. Essa era inabalável, totalmente sólida. A garota ganhou um empurrão, que ela mesmo se deu, e foi correndo ao encontro de uma das árvores, armada com sua foice. As raízes nem de perto atingiriam-na, pois a mesma não parou no meio do caminho para desviar, ela confiou em seus olhos de águia, e o tronco da árvore, de repente, estava tão perto que a foice já cravou nela. Foi um golpe de cima para baixo, e a arma atingiu o tronco robusto verticalmente, não causando o mesmo dano que na árvore anterior, até por essa ser bem maior, mas abriu uma pequena fenda. Era notável que a Ent não tinham lá uma grande perícia, muito menos equilíbrio, e por isso, não foi o dano prejudicial para ela, mas sim a velocidade do impacto que fez com que ela dobrasse para frente, quando suas raízes já não estavam fixas no solo. Porém, de alguma forma ela prendeu-se em outra árvore - uma normal, diga-se de passagem - e parou ali, curvada. Nem de longe o fogo sagrado, manejado por Angelique, seria nefasto, já que ele encontrava-se quase desvanecido, mas sim a forma vulnerável em que deparava-se. Agora, seguia-se outro ataque.

David, quando levantou-se, não tão abalado com o golpe que levou, tentou, dessa vez, usar algo mais eficientes com as árvores. Como menestrel, usou de seu poder musical e enviou ondas sonoras que, em pouco tempo, resultaram em um barulho agudo, quase inaudível para eles, semideuses. Quase se subitamente, um grupo de insetos que voavam em uma velocidade considerável, invadiram o local, e seu som estridente agora era enlouquecedor, com tantas cigarras juntas. Elas rodeavam a árvore mãe, que aparentava não ligar para a situação em que se meteu, a não ser por uma ligeira trincada em seu tronco, que deixou escrito o que deveria ser feito. David, antes que qualquer ato se consumasse, segurou as flechas cedidas por Angelique e bateu-as no ar. Nada comparado a suas baquetas, que estavam realmente ligadas a ele, mas o efeito foi tão ruim quanto. O tronco das ent's já começava a rachar aos poucos, com aquela música desordenada, mas ao mesmo tempo harmônica.

Tudo foi rápido demais, e nem a filha de Zeus estava preparada para isso, um bando de cigarras aparecem do vazio. Ela poderia dizer até que seus tímpanos batucavam, juntamente com as baquetas de David, e isso resultou em algo catastrófico para o momento: a garota caiu de joelhos perante a árvore, antes que seu golpe fosse finalizado. Estava ali, totalmente impotente agora. A Anciã então, num ato decifrado como desesperado, rebateu o ar com seus galhos-cipós, tentando acertar tudo ou qualquer coisa que entrasse em seu caminho. Nesse ato, acertou em cheio o ombro de David, o que lhe causou uma momentânea dor, e o filho de Hefesto desabafou-a em um grito. A árvore em frente a Angelique, então, já curvada para a frente, resolveu que daria seu golpe mortal agora, quando poderia ser destruída. Soltou seus cipós e deixou o peso cair sobre a menina, que certamente seria esmagada. Tudo isso era o resultado de uma equipe que não agia como uma.

† † † † †


Angelique Marshall Harmon ○ 100/130 [de joelhos, em frente a Árvore II]
David G. Vulcan ○ 80/100 [golpe de Árvore-Mãe]

Árvore-Mãe ♣ 140/200 [ataque de cigarras e David]
Árvore I ♣ 45/100 [ataque de cigarras e David]
Árvore II ♣ 25/100 [caindo sobre Angelique/ataque de cigarras e David]
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Mensagem  David R. Feuer Qui maio 31, 2012 1:16 pm

Don´t Fall

Get the fuck away from me!


Já estava me cansando tudo aquilo, desde os malditos jogos a palavra paz se tornava cada vez mais uma palavra distante da realidade. Queria só ver o que o Green Piece diria, preservar a natureza não era uma opção, talvez o pastor da esquina de minha casa diria que as árvores estavam com o demônio, mas na verdade eu é que estava um demônio, para regar aquelas plantinhas com uma dose de porrada. Para nossa alegria a tempestade já tinha reduzido-se em uma garoa moderada. Eu estava mais focado no clima da batalha e por isso não tinha tempo para me aventurar como garoto do tempo, estava mais ocupado me aventurando contra a família das árvores assassinas.

O mais importante é que os reforços que eu havia convocado resolveram aparecer. Um enxame de cigarras invadiu o local voando em alta velocidade e produzindo uma barulheira que invejaria qualquer banda punk. Graças a Orfeu eu era imune aos barulhos mais incômodos e estrondosos, tímpanos de titânio eu diria. Os amiguinhos incetos estavam causando um tremendo incômodo para a Mama Ent, enquanto isso eu me concentrava em minhas baquetas improvisadas, ou melhor, na cansão entoada com toda minha perícia como instrumentista. Notei que estava me saindo relativamente bem, pois os troncos das árvores começavam a rachar influenciados pelas propriedades especiais da música. Mas como sempre as coisas pareciam ir bem demais e eu já estava desconfiando de que seja lá quem fosse não ia deixar que assim permanecessem por mais do que alguns segundos.

Ouvi o barulho de algo caindo na lama, para meu asar não tive tempo de conferir o que era, pois quando fui virar meu rosto a mamãe atacou-me. Ela me atingiu com um de seus ''braços'', senti uma dor aguda no meu ombro. O impacto foi suficiente para eu dar alguns passos para o lado enquanto gritava. Esfreguei meu ombro com a mão contrária enquanto fazia uma careta, e assim observei o que se passava ao redor. Angel estava ajoelhada diante da árvore, parecia fora de combate, mas a árvore a qual ela combatia outrora também estava por um triz, ou melhor por alguns cipós entrelaçados em outras árvores inanimadas. O pior é que eu tinha a sensação de que o causador daquela atual impotência da vestal era... eu. Não tinha tempo de pensar, por isso parti em disparada em direção a garota. Enquanto corri vi que a árvore se soltava e tinha o cruel plano de cair sobre a garota a sua frente. Não podia deixar a garota tornar-se pasta de Angelique. Meu plano, que mais era improviso, era salvar a garota. Deveria chegar perto e me lançar sobre Angel afim de defendê-la, enquanto corria em direção a garota lancei um grito sônico focalizando na árvore que caía, calculando sua trajetória, talvez deste modo pudesse impedir ou atrasar o esmagamento.



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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Dom Jun 03, 2012 12:04 pm

POST V


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...


Venhamos e covenhamos que eu, Angelique Harmon, nunca fiz o estilo de donzela em perigo. Acho que eu preferia virar purê de vestal a ter que gritar: “Oh, oh, salvem-me da árvore maligna. Estou com tanto medo, oh!”. Além de ser estranho tantos “Oh’s” em uma mesma frase, como geralmente vemos nos filmes, eu nunca precisara socorrer a ninguém. Contudo, quando eu estava de joelhos diante do monstro/criatura/aberração da natureza mutante/whatever, realmente senti uma pontada de medo. Olhando assim, ela parecia bem maior e mais forte do que eu, mas sabia que eram apenas aparências. Meu psicológico tentava me enfraquecer, mas meu espírito e meu coração são valentes o suficiente para contra atacar tais tipos de pensamentos. Quando percebera que a árvore iria cair em cima de mim, minha primeira reação foi querer rolar para o lado o mais rápido possível. Meus dedos encaixaram-se perfeitamente em volta da foice, e por um segundo indaguei comigo mesma se ela não havia sido feita especialmente para mim.

Meus sentidos se atiçaram com um grito supersônico partindo de – nada mais, nada menos – que David. Ele tinha que parar de fazer aquilo, sério. Primeiro aquela chuva cigarras... Ele bem que poderia dizer: “Angelique, tá vindo uma tropa de insetos aí, poderia, por favor – isso é importante, educação sempre – se afastar da árvore para que ela não caia em você? Obrigado”. NÃÃÃÃO, eu tive que descobrir isso da pior maneira, quando haviam cigarras presas até nos meus dentes. Temos que parar de agir como dois semideuses independentes e começar a ser como uma dupla, mesmo que isso seja difícil pra mim. Precisamos um do outro, se não viramos farelo na primeira aberração que pintar diante de nós.

Em um baque surdo, ainda tendo o grito como trilha sonora, David lançou seu corpo pra cima de mim violentamente. Se você acha isso estranho, tente ver um garoto correndo pra cima de você no zoom. Traumatizante. Enfim, agarrei a foice com uma das mãos e, com a outra, segurei em David. Odiava aquilo, mas, de nada adiantava agora. Nós precisávamos completar essa missão, nem que, pra isso, nós tivéssemos que ser a melhor equipe de todos os tempos. Ele estava tão ciente quanto eu disso, tinha certeza.


...


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- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Nephoscinese inicial {Nível 3} Por Zeus ser o senhor dos céus seus filhos possuem o poder de controlar as nuvens presente no céu. Nesse nível esse poder não é muito desenvolvido e seu controle não é muito bom.
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Mensagem  Hades Ter Jun 05, 2012 2:34 pm

Um enorme estrépito invadiu seus ouvidos, abalou suas membranas timpânicas e calou suas bocas. Era como esmagar ovos com os pés, mas em uma dimensão muito maior - e muito mais difícil de romper do que ovos, apesar de ter realmente rompido. Até mesmo a garoa que ocupava seu espaço no céu desde o estopim da batalha, agora cedeu aos semideuses e decidiu mascarar-se por entre as nuvens. O silêncio ascendeu e dominou tudo, talvez até o casco rijo das árvores, pois as mesmas sustaram ataques e pairaram sobre o solo, sem raízes malignas, cipós assassinos e nem as cigarras, que mesmo permanecendo ali - em poucas quantidade -, emitiam um som devera agudo, imperceptível à audição dos semideuses. Angelique e David estavam caídos, um do lado do outro, e até seria um clima romântico, com a cabeça de um no ombro do outro, todos com seus devidos corações na atividade, porventura numa atividade bem mais elevada que o normal, contudo, as crianças possuíam ainda dois inimigos, e aquele pequeno minuto de silêncio em homagem a sua irmã Ent recém morta acabaria.

A filha de Zeus não sofreu quaisquer danos da árvore que agora jazia em ruínas ao seu lado, mesmo que o ataque fosse diretamente para ela. A garota levantava-se um tanto dolorida, tanto pelo fato de rolar num chão cheio de cascalhos e objetos pontudos, tanto por ter um marmanjo - mesmo magricela - caindo encima de si, ainda que com boas intenções. Já colocado em pé, como um ato totalmente involuntário da parte dela, Angelique não percebeu a ameaça que as Ent's - conquanto as remanescentes - ofereciam e se viu novamente alvo de um ataque. A menor das árvores esticou seus braços/galhos/cipós e agarrou pedras, frutos - boa parte deles podres - de árvores e pedaços pontudos de madeira, das árvores já aniquiladas. Eram objetos pequenos e sem formas, mas ela os lançou numa velocidade impressionante em Angelique, o que com certeza doeria muito, muito mesmo.

O filho de Hefesto viu Angelique se levantar rapidamente, logo tentando fazer o mesmo que ela, entretanto, sentiu uma leve pontada em sua perna, e deu-se conta de que uma pequena parte da árvore caiu encima dela, o suficiente para abir uma pequena ferida ali. Suas baquetas improvidas caíram bem perto, o que de certa forma facilitaria para agarrá-las, se ao menos conseguisse um equilíbrio decente em pé. Visto que poderia tentar, sem tardança tentou apoiar-se com as mãos, porém, algo inesperado aconteceu; uma laranja podre atingiu-lhe a orelha, diminuindo ainda o impacto, pois certamente seria bem pior se não estivesse podre. Desta, - mesmo com suco estragado de laranja entrando pelas orelhas - conseguiu perceber lançamento à uns oito metros aproximados dali.

Uma primeira laranja foi lançada pela Ent menor, e por acaso ou por boa mira, acertou o filho de Hefesto, David. A Ent Anciã resolveu aliar-se ao ataque, mas foi bem pior do que se esperava: ela agarrou rochas do tamanho de cabeças ou possivelmente maiores. O pior ainda foi a inaparente força que a Ent possuía, pois ergueu sem esforço uma rocha em cada cipó - dando um total de duas rochas, caso não seja tão notável - e jogou as duas em David e Angelique, num lançamento digno de um jogador de baseball - ou não.

† † † † †

Angelique Marshall Harmon ○ 100/130
David B. Feuer ○ 70/100 [Ent/laranjada certeira]

Árvore-Mãe ♣ 140/200 [atacando Angelique e David]
Árvore I ♣ 45/100 [atacando David e Angelique]
Árvore II ♣ [Aniquilada]
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Mensagem  David R. Feuer Qua Jun 13, 2012 4:43 pm

Trees or Pitchers

Shoot me with your orange.

Rápido, foi isso que precisei ser para conseguir salvar Angie de ser esmagada pela árvore. Corri rapidamente e me lancei sobre a garota. Felizmente consegui atingi-la e ambos rolamos pelo chão - que era tão confortável como uma cama de espinhos. Enquanto nos afastávamos a árvore caia estrondosamente sobre o local que a pouca Angel estivera. Então tudo se silenciou, o que me fez pensar por um momento que não tínhamos conseguido escapar do pesado casco da árvore. Mas assim que abri meus olhos conclui que ainda estávamos de pé, enquanto a árvore não poderia dizer a mesma coisa.

- Veja só... - Eu disse sorrindo para Angel que estava deitada ao chão do meu lado. - Terá que me levar para jantar primeiramente, senhorita Harmon. - Dei uma piscadela em tom zombeteiro com um sorriso irônico estampado no rosto. Ter salvo a garota foi reconfortante, afinal naquele momento duas das quatro ent's com as quais havíamos nos deparado primeiramente estavam mortas, mas os créditos por ambas eram totalmente da filha de Zeus. Salvá-la de tornar-se pasta de semideusa era algo que tornava as contas um pouco mais equiparadas. Porém era claro que aquilo ainda não havia acabado.

A garota levantou-se prontamente e eu tentei acompanhá-la, foi então que senti minha perna pender. Antes de sua morte a recém falecida Ent havia me deixado um presentinho. Constei com meus olhos um ferimento na panturrilha, um pouco de sangue acumulava-se na região e o machucado ardia consideravelmente. Então fiz um maior esforço para que conseguisse apoiar-me. Minhas queridas flechas que substituíam as baquetas de menestrel estavam próximas. Foi então que me surpreendi, senti algo batendo contra minha orelha, era uma laranja podre, obtive uma experiência nada agradável por consequência do suco estragado entrando em meu ouvido, aquilo era bem pior do que água e pensar que um dia tinha reclamado na segunda situação.

Abri os olhos e me virei para encarar as árvores. Então a Mama resolveu juntar-se a brincadeira de sua restante filha. Foi realmente apavorante perceber que a nossa querida árvore esportista ergueu com seus cipós um par de pedras que ela lançou contra mim e contra a vestal. Aproveitei-me de que deveria esquivar-me do projétil e lancei-me novamente ao chão em direção as baquetas, o rolamento seria muito menos incômodo caso não tivesse a ferida na perna. Minha mente latejava juntamente com o machucado enquanto rolava no chão, mas não me deixaria levar pelo ferimento, afinal uma lâmina metálica já havia atravessado meu braço uma vez e desde então nunca mais o vi. Certamente a dor na perna e o suco nojento em meu ouvido não faziam jus a aquela dor.

Meu plano era me desviar do lançamento da mamãe, é claro. Então tiraria a garrafa de piche e a atiraria sobre a filha Ent. A árvore menor ficaria coberta pela substância inflamável e pegajosa, logo eu só precisaria sacar meu isqueiro e lançar uma certa escala de chamas sobre a filha. Então só nos restaria combater a matriarca enquanto sua filha se afogava em chamas e para isso iria precisar capturar as baquetas do chão. Angel também seria de grande ajuda, por tanto torcia para que a jovem tivesse se esquivado do lançamento da árvore.


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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua Jun 13, 2012 10:37 pm

POST VI


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...

Quando David e eu rolamos pelo chão desproporcional da floresta, tudo ficou silencioso. Larguei-o mais do que depressa e parei com o corpo ao lado do seu. Fiquei assim alguns segundos, tentando absorver a ideia de que havia acabado de escapar da morte, graças ao filho irritante de Hefesto. E a ausência de barulho parecia, de certa forma, ensurdecedora. Por fora, tudo murchara em uma calma que parecia gritar aos quatro ventos um sinal de perigo; enquanto, dentro de mim, tudo continuava em ritmo de guerra. Tentar silenciar-me era como impedir Ares de guerrear. Nem mesmo o mais profundo silêncio tinha o poder de calar um coração inquieto como o meu.

– Veja só... – Tossi algumas vezes, antes de rolar no chão em busca de forças para levantar e dar de contra com um filho de Hefesto sorrindo para mim. – Terá que me levar para jantar primeiramente, senhorita Harmon. – Acrescentou, exageradamente, um tom irônico em sua voz, enquanto enviava-me uma piscadela. – Com você? Só se for no Inferno. – Puxei o ar com força, em uma vã tentativa de controlar minha raiva diante do rapaz. Pra começar: Não são as senhoritas que levam os rapazes para jantar, e sim o contrário. Depois: Eu não faria isso nem que todos os deuses me implorassem. E, por último: – Argh, que nojo, David. – Sibilei rispidamente, enquanto encarava-o nos olhos e ficava de pé em um pulo. Aquela situação estava sendo realmente constrangedora pra mim, que repudiava qualquer tipo de contato físico com as pessoas, com excessão de amigos, o que não era o caso de David; então, lembraria de ficar há, pelo menos, um metro do filho de Hefesto.

Virei em um solavanco para a Ent menor e automaticamente percebi que ela preparava-se para me atacar. Não tive tempo para pensar em nada que não fosse correr. Com o olhar aguçado ainda ativado, girei calcanhares e me atirei atrás da primeira árvore que vi. Pelo fato de ser uma floresta úmida, rica, as árvores não ficavam muito longe uma das outras. Enfim, joguei-me e encolhi-me atrás do tronco sinuoso. Que falta fazia um escudo decente agora.

1...2...3!

A pedra da Ent-mor havia sido lançada contra mim e, ao mesmo tempo, lancei meu corpo para longe da árvore que usara para me proteger. Achava bem difícil que uma pedra, após ser lançada, fizesse uma curva para chegar até mim, mas... Já vi de tudo, né. Quando David lançou uma garrafa contra a Ent filha, fiquei confusa. Mas não permiti-me abaixar a guarda... Pelo contrário, só fiquei mais atenta ainda, pronta para utilizar um dos meus poderes para ajudá-lo no que fosse.


...


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Mensagem  Hades Sex Jun 15, 2012 7:57 pm

"Só se for no inferno". As palavras da filha de Zeus causaram um choque momentâneo ali, tudo pareceu girar em sua volta e até mesmo as árvores sublevaram-se, tudo numa fracão de segundos. "Cuidado com suas palavras, menina" - uma voz monstruosa alertava, como um chiado incessante de uma televisão sem antena. Os constantes arrepios fizeram Angelique contorcer o pescoço, seu corpo precisava de movimentos rápidos, ou os tremeliques a dominaram por completo. A semideusa queria ser forte sempre, mas haviam brechas em seus objetivos, ela nunca foi realmente forte, ela queria ser sempre forte, e isso de fato tornava-a forte. Contudo, a necessidade sobrepunha os desejos, por vezes. Claro, a força era uma necessidade, mas saber que pode contar com alguém era essencial, principalmente para aquela jovem vestal. Seu impasse com David era pelo fato dele precisar e querer ser forte, desejo abandonado, algumas vezes. Ambos formavam uma equipe primordial, um precisaria do outro durante sua estadia juntos, como o desejo e a necessidade.

As frutas cruzavam os semideuses numa velocidade inimaginável, expelindo líquidos adocicados nas roupas dos mesmos. As duas pedras caiam no chão de terra, abrindo rombos no solo e espalhando barro e água suja por todos os cantos. Como uma bola de boliche maciça e gigante, as pedras rolaram ainda por mais alguns poucos metros, velocidade e distância bastante afetava pelo terreno estar molhado. Angelique observava tudo de trás de seu esconderijo quase nada secreto, ao menos um pouco mais protegida do que anteriormente. O ponto, porém, é que, incrivelmente, ela não estava sendo atacada, mas estava sozinha.

A garrafa de betume atingiu a árvore, partindo-se em seu tronco. A substância tóxica escoava pelo caule da planta, cobrindo parte de seu tom amarronzado com um negro extremamente denso. David não viu sua companheira de emboscada por ali, embora confiasse nela e soubesse que nada a aconteceu. Então, antes que fosse alvo de mais frutas e rochas, ativou seu isqueiro. As chamas rapidamente percorreram o piche, fomentando grandes chamas, que ainda tinham um tom negro no fundo, devido ao bitume. Rapidamente o tronco da árvore estava sendo abocanhado pelas chamas e pelo piche, que destruíam seu casco antes mesmo que ele virasse cinzas.

Alguns dizem que mães defendem filhos com unhas e dentes, cipós e pedras, socos e chutes, etc. A Ent-Anciã adotava outro modo de concepção: se livrar primeiro dos agressores, ao ponto dela, claro. Visto que David estaria totalmente vulnerável ali, a árvore deu continuidade a seu esporte favorito: arremesso de pedras em cabeças de semideuses. Mais duas pedras. Com seus galhos mutantes ela os segurou e jogou. Uma cairia em média uns três passos atrás de David, mas o esmagaria de qualquer forma; o outro arrombaria a árvore em que Angelique se escondia. A semideusa estava de costas e teria de perceber e sair dali o mais rápido possível.
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua Jun 20, 2012 6:10 pm

POST VII


"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
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Frutas e frutas foram lançadas contra nós. Minhas roupas estavam completamente empapadas com o suco. E quando as duas grandes pedras caíram no chão, fui atingida por um banho de lama. “Ótimo!” - Pensei irritadiça, então fiquei quieta atrás da árvore, pensando no que Diabos havia acontecido ainda pouco. "Cuidado com suas palavras, menina", as palavras ainda ecoavam em minha mente. Engoli a seco, sussurrando um breve pedido de desculpas.

- Angelique! – Ouvi a voz de Dave ecoar em meus ouvidos cheios de urgência. Olhei para trás e, quase que automaticamente, lancei meu corpo de para longe da árvore, pois meus olhos de águia mostraram-me que ela seria usada como alvo de uma enorme pedra. Levantei-me em um pulo, pare checar o paradeiro do filho de Hefesto, e já que não tive uma das melhores visões, tive que agir rápido. Sem pensar no quão aquilo era insano ou o que me custaria, eu apenas... Estava disposta a salvá-lo. Nada mais justo.

Transformei o fogo que consumia a Ent-menor em um rápido movimento de mãos, e manipulei-o a minha volta, de maneira que um círculo de fogo fosse perfeitamente desenhado no chão, tendo-me como centro. Com outro gesto frenético, senti algo arder em minhas mãos, mas não desci os olhos para ver o que era, não tive coragem. Meus olhos fixaram-se na pedra, cada vez mais próxima. Uma gota de suor, tão frio quanto a noite, escorreu pelo canto do meu rosto e desapareceu em meio ao solo úmido. Esperei o momento certo, então, com uma força de vontade descomunal - talvez fosse o instinto de retribuir o que David havia feito por mim -, lancei todo fogo sagrado em direção à pedra que seria lançada no rapaz, com a nobre intenção de destruí-la antes que ela lhe alcançasse.

...


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- Pirociclo Inicial: Vocês conseguem criar um círculo, forma que simboliza Héstia, formado por chamas sagradas, então pode lançá-las contra algum corpo, causando um certo dano ou destruição. Custo: 11 MP. Limitações: Max.: 18m de distância.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
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Mensagem  David R. Feuer Seg Jun 25, 2012 8:22 pm

Comet Stopper

The last one standing

Eu estava cansado. Cansado de estar na floresta, cansado daquele combate, cansado de parecer uma simples peça movimentada no tabuleiro da vida pelos irresponsáveis jogadores: os deuses. Estar nos Jogos Olímpicos e logo depois naquela jornada incessante fizeram com que eu concluísse que entediar-me em meu chalé não era a pior coisa e que os semideuses que se rebelavam tinham ótimas razões que no mínimo faziam sentido. As palavras mal ditas de Angelique fizeram com que o nosso entorno ficasse estranho, uma advertência rígida, ou não. Havia algum tempo, mas não muito, em que havia visto os deuses explodirem um garoto por ter desrespeitado as regras de um jogo a moda gladiadora.

Ao menos meu plano deu certo. As chamas irromperam em grande potência, eu observava contente a queda da terceira filha Ent. Menos três, agora só faltava uma que era nossa querida mamãe sobrevivente. Eu olhei para o lado enquanto a árvore sucumbia pelas chamas vorazes que a devoravam lentamente, nenhum sinal de Angelique, deduzi que a garota tinha se abrigado para se safar da chuva de pedras. Meu único erro, esqueci-me da chuva de pedras e quando olhei para o alto vi um grande projétil vindo a toda em direção a mim. Não tinha muito tempo, na verdade nenhum tempo. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Eu tinha frações de segundo, reflexo e a arte de improvisar do meu lado, não era muito significativo, mas é o que temos para hoje.

Em um olhar tão ágil quanto o pensamento manipulei as chamas que me rodeavam irregularmente, as direcionei para que todas se juntassem em uma grande coluna de fogo cuje o objetivo era atingir a grande pedra. Enquanto as chamas do modo mais rápido iam de encontro com a chama também reproduzi um grito sônico focando-o totalmente na rocha voadora. Meu objetivo era destruir o corpo que contra mim vinha em alta velocidade, mas já tinha um segundo plano. Caso as chamas e grito não destroçassem a pedra, ao menos iriam desacelerá-la, ela continuaria pesada mais não estaria em grande velocidade. Isto me capacitaria para utilizar de minha força de filho de Hefesto e de meu poder de punhos firmes para desferir um potente soco contra a rocha, assim como minha resistência física aprimorada iria reduzir o efeito do já diminuto impacto causado, então eu poderia lançar a pedra ao chão. Rapidamente seria necessário agir com ainda maior velocidade em um contra ataque, neste ponto eu infelizmente não tinha armas além de meu fogo vindo de meu isqueiro e de minha música vinda de minhas baquetas.


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Mensagem  Hades Ter Jun 26, 2012 8:03 pm

Uma sintonia surreal intercorreu naquele sagrado momento para os semideuses. Uma singela e forçosa união os avigorou. Era uma força sobrenatural, a força do desejo e da necessidade, forças súditas uma da outra. David e Angelique deveriam se curvar um ao outro, pois esse era o tônico mais potente que um dia poderia dar existência à tudo: o Vigor; um vigor não físico, mas espiritual. União e generosidade, um fortalecimento mútuo. O desejo e generosidade de Angelique por optar à salvar David fez com que o fogo atingisse em cheio a pedra, erguendo chamas coloridas para todos os lados. A necessidade de David vinha em sua salvação, pensando não só em si, mas também em sua companheira, que não poderia continuar sozinha. Sem ela, a pedra já teria esmagado-o, mas o atraso foi mais que eficiente para que ele pudesse evocar seus poderosos gritos, que tremeram a terra e abriram várias rachaduras no objeto. As chamas foram lançadas e um clarão tomou conta de tudo. A luz cegou-os, e tudo que puderam contemplar foi o barulho dos punhos do filho de Hefesto impactando com a rocha e destruindo-a em pedaços. A perfeição da união e generosidade, a perfeição do desejo e da necessidade.

Angelique não precisou proteger os olhos ou proteger-se dos estilhaços, o tempo não permitiu. Ainda sim, nada a feriu, nem mesmo a grande luz que deveria ter cegado-a, afinal de contas ela era uma filha de Zeus, luzes mais poderosas, como a de raios, chegaram longe de um dia afetar a visão aguçada da vestal. Entretanto, isso não a perturbou, e sim a estranha sensação podre que ali se sucedia, sentida apenas por ela, unicamente e exclusivamente por aquela filha de Zeus. Era como uma peste, um vírus espiritual invadindo seu corpo. "Absolvição não é do que você necessita, não é o que você quer dar. A pestilência está dentro de você, liberte-a já!" - aquilo ordenava. Uma voz fatigada, esgotada. O antigo tônico deveria ser ingerido novamente, pois todo seu ânimo estava indo água abaixo... árvore abaixo.

David rebateu a rocha e foi para seu lado oposto, enquanto ela despedaçava. A luz incendiou tudo, inclusive seus olhos. Suas pálpebras batiam incessantemente, afim de enxergar. Elas queriam ver, queriam deslumbrar sua sobrevivência. Não foi possível, caído no chão, ele lutava para se localizar, apoiar-se em algo, mas também nada estava próximo o bastante. Seria aquele o afim? A Ent não estava atacando, seria aquele apenas mais um processo que os levaria direto para o Submundo? Um clarão, a visão de sua vida, e então cara-a-cara com os juízes infernais. Não, era pior que isso; todavia, ele levantou mesmo assim, alguém estava empurrando o garoto para a frente. "O vigor espiritual constrói muralhas, ela oferece a você barreiras contra a sua própria peste, contra você. Seu real tesouro não está dentro de um baú qualquer, o baú é você." - aquilo encorajava. Uma voz varonil, alentadora. David possuía agora do precioso tônico consigo. Contudo: cada pessoa, cada tônico.

A única Ent viva não desferiu ataques, ela nem sequer efetuou barulhos grandes o suficientes para serem sentidos pelos semideuses. Cada um tinha com ele uma escolha, uma coragem. Nada poderia tomar decisões para eles, absolutamente nada. Nem ninguém.
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Mensagem  David R. Feuer Qua Jul 04, 2012 1:47 pm

Come back

You'll ramble on bout how I'm that FIRE

Eu preparava-me para colocar meu plano improvisado em ação. Então vislumbrei uma coluna de chamas de cor clara que passaram pelos ares prontamente e atingiram com um estrondo a rocha que vinha em minha direção. Graças aos deuses, ou melhor, graças a Angelique, sabia que aquelas chamas tinham sido enviadas pela Vestal e então senti pela garota algo mais amigável do que a rivalidade anterior. Agradeceria depois, naquele momento tudo que fiz foi enviar meu grito sônico que fez o cometa rochoso hesitar em meio ao ar. Em seguida a coluna de chamas foi atirada, desta vez por mim. As chamas chocaram-se contra a pedra e um clarão fez com que meus olhos prontamente fechassem-se, entorpecidos pela luz. O movimento seguinte não precisou da visão, apenas do vigor de meu punho que foi contra a pedra que logo não era nada mais do que fragmentos espalhados por todos os lados.

Eu então senti minhas pernas bambearem, tentava abrir meus olhos para admirar a paisagem, para concretizar a certeza de que estava vivo. Mas tudo que aconteceu foram meus olhos abrirem e fecharem incessantemente. Pouca diferença fazia, quando abertos tudo que documentava era uma imagem extremamente turva e indefinidade. Lotada de manchas e totalmente abstrata e indistinguível. Eu cai em meio aos constantes movimentos frenéticos que buscavam no ar algum apoio, tudo que eu precisava e tudo que eu não tinha. Cai na lama como um objeto inerte, com um baque e lama respingando por todos os lados. Meu rosto e meu corpo que já estavam sujos antes, agora estavam ainda mais. Eu estava afundado na lama, e desta vez era literalmente. Mil piadas funestas passaram por minha cabeça, mas desta vez nem o senso de humor, que por tanto tempo eu usava como escudo para tudo que me afligia, surtia efeito algum. Eu estava caído, indefeso e entregue ao fim. Pensamentos negativistas tão raros para mim começaram a alastrar por meu espírito ferido e fadigado com tudo aquilo.

"O vigor espiritual constrói muralhas, ela oferece a você barreiras contra a sua própria peste, contra você. Seu real tesouro não está dentro de um baú qualquer, o baú é você". Foram essas as palavras pronunciadas em minha mente por uma voz cativante. A voz me empurrava, me motivava para seguir em frente e para erguer a cabeça. Por um momento lembrei-me de meu avô, apesar de ter falecido meia dúzia de meses antes de meu nascimento, ele sempre estivera comigo nos momentos difíceis, em meus sonhos e devaneios ele aparecia como uma consciência alternativa, uma voz que me dava forças. Uma força maior do que a física, uma força muito mais imponente, muito mais poderosa, valorosa e, acima de tudo, calorosa.

Eu esforcei-me e coloquei-me de pé. Bambos ainda estavam meus joelhos e pernas instáveis. Minha visão ainda não tinha se recuperado, porém minha mão direita envolvia meu isqueiro. Por um momento, senti como se fosse ele minha extensão corpórea e incorpórea. Meus lábios sujos de lama moldaram-se em um sorriso. Senti uma energia incendiando de dentro de minhas entranhas, minhas reais entranhas. A tampa de meu isqueiro abriu-se com um estalido metálico que soou mais alto do que o normal. Lembrei-me de um dos sonhos que tivera com o meu avô, o primeiro deles particularmente.

''▬ Sabe rapaz... ▬ O velho senhor barbudo dizia-me sentado em uma cadeira antiga de madeira. ▬ As vezes quando reacendemos uma fogueira o fogo retorna mais forte do que nunca... ▬ Por um momento ele me fitou para constar que eu processava o verdadeiro significado da frase. ▬ Nunca deixe a chama apagar e eu juro que sempre te ajudarei a mantê-la acesa, mas caso um dia ela esteja se esvaindo e só reste uma solitária e frágil fagulha simplesmente a reacenda, e retorne a crepitar e a incendiar com todo o esplendor.''

O sorriso abriu-se ainda mais e a chama surgiu dançante em meu isqueiro cada vez mais ampliada. Eu estava recuperado, David Blacksmith Feuer estava de volta e desta vez eu iria incinerar a última Ent que estava de pé, ainda. E não deixaria que nada voltasse a ferir minha confiança e interferir no trajeto meu e de minha parceira Angelique. Os meus lábios abriram-se e cantarolaram com a voz de menestrel desgastada, mas ainda firme.

'You'll ramble on bout how I'm that... ▬ Fire, essa parte fora substituída por uma explosão de chamas direcionadas com toda a voracidade a inimiga restante.


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Última edição por David B. Feuer em Qua Jul 04, 2012 4:39 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Angelique Marshall Harmon Qua Jul 04, 2012 4:10 pm

POST VIII

"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- O Herói Perdido. Pág 205
...

Não sei exatamente como deveria me sentir após o ocorrido. Foi um ato tão ligeiro e impensável que, agora, me pergunto de onde veio aquela vontade indomável de querer salvá-lo da morte. Ambos tivemos nossas chances de nos livrar um do outro, mas não o fizemos. Éramos aqueles que estavam pendurados pela mesma corda, e se um caísse, o outro iria junto. Era veemente impossível sobreviver sozinho em meio a tanto caos oculto. Parecíamos apenas dois semideuses azarados que estavam perdidos em uma floresta repleta de monstro, mas, sabe, ia muito além disso. Por que Hades me visitaria novamente, se da primeira vez que ele confiara-me algo eu havia fracassado? Não sei se era uma segunda chance ou um castigo por tudo o que eu fiz e o que eu sou. Era um ciclo vicioso de pensamentos que causava uma completa desordem em minha mente. Talvez até eu estivesse perdida, pensando que estava fazendo tudo errado, pisando nas rachaduras que em breve seriam grandes estragos, mas o salvamento de meu parceiro me tirava do poço. Aquilo sim eu sabia que era o certo a se fazer, não só por mim, mas pelo que vinha pela frente.

As chamas lançadas por mim e a reação de Dave contra a pedra que ia em sua direção causaram algo estranho. Irreal. Ainda estava tentando me acostumar a essas mudanças repentinas de tempo e cenário. Meus olhos arregalaram-se, em um misto de surpresa e susto, e não deu tempo de proteger minha visão das coisas que voavam pra mim. Os olhos de águia, por vezes, te proporcionam uma visão assustadora. E não demorou muito até que outra coisa me causasse arrepios, além da luz. Mesmo que luz seja sinônimo de algo bom e a escuridão, algo ruim, essa luz era diferente de qualquer coisa que eu já havia visto. Ela veio acompanhada de algo que não consegui identificar, mas pude sentir. Estava presente em cada célula do meu corpo agora, abraçando-me friamente, infectando-me com sua presença em uma das sensações mais desagradáveis dais quais já provei.

"Absolvição não é do que você necessita, não é o que você quer dar. A pestilência está dentro de você, liberte-a já!" As palavras penetraram em meus ouvidos em um tom nada delicado. Era como uma exigência, uma ordem. Meus olhos focaram algo adiante, semicerrados, e dessa vez sem olhar de águia. Eu estava queimando algo com meus próprios olhos verdes elétricos. Aquilo que havia empesteado meus ouvidos deixara-me estranha. Eu sentia um misto de ira e tristeza, e meus músculos começaram relaxar sem permissão. Aos poucos fui sentindo-me tão desgastada quanto aquela ordem.

Estava tão confusa. O que aquilo queria me ordenar? Não há pestilência dentro de mim, não há o que libertar. E se houver eu não o poderei fazer, já que desconheço o que é. - You'll ramble on bout how I'm that... – A voz da cria de Hefesto tirou-me de devaneios, seguido de uma explosão de fogo contra a Ent restante. A Ent que, de repente, havia parado de nos atacar. Só chego a conclusão de que Dave tem sérios problemas mentais para cantar em um momento desses, mas, cada louco com a sua loucura, e se aquela era sua maneira de se recuperar do que havia acontecido – se é que aconteceu algo com ele também –, então, quem sou eu para julgá-lo? Enfim. Não pude ficar parada olhando ele se divertir sozinho, então aproximei-me de onde o rapaz estava com um movimento de mãos e também usei as chamas de seu isqueiro para transformar em sagrado e, assim, ficar sob meus comandos. Fiz com que minhas chamas concentrassem-se nos pés da árvore, enquanto as de Dave faziam seu próprio percurso. – Dave – Acho que essa era a primeira vez que o chamava por apelido – Não tive chance de dizer mas... Obrigada... Por ter... Você sabe... Me salvado de virar purê – Engoli a seco e pigarreei, limpando a garganta. – Mas não espere um beijo de agradecimento, estamos empatados. Por enquanto. – Ri gostosamente e em um arfar intensifiquei as chamas até onde conseguia. O desejo indomável estava de volta. A força de vontade, ou seja lá o que aquilo fosse.

O que ainda me mantinha em pé.

...


PODERES UTILIZADOS:
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)


Última edição por Angelique Marshall Harmon em Qui Jul 12, 2012 7:54 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Hades Sáb Jul 07, 2012 3:52 pm

"[...] eu sou... O Fogo", que, com um novo vigor, a solitária e frágil fagulha reacendeu-se, tornou-se gigante como seu avô, o homem responsável por manter a eterna fogueira de David acesa, muito mais forte que lenha, álcool, ou qualquer coisa; aquele era seu tesouro. O lume logo tonificou-se e expandiu-se a uma intensa claridade, devastando não só a Ent restante, mas árvores de pequeno porte que foram abreviadas à nada. Em poucos segundos, os quais Angelique pode ver com clareza, a Ent estava destruída, era possível perceber o crepitar da madeira queimando, os seus galhos cipós jaziam imotos nos pés do filho de Hefesto, as raízes ainda agitaram-se um pouco antes de realmente darem-se por vencidas.. Todos os inimigo foram aniquilados; porém, apenas o primeiro deles, um número magro demais para a vitória ser decretada. Na cabeça do semideus, seu avô, acomodado na anciã cadeira de madeira. O velho sorria para ele, com certeza teria uma ótima história para contar, uma aventura. Entretanto, nada falou naquele breve transe, com exceção de palavras rápidas e imperceptíveis, embora sua expressão denotasse um alvoroçado "Parabéns, você me orgulha", "Parabéns, meu orgulho", "Parabéns por me orgulhar" ou "Parabéns, agora vá me orgulhar!".

Ainda confuso, a imagem de seu avô tornou-se não só a imaginação fértil que ele possuía, parecia mais uma projeção de sua cabeça ali, na sua frente. Analisando melhor, ele não projetou hologramas, ele é que era o intruso ali, aquela não era a floresta, a filha de Zeus não estava mais com ele e em pouco tempo nem seu prezado avô. A imagem do ancestral foi se metamorfoseando; a comprida barba diminuiu num elegante cavanhaque, as roupas desleixadas de um ferreiro tornaram-se um terno azul escuro, vestuário o qual jamais faria parte do guarda-roupa daquele homem que participou na sua criação. O rosto foi se modificando até se tornar esquelético, como o de um homem anoréxico.

- David, neto que me orgulha! - o homem, que evidentemente não era seu avô, mas ocupava o lugar dele na cadeira, zombava de David. - Vamos lá, meu jovem, meu orgulho não deve ser muito para você, que tal tirarmos a filha de Zeus do nosso caminho? A nossa chama nunca estará acesa, enquanto ela puder apagar.

As mãos de David apalparam uma das flechas, a figura de Angelique agora era mais nítida e algo parecia obrigar-lhe a atacá-la, vê-la sofrer. Ele não queria a morte, de fato, em sua mente a morte era estúpida, porém, ele queria a glória, sem partilhar com Angelique.

† † † † †

Aquele micróbio indestrutível e totalmente mutável assolava a mente de Angelique. Mutável era o que ele era, modificava-se de acordo com os sentimentos da garota, atacava-lhes diretamente, destruía os bons sentimentos e deixava apenas os ruins. Era como se em toda sua vida ela não aplicasse qualquer princípio, tudo fosse irracional e imoral. Naquele momento, ela via transparentemente seu lado imoral... e como ela era imoral. "Pestilência" - as palavras ecoavam. A filha de Zeus sentia-se agora como um computador: a pestilência foi criada especialmente para ela, e se reproduzia quando em contato com seu coração, iniciando ali a destruição total dos dados do disco rígido. O disco rígido era sua alma, os dados eram o âmbito do seu espírito humano, desde suas boas lembranças até sua concepção daquilo que é certo e daquilo que é errado. Pois bem, todo o certo estava sendo abalado. Ela notou que David estava confuso, cambaleando, vendo algo que não chegava aos olhos dela, mas ela nada conseguia fazer. Então, quando seu companheiro segurou com força a flecha dada por ela, ela deu-se conta de tudo. Aquele vírus saiu temporariamente de sua cabeça, e ela o viu vindo em sua direção. A enfermidade espiritual estará sempre com você, Angelique, você não pode librar-se dela, a não ser que seu espírito queira o mesmo.
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