O Novo Imortal
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O Novo Imortal
Relembrando a primeira mensagem :
Finalmente a tormenta teria fim e os jogos encerraram-se com um estrondo nos céus. Os deuses estavam satisfeitos de dor e sangue. Porém, se não fosse tão fácil assim, os campistas vencedores iriam para os seus chalés. Agora, eles sabiam que alguém morreu, contudo, era um mistério quem. Poderia ser um conhecido qualquer, ou um amigo, um irmão..
A filha de Zeus, Angelique, e o filho de Hefesto, David, estavam perdidos. Melhor, mais perdidos. Seus desgastes físicos já não aparentavam consumir-lhes tanto, mas suas mentes vulneráveis ainda reagiam ao recente ocorrido, que os fragilizou tanto. Não uma fragilidade física, como ferimentos. Mas sim uma impotência ao ter consciência do que os jogos eram. Tão fútil, covarde. Ainda sim, descompor entidades poderosas e indiferentes que eram os deuses, não os conduziriam para o local certo. Então... que tal se a concepção de lugar certo de repente mudasse? Ninguém ousou cogitar se aquela súbita desorientação de localidade estava premeditada ou apenas ao acaso.
Estar com alguém que não se gosta não era o melhor remédio depois de um caminho quase que interminável para a morte. O sentimento de desprezo entre Angelique e David e seus olhares intimidadores no Acampamento já percorriam seu sangue. Um ponderava ao outro se a melhor opção seria desembainhar suas armas e ir ao ataque. Um mero truque dos imortais para testar aqueles dois semideuses. Temo dizer que ambos podiam ser comparados a barbantes finos esticados a tal ponto de estourar. E se esse realmente fosse o estopim, então temo ainda mais que o próximo barbante a estourar seria o das Moiras.
Buracos negros abriram-se no chão, como se uma tentativa - que funcionaria muito bem, diga-se de passagem - de separar os dois inimigos. Uma inimizade pessoal, se me permite, não uma inimizade obrigatória, o que os jogos teriam feito muito desde o começo. Matar ou morrer. Algo maior, então, desfez o impasse. Um cheiro terrível de morte tomou conta daquela clareira na floresta, como se a própria comparasse ali. Ninguém contrariou, pelo menos. Eram cristais negros - dois - e brilhantes que saíram daqueles buracos. Estava tudo esclarecido para eles. Angelique já havia recebido uma foice com um "H". Mas não uma foice comum, uma foice que determinava bem seu presenteador: era feita de ferro estígio e tinha detalhes de bidentes no seu cabo. Uma foice bem incomum, na verdade. Hades era o único deus maior que não participou da reunião que decretou os Jogos Olímpicos. E quando a foice parecia induzir a filha de Zeus para aquele canto da floresta, uma pequena peça iniciou o quebra-cabeça gigante, que ainda precisava ser completado.
O Imortal
Prometeus criou o homem à partir de água e terra, dando forma assim aos humanos, meros mortais, bonecos de barro, mas que ainda fariam muito ao mundo. Os mortais se espalharam, se multiplicaram. Resistiram à muitas catástrofes, mas sua espécie continuou resistindo. Ainda sim, suas vidas eram quase sempre insignificantes. Entrementes a piscadas divinas, homens construíam uma vida, alguns até alcançavam a tão suada e sonhada glória, a riqueza. Então, morriam. Nem um século de história. Porém, não eram suas riquezas que marcavam no enorme diário da Terra, e sim seu legado.
No tempo em que os líderes ainda travavam suas próprias batalhas, honrando aqueles que os seguiam, mortais com grandes personalidades surgiam e se destacavam. Semideuses não foram os únicos que possuíam poder abaixo dos divinos e eram encarregados de os servirem. Alguns homens conquistaram sua “imortalidade”, pois seus nomes não foram esquecidos. Outros a conquistaram literalmente, até mesmo antes de Hércules e Dionísio. Agora, porém, os deuses não podem mais interferir no mundo mortal. Agora, líderes dão o estopim a guerras e deixam que homens caiam lutando. Aproveitam-se do amor que soldados têm por sua pátria e abandonavam-no para que se exterminem, como se prostrando a eles. Esses homens, reis mortais, queriam superar os deuses. A realidade, é que não eram reis, eram ditadores hipócritas, fracassados lembrados por medo, não por respeito. Minos foi um daqueles que morreu zombado, morreu quando já estava morto, por dentro. Sucumbiu a sua prepotência. No Mundo Inferior, contudo, ganhou lugar especial no tribunal, por sua personalidade inabalável e justa.
Antes dele, houveram outros...
Então, quando pela primeira vez o Olimpo fechou, decretou-se, em meio à todos os deuses que eles não interfeririam mais. As guerras sanguinárias abençoadas por eles teriam fim. As intermináveis seções de extermínio e destruição teriam fim.
Um tecido foi firmemente costurado, distorcendo a realidade para mortais. Batizado de névoa – bem apropriado -, esse tecido ocultava o mundo imortal para mortais, separando-os definitivamente. Entretanto, nesse tecido foi aberto propositalmente uma falha. Enquanto semideuses eram caçados e mortos, haviam outros que também viam através da névoa. Aqueles de espírito determinado. Aqueles que não limitavam suas mentes fracas, mas acreditavam no impossível. Eles tinham o dom e eram abençoados por isso.
Os deuses nunca estiveram realmente longe dos mortais, pois estavam sempre os punindo por seus erros. Primeiro, o dilúvio gerado por Poseidon à mando de Zeus, para exterminar a raça humana. Ela sobreviveu. Cidades como Sodoma e Gomorra foram arrasadas por ultrajarem os deuses, por desacreditarem neles e na sua obra. Outras, como a Babilônia, faleceram no seu reinado de trevas. Eles sobreviveram. Reis foram destronados, morreram ou foram mortos por seus próprios servos que se rebelavam. Todavia, um deles foi abençoado por Hades e voltou ao Mundo para servir-lhe para apenas um propósito: recuperar um artefato roubado, a Chave do Hades. Este rei era prepotente, ele caiu em sua própria estupidez porque achava que era imoral. Mas foi abençoado justamente por isso, porque não temia a nada – nem mesmo aos deuses.
Finalmente a tormenta teria fim e os jogos encerraram-se com um estrondo nos céus. Os deuses estavam satisfeitos de dor e sangue. Porém, se não fosse tão fácil assim, os campistas vencedores iriam para os seus chalés. Agora, eles sabiam que alguém morreu, contudo, era um mistério quem. Poderia ser um conhecido qualquer, ou um amigo, um irmão..
A filha de Zeus, Angelique, e o filho de Hefesto, David, estavam perdidos. Melhor, mais perdidos. Seus desgastes físicos já não aparentavam consumir-lhes tanto, mas suas mentes vulneráveis ainda reagiam ao recente ocorrido, que os fragilizou tanto. Não uma fragilidade física, como ferimentos. Mas sim uma impotência ao ter consciência do que os jogos eram. Tão fútil, covarde. Ainda sim, descompor entidades poderosas e indiferentes que eram os deuses, não os conduziriam para o local certo. Então... que tal se a concepção de lugar certo de repente mudasse? Ninguém ousou cogitar se aquela súbita desorientação de localidade estava premeditada ou apenas ao acaso.
Estar com alguém que não se gosta não era o melhor remédio depois de um caminho quase que interminável para a morte. O sentimento de desprezo entre Angelique e David e seus olhares intimidadores no Acampamento já percorriam seu sangue. Um ponderava ao outro se a melhor opção seria desembainhar suas armas e ir ao ataque. Um mero truque dos imortais para testar aqueles dois semideuses. Temo dizer que ambos podiam ser comparados a barbantes finos esticados a tal ponto de estourar. E se esse realmente fosse o estopim, então temo ainda mais que o próximo barbante a estourar seria o das Moiras.
Buracos negros abriram-se no chão, como se uma tentativa - que funcionaria muito bem, diga-se de passagem - de separar os dois inimigos. Uma inimizade pessoal, se me permite, não uma inimizade obrigatória, o que os jogos teriam feito muito desde o começo. Matar ou morrer. Algo maior, então, desfez o impasse. Um cheiro terrível de morte tomou conta daquela clareira na floresta, como se a própria comparasse ali. Ninguém contrariou, pelo menos. Eram cristais negros - dois - e brilhantes que saíram daqueles buracos. Estava tudo esclarecido para eles. Angelique já havia recebido uma foice com um "H". Mas não uma foice comum, uma foice que determinava bem seu presenteador: era feita de ferro estígio e tinha detalhes de bidentes no seu cabo. Uma foice bem incomum, na verdade. Hades era o único deus maior que não participou da reunião que decretou os Jogos Olímpicos. E quando a foice parecia induzir a filha de Zeus para aquele canto da floresta, uma pequena peça iniciou o quebra-cabeça gigante, que ainda precisava ser completado.
Hades- Deuses
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Re: O Novo Imortal
Firebomb
I'm a firebomb read to explode.
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A nossa chama nunca estará acesa, enquanto ela puder apagar. Aquela mensagem empesteou-se pela minha mente e por minha aura também. Meus ossos estremeceram e meus joelhos bambearam frágeis. Aquela figura patética tinha uma influência surpreendentemente gigantesca. Nunca julgue um livro pela capa, aquela capa velha e fina revestia um conteúdo muito mais perigoso que qualquer veneno ou monstro. O dono do rosto esquelético fazia com que meu lado macabro tomasse o controle. E lentamente fui deixando-me convencer...
Quando me dei conta estava segurando firmemente com uma das mãos uma das flechas. Abaixei o olhar para vislumbrar a seta cuje a ponta brilhava maleficamente, logo depois levantei a cabeça e fitei de cima a baixo Angelique. Um impulso maníaco dizia a mim que a filha de Zeus não era uma amiga, ao contrário me dizia que deveria atacá-la. Eu havia explodido em chamas devastadoras, demonstrado todo meu poder, reduzido toda aquela natureza patética em cinzas. Angel nunca havia me ajudado, salvar minha vida foi uma simples questão de auto sobrevivência, sem mim ela não teria derrotado as árvores. Sem ela eu teria me dado bem, não preciso de equipes, eu trabalho sozinho.
Por um momento confundi Angel com Afrodite e meu coração disparou tomado por cólera. Minha mente confusa estava vulnerável o suficiente para deixar-se levar. Eu brandi a flecha e corri em disparada, meu intuito único era deixar de dividir o crédito, ele era todo meu. Eu me lancei sobre a garota pela segunda vez, nós rolamos pelo chão cheio de
folhas secas e resquícios de graveto, porém desta vez quando paramos eu não fiz comentário cheio de bom humor eu ergui a flecha com os olhos psicóticos brilhantes. E a desci de forma voraz, mas neste momento tudo pareceu ficar mais lento. Vislumbrei a ponta da flecha indo em direção a testa de Angel e durante um segundo meu verdadeiro eu relutou com todos os esforços. Admirei os olhos elétricos surpresos de Angie e então tomei uma decisão providencial. No último momento a direção da flecha foi desviada e cravou-se no solo, raspando na bochecha direita da vestal e lhe causando um pequenino corte de onde uma gota de sangue brotou. Eu olhei desesperado para a jovem e um remorso avassalador deu pontadas em minha consciência.
▬ Ora, assim não vai me orgulhar... ▬ Disse a voz do manipulador dentro de minha cabeça, inicialmente ele zombava antes de explodir em uma bronca. ▬ Mais! Mais! Como vamos manter a chama acesa?! Precisamos de mais combustível... e o combustível é o sangue dela. ▬ Meus olhos fechavam-se insistentemente e meus dentes mordiam meu lábio tentando lutar contra os impulsos. Os abri de supetão e para meu azar Angel ainda estava lá, uma lágrima escorreu e caiu sobre o rosto da garota e tudo que pude dizer com o máximo de esforço foi um aviso. ▬ Cuidado... conosco...▬ Minhas mãos estavam tentadas em agarrar o pescoço de Angel e espremê-lo como um maluco, infelizmente tinha a péssima sensação de que não conseguiria domá-las.
Quando me dei conta estava segurando firmemente com uma das mãos uma das flechas. Abaixei o olhar para vislumbrar a seta cuje a ponta brilhava maleficamente, logo depois levantei a cabeça e fitei de cima a baixo Angelique. Um impulso maníaco dizia a mim que a filha de Zeus não era uma amiga, ao contrário me dizia que deveria atacá-la. Eu havia explodido em chamas devastadoras, demonstrado todo meu poder, reduzido toda aquela natureza patética em cinzas. Angel nunca havia me ajudado, salvar minha vida foi uma simples questão de auto sobrevivência, sem mim ela não teria derrotado as árvores. Sem ela eu teria me dado bem, não preciso de equipes, eu trabalho sozinho.
Por um momento confundi Angel com Afrodite e meu coração disparou tomado por cólera. Minha mente confusa estava vulnerável o suficiente para deixar-se levar. Eu brandi a flecha e corri em disparada, meu intuito único era deixar de dividir o crédito, ele era todo meu. Eu me lancei sobre a garota pela segunda vez, nós rolamos pelo chão cheio de
folhas secas e resquícios de graveto, porém desta vez quando paramos eu não fiz comentário cheio de bom humor eu ergui a flecha com os olhos psicóticos brilhantes. E a desci de forma voraz, mas neste momento tudo pareceu ficar mais lento. Vislumbrei a ponta da flecha indo em direção a testa de Angel e durante um segundo meu verdadeiro eu relutou com todos os esforços. Admirei os olhos elétricos surpresos de Angie e então tomei uma decisão providencial. No último momento a direção da flecha foi desviada e cravou-se no solo, raspando na bochecha direita da vestal e lhe causando um pequenino corte de onde uma gota de sangue brotou. Eu olhei desesperado para a jovem e um remorso avassalador deu pontadas em minha consciência.
▬ Ora, assim não vai me orgulhar... ▬ Disse a voz do manipulador dentro de minha cabeça, inicialmente ele zombava antes de explodir em uma bronca. ▬ Mais! Mais! Como vamos manter a chama acesa?! Precisamos de mais combustível... e o combustível é o sangue dela. ▬ Meus olhos fechavam-se insistentemente e meus dentes mordiam meu lábio tentando lutar contra os impulsos. Os abri de supetão e para meu azar Angel ainda estava lá, uma lágrima escorreu e caiu sobre o rosto da garota e tudo que pude dizer com o máximo de esforço foi um aviso. ▬ Cuidado... conosco...▬ Minhas mãos estavam tentadas em agarrar o pescoço de Angel e espremê-lo como um maluco, infelizmente tinha a péssima sensação de que não conseguiria domá-las.
Adicionais
❂ Narration ❂ Me ❂ Others ❂
- Equipamentos:
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Flechas [2x] - Emprestadas de Angelique ::: Guardados na calça
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Poderes:
- ::: PASSIVOS :::Nenhum Usado.::: ATIVOS :::Nenhum Usado.
❂ Narration ❂ Me ❂ Others ❂
David R. Feuer- Filhos de Hefesto
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Re: O Novo Imortal
POST IX
"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
Meus olhos tragaram minuciosamente a cena que se passava naquele momento. Quando David apalpou uma das flechas que eu havia lhe emprestado e me encarou fixamente. Ah, eu, de fato, nunca vou esquecer aquele olhar, pois tinha algo ali que eu já não vira há algum tempo. Desde as Olimpíadas. O olhar de quem está disposto a fazer tudo para alcançar seu objetivo, não importando em quantos tenham que pisar, ou até mesmo matar. Os olhos de um assassino... Uma serpente que encara sua presa antes de matá-la em um bote certeiro. Sabemos que David é um sujeito estranho, mas aquilo também era demais. Ele não podia simplesmente querer me matar de uma hora pra outra. Não sem motivos. Hm, vamos lá, Angelique, você tem que enxergar muito além dos olhos de águia. Você é boa em jogos de estratégia, então descubra o que diabos há por trás disso. Pense no quão ele ficou aéreo de repente, é como se ele tivesse dormido e quando acordou, já estava agindo estranho. Talvez ele esteja possuído, talvez seja mais uma cópia, como aconteceu no caso de Annie. Se bem que isso é impossível, eu estava ao seu lado o tempo todo.
- David – Enrosquei meus dedos em volta da foice delicadamente e o encarei inexpressiva. – Se você não parar de me olhar assim... – Mantive meus lhos firmes nos seus enquanto falava pausadamente – Eu juro que vou arrancar seus olhos fora – Não, eu não estava brincando.
E ao que parece, nem ele.
Rangi os dentes enquanto David corria pra cima de mim com seu olhar psicopata. Era um verdadeiro covarde por estar fazendo aquilo, ainda mais com a flecha que eu havia lhe emprestado; a flecha que eu havia lhe confiado, como uma verdadeira equipe, diga-se de passagem. Quando seu corpo estava quase batendo contra o meu, usei minha mão livre para segurar seu pulso com força, mas mesmo assim acabamos indo ao chão por conta de seu descontrole. Qual era o problema de David, aliás? Não sei bem, mas, p**a que pariu, isso é uma falta de respeito... E eu não admito isso. Não interessa quantos deuses estão nesse jogo, lutando para o bem ou mal, não interessa de quem David é filho, ou se seu pai vai me odiar pelo que vou fazer. Não admito que me enganem sem sofrer pelo menos um pouquinho. Que isso fique bem claro, até mesmo para meu companheiro de missão, quem deveria me ajudar, não tentar me matar!
- David! – Gritei, ainda segurando seu pulso e girando pelo chão. Meus dedos apertaram-se contra a pele da cria de Hefesto, soltando-lhe uma descarga elétrica. Era uma última chance, como um coração parado que tenta ser reanimado por um desfibrilador. Até que paramos de girar e eu o larguei, pensando que ele voltaria ao normal. Pois é, mero engano. Só vi quando sua flecha estava em minha direção... O olhar de águia tornava aquilo mais nítido pra mim. Movi a foice com rapidez, enquanto aquele risco brilhante continuava a vir em minha direção... E se não desse tempo? Hm, estava nas mãos do destino. O corpo de minha arma foi por trás de Dave, e eu girei a lâmina em nossa direção, fazendo com que a curva da mesma acompanhasse a curva do início do pescoço do rapaz. Mas não deu tempo, a flecha foi mais rápida em seu percurso. E desviou-se em um último momento... Se eu estava preparada para arrancar o pescoço de David fora? Claro que sim, contudo, assim como ele, eu hesitei.
Pisquei freneticamente, perguntando-me quando meu olhar de águia havia sido desativado. Lembro-me de ter sentido a flecha raspar em meu rosto. Um corte quase inofensivo. Engoli a seco... Ele estava pensativo novamente. Seus olhos fecharam-se e depois abriram-se novamente para me encarar em puro desespero. David estava... Chorando? Uma de suas lágrimas pingou em mim e escorreu pelo meu rosto, até escorrer e desaparecer em um lugar qualquer. – Cuidado... conosco... – Engoli a seco, vendo que seus olhos começavam a ficar como antes. O assassino estava voltando, então eu deveria agir rápido. Mudei a direção da foice e quando estava no lugar que eu queria, seu ombro, puxei o corpo da arma cruelmente. Se David havia aberto um corte em mim, nada mais justo do que fazer o mesmo com ele. Só que não foi um simples corte... A lâmina arranhou seu ombro até desceu pelo seu braço. – Acorda, David! – Falei entre dentes, empurrando-o de cima de mim com toda a força que consegui, o que não foi tão difícil, já que ele era um verdadeiro saco de ossos.
Ah, ele havia me pegado de surpresa, mas agora eu estava realmente preparada. E não tinha um pingo de piedade sobrando, pois ela fora esgotada junto com minha paciência.
Assim que me vi livre dele, levantei em um pulo e larguei a foice para pegar o arco e uma flecha. – Melhor parar de brincar comigo se não quiser ganhar um buraco na testa, idiota! – Sim, eu estava gritando. – Ou você acorda agora... Ou vai continuar dormindo, só que pra sempre – Blefe, a gente vê por aqui. Enfim, pisei em minha foice e mirei o filho de Hefesto. – Eu vou contar até 3... – Movi a mira para seu ombro direito – 1... 2... – Sorri de canto, quase maliciosa. Onde estava a Angelique companheira? Zeus sabe. – 3. Acorde David Feuer! – Então larguei a corda e novamente movi o alvo propositalmente. Não sei como, mas consegui fazer com que a flecha só passasse raspando. Esse era o meu limite... Se ele continuasse atacando, eu teria que lutar de verdade, apesar de não querer isso. Eu tinha que arranjar um jeito de despertá-lo, não matá-lo, contudo, a dor pode fazer isso por mim.
- O Herói Perdido. Pág 205
...
Meus olhos tragaram minuciosamente a cena que se passava naquele momento. Quando David apalpou uma das flechas que eu havia lhe emprestado e me encarou fixamente. Ah, eu, de fato, nunca vou esquecer aquele olhar, pois tinha algo ali que eu já não vira há algum tempo. Desde as Olimpíadas. O olhar de quem está disposto a fazer tudo para alcançar seu objetivo, não importando em quantos tenham que pisar, ou até mesmo matar. Os olhos de um assassino... Uma serpente que encara sua presa antes de matá-la em um bote certeiro. Sabemos que David é um sujeito estranho, mas aquilo também era demais. Ele não podia simplesmente querer me matar de uma hora pra outra. Não sem motivos. Hm, vamos lá, Angelique, você tem que enxergar muito além dos olhos de águia. Você é boa em jogos de estratégia, então descubra o que diabos há por trás disso. Pense no quão ele ficou aéreo de repente, é como se ele tivesse dormido e quando acordou, já estava agindo estranho. Talvez ele esteja possuído, talvez seja mais uma cópia, como aconteceu no caso de Annie. Se bem que isso é impossível, eu estava ao seu lado o tempo todo.
- David – Enrosquei meus dedos em volta da foice delicadamente e o encarei inexpressiva. – Se você não parar de me olhar assim... – Mantive meus lhos firmes nos seus enquanto falava pausadamente – Eu juro que vou arrancar seus olhos fora – Não, eu não estava brincando.
E ao que parece, nem ele.
Rangi os dentes enquanto David corria pra cima de mim com seu olhar psicopata. Era um verdadeiro covarde por estar fazendo aquilo, ainda mais com a flecha que eu havia lhe emprestado; a flecha que eu havia lhe confiado, como uma verdadeira equipe, diga-se de passagem. Quando seu corpo estava quase batendo contra o meu, usei minha mão livre para segurar seu pulso com força, mas mesmo assim acabamos indo ao chão por conta de seu descontrole. Qual era o problema de David, aliás? Não sei bem, mas, p**a que pariu, isso é uma falta de respeito... E eu não admito isso. Não interessa quantos deuses estão nesse jogo, lutando para o bem ou mal, não interessa de quem David é filho, ou se seu pai vai me odiar pelo que vou fazer. Não admito que me enganem sem sofrer pelo menos um pouquinho. Que isso fique bem claro, até mesmo para meu companheiro de missão, quem deveria me ajudar, não tentar me matar!
- David! – Gritei, ainda segurando seu pulso e girando pelo chão. Meus dedos apertaram-se contra a pele da cria de Hefesto, soltando-lhe uma descarga elétrica. Era uma última chance, como um coração parado que tenta ser reanimado por um desfibrilador. Até que paramos de girar e eu o larguei, pensando que ele voltaria ao normal. Pois é, mero engano. Só vi quando sua flecha estava em minha direção... O olhar de águia tornava aquilo mais nítido pra mim. Movi a foice com rapidez, enquanto aquele risco brilhante continuava a vir em minha direção... E se não desse tempo? Hm, estava nas mãos do destino. O corpo de minha arma foi por trás de Dave, e eu girei a lâmina em nossa direção, fazendo com que a curva da mesma acompanhasse a curva do início do pescoço do rapaz. Mas não deu tempo, a flecha foi mais rápida em seu percurso. E desviou-se em um último momento... Se eu estava preparada para arrancar o pescoço de David fora? Claro que sim, contudo, assim como ele, eu hesitei.
Pisquei freneticamente, perguntando-me quando meu olhar de águia havia sido desativado. Lembro-me de ter sentido a flecha raspar em meu rosto. Um corte quase inofensivo. Engoli a seco... Ele estava pensativo novamente. Seus olhos fecharam-se e depois abriram-se novamente para me encarar em puro desespero. David estava... Chorando? Uma de suas lágrimas pingou em mim e escorreu pelo meu rosto, até escorrer e desaparecer em um lugar qualquer. – Cuidado... conosco... – Engoli a seco, vendo que seus olhos começavam a ficar como antes. O assassino estava voltando, então eu deveria agir rápido. Mudei a direção da foice e quando estava no lugar que eu queria, seu ombro, puxei o corpo da arma cruelmente. Se David havia aberto um corte em mim, nada mais justo do que fazer o mesmo com ele. Só que não foi um simples corte... A lâmina arranhou seu ombro até desceu pelo seu braço. – Acorda, David! – Falei entre dentes, empurrando-o de cima de mim com toda a força que consegui, o que não foi tão difícil, já que ele era um verdadeiro saco de ossos.
Ah, ele havia me pegado de surpresa, mas agora eu estava realmente preparada. E não tinha um pingo de piedade sobrando, pois ela fora esgotada junto com minha paciência.
Assim que me vi livre dele, levantei em um pulo e larguei a foice para pegar o arco e uma flecha. – Melhor parar de brincar comigo se não quiser ganhar um buraco na testa, idiota! – Sim, eu estava gritando. – Ou você acorda agora... Ou vai continuar dormindo, só que pra sempre – Blefe, a gente vê por aqui. Enfim, pisei em minha foice e mirei o filho de Hefesto. – Eu vou contar até 3... – Movi a mira para seu ombro direito – 1... 2... – Sorri de canto, quase maliciosa. Onde estava a Angelique companheira? Zeus sabe. – 3. Acorde David Feuer! – Então larguei a corda e novamente movi o alvo propositalmente. Não sei como, mas consegui fazer com que a flecha só passasse raspando. Esse era o meu limite... Se ele continuasse atacando, eu teria que lutar de verdade, apesar de não querer isso. Eu tinha que arranjar um jeito de despertá-lo, não matá-lo, contudo, a dor pode fazer isso por mim.
...
PODERES UTILIZADOS:
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Eletrocinese iniciante {Nível 1} Você pode manipular uma corrente elétrica pequena, se a corrente for grande você pode desviar uma porção pequena dela, manipulando essa porção como quiser. Pode ser útil para queimar um pequeno objeto eletrônico ou dar um choque pequeno em alo ou alguém.
- Eletrocinese iniciante {Nível 1} Você pode manipular uma corrente elétrica pequena, se a corrente for grande você pode desviar uma porção pequena dela, manipulando essa porção como quiser. Pode ser útil para queimar um pequeno objeto eletrônico ou dar um choque pequeno em alo ou alguém.
Última edição por Angelique Marshall Harmon em Qui Jul 12, 2012 7:55 pm, editado 2 vez(es)
Angelique Marshall Harmon- Filhos de Zeus
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Re: O Novo Imortal
Comumente, David manifestava seu lado tenebroso e alienado, um garoto insurreto na pluralidade do contexto. Ainda que seu cunho além das tatuagens fossem uma aparência rebelde, a de um filho de Hefesto que queria vingança à algo, por algo, aquele era um garoto valoroso, que nada mais fez a não ser fazer com que todos os que um dia o viram crescer, olhassem para ele e vacilassem; sentissem em seu elemento motor a oscilação, a intuição irresoluta. Tal era a repugnância de David por seu passado, que o único que o adornava-o era seu avô, um homem tido como o mais correto de todos. Ainda que o cunho de David fosse tal falso, pois ele mesmo desenhou uma ilustração de si mesmo, que as vezes a imagem do velho esquelético que pigarreava incessantemente, como um tuberculoso ou só alguém que estava com um caroço de azeitona encalacrado na garganta, se modificava. Por vezes, sua forma mudava prazerosamente, e o velho enfermo dava espaço à uma bela mulher, com a maquiagem perfeita, nem exagerada demais; nem pouca demais, de forma que não se desfaça o brilho. Seu vestido rosa enfeitava-a lindamente, ela sorria e fazia gestos para o filho de Hefesto. Ah, é claro que ele reconheceria aquela imagem descomunalmente bonita, mas também descomunalmente perigosa. Era a mulher de seu pai, aquela que propagava o amor, propagava a chama do coração. Propagava também o ódio, a inveja, os ciúmes por um marido que sempre desrespeitou. Então, o velho voltava para rir da cara de David, entrementes aos golpes que ele levava de Angelique, o retrato editava-se. Velho doente; mulher deslumbrante; velho doente; mulher deslumbrante. A mente do rapaz estava em colapso, totalmente sobrecarregada de fúria e imoralidade, a pestilência realmente atingiu seu ponto fraco e ele não resistiu à ela, pois era tentadora. Sangue fluiu da flecha que pegou-o de raspão, uma mexa de seu cabelo levemente desceu ao chão.
"Você não me deu uma resposta, linda jovem." - a voz rouca em meio aos risos relembrava à Angelique, pausando rapidamente para tossir, trazendo ainda para mais próximo dela os temores que nunca ponderou. Seu corpo estava ligeiramente ferido devido ao momento que seu "companheiro" de missão pulou para cima dela. Com as gotas de água que caiam das árvores, e para sorte dela a mira era tão boa que acertava em cheio os pequenos cortes e raspões, uma leve ardência a incomodava, dificultando ainda mais seu raciocínio. "Você é frágil, doente, uma mera semideusa que precisa que os outros a carreguem para que possa andar. Você é uma vergonha, Angelique Marshall, menos imortal que David, porém muito mais adulterável que ele, basta apenas usar a fórmula certa." - o velho continuava. Realmente estava sendo para ela muito mais que uma experiência ruim numa floresta; era uma inspeção obrigada em que o psicólogo tirava suas informações sem consentimentos, e ainda dava a ele seu receituário, o remédio adequado: extermine David Feuer! A negritude do cenário ia baixando aos poucos, e o pavor, rancor - dentre outros sentimentos pouco descritíveis - foram tomando conta de sua luz novamente. Seus olhos de águia afastavam-se e voltavam, até afastar-se e não voltarem mais. Estava ali a sua frente uma mulher não muito velha, cabelos loiros e olhos azuis. Seu olhar era tão ruim quanto o do David à alguns momentos, seu longo vestido denotava uma mulher tradicionalista e rude. "Bastarda, fruto podre, germinada de uma semente não tratada. Resultado da infidelidade!" - era claríssimo que sua mãe foi citada naquele frase, era claríssimo que ela também citou seu pai. Era claríssimo o nome da dita cuja mulher?
David e Angelique desafixaram as pálpebras, estavam então com a visão nítida de antes: a floresta escura; as árvores destroçadas; suas inimigas anteriores jazidas no chão, esmagadas como baratas. Porém, um não presenciou ao outro naquele meio, pode-se observar seres pouco estranhos para eles. O furor tomou suas mãos como propriedade, era como se as mesmas possuíssem vida própria e quisessem desfrutar dessa vida, destruindo a outra mais próxima, de preferência.
Diante dos olhos de David, estava a mulher de suas visões, a bela mulher que um dia fez tanto mal a ele e a sua família. Ela, muito estranhamente, trajava as vestes de Angelique, mas a face era diferente. Claro, os olhos azuis eram muito parecidos, ambas eram muito bonitas também, mas absolutamente nada era comparado ao poder de persuasão que aquele rosto tinha, não em David, pois causava nada mais que raiva naquele momento.
Já defronte à Angelique, não era, definitivamente, o filho de Hefesto que estava ali. Como a de uma sereia, a face que se encaixava no corpo de David não era de fato a sua, mas duas faces diferentes que se transmutavam a cada segundo. De primeiro momento, a mulher que a ameaça em suas visões, aquele olhar severo e vingativo. Ao passar de frações de segundos, um homem velho, com barba longa e cabelo também longo, ambos grisalhos, admirava Angelique com seus olhos relampejantes. Estava evidente que era seu pai... e sua madrasta... e queriam matá-la.
- Vocês são tão facilmente corrompíveis! - a voz fatigada gemia aos risos. Quando ela foi ligeiramente captada pelos ouvidos dos semideuses, fez-los ver por um segundo as suas verdadeiras faces, confirmando daquela forma as palavras do velho. Das duas uma: ele estava certo, ou estava errado. Até agora, a primeira hipótese estava sendo muito mais bem aceita. Quando se diz "mais bem aceita", significava "rumo ao submundo". Certamente Minos, Eaco e Radamanto não seriam piedosos.
"Você não me deu uma resposta, linda jovem." - a voz rouca em meio aos risos relembrava à Angelique, pausando rapidamente para tossir, trazendo ainda para mais próximo dela os temores que nunca ponderou. Seu corpo estava ligeiramente ferido devido ao momento que seu "companheiro" de missão pulou para cima dela. Com as gotas de água que caiam das árvores, e para sorte dela a mira era tão boa que acertava em cheio os pequenos cortes e raspões, uma leve ardência a incomodava, dificultando ainda mais seu raciocínio. "Você é frágil, doente, uma mera semideusa que precisa que os outros a carreguem para que possa andar. Você é uma vergonha, Angelique Marshall, menos imortal que David, porém muito mais adulterável que ele, basta apenas usar a fórmula certa." - o velho continuava. Realmente estava sendo para ela muito mais que uma experiência ruim numa floresta; era uma inspeção obrigada em que o psicólogo tirava suas informações sem consentimentos, e ainda dava a ele seu receituário, o remédio adequado: extermine David Feuer! A negritude do cenário ia baixando aos poucos, e o pavor, rancor - dentre outros sentimentos pouco descritíveis - foram tomando conta de sua luz novamente. Seus olhos de águia afastavam-se e voltavam, até afastar-se e não voltarem mais. Estava ali a sua frente uma mulher não muito velha, cabelos loiros e olhos azuis. Seu olhar era tão ruim quanto o do David à alguns momentos, seu longo vestido denotava uma mulher tradicionalista e rude. "Bastarda, fruto podre, germinada de uma semente não tratada. Resultado da infidelidade!" - era claríssimo que sua mãe foi citada naquele frase, era claríssimo que ela também citou seu pai. Era claríssimo o nome da dita cuja mulher?
David e Angelique desafixaram as pálpebras, estavam então com a visão nítida de antes: a floresta escura; as árvores destroçadas; suas inimigas anteriores jazidas no chão, esmagadas como baratas. Porém, um não presenciou ao outro naquele meio, pode-se observar seres pouco estranhos para eles. O furor tomou suas mãos como propriedade, era como se as mesmas possuíssem vida própria e quisessem desfrutar dessa vida, destruindo a outra mais próxima, de preferência.
Diante dos olhos de David, estava a mulher de suas visões, a bela mulher que um dia fez tanto mal a ele e a sua família. Ela, muito estranhamente, trajava as vestes de Angelique, mas a face era diferente. Claro, os olhos azuis eram muito parecidos, ambas eram muito bonitas também, mas absolutamente nada era comparado ao poder de persuasão que aquele rosto tinha, não em David, pois causava nada mais que raiva naquele momento.
Já defronte à Angelique, não era, definitivamente, o filho de Hefesto que estava ali. Como a de uma sereia, a face que se encaixava no corpo de David não era de fato a sua, mas duas faces diferentes que se transmutavam a cada segundo. De primeiro momento, a mulher que a ameaça em suas visões, aquele olhar severo e vingativo. Ao passar de frações de segundos, um homem velho, com barba longa e cabelo também longo, ambos grisalhos, admirava Angelique com seus olhos relampejantes. Estava evidente que era seu pai... e sua madrasta... e queriam matá-la.
- Vocês são tão facilmente corrompíveis! - a voz fatigada gemia aos risos. Quando ela foi ligeiramente captada pelos ouvidos dos semideuses, fez-los ver por um segundo as suas verdadeiras faces, confirmando daquela forma as palavras do velho. Das duas uma: ele estava certo, ou estava errado. Até agora, a primeira hipótese estava sendo muito mais bem aceita. Quando se diz "mais bem aceita", significava "rumo ao submundo". Certamente Minos, Eaco e Radamanto não seriam piedosos.
Hades- Deuses
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Re: O Novo Imortal
Before I Forget
I push my fingers into my eyes.
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Aquilo estava sendo uma experiência mais do que maluca. Eu estava sendo perturbado pelos fantasmas que assombravam meu inconsciente, a mulher e o velho revezavam para atormentar-me. Enquanto isso na sala da justiça, ou melhor, na floresta amaldiçoada Angel desferia ataques constantes contra mim. A garota parecia determinada a me despertar do meu transe, porém o problema é que talvez os meios dela fossem radicais de mais. A gritaria de Angelique mexia um pouco com minha consciência, mas todas aquelas alucinações tão reais me atiçavam contra a garota. Foi então que eu senti a flecha por ela disparada causando um corte de raspão no canto de meu rosto, enquanto o sangue gotejou no solo manchando algumas folhas secas de vermelho, uma mecha de meu cabelo também caiu nele. Por um momento pareceu que eu tinha voltado a mim, obviamente era proposital pois eu estava cultivando uma raiva pela ação da garota. Eu sorri para a minha parceira.
▬ Não estou afim de mudar meu corte de cabelo. ▬ Eu disse dando uma gargalhada psicótica para ela. Percebi que meu cabelo além de sujo estava arrepiado em algumas partes graças ao choque que a gatinha elétrica tinha me dado. Além disso sangue escorria do talho feito pela foice da garota em meu braço, eu sorri com o olhar vidrado nela. Senti uma dor intensa de cabeça e levei as mãos aos meus olhos, tampando a luz com os dedos agarrando-se em minha testa. Basicamente eram as imagens de minha ''querida madrasta'' e de meu conselheiro da desgraça.
Abri meus olhos e pisquei algumas vezes, eu sabia que estava totalmente atormentado e atordoado. Olhei a minha volta e o ambiente era a floresta, resquícios da cremação de vegetação por mim aplicada jaziam em todos os lados. Então me virei e encarei uma figura tenebrosa ao menos para mim, um nó em senti em meu estômago e fiquei tentado ao homicídio. As roupas dela eram estranhamente as mesmas de Angel, mas isso foi um detalhe, por um erro fatal, ignorado. Apenas fitei-a de cima a baixo, as curvas de seu corpo eram esculturais e seu rosto tinha a maquiagem perfeita, a distribuição perfeita, sorriso e olhar encantador. Mas eu sabia que tudo aquilo mascarava a deusa do amor, que era podre por dentro e havia ateado fogo em meu avô sem piedade. Agora o sonho de minha vida estava a um segundo de realizar-se, vingaria meu avô, minha mãe e minha família. Meus olhos brilharam enquanto eu abri a tampa de meu isqueiro.
▬ Gosta de brincar com fogo, senhorita Afrodite? ▬ Eu perguntei com um tom de voz zombeteiro e curioso. Movimentei as mãos e lancei três colunas de fogo em direção ao maior ódio de minha vida. Firmei meus pés no chão e abri os braços, bastou tomar um fôlego e libertei de minha garganta uma onda de som devastadora que saiu ecoando em direção a deusa. Fechei os olhos e me concentrei misturando mais duas de minhas habilidades, enviei ondas de sonar por toda a floresta convocando morcegos ocultos nas cavernas a comparecerem ao local e depois usei o talento de comunicação de cigarras para tirá-las das árvores e reunirem-se para me auxiliar e atacarem a criatura que estava a minha frente, mas não por muito tempo.
Por um momento tudo aquilo mudou, o rosto de Afrodite a deusa cruel foi trocado por o de uma jovem de olhos elétricos. Eu mandei novas ordens para os animais pararem de atacar e franzi a testa confuso. ▬ Angel?! ▬ Eu perguntei afoito, mas como resposta vi a realidade se desintegrar mais uma vez. Estava encarando a deusa sentada em um trono que esbanjava luxo. ''Por que parou de me atacar seu tolo? Pois é fraco e insolente como sua família, como seu pai, seu avô e sua mãe.'' Eu mordi os lábios furioso e semicerrei os olhos a observando como uma predador encara sua presa. Então a figura linda desconfigurou-se para uma imagem horrenda, era o velho. ''Vá, prossiga o ataque. Lembre-se precisa manter a chama acesa... Davicks''. Eu ergui meu dedo e balanceio-o de um lado para o outro como se estivesse repreendendo uma criancinha que tocou em algo que não deveria. Aquele era o apelido carinhoso que minha mãe sempre insistiu em usar ao se referir em mim, eu sempre reprendi ela por tal prática por que particularmente o odiava. Aquele desgraçado havia tocado em algo que não deveria, eu odeio meu passado e odeio que me lembrem dele. Eu dei uma risada que ecoou pela dimensão imaginária.
▬ Cale-se imbecil. ▬ Eu falei rispidamente e então ergui o dedo apontando na direção dele. ▬ Sua chama apaga aqui e agora sr. Inútil. Ninguém brinca com David Feuer e sua parceira... Somente eu sou o palhaço por aqui. ▬ Enchi a boca de saliva e cuspi no cara que parecia ter uma tuberculose, sorri sinalizando desprezo. ▬ Minha chama está acesa e quente o suficiente para que eu não caia nas garras de um cara como você. Outra coisa, compre um xarope seu idiota. ▬ Senti que o isqueiro estava em mãos e resolvi disparar uma coluna de chamas no meu real inimigo, aquela peste que infectava minha alma e fazia eu atacar a garota que havia me ajudado até ali.
▬ Não estou afim de mudar meu corte de cabelo. ▬ Eu disse dando uma gargalhada psicótica para ela. Percebi que meu cabelo além de sujo estava arrepiado em algumas partes graças ao choque que a gatinha elétrica tinha me dado. Além disso sangue escorria do talho feito pela foice da garota em meu braço, eu sorri com o olhar vidrado nela. Senti uma dor intensa de cabeça e levei as mãos aos meus olhos, tampando a luz com os dedos agarrando-se em minha testa. Basicamente eram as imagens de minha ''querida madrasta'' e de meu conselheiro da desgraça.
Abri meus olhos e pisquei algumas vezes, eu sabia que estava totalmente atormentado e atordoado. Olhei a minha volta e o ambiente era a floresta, resquícios da cremação de vegetação por mim aplicada jaziam em todos os lados. Então me virei e encarei uma figura tenebrosa ao menos para mim, um nó em senti em meu estômago e fiquei tentado ao homicídio. As roupas dela eram estranhamente as mesmas de Angel, mas isso foi um detalhe, por um erro fatal, ignorado. Apenas fitei-a de cima a baixo, as curvas de seu corpo eram esculturais e seu rosto tinha a maquiagem perfeita, a distribuição perfeita, sorriso e olhar encantador. Mas eu sabia que tudo aquilo mascarava a deusa do amor, que era podre por dentro e havia ateado fogo em meu avô sem piedade. Agora o sonho de minha vida estava a um segundo de realizar-se, vingaria meu avô, minha mãe e minha família. Meus olhos brilharam enquanto eu abri a tampa de meu isqueiro.
▬ Gosta de brincar com fogo, senhorita Afrodite? ▬ Eu perguntei com um tom de voz zombeteiro e curioso. Movimentei as mãos e lancei três colunas de fogo em direção ao maior ódio de minha vida. Firmei meus pés no chão e abri os braços, bastou tomar um fôlego e libertei de minha garganta uma onda de som devastadora que saiu ecoando em direção a deusa. Fechei os olhos e me concentrei misturando mais duas de minhas habilidades, enviei ondas de sonar por toda a floresta convocando morcegos ocultos nas cavernas a comparecerem ao local e depois usei o talento de comunicação de cigarras para tirá-las das árvores e reunirem-se para me auxiliar e atacarem a criatura que estava a minha frente, mas não por muito tempo.
Por um momento tudo aquilo mudou, o rosto de Afrodite a deusa cruel foi trocado por o de uma jovem de olhos elétricos. Eu mandei novas ordens para os animais pararem de atacar e franzi a testa confuso. ▬ Angel?! ▬ Eu perguntei afoito, mas como resposta vi a realidade se desintegrar mais uma vez. Estava encarando a deusa sentada em um trono que esbanjava luxo. ''Por que parou de me atacar seu tolo? Pois é fraco e insolente como sua família, como seu pai, seu avô e sua mãe.'' Eu mordi os lábios furioso e semicerrei os olhos a observando como uma predador encara sua presa. Então a figura linda desconfigurou-se para uma imagem horrenda, era o velho. ''Vá, prossiga o ataque. Lembre-se precisa manter a chama acesa... Davicks''. Eu ergui meu dedo e balanceio-o de um lado para o outro como se estivesse repreendendo uma criancinha que tocou em algo que não deveria. Aquele era o apelido carinhoso que minha mãe sempre insistiu em usar ao se referir em mim, eu sempre reprendi ela por tal prática por que particularmente o odiava. Aquele desgraçado havia tocado em algo que não deveria, eu odeio meu passado e odeio que me lembrem dele. Eu dei uma risada que ecoou pela dimensão imaginária.
▬ Cale-se imbecil. ▬ Eu falei rispidamente e então ergui o dedo apontando na direção dele. ▬ Sua chama apaga aqui e agora sr. Inútil. Ninguém brinca com David Feuer e sua parceira... Somente eu sou o palhaço por aqui. ▬ Enchi a boca de saliva e cuspi no cara que parecia ter uma tuberculose, sorri sinalizando desprezo. ▬ Minha chama está acesa e quente o suficiente para que eu não caia nas garras de um cara como você. Outra coisa, compre um xarope seu idiota. ▬ Senti que o isqueiro estava em mãos e resolvi disparar uma coluna de chamas no meu real inimigo, aquela peste que infectava minha alma e fazia eu atacar a garota que havia me ajudado até ali.
Adicionais
❂ Narration ❂ Me ❂ Others ❂
- Equipamentos:
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Flechas [2x] - Emprestadas de Angelique ::: Guardados na calça
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Poderes:
- ::: PASSIVOS :::Grito Sônico.
Sonar.
Cicadídiopatia.::: ATIVOS :::Pirocinese Inicial.
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David R. Feuer- Filhos de Hefesto
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Re: O Novo Imortal
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"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
Situações desesperadas merecem medidas extremas.
O ódio te deixa cego... Só basta uma brecha para ele conseguir controlá-lo, e no próximo instante você não lembra mais quem é, ou porque está ali, fazendo aquilo. O ódio te corrói de dentro pra fora... Ele caça suas piores memórias e as coloca diante de você, mostrando que o inimigo pode ir muito além de uma batalha de espadas. O inimigo pode ser você mesmo, se você deixar o ódio te controlar... Tudo o que você é vai ser destruído com a sua alma, até não sobrar mais nada além de raiva. Às vezes, pode te dar uma sensação de poder, mas apenas os sábios reconhecem que esse sentimento não te leva a lugar algum. E mesmo assim, mesmo ciente de tudo o que o ódio pode fazer comigo, eu não consigo perdoá-lo. Não consigo viver em paz sabendo que Zeus pouco se importa com seus filhos, que somos meras ferramentas para construir sua honra, já que ele mesmo não faz isso. Sei que o ódio não vai me manter viva por muito tempo, pois viver por um propósito indigno como esse só leva ao caminho mais rápido à perdição. Sou sim a tal pestilência. Acredito que o nosso maior inimigo seja o ódio, e que, todos, um dia, teremos que lutar contra ele. Talvez essa seja a minha hora.
- Não estou afim de mudar meu corte de cabelo. – Dave dissera logo após a flecha passar por ele... Sorri aliviada. Então ainda havia uma luz no fim do túnel, eu só precisava encontrar o atalho pra sair dessa tortura psicológica o mais rápido possível. – Não sei não, acho que você ficou menos pior assim – Respondi-lhe no mesmo tom, porém, a realidade não durou muito...
“Você não me deu uma resposta, linda jovem”. Aquela velha voz cansada voltou a perturbar minha mente, dessa vez, entre tossidas. Senti um arrepio subir pelo meu corpo, então apertei meu punho, de maneira que minhas unhas machucassem a palma da minha mão de tão apertada. Nada respondi, apenas senti um leve ardor no rosto, mas não soube distinguir se era dor ou frustração. Passei o braço pelo machucado que David me causara, e, incrivelmente, não me sentia irritada com ele. Não consegui pensar em um bom motivo pra isso; o ardor em minha bochecha estava se tornando um incômodo. “Você é frágil, doente, uma mera semideusa que precisa que os outros a carreguem para que possa andar. Você é uma vergonha, Angelique Marshall, menos imortal que David, porém muito mais adulterável que ele, basta apenas usar a fórmula certa”. Nesse momento, senti uma súbita vontade de rir. – Você não sabe nada sobre mim. – Cuspi as palavras de um jeito nada delicado. Passei o arco pelo ombro e abaixei-me para pegar a foice. O “H” ali marcado me ajudava a entender do porque eu estava ali ainda: Haviam pessoas que estavam contando comigo naquele momento. E eu não pretendia desapontá-las.
Quando olhei novamente para cima, uma mulher estava diante de mim. Não reparei muito em seus traços, mas o olhar era-me familiar... Outra que não estava muito satisfeita com a minha presença, eu conseguia ler ali. "Bastarda, fruto podre, germinada de uma semente não tratada. Resultado da infidelidade!". Semicerrei os olhos, percebendo que não conseguia ativar mais o olhar de águia, então suspirei alto. Balancei a cabeça várias vezes, antes de piscar lentamente. Eu estava de volta ao real, mas Dave ainda não estava ali. Ou melhor, não inteiro. – Vocês... – Controlei o riso – Sempre me subestimando... Mas eu os perdoo. Não consigo mais viver pelo ódio, e isso só me traz consequências, nunca a vitória. Estou cansada de nunca conseguir terminar o que começo, então, é hora de dar um ponto final nisso. Pouco me importa o que você acha de mim. Eu ainda estou de pé, não estou? Isso tudo que vocês estão fazendo é um joguinho pra me ver cair, mas eu não vou fazer isso acontecer tão facilmente. – Girei a foice e bati sua lâmina no chão. Meu discurso foi interrompido com morcegos e cigarras voando pra cima de mim de repente. Coloquei uma das mãos sobre o rosto e dei choques em tudo o que me encostava. Que merda era aquela? – Angel?! – O quê? David estava fazendo aquilo? – Eu to legal – Respondi arfante e desci a mão.
Ela ainda estava ali.
– Me desculpe se sou uma vergonha, mas eu nunca mudaria nada em mim pra agradar certas pessoas. E se meu pai, minha madrasta, minha mãe, ou quem quer que seja, não me aceita do jeito que sou, então, observe como eu me importo com isso... – Mantive meu sorriso intacto. – Eu não tenho medo de vocês... Minha mãe contava história sobre os deuses para eu dormir. Vocês são tão fodidos quanto nós. Tudo se resume ao ciúme, ódio e poder, então não aponte esse dedo pra mim dizendo quem eu sou ou o que devo ser. Eu nunca disse que queria ser um orgulho ao meu pai. Pff, tem gente melhor por aí. Esses sim, eu quero honrá-los... Minha mãe, Annie, Lola, Hades... Eu perdoo a mim mesma por um dia ter colocado o ódio em primeiro lugar, e se você quer me ver matar meu companheiro de missão, pode esquecer.
- O Herói Perdido. Pág 205
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Situações desesperadas merecem medidas extremas.
O ódio te deixa cego... Só basta uma brecha para ele conseguir controlá-lo, e no próximo instante você não lembra mais quem é, ou porque está ali, fazendo aquilo. O ódio te corrói de dentro pra fora... Ele caça suas piores memórias e as coloca diante de você, mostrando que o inimigo pode ir muito além de uma batalha de espadas. O inimigo pode ser você mesmo, se você deixar o ódio te controlar... Tudo o que você é vai ser destruído com a sua alma, até não sobrar mais nada além de raiva. Às vezes, pode te dar uma sensação de poder, mas apenas os sábios reconhecem que esse sentimento não te leva a lugar algum. E mesmo assim, mesmo ciente de tudo o que o ódio pode fazer comigo, eu não consigo perdoá-lo. Não consigo viver em paz sabendo que Zeus pouco se importa com seus filhos, que somos meras ferramentas para construir sua honra, já que ele mesmo não faz isso. Sei que o ódio não vai me manter viva por muito tempo, pois viver por um propósito indigno como esse só leva ao caminho mais rápido à perdição. Sou sim a tal pestilência. Acredito que o nosso maior inimigo seja o ódio, e que, todos, um dia, teremos que lutar contra ele. Talvez essa seja a minha hora.
- Não estou afim de mudar meu corte de cabelo. – Dave dissera logo após a flecha passar por ele... Sorri aliviada. Então ainda havia uma luz no fim do túnel, eu só precisava encontrar o atalho pra sair dessa tortura psicológica o mais rápido possível. – Não sei não, acho que você ficou menos pior assim – Respondi-lhe no mesmo tom, porém, a realidade não durou muito...
“Você não me deu uma resposta, linda jovem”. Aquela velha voz cansada voltou a perturbar minha mente, dessa vez, entre tossidas. Senti um arrepio subir pelo meu corpo, então apertei meu punho, de maneira que minhas unhas machucassem a palma da minha mão de tão apertada. Nada respondi, apenas senti um leve ardor no rosto, mas não soube distinguir se era dor ou frustração. Passei o braço pelo machucado que David me causara, e, incrivelmente, não me sentia irritada com ele. Não consegui pensar em um bom motivo pra isso; o ardor em minha bochecha estava se tornando um incômodo. “Você é frágil, doente, uma mera semideusa que precisa que os outros a carreguem para que possa andar. Você é uma vergonha, Angelique Marshall, menos imortal que David, porém muito mais adulterável que ele, basta apenas usar a fórmula certa”. Nesse momento, senti uma súbita vontade de rir. – Você não sabe nada sobre mim. – Cuspi as palavras de um jeito nada delicado. Passei o arco pelo ombro e abaixei-me para pegar a foice. O “H” ali marcado me ajudava a entender do porque eu estava ali ainda: Haviam pessoas que estavam contando comigo naquele momento. E eu não pretendia desapontá-las.
Quando olhei novamente para cima, uma mulher estava diante de mim. Não reparei muito em seus traços, mas o olhar era-me familiar... Outra que não estava muito satisfeita com a minha presença, eu conseguia ler ali. "Bastarda, fruto podre, germinada de uma semente não tratada. Resultado da infidelidade!". Semicerrei os olhos, percebendo que não conseguia ativar mais o olhar de águia, então suspirei alto. Balancei a cabeça várias vezes, antes de piscar lentamente. Eu estava de volta ao real, mas Dave ainda não estava ali. Ou melhor, não inteiro. – Vocês... – Controlei o riso – Sempre me subestimando... Mas eu os perdoo. Não consigo mais viver pelo ódio, e isso só me traz consequências, nunca a vitória. Estou cansada de nunca conseguir terminar o que começo, então, é hora de dar um ponto final nisso. Pouco me importa o que você acha de mim. Eu ainda estou de pé, não estou? Isso tudo que vocês estão fazendo é um joguinho pra me ver cair, mas eu não vou fazer isso acontecer tão facilmente. – Girei a foice e bati sua lâmina no chão. Meu discurso foi interrompido com morcegos e cigarras voando pra cima de mim de repente. Coloquei uma das mãos sobre o rosto e dei choques em tudo o que me encostava. Que merda era aquela? – Angel?! – O quê? David estava fazendo aquilo? – Eu to legal – Respondi arfante e desci a mão.
Ela ainda estava ali.
– Me desculpe se sou uma vergonha, mas eu nunca mudaria nada em mim pra agradar certas pessoas. E se meu pai, minha madrasta, minha mãe, ou quem quer que seja, não me aceita do jeito que sou, então, observe como eu me importo com isso... – Mantive meu sorriso intacto. – Eu não tenho medo de vocês... Minha mãe contava história sobre os deuses para eu dormir. Vocês são tão fodidos quanto nós. Tudo se resume ao ciúme, ódio e poder, então não aponte esse dedo pra mim dizendo quem eu sou ou o que devo ser. Eu nunca disse que queria ser um orgulho ao meu pai. Pff, tem gente melhor por aí. Esses sim, eu quero honrá-los... Minha mãe, Annie, Lola, Hades... Eu perdoo a mim mesma por um dia ter colocado o ódio em primeiro lugar, e se você quer me ver matar meu companheiro de missão, pode esquecer.
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PODERES UTILIZADOS:
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Eletrocinese iniciante {Nível 1} Você pode manipular uma corrente elétrica pequena, se a corrente for grande você pode desviar uma porção pequena dela, manipulando essa porção como quiser. Pode ser útil para queimar um pequeno objeto eletrônico ou dar um choque pequeno em alo ou alguém.
- Eletrocinese iniciante {Nível 1} Você pode manipular uma corrente elétrica pequena, se a corrente for grande você pode desviar uma porção pequena dela, manipulando essa porção como quiser. Pode ser útil para queimar um pequeno objeto eletrônico ou dar um choque pequeno em alo ou alguém.
Angelique Marshall Harmon- Filhos de Zeus
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Re: O Novo Imortal
Com a saliva de David, foram também suas palavras, em forma de fúria; sua capacidade de pensar com calma; seu juízo e discernimento. Era o humor de David que escorria pela face do velho enfermo, sentado na antiga cadeira de seu avô, era parte dele mesmo que se evaporava enquanto o ancião ria, em meio aos pigarros medonhos. Aquela não era só a saliva de David, era seu sangue; seu coração. Teorias obsoletas encaixavam-se perfeitamente para o filho de Hefesto naquele momento severo, bem como para a filha de Zeus, que tinha maior controle sobre eles. Antigos costumavam dizer que o corpo precisava de um equilíbrio entre quatro elementos fundamentais: sangue, fleuma, bílis amarela e a negra. A bílis amarela representava o quente e o seco, algo tão ligado à David, uma ligação com o fogo, algo que o tornava de certa forma um cara idealista; de outra forma um cara colérico, mas sempre agressivo. Porém, seu sangue era o ar, e representava sua coragem, o amor que ele escondia, ainda que demonstrasse claramente em atos, atos os quais não eram profundamente interpretados por ele. O corpo de David não possuía qualquer equilíbrio, então, a força que ele expressava para contra sua madrasta era de tal imensurável tamanho que seu coração em sangue escorria pela sobrancelha, sua respiração pesava até que ele não aguentasse mais seu pulmões, suas tripas davam nós a ponto do isqueiro cair de sua mão. Sua força se esgotou, ele não poderia mais segurá-lo. - Venha garoto, continue, sua pestilência é a fúria, o extintor da sua fogueira! - o velho incentivava, rindo.
Reis se ajoelhavam perante Angelique quando a garota realmente provou quem era, aquela que nem mesmo o Rei do Olimpo, o Governante do Submundo, ousavam subestimar. "Eu os perdoo." - foi o que ela disse, usando o artifício do caçador contra ele mesmo, tornando dali para frente a presa. O velho parou até mesmo de tossir, apoiando-se com dificuldade na cadeira de balanço para ouvir o discurso da semideusa. Toda a fúria de David foi rapidamente transferida para ele, dispensando até mesmo a imagem da mulher. - Deuses, sua insolente? Eu não sou um Deus, eu sou a sua vulnerabilidade espiritual, não um mero Deus! - ele exclamava, com certa dificuldade. - E você é o lar da minha doença, seu nome estará escrito no livro do Caos! - esbravejou ainda. Aquele sim era o espírito corajoso habitado em Angelique, seu ar, o que a tornava uma artesã, ainda que compartilhasse do fogo que David tanto tinha, e aquilo a mantinha aquecida para circunstâncias vivenciadas agora. O desejo e a necessidade, fogo e ar.
O velho anoréxico se posicionava no meio de Angelique e David, em sua forma "normal"; terno e chapéu formal. Afrodites, Heras, Zeuzes, tudo havia sumido momentaneamente, eram apenas eles. As colunas de chamas levantadas por David nada fizeram a Angelique quando a atingiram, pois não haviam fendas em sua alma, ela estava fortemente munida contra as investidas de seu adversário. - Você será preservado David, porque não há remédio para sua ira. Quanto a você, Angelique, nos encontraremos novamente, nos momentos em que a doença lhe falar mais alto, eu estarei lá. - e, subitamente, o vento levou não apenas as palavras, levou o homem que se dissolveu do nada. O fogo e o ar quando se misturavam, não se destruíam um ao outro, mas destruíam os outros, de forma muito mais espalhafatosa do que antes. O desejo e a necessidade, então, não distribuíam forças, e sim as unia, criando uma barreira poderosa contra a peste.
O punho de Angelique se fechava no seu presente, a foice, enquanto isso David jazia caído no chão, se levantando com dificuldade. Aparentemente, quando o velho evaporou, uma trilha foi formada. Árvores derrubadas substituíam placas claras que diziam "Vá logo por ali, porcaria!". A delicadeza da situação os empurrava até ficarem de pé, para seguirem aquele percurso. Não era deveras longe, considerando que monumentos estavam erguidos a 100 metros dali, fora que mais seres vivos foram presenciados. Angelique, com a ajuda de seus olhos, foi a única a observar que não estavam sozinhos. Sendo aqueles amigos, inimigos ou qualquer coisa, era pra lá que deveriam ir.
Reis se ajoelhavam perante Angelique quando a garota realmente provou quem era, aquela que nem mesmo o Rei do Olimpo, o Governante do Submundo, ousavam subestimar. "Eu os perdoo." - foi o que ela disse, usando o artifício do caçador contra ele mesmo, tornando dali para frente a presa. O velho parou até mesmo de tossir, apoiando-se com dificuldade na cadeira de balanço para ouvir o discurso da semideusa. Toda a fúria de David foi rapidamente transferida para ele, dispensando até mesmo a imagem da mulher. - Deuses, sua insolente? Eu não sou um Deus, eu sou a sua vulnerabilidade espiritual, não um mero Deus! - ele exclamava, com certa dificuldade. - E você é o lar da minha doença, seu nome estará escrito no livro do Caos! - esbravejou ainda. Aquele sim era o espírito corajoso habitado em Angelique, seu ar, o que a tornava uma artesã, ainda que compartilhasse do fogo que David tanto tinha, e aquilo a mantinha aquecida para circunstâncias vivenciadas agora. O desejo e a necessidade, fogo e ar.
O velho anoréxico se posicionava no meio de Angelique e David, em sua forma "normal"; terno e chapéu formal. Afrodites, Heras, Zeuzes, tudo havia sumido momentaneamente, eram apenas eles. As colunas de chamas levantadas por David nada fizeram a Angelique quando a atingiram, pois não haviam fendas em sua alma, ela estava fortemente munida contra as investidas de seu adversário. - Você será preservado David, porque não há remédio para sua ira. Quanto a você, Angelique, nos encontraremos novamente, nos momentos em que a doença lhe falar mais alto, eu estarei lá. - e, subitamente, o vento levou não apenas as palavras, levou o homem que se dissolveu do nada. O fogo e o ar quando se misturavam, não se destruíam um ao outro, mas destruíam os outros, de forma muito mais espalhafatosa do que antes. O desejo e a necessidade, então, não distribuíam forças, e sim as unia, criando uma barreira poderosa contra a peste.
O punho de Angelique se fechava no seu presente, a foice, enquanto isso David jazia caído no chão, se levantando com dificuldade. Aparentemente, quando o velho evaporou, uma trilha foi formada. Árvores derrubadas substituíam placas claras que diziam "Vá logo por ali, porcaria!". A delicadeza da situação os empurrava até ficarem de pé, para seguirem aquele percurso. Não era deveras longe, considerando que monumentos estavam erguidos a 100 metros dali, fora que mais seres vivos foram presenciados. Angelique, com a ajuda de seus olhos, foi a única a observar que não estavam sozinhos. Sendo aqueles amigos, inimigos ou qualquer coisa, era pra lá que deveriam ir.
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Re: O Novo Imortal
Keep Walking
I'm on the highway to hell
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Eu me ergui com resquícios de dor. A sensação de ter suas tripas giradas não era nada agradável e meu pulmão parecia ter sido pisoteado por uma manada de mamutes obesos. Cada osso de meu corpo estava dolorido. Eu fiquei aliviado ao ver o tal homem e suas tosses desaparecerem diante de meus olhos. Nada mais daquele discurso sobre a peste. Ouvi com atenção seus últimos recados, realmente não havia remédio que curasse a minha ira, nunca existiu um antídoto contra Dave e nunca irá existir. Eu estiquei meu braço até pegar o isqueiro, aquele simples objeto já havia passado situações extremas em minha mão, peguei-o no monte de itens durante os jogos olímpicos. Com ele havia enfrentado sanguessugas, árvores demoníacas e pestes perturbantes.
Direcionei o olhar para Angel enquanto passava a mão pela nuca. Dei um sorriso para a garota enquanto pensava em tudo que tinha acontecido. Nós estávamos sendo jogados em combate um contra o outro, para que assim nos derrubássemos por si só. Nós tínhamos fraquezas, em verdade todos tem, mas as exceções são as que conseguem entendê-las e superá-las. Dentro daquela blindagem de tatuagens e debaixo daquelas piadas eu tinha uma reserva de ódio direcionada a deusa que matou meu avô e separou meu pai de minha mãe. Eu nunca esqueceria isso, mas não era isso que me fazia ser revoltado, irreverente, explosivo e fanfarrão. Isso é minha essência e isso eu nunca perco, não importa a causa.
Após superar a peste dei-me conta de que havia afrontado minha parceira de missão repentinamente. Pensei que deveria pedir desculpas para a vestal, sim deveria. Mas claro que seria do meu jeito.
▬ Hey... sorte sua que o velho catarrento foi-se ou teria feito mais cortes em seu rostinho de anjo, gatinha elétrica. ▬ Sorri para ela e levei as mãos ao bolso guardando o isqueiro lá. ▬ A partir de agora seremos uma duplinha dinâmica mais unida, que tal tomada desencapada? ▬ Eu dei uma risada zombeteira e juntei os dedos das mãos de forma que o resultado fizesse mensura a um coração.
Fitei os arredores por um momento e notei placas que indicavam com uma delicadeza categórica. ''Vá logo por ali, porcaria!'', uma mensagem ao estilo do par de semideuses a quem se referia, isso eu era obrigado a admitir. Dave Feuer e Angel Harmon são várias coisas, mas não são sutis. Sem dúvida a habilidade de visão ampliada da filha de Zeus tornava-a apta a vislumbrar o horizonte para o qual a placa apontava. Eu me virei com um olhar curioso e encarei Angie levando a mão ao queixo, querendo ou não a garota tinha uma aura de liderança e eu preferia que a palavra final fosse dela e a piada final minha.
▬ O que acha senhorita trovoada? ▬ Eu perguntei chutando um fragmento de galho para cima da madeira.
Direcionei o olhar para Angel enquanto passava a mão pela nuca. Dei um sorriso para a garota enquanto pensava em tudo que tinha acontecido. Nós estávamos sendo jogados em combate um contra o outro, para que assim nos derrubássemos por si só. Nós tínhamos fraquezas, em verdade todos tem, mas as exceções são as que conseguem entendê-las e superá-las. Dentro daquela blindagem de tatuagens e debaixo daquelas piadas eu tinha uma reserva de ódio direcionada a deusa que matou meu avô e separou meu pai de minha mãe. Eu nunca esqueceria isso, mas não era isso que me fazia ser revoltado, irreverente, explosivo e fanfarrão. Isso é minha essência e isso eu nunca perco, não importa a causa.
Após superar a peste dei-me conta de que havia afrontado minha parceira de missão repentinamente. Pensei que deveria pedir desculpas para a vestal, sim deveria. Mas claro que seria do meu jeito.
▬ Hey... sorte sua que o velho catarrento foi-se ou teria feito mais cortes em seu rostinho de anjo, gatinha elétrica. ▬ Sorri para ela e levei as mãos ao bolso guardando o isqueiro lá. ▬ A partir de agora seremos uma duplinha dinâmica mais unida, que tal tomada desencapada? ▬ Eu dei uma risada zombeteira e juntei os dedos das mãos de forma que o resultado fizesse mensura a um coração.
Fitei os arredores por um momento e notei placas que indicavam com uma delicadeza categórica. ''Vá logo por ali, porcaria!'', uma mensagem ao estilo do par de semideuses a quem se referia, isso eu era obrigado a admitir. Dave Feuer e Angel Harmon são várias coisas, mas não são sutis. Sem dúvida a habilidade de visão ampliada da filha de Zeus tornava-a apta a vislumbrar o horizonte para o qual a placa apontava. Eu me virei com um olhar curioso e encarei Angie levando a mão ao queixo, querendo ou não a garota tinha uma aura de liderança e eu preferia que a palavra final fosse dela e a piada final minha.
▬ O que acha senhorita trovoada? ▬ Eu perguntei chutando um fragmento de galho para cima da madeira.
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Re: O Novo Imortal
POST XI
"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
- Deuses, sua insolente? Eu não sou um Deus, eu sou a sua vulnerabilidade espiritual, não um mero Deus! E você é o lar da minha doença, seu nome estará escrito no livro do Caos! – Corri meus olhos pela figura que se dizia ser minha vulnerabilidade, contudo, não conseguia encará-la como tal. Não conseguia aceitar que minhas fraquezas poderiam estar bem diante de mim, não como um segredo do meu interior, mas como um ser quase em carne e osso; um ser que eu poderia olhar nos olhos e, talvez, tocar. – Ter medo das minhas vulnerabilidades e fraquezas seria mais humilhante do que ter medo de escuro. – Ele agora estava entre mim e David. - Você será preservado David, porque não há remédio para sua ira. Quanto a você, Angelique, nos encontraremos novamente, nos momentos em que a doença lhe falar mais alto, eu estarei lá. – Arqueei uma sobrancelha e soltei o ar, parando repentinamente de encará-lo. – Doença... – Fitei o chão por um longo tempo, ponderando por um momento sua comparação, enquanto sentia um vento repentino passar por mim. Depois disso, o ar ficou mais suave.
Parece que ele havia ido embora. - Hey... sorte sua que o velho catarrento foi-se ou teria feito mais cortes em seu rostinho de anjo, gatinha elétrica. – Soltei o ar preso em meus pulmões com força e voltei-me para encarar David. Rostinho de anjo? Gatinha elétrica? Dois strikes de uma vez só. Eu devia tê-lo matado quando tive motivos pra isso. – David, David, David... – Comecei a caminhar lentamente, enquanto a lâmina da foice se arrastava pelo chão acompanhando meu ritmo. Parei diante dele, com o olhar fixo nos seus, queimando-os. - A partir de agora seremos uma duplinha dinâmica mais unida, que tal tomada desencapada? – Tomada desencapada? Strike 3. – Deixa eu esclarecer uma coisinha com você... – Semicerrei meus olhos e limpei uma poeira imaginária do seu ombro – Não sei se percebeu, mas nós quase fomos mortos. Isso significa que eu realmente não estou com humor pra ficar ouvindo suas piadinhas, então, por favor, controle-se. Estou tentando ao máximo não ter motivos pra te matar na primeira oportunidade que aparecer, gostaria que você colaborasse comigo... – Sorri calma e respirei fundo. – Acho que o velho catarrento me afetou um pouco, enfim, foi mal. – Dei um soco fraco em seu ombro e me distanciei dele para finalmente olhar em volta. Mais uma mudança de cenário.
Dessa vez, havia um caminho e placas com mensagens nada educadas. Ativei meu olhar de águia, que agora voltara ao normal, e vislumbrei ao longe. Para minha total surpresa, havia movimentação. - O que acha senhorita trovoada? – Ignorei seu apelidinho pra mim e continuei fitando adiante, com um misto de surpresa e receio. – Não vamos ficar aqui e esperar a próxima aberração aparecer, mas, aquele lugar também não me inspira confiança. – Levantei a foice e ajeitei-a em minha mão. – Vamos seguir o roteiro por enquanto, porém, fique atento à uma possível retirada. – Esperava estar fazendo as escolhas certas. – Consegue andar ou eu te machuquei de verdade? – Ri um pouco e começamos a seguir pelo caminho que nos fora exposto.
- O Herói Perdido. Pág 205
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- Deuses, sua insolente? Eu não sou um Deus, eu sou a sua vulnerabilidade espiritual, não um mero Deus! E você é o lar da minha doença, seu nome estará escrito no livro do Caos! – Corri meus olhos pela figura que se dizia ser minha vulnerabilidade, contudo, não conseguia encará-la como tal. Não conseguia aceitar que minhas fraquezas poderiam estar bem diante de mim, não como um segredo do meu interior, mas como um ser quase em carne e osso; um ser que eu poderia olhar nos olhos e, talvez, tocar. – Ter medo das minhas vulnerabilidades e fraquezas seria mais humilhante do que ter medo de escuro. – Ele agora estava entre mim e David. - Você será preservado David, porque não há remédio para sua ira. Quanto a você, Angelique, nos encontraremos novamente, nos momentos em que a doença lhe falar mais alto, eu estarei lá. – Arqueei uma sobrancelha e soltei o ar, parando repentinamente de encará-lo. – Doença... – Fitei o chão por um longo tempo, ponderando por um momento sua comparação, enquanto sentia um vento repentino passar por mim. Depois disso, o ar ficou mais suave.
Parece que ele havia ido embora. - Hey... sorte sua que o velho catarrento foi-se ou teria feito mais cortes em seu rostinho de anjo, gatinha elétrica. – Soltei o ar preso em meus pulmões com força e voltei-me para encarar David. Rostinho de anjo? Gatinha elétrica? Dois strikes de uma vez só. Eu devia tê-lo matado quando tive motivos pra isso. – David, David, David... – Comecei a caminhar lentamente, enquanto a lâmina da foice se arrastava pelo chão acompanhando meu ritmo. Parei diante dele, com o olhar fixo nos seus, queimando-os. - A partir de agora seremos uma duplinha dinâmica mais unida, que tal tomada desencapada? – Tomada desencapada? Strike 3. – Deixa eu esclarecer uma coisinha com você... – Semicerrei meus olhos e limpei uma poeira imaginária do seu ombro – Não sei se percebeu, mas nós quase fomos mortos. Isso significa que eu realmente não estou com humor pra ficar ouvindo suas piadinhas, então, por favor, controle-se. Estou tentando ao máximo não ter motivos pra te matar na primeira oportunidade que aparecer, gostaria que você colaborasse comigo... – Sorri calma e respirei fundo. – Acho que o velho catarrento me afetou um pouco, enfim, foi mal. – Dei um soco fraco em seu ombro e me distanciei dele para finalmente olhar em volta. Mais uma mudança de cenário.
Dessa vez, havia um caminho e placas com mensagens nada educadas. Ativei meu olhar de águia, que agora voltara ao normal, e vislumbrei ao longe. Para minha total surpresa, havia movimentação. - O que acha senhorita trovoada? – Ignorei seu apelidinho pra mim e continuei fitando adiante, com um misto de surpresa e receio. – Não vamos ficar aqui e esperar a próxima aberração aparecer, mas, aquele lugar também não me inspira confiança. – Levantei a foice e ajeitei-a em minha mão. – Vamos seguir o roteiro por enquanto, porém, fique atento à uma possível retirada. – Esperava estar fazendo as escolhas certas. – Consegue andar ou eu te machuquei de verdade? – Ri um pouco e começamos a seguir pelo caminho que nos fora exposto.
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- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
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Re: O Novo Imortal
Ainda que receosos, David e Angelique marcharam para a trilha sinalizada que os aguardava ansiosamente. Com seus passos indecisos, galhos quebravam e completavam a sinfonia de modo perfeito, juntamente com os "tum's" de seus corações apertados. As trevas que rodeavam o lugar eram verdadeiramente pavorosas, alguma alma ali trabalhava para o efeito fosse tão proeminente quanto suas interrogações. Em poucos passos seguindo aquele caminho, já era manifesto barulhos, principalmente de armas e vozes. Os passos dos semideuses se aceleraram, acompanhando a curiosidade de modo contíguo. Um urro lhes causou um momentâneo terror, um berro pesado, aflito de dor, que soava roucamente naquela noite gélida. Aliás, a noite parecia envolvê-los, abraçá-los, incentivando para que seguissem rumo desconhecido. Quase nem parecia que a pouco tempo as vozes em suas cabeças o incitaram a matar um ao outro, o que passou por um quase-nada de acontecer. O pior dos fatos, porém, é que a voz não usou de mentiras para persuadi-los, usou de documentos ocultos, escondidos dentro de cada um deles. Algumas vezes, esses arquivos nem sempre eram sigilosos, eles eram colocados à tona, um dossiê usado contra si próprio, exatamente como fez sua "peste interior", e certamente faria de novo se a dita chama de David estivesse acesa o suficiente queimá-lo. O filho de Hefesto não estava alimentando o fogaréu com lenha, estava deixando que ela fosse minguando até reduzir-se a nada; apagar.
Decididos que uma nova equipe surgiria, Angelique e David rumaram acelerados na direção do urro. O cenário se modificava aos poucos, de madeira queimada à pedra em ruínas; do barro úmido à escadarias imensas. Mas eles não estavam sozinhos, pelo contrário, companhias não faltavam, dos mais variados tipos. Angelique, poucos passos a frente de David, quando captou, com seus olhos de águia, três garotos e um monstro esqueleto, se reformando de um estranho pó que dançava no ar, como uma espécie de marionete divina, bateu o rosto numa espécie de barreira invisível, que a impedia que atravessasse para o outro lado. David, recuando imediatamente, percebeu logo de cara as três figuras que enfeitavam a escadaria que, aparentemente, levaria ao templo do acampamento; três garotos que detinham de caracteres comuns, começando pela aura trevosa que os circundava: o que chamava mais atenção tinha cabelos desgrenhados e tão negros quanto o céu naquela noite, seu corpo possuía diversas tatuagens, bem como David; os outros dois também de cabelos negros, eram muito parecidos com os traços de um deus que Angelique conhecia. Extraordinariamente, os dois semideuses, em poucos segundos, se depararam com um monstro inimaginável em suas frentes, o qual continha em si traços de Quimera, mas era bípede e muito mais assustador. Infelizmente ou - mais provavelmente - infelizmente, algo não queria que os três semideuses sombrios regozijassem-se de reforços.
Entre as árvores, uma figura tomava forma à partir da interceptação da luz da árvore, luz a qual provinha de grandes tochas no alto do templo. Se aproximando mais, seu corpo estava mais nítido perante Angelique e David. Era um homem alto e magro, com alguns ossos pontudos nas juntas, resultando num andar curvado; cabelos e barba negros, sendo que seu cabelo se dividia no meio, fazendo pontas nas laterias, e a barbicha já ocupava lugar na face. Trajava uma armadura negra, de um material não identificado pelos olhos de Angelique, nem tampouco por David, que sendo filho de Hefesto, jamais viu um material de tal grau, não comparado a ferro estígio ou ferro normal. Ainda saindo detrás das árvores, foi tornando-se mais límpido o homem, suas presas que transcendiam sua boca, seus olhos em tom avermelhado, oscilando por vezes para o negro e, finalmente, suas garras afiadas e sujar.
- Parece que minhas presas acabaram de aparecer. - ele disse, sorrindo maliciosamente, enquanto lambia as presas do modo mais medonho possível. Sua língua era comprida e seus olhos giravam com ela, acompanhando seu curso pelas presas. Depois, fixaram-se nos semideuses, satisfeitos. Ainda piorando a situação, o híbrido de homem com lobo, uivou, alegremente. Seus dentes se abriam de tal forma que qualquer um poderia jurar que era um sorriso. Era um sorriso, e em poucos minutos os jovens entenderam o motivo dele: lobos peludos e monstruosos saindo de sua camuflagem, eles babavam e se lambiam. Dava um total de dois, com mais três outros lobos aparentemente comuns, mas que poderiam fazer um bom estrago ao morder. - Perdoem-me a falta de elegância. - o homem zombou, falando depois, fora de contexto. - Eu citei que seu pai me amaldiçoou, mocinha?
Decididos que uma nova equipe surgiria, Angelique e David rumaram acelerados na direção do urro. O cenário se modificava aos poucos, de madeira queimada à pedra em ruínas; do barro úmido à escadarias imensas. Mas eles não estavam sozinhos, pelo contrário, companhias não faltavam, dos mais variados tipos. Angelique, poucos passos a frente de David, quando captou, com seus olhos de águia, três garotos e um monstro esqueleto, se reformando de um estranho pó que dançava no ar, como uma espécie de marionete divina, bateu o rosto numa espécie de barreira invisível, que a impedia que atravessasse para o outro lado. David, recuando imediatamente, percebeu logo de cara as três figuras que enfeitavam a escadaria que, aparentemente, levaria ao templo do acampamento; três garotos que detinham de caracteres comuns, começando pela aura trevosa que os circundava: o que chamava mais atenção tinha cabelos desgrenhados e tão negros quanto o céu naquela noite, seu corpo possuía diversas tatuagens, bem como David; os outros dois também de cabelos negros, eram muito parecidos com os traços de um deus que Angelique conhecia. Extraordinariamente, os dois semideuses, em poucos segundos, se depararam com um monstro inimaginável em suas frentes, o qual continha em si traços de Quimera, mas era bípede e muito mais assustador. Infelizmente ou - mais provavelmente - infelizmente, algo não queria que os três semideuses sombrios regozijassem-se de reforços.
Entre as árvores, uma figura tomava forma à partir da interceptação da luz da árvore, luz a qual provinha de grandes tochas no alto do templo. Se aproximando mais, seu corpo estava mais nítido perante Angelique e David. Era um homem alto e magro, com alguns ossos pontudos nas juntas, resultando num andar curvado; cabelos e barba negros, sendo que seu cabelo se dividia no meio, fazendo pontas nas laterias, e a barbicha já ocupava lugar na face. Trajava uma armadura negra, de um material não identificado pelos olhos de Angelique, nem tampouco por David, que sendo filho de Hefesto, jamais viu um material de tal grau, não comparado a ferro estígio ou ferro normal. Ainda saindo detrás das árvores, foi tornando-se mais límpido o homem, suas presas que transcendiam sua boca, seus olhos em tom avermelhado, oscilando por vezes para o negro e, finalmente, suas garras afiadas e sujar.
- Parece que minhas presas acabaram de aparecer. - ele disse, sorrindo maliciosamente, enquanto lambia as presas do modo mais medonho possível. Sua língua era comprida e seus olhos giravam com ela, acompanhando seu curso pelas presas. Depois, fixaram-se nos semideuses, satisfeitos. Ainda piorando a situação, o híbrido de homem com lobo, uivou, alegremente. Seus dentes se abriam de tal forma que qualquer um poderia jurar que era um sorriso. Era um sorriso, e em poucos minutos os jovens entenderam o motivo dele: lobos peludos e monstruosos saindo de sua camuflagem, eles babavam e se lambiam. Dava um total de dois, com mais três outros lobos aparentemente comuns, mas que poderiam fazer um bom estrago ao morder. - Perdoem-me a falta de elegância. - o homem zombou, falando depois, fora de contexto. - Eu citei que seu pai me amaldiçoou, mocinha?
† † † † †
- Lobo:
• Angelique Marshall Harmon - HP*: 150; MP*: 150.
• David B. Feuer - HP*: 130; MP*: 130.
* Recuperada e aumentada, graças a uma benção desconhecida vinda do cristal.
♦ Líder da Alcateia - HP: 350;
♦ Lobisomem I - HP: 500;
♦ Lobisomem II - HP: 500;
♦ Lobo I - HP: 150;
♦ Lobo II - HP: 150;
♦ Lobo III - HP: 150.
Missão ligada: https://gods-and-demigods.forumeiros.com/t303p45-o-novo-imortal#7786
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Re: O Novo Imortal
RAISED BY WOLVES
Who's afraid of a big bad wolf?
Eu e Angelique estávamos andando por aquela floresta. A cena me lembrava aqueles tradicionais filmes de terror em que um casal idiota passeava pela floresta e então era morto pelo maníaco da cerra elétrica que surgia do nada. Mas aquela história em particular viria se revelar com uma queda a mais para o lobo mal. Os galhos quebravam-se abaixo de meus passos e os barulhos macabros que retumbavam pelo silêncio da floresta eram dignos de uma horrenda trilha sonora. Eu andava atrás de Angie, deixava que a vestal nos guiasse já que ela era dotada de uma visão extremamente aguçada e conseguia ver o caminho que havia em frente. Por vezes eu fitava a expressão dela no intuito de descobrir o que ela via, porém em maioria eu observava as costas da garota enquanto cantarolava uma música.
▬ We are the promised ones and nothing's in our way. They can try, but they'll never stop us. Tell all our enemies, we're ready for the war. We've been here and we'll never die...
Nossa caminhada em direção aos ruídos nos levou a um local que logo reconheci como o templo do Acampamento. Três garotos ocupavam as escadarias, dois deles possuíam um toque sombrio nenhum pouco discreto, não era difícil ao juntar aos seus cabelos negros e pele pálida constar que eram filhos do deus do submundo. O outro tinha tatuagens em escala ainda um pouco menor do que as minhas, mas era possível sentir uma aura sombria em seu torno, um filho de uma divindade trevosa com certeza. Os semideuses eram o mais comum da cena que passava a frente, após perceber que Angie dava de cara com uma barreira invisível eu notei que a frente do trio erguia-se uma criatura monstruosa que era um híbrido de quimera com algo que criava um ser nota dez em bizarrice.
Então submergiu da penumbra o nosso mais novo inimigo. Um cara digno dos filmes de lobisomens, suavemente corcunda e com um penteado exótico, dentes que saiam de sua boca e garras afiadas no lugar das unhas. Eu franzi o cenho fitando de cima a baixo o homem lobo. O lupino então convidou seus amigos animais para a festa, dois lobos monstruosos e outros três mais normais, porém ambas as presas não pareciam agradáveis. Assim que o comandante dos vira-latas fez citação ao pai da filha de Zeus eu deduzi quem ele era. Não passava de um antigo rei enlouquecido pelo fanatismo que fazia sacrifícios dignos de enojo, o pai de Angie havia o amaldiçoado após o mesmo lhe oferecer a carne de seu próprio escravo em um banquete.
▬ Tem medo de lobo mal, Angie? ▬ Eu perguntei com um tom irônico categórico tão característico de minha parte. ▬ E então, Licaão, depois posso te dar um livro de receitas canibais.
Eu saquei rapidamente o isqueiro de meu bolso e com um rápido movimento de mão desviei uma coluna de chamas para o chão, aumentei a altura das labaredas as fazendo como uma barreira entre nós e os cãozinhos. Dei uma piscadela para Angelique como em um sinal que eu esperava que ela deduzisse o meu próximo movimento e tampasse as orelhas. Sem demorar disparei um grito sônico na direção do grupo de inimigos, diferentemente do usual desfoquei-o para que as ondas fossem mais dispersas, porém mais agudas, os caninos tem audição aguçada e uma onda sonora daquela potência causaria grande impacto em seus tímpanos.
▬ We are the promised ones and nothing's in our way. They can try, but they'll never stop us. Tell all our enemies, we're ready for the war. We've been here and we'll never die...
Nossa caminhada em direção aos ruídos nos levou a um local que logo reconheci como o templo do Acampamento. Três garotos ocupavam as escadarias, dois deles possuíam um toque sombrio nenhum pouco discreto, não era difícil ao juntar aos seus cabelos negros e pele pálida constar que eram filhos do deus do submundo. O outro tinha tatuagens em escala ainda um pouco menor do que as minhas, mas era possível sentir uma aura sombria em seu torno, um filho de uma divindade trevosa com certeza. Os semideuses eram o mais comum da cena que passava a frente, após perceber que Angie dava de cara com uma barreira invisível eu notei que a frente do trio erguia-se uma criatura monstruosa que era um híbrido de quimera com algo que criava um ser nota dez em bizarrice.
Então submergiu da penumbra o nosso mais novo inimigo. Um cara digno dos filmes de lobisomens, suavemente corcunda e com um penteado exótico, dentes que saiam de sua boca e garras afiadas no lugar das unhas. Eu franzi o cenho fitando de cima a baixo o homem lobo. O lupino então convidou seus amigos animais para a festa, dois lobos monstruosos e outros três mais normais, porém ambas as presas não pareciam agradáveis. Assim que o comandante dos vira-latas fez citação ao pai da filha de Zeus eu deduzi quem ele era. Não passava de um antigo rei enlouquecido pelo fanatismo que fazia sacrifícios dignos de enojo, o pai de Angie havia o amaldiçoado após o mesmo lhe oferecer a carne de seu próprio escravo em um banquete.
▬ Tem medo de lobo mal, Angie? ▬ Eu perguntei com um tom irônico categórico tão característico de minha parte. ▬ E então, Licaão, depois posso te dar um livro de receitas canibais.
Eu saquei rapidamente o isqueiro de meu bolso e com um rápido movimento de mão desviei uma coluna de chamas para o chão, aumentei a altura das labaredas as fazendo como uma barreira entre nós e os cãozinhos. Dei uma piscadela para Angelique como em um sinal que eu esperava que ela deduzisse o meu próximo movimento e tampasse as orelhas. Sem demorar disparei um grito sônico na direção do grupo de inimigos, diferentemente do usual desfoquei-o para que as ondas fossem mais dispersas, porém mais agudas, os caninos tem audição aguçada e uma onda sonora daquela potência causaria grande impacto em seus tímpanos.
- Equipamentos:
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Flechas [2x] - Emprestadas de Angelique ::: Guardados na calça.
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Poderes:
- ::: PASSIVOS :::Grito Sônico.::: ATIVOS :::Pirocinese Inicial.
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David R. Feuer- Filhos de Hefesto
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Re: O Novo Imortal
POST XII
"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
David tinha mais cinismo do que eu normalmente conseguiria suportar. Porém, enquanto andávamos, não consegui deixar de sentir-me aliviada por ele estar bem naquele momento. Ou vivo, pelo menos por enquanto. Por mais irritante que o esquentadinho ali fosse, percebi que, desde que fomos obrigados a agir como uma equipe, eu havia o subestimado. Ele ainda era o mesmo idiota de sempre; seu ego estava intocado. Já eu, sofri uma queda feia quando cortaram as asinhas de alguém que acreditava que poderia passar por tudo isso numa boa, e depois poderia voltar pra casa como sempre fez, mas não. Enquanto andávamos, deixei pra trás meu ódio, meu orgulho e alguns pedaços do meu ego, pois até agora eu não havia recebido nada mais que críticas. Coisas e pessoas tentando escrever o meu destino, algo que eu jamais aceitaria ser previsto por alguém qualquer. Não podem simplesmente dizer “nos vemos depois, quando seu ódio estiver te corrompendo de novo” e ir embora, como se eu fosse um tipo de boneca que pode ser controlada a qualquer momento.
Continuei com meus olhos focados no que estava adiante, e não demorou muito até que David criasse uma trilha sonora para o momento, o que me fez respirar fundo antes de virar para encará-lo. – Ô, esquentadinho enferrujado, será que dá pra calar a boca por cinco segundos? Estou tentando pensar em uma estratégia – Não era completamente verdade, mas ele não precisava saber disso, certo? Rolei os olhos antes de voltar a caminhar.
Não durante muito tempo, já que esbarrei em uma parede invisível. – Ount! – Resmunguei baixinho e obriguei-me a ficar mais atenta ao que estava bem diante de nós. Na escadaria, alguns garotos lutando contra algo que eu não desejei saber o que era. Um deles era meio malandreado, como David. Mas havia algo naquele garoto que era estranho. Algo sombrio e oculto. Aliás, falando em sombrio, os outros dois também não me inspiravam felicidade. Quando olhei nos olhos dos dois, vi a semelhança entre eles e, pior, vi a semelhança com um velho conhecido. – Só pode ser brincadeira – Disse à mim mesma, pensando que as chances daquilo acontecer seriam de uma em um milhão. – Filhos de Hades, uhn? Interessante. – Sorri brejeira para David e toquei a barreira novamente, sabendo que não poderíamos ajudá-los.
Recuei até ficar ao lado de meu parceiro, e uma figura que surgia das sombras me chamou atenção. Não sei se era um homem ou um lobo, talvez os dois. Passei a língua nos lábios quase ao mesmo tempo em que ele fez o mesmo, só que lambia suas longas e afiadas e assustadoras presas. Até perguntei-me o quanto doeria uma mordida daquilo, contudo, seu uivo – e, agora, seus coleguinhas – interromperam meu raciocínio. Encarei lobo por lobo nos olhos, queimando eles e me sentindo bem mais ameaçadora que o normal. - Eu citei que seu pai me amaldiçoou, mocinha? – Assim que ouvi as palavras “seu pai”, estremeci. Raiva ou incômodo? Quem sabe. – Tem medo de lobo mal, Angie? – Ri baixinho e ouvi a piadinha de Dave para Licaão. Quem eu havia suspeitado, hm. – Sinto muito por Zeus tê-lo amaldiçoado, espero que não leve isso para o lado pessoal. – Dei de ombros - Aliás, que dentes grandes você tem... – Disse inocentemente.
David começou com o fogo e piscou pra mim, o que entendi como um “prepare-se”. Quando seus lábios entreabriram-se, tapei meus ouvidos com uma das mãos e com punho que segurava a foice tapei a outra. Sabendo que eles ficariam atordoados logo após isso, apressei-me e aproveitei seus estados para criar um círculo com parte do fogo que havia transformado em sagrado logo após o rapaz ter iniciado tudo aquilo. Senti o fogo sob meu poder, e meu círculo particular fazia eu me sentir mais segura. Criei diversas bolas de fogo, que até então flutuavam em minha mão, e lancei-as contra os lobos e Licaão. – Eu não sou meu pai, Licaão. Isso só se trata de vingança pra você? Acha que meu pai vai sentir algum remorso se você conseguir me matar? Acho que não. Então, precisamos mesmo fazer isso? Não quero pensar que estou fazendo um favor para Zeus, e nem tenho motivos para machucar você ou a sua matilha. Se formos mesmo lutar, gostaria de saber os seus motivos antes que eu crie os meus. – Não pude conter o espírito de vestal que baixou em mim naquele momento. Nós só precisávamos chegar no bendito local, ou ajudar aos outros semideuses. Licaão tem ou tinha assuntos pendentes com Zeus, e eu não queria ser comparada a ele. Não queria que o antigo rei visse Zeus em mim enquanto nos atacava. Mas acho que ser vista como meu pai seria motivo suficiente para matá-lo. Ou não. Tudo depende dele.
- O Herói Perdido. Pág 205
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David tinha mais cinismo do que eu normalmente conseguiria suportar. Porém, enquanto andávamos, não consegui deixar de sentir-me aliviada por ele estar bem naquele momento. Ou vivo, pelo menos por enquanto. Por mais irritante que o esquentadinho ali fosse, percebi que, desde que fomos obrigados a agir como uma equipe, eu havia o subestimado. Ele ainda era o mesmo idiota de sempre; seu ego estava intocado. Já eu, sofri uma queda feia quando cortaram as asinhas de alguém que acreditava que poderia passar por tudo isso numa boa, e depois poderia voltar pra casa como sempre fez, mas não. Enquanto andávamos, deixei pra trás meu ódio, meu orgulho e alguns pedaços do meu ego, pois até agora eu não havia recebido nada mais que críticas. Coisas e pessoas tentando escrever o meu destino, algo que eu jamais aceitaria ser previsto por alguém qualquer. Não podem simplesmente dizer “nos vemos depois, quando seu ódio estiver te corrompendo de novo” e ir embora, como se eu fosse um tipo de boneca que pode ser controlada a qualquer momento.
Continuei com meus olhos focados no que estava adiante, e não demorou muito até que David criasse uma trilha sonora para o momento, o que me fez respirar fundo antes de virar para encará-lo. – Ô, esquentadinho enferrujado, será que dá pra calar a boca por cinco segundos? Estou tentando pensar em uma estratégia – Não era completamente verdade, mas ele não precisava saber disso, certo? Rolei os olhos antes de voltar a caminhar.
Não durante muito tempo, já que esbarrei em uma parede invisível. – Ount! – Resmunguei baixinho e obriguei-me a ficar mais atenta ao que estava bem diante de nós. Na escadaria, alguns garotos lutando contra algo que eu não desejei saber o que era. Um deles era meio malandreado, como David. Mas havia algo naquele garoto que era estranho. Algo sombrio e oculto. Aliás, falando em sombrio, os outros dois também não me inspiravam felicidade. Quando olhei nos olhos dos dois, vi a semelhança entre eles e, pior, vi a semelhança com um velho conhecido. – Só pode ser brincadeira – Disse à mim mesma, pensando que as chances daquilo acontecer seriam de uma em um milhão. – Filhos de Hades, uhn? Interessante. – Sorri brejeira para David e toquei a barreira novamente, sabendo que não poderíamos ajudá-los.
Recuei até ficar ao lado de meu parceiro, e uma figura que surgia das sombras me chamou atenção. Não sei se era um homem ou um lobo, talvez os dois. Passei a língua nos lábios quase ao mesmo tempo em que ele fez o mesmo, só que lambia suas longas e afiadas e assustadoras presas. Até perguntei-me o quanto doeria uma mordida daquilo, contudo, seu uivo – e, agora, seus coleguinhas – interromperam meu raciocínio. Encarei lobo por lobo nos olhos, queimando eles e me sentindo bem mais ameaçadora que o normal. - Eu citei que seu pai me amaldiçoou, mocinha? – Assim que ouvi as palavras “seu pai”, estremeci. Raiva ou incômodo? Quem sabe. – Tem medo de lobo mal, Angie? – Ri baixinho e ouvi a piadinha de Dave para Licaão. Quem eu havia suspeitado, hm. – Sinto muito por Zeus tê-lo amaldiçoado, espero que não leve isso para o lado pessoal. – Dei de ombros - Aliás, que dentes grandes você tem... – Disse inocentemente.
David começou com o fogo e piscou pra mim, o que entendi como um “prepare-se”. Quando seus lábios entreabriram-se, tapei meus ouvidos com uma das mãos e com punho que segurava a foice tapei a outra. Sabendo que eles ficariam atordoados logo após isso, apressei-me e aproveitei seus estados para criar um círculo com parte do fogo que havia transformado em sagrado logo após o rapaz ter iniciado tudo aquilo. Senti o fogo sob meu poder, e meu círculo particular fazia eu me sentir mais segura. Criei diversas bolas de fogo, que até então flutuavam em minha mão, e lancei-as contra os lobos e Licaão. – Eu não sou meu pai, Licaão. Isso só se trata de vingança pra você? Acha que meu pai vai sentir algum remorso se você conseguir me matar? Acho que não. Então, precisamos mesmo fazer isso? Não quero pensar que estou fazendo um favor para Zeus, e nem tenho motivos para machucar você ou a sua matilha. Se formos mesmo lutar, gostaria de saber os seus motivos antes que eu crie os meus. – Não pude conter o espírito de vestal que baixou em mim naquele momento. Nós só precisávamos chegar no bendito local, ou ajudar aos outros semideuses. Licaão tem ou tinha assuntos pendentes com Zeus, e eu não queria ser comparada a ele. Não queria que o antigo rei visse Zeus em mim enquanto nos atacava. Mas acho que ser vista como meu pai seria motivo suficiente para matá-lo. Ou não. Tudo depende dele.
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PODERES UTILIZADOS:
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Pirociclo Inicial: Vocês conseguem criar um círculo, forma que simboliza Héstia, formado por chamas sagradas, então pode lançá-las contra algum corpo, causando um certo dano ou destruição. Custo: 11 MP. Limitações: Max.: 18m de distância.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Respeito Elevado: Assim como sua mestra você é repeitada entre humanos e semideuses, mortais e imortais, por isso você nunca será atacada por um oponente sem motivos, ou seja, a não ser que você inicie o embate ou o provoque não importa a ferocidade ou irracionalidade, o adversário não lhe atacará.
- Pirociclo Inicial: Vocês conseguem criar um círculo, forma que simboliza Héstia, formado por chamas sagradas, então pode lançá-las contra algum corpo, causando um certo dano ou destruição. Custo: 11 MP. Limitações: Max.: 18m de distância.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Respeito Elevado: Assim como sua mestra você é repeitada entre humanos e semideuses, mortais e imortais, por isso você nunca será atacada por um oponente sem motivos, ou seja, a não ser que você inicie o embate ou o provoque não importa a ferocidade ou irracionalidade, o adversário não lhe atacará.
Angelique Marshall Harmon- Filhos de Zeus
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Re: O Novo Imortal
Os lábios pouco carnudos de Licaão foram ligeiramente se afeiçoando em volta de suas presas afiadas, concedendo-lhe um aspecto cômico, mas tétrico. A ponta de suas imensas garras batiam uma nas outras, emitindo estalidos realmente medonhos, que começava a embravecer os semideuses. Os breves "tec's" simulavam tremeleados de seus tímpanos; as estrelas no céu, cintilando, manchavam-no de branco, de acordo com o ruído das garras do lobo. Era como se artilharia pesada bombardeasse o solo, a terra tremia, um sismo de pelo menos 5.0 graus da escala Richter. De alguma forma incrível, a noite estava esplendorosa, a lua estava cheia, no seu perigeu, e eles nem sabiam se, de fato, era época de lua cheia. Não era. Mas, de uma forma ou de outra, uma forte ligação prendia-a a Licaão, os olhos do lobisomem tremeluziam num vermelho sangue que penetrava nos semideuses, persuadindo-os a ajoelhar-se ali e venerá-lo. Misturados ao sorriso zombador, a figura de Licaão era mais medonha que o normal, o lobo mostrava aos semideuses, por meio de seus olhos, ainda brilhantes atrás das chamas causadas por David, todos os bebês e escravos que assassinou para oferecer a Zeus. Aquele lobo não passava de uma réplica lupina tão escrota quanto seu lado totalmente humano, que, agora inexistente, almejava a dor e partilhava-a com os deuses, até ser transformado numa fera impulsiva. Nem mesmo Licaão sabia se aquilo era uma maldição, porque ele apenas possuía formas mais efetivas de propagar o terror. O pai de Angelique não o amaldiçoou, ele não tinha ódio de ser um lobo, ele tinha ódio de si mesmo, e agora queria descontá-lo na filha do homem.
Muito pouco faltou para que ambos os campistas curvassem os joelhos, mas o filho de Hefesto atuou para que isso não acontecesse. Licaão piscou, desfez seu sorriso e analisou rapidamente o semideus, assim percebendo sua tática, o lobo deu um único latido e subitamente sumiu, tão velozmente quanto um carro à 100 quilômetros por hora. O possante e agudo grito de David dispersou-se pelo ar, até mesmo a filha de Zeus sentiu o poderio de tal berro que, quando soou, causou uivos e gemidos dos canídeos ali presentes. Seus ganidos eram incessantes e grotescos, foi tão rápido que ao menos deu tempo de correr; os lobos estavam caídos, tentando fracassadamente levantarem-se, e então o fogo lançado por Angelique os consumiu, causando mais gemidos. Porém, David e Angelique não viram Licaão ou os outros lobisomens, jaziam ali somente os lobos comuns, que não tinham forças o suficiente para respirarem. Risos e grunhidos sucederam o grito sônico de David, eles vinham de muito perto. Os dois lobos estavam atrás dos semideuses, rindo medonhamente, enquanto saliva escura escoava de suas bocas abertas, devido as presas. Um deles deu apenas um salto até estar dentro da linha de fogo, avançando em direção a David, com as garras armadas. As chamas já haviam mudado de coloração, aquele era o efeito do fogo sagrado, nem um pouco efetivo quanto a velocidade dos lobos.
- Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo - a voz de Licaão os falava, em algum lugar, camuflado pelas trevas na floresta. Nem David, perito nesse assunto, percebia de que localização o som de sua voz provinha. - Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. - terminou ele, falando tão seriamente que deu a entender que aquilo não era uma piada. Entretanto, quando falou "seus amigos", numa rápida pausa, não deu a entender que eram os do outro lado da barreira.
Andrew Maverick e Hao Asakura caminhavam rumo à destino incerto, guiados apenas pelas trevas que os evidenciava a direção a seguir. Os barulhos esquisitos de vozes e árvores crepitando os chamava para mais perto, eles não tinham opções. As chamas que se levantavam acima das árvores, um grito que se espalhou e reluzes sinalizavam: vocês morrerão aqui. Era a vida de um semideus, afinal, abrir as portes da morte certa, não correr dela, como seria mais aceitável se tratando de um mortal insignificante. Eles seguiram, honrariam seus genitores até o último sopro de vida remanescente. Aquela era a alma que eles possuíam, determinada a ser eternamente brava, ou então morrer tentando, a desistência não era cogitável. - O som... vá até ele, Andrew. - uma voz até então desconhecida pelo garoto lhe falava. Com certeza, o cheiro podre ficava mais forte a cada passo. Os dois companheiros de missão prosseguiram, gemidos de dor eram perceptíveis e aproximando-se ainda mais, agora duas... quatro figuras, eram claras. Ainda puderam ouvir "nem seus amigos", e dois seres, com costas peludas e de dois metros de altura, estava defronte a mais dois, provavelmente semideuses; um com tatuagens e um isqueiro, a outra com olhos tão azuis que eram comparados a luz de um raio descendo do céu. Fogo era o que separava os monstros dos dois semideuses, e ainda mais três garotos estavam atrás destes, guerreando com qualquer coisa que se parecia com uma quimera geneticamente modificada.
Muito pouco faltou para que ambos os campistas curvassem os joelhos, mas o filho de Hefesto atuou para que isso não acontecesse. Licaão piscou, desfez seu sorriso e analisou rapidamente o semideus, assim percebendo sua tática, o lobo deu um único latido e subitamente sumiu, tão velozmente quanto um carro à 100 quilômetros por hora. O possante e agudo grito de David dispersou-se pelo ar, até mesmo a filha de Zeus sentiu o poderio de tal berro que, quando soou, causou uivos e gemidos dos canídeos ali presentes. Seus ganidos eram incessantes e grotescos, foi tão rápido que ao menos deu tempo de correr; os lobos estavam caídos, tentando fracassadamente levantarem-se, e então o fogo lançado por Angelique os consumiu, causando mais gemidos. Porém, David e Angelique não viram Licaão ou os outros lobisomens, jaziam ali somente os lobos comuns, que não tinham forças o suficiente para respirarem. Risos e grunhidos sucederam o grito sônico de David, eles vinham de muito perto. Os dois lobos estavam atrás dos semideuses, rindo medonhamente, enquanto saliva escura escoava de suas bocas abertas, devido as presas. Um deles deu apenas um salto até estar dentro da linha de fogo, avançando em direção a David, com as garras armadas. As chamas já haviam mudado de coloração, aquele era o efeito do fogo sagrado, nem um pouco efetivo quanto a velocidade dos lobos.
- Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo - a voz de Licaão os falava, em algum lugar, camuflado pelas trevas na floresta. Nem David, perito nesse assunto, percebia de que localização o som de sua voz provinha. - Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. - terminou ele, falando tão seriamente que deu a entender que aquilo não era uma piada. Entretanto, quando falou "seus amigos", numa rápida pausa, não deu a entender que eram os do outro lado da barreira.
Andrew Maverick e Hao Asakura caminhavam rumo à destino incerto, guiados apenas pelas trevas que os evidenciava a direção a seguir. Os barulhos esquisitos de vozes e árvores crepitando os chamava para mais perto, eles não tinham opções. As chamas que se levantavam acima das árvores, um grito que se espalhou e reluzes sinalizavam: vocês morrerão aqui. Era a vida de um semideus, afinal, abrir as portes da morte certa, não correr dela, como seria mais aceitável se tratando de um mortal insignificante. Eles seguiram, honrariam seus genitores até o último sopro de vida remanescente. Aquela era a alma que eles possuíam, determinada a ser eternamente brava, ou então morrer tentando, a desistência não era cogitável. - O som... vá até ele, Andrew. - uma voz até então desconhecida pelo garoto lhe falava. Com certeza, o cheiro podre ficava mais forte a cada passo. Os dois companheiros de missão prosseguiram, gemidos de dor eram perceptíveis e aproximando-se ainda mais, agora duas... quatro figuras, eram claras. Ainda puderam ouvir "nem seus amigos", e dois seres, com costas peludas e de dois metros de altura, estava defronte a mais dois, provavelmente semideuses; um com tatuagens e um isqueiro, a outra com olhos tão azuis que eram comparados a luz de um raio descendo do céu. Fogo era o que separava os monstros dos dois semideuses, e ainda mais três garotos estavam atrás destes, guerreando com qualquer coisa que se parecia com uma quimera geneticamente modificada.
† † † † †
- Lobo:
• Angelique Marshall Harmon - HP: 150; MP: 150.
• David B. Feuer - HP: 130; MP: 130.
• Andrew Maverick - HP*: 190; MP*: 190.
• Hao Asakura - HP*: 100; MP*: 100.
♦ Líder da Alcateia - HP: 350;
♦ Lobisomem I - HP: 500;
♦ Lobisomem II - HP: 500;
♦ Lobo I -
♦ Lobo II -
♦ Lobo III -
Missão ligada: https://gods-and-demigods.forumeiros.com/t303p45-o-novo-imortal#7786
Hades- Deuses
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Re: O Novo Imortal
SHIT BIG PUDDLES
a fucking barking dog seldom bites
Lobos? São muitos, mas tu podes ainda a palavra na língua aquietá-los. Mortos? O mundo, mas podes acordá-lo. Sortilégio de vida na palavra escrita. Lúcidos? São poucos, mas se farão milhares se à lucidez dos poucos te juntares. Raros? Teus preclaros amigos e tu mesmo, raro.Se nas coisas que digo acreditares. - Hilda Hilst.
Era sinistro, a lua cheia brilhava intensa no céu. Licaão estava esbanjando seus poderes, o maldito Zeus era tão otário que amaldiçoava o homem com uma forma na qual ele tinha artifícios inúmeros e significativos para causar mais problemas. Ele chegou a causar um tremelique no solo que forçou-me a sambar. Os olhos vermelhos do cara tentavam nos persuadir a ajoelhar-nos diante de sua majestade dentuça, mas eu era David Feuer, minha irreverência não iria se dar por vencida diante daqueles olhos de vira-lata raivoso. O vadio havia esquivado-se do grito sônico, fora ágil suficiente para isso e meus olhos mal puderam acompanhar o vulto fujão.
Terminado meu grito contei com meus olhos e constatei que ali no chão choramingando com dores incessantes em seus ouvidos eram apenas os três lobos comuns, chutei a cabeça de um deles enquanto dava uma risada. Angie rapidamente consumiu-lhes com suas chamas, que havia pego de minha barreirra providencial e transformado para seu próprio deleite. Os dois lobisomens surgiram as nossas costas, exibindo um sorriso de lado a lado com seus dentes que não conheciam uma escova há alguns séculos.
▬ Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo. ▬ Licaão era o orador, oculto entre as sombras da floresta. ▬ Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. ▬ Eu gargalhei com a frase dele com o máximo de sarcasmo que um humano pode imprimir em uma ação. Ergui as mãos e as bati aplaudindo a frase do lobão. Fuzilei com o olhar o lacaio canino que vinha em minha direção, não tinha medo de lobo mal.
▬ Ouviu anjinha? Não poderá mais usar a língua venenosa contra mim. ▬ Eu sorri enquanto direcionava uma piscadela a minha parceira. ▬ Vou adorar chutar o seu traseiro peludo e de cada um de seus viralatas de guarda, bundão. ▬ Dessa vez falei em bom tom para que o líder da alcateia pudesse escutar, irritar inimigos era algo que eu gostava tanto quanto praticar bulling contra eles.
Meus olhos focados no lobisomem vislumbraram por perto duas figuras recém-notadas. Eram humanos pelo que me pareceu e eu podia sentir uma aura trevosa no ar, mais próxima que a dos dois garotos que batalhavam mais para frente com a quimera mutante e mais fúnebre também. Queria saber se eram inimigos ou amigos, mas no momento tinha cães a castrar. Balancei meu corpo rapidamente várias vezes de um lado ao outro, gingando em frente a fera. Bati o pé contra o chão voando em direção ao mesmo e aterrissando nele enquanto emendava um rolamento. Eu disparei duas bolas de fogo produzidas por meu isqueiro para cima, elas subiram com um certo efeito e bem vagarosas, propositalmente. Esperava que aquilo fosse uma distração para os lobisomens, então chutei um fragmento de pedra para o alto e o peguei com a mão esquerda que não possuía o isqueiro. Improvisar é sempre bom e por enquanto não tinha minha espadinha, a pedrinha afiada deveria dar para o gasto.
Parti em disparada para cima de um dos monstrengos, o que estava mais próximo de mim para ser mais exato. No momento correto desloquei-me para o lado evitando um possível movimento do híbrido, passei deslizando próximo a pata esquerda dele e com um movimento ágil forcei o cotovelo e cravei a pedra na panturrilha peluda, mais um chute no chão para impulsionar-me e me erguer atrás da criatura. Pulei nas costas peludas do monstro agarrando-me ao emaranhado negro. Com a boca próxima as orelhas da besta eu gritei, queria que cada onda sônica invadisse seus tímpanos e explodisse os mesmos. Foquei toda minha energia no punho direito fechando-o sobre o isqueiro e então estiquei-me sobre o monstro e dei um soco bem potente no focinho do lupino.
Chutei as costas dele deixando de lado minha montaria e pulando para longe dali e aterrissando com as costas no chão. Precisaria de uma boa massagem depois de tudo aquilo. Eu olhei para o lado para constatar como Angel se saia. Depois de termos enfrentado tantas coisas não poderia deixar de preocupar-me com a trovoada, ela havia salvo minha vida, eu a dela, quase nos matamos e agora batalhávamos contra Licaão. Eu confiava no nosso taco, sabia que passaríamos por cima dos vira-latas e torcia para que os dois convidados entrassem para o nosso lado na festa.
Era sinistro, a lua cheia brilhava intensa no céu. Licaão estava esbanjando seus poderes, o maldito Zeus era tão otário que amaldiçoava o homem com uma forma na qual ele tinha artifícios inúmeros e significativos para causar mais problemas. Ele chegou a causar um tremelique no solo que forçou-me a sambar. Os olhos vermelhos do cara tentavam nos persuadir a ajoelhar-nos diante de sua majestade dentuça, mas eu era David Feuer, minha irreverência não iria se dar por vencida diante daqueles olhos de vira-lata raivoso. O vadio havia esquivado-se do grito sônico, fora ágil suficiente para isso e meus olhos mal puderam acompanhar o vulto fujão.
Terminado meu grito contei com meus olhos e constatei que ali no chão choramingando com dores incessantes em seus ouvidos eram apenas os três lobos comuns, chutei a cabeça de um deles enquanto dava uma risada. Angie rapidamente consumiu-lhes com suas chamas, que havia pego de minha barreirra providencial e transformado para seu próprio deleite. Os dois lobisomens surgiram as nossas costas, exibindo um sorriso de lado a lado com seus dentes que não conheciam uma escova há alguns séculos.
▬ Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo. ▬ Licaão era o orador, oculto entre as sombras da floresta. ▬ Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. ▬ Eu gargalhei com a frase dele com o máximo de sarcasmo que um humano pode imprimir em uma ação. Ergui as mãos e as bati aplaudindo a frase do lobão. Fuzilei com o olhar o lacaio canino que vinha em minha direção, não tinha medo de lobo mal.
▬ Ouviu anjinha? Não poderá mais usar a língua venenosa contra mim. ▬ Eu sorri enquanto direcionava uma piscadela a minha parceira. ▬ Vou adorar chutar o seu traseiro peludo e de cada um de seus viralatas de guarda, bundão. ▬ Dessa vez falei em bom tom para que o líder da alcateia pudesse escutar, irritar inimigos era algo que eu gostava tanto quanto praticar bulling contra eles.
Meus olhos focados no lobisomem vislumbraram por perto duas figuras recém-notadas. Eram humanos pelo que me pareceu e eu podia sentir uma aura trevosa no ar, mais próxima que a dos dois garotos que batalhavam mais para frente com a quimera mutante e mais fúnebre também. Queria saber se eram inimigos ou amigos, mas no momento tinha cães a castrar. Balancei meu corpo rapidamente várias vezes de um lado ao outro, gingando em frente a fera. Bati o pé contra o chão voando em direção ao mesmo e aterrissando nele enquanto emendava um rolamento. Eu disparei duas bolas de fogo produzidas por meu isqueiro para cima, elas subiram com um certo efeito e bem vagarosas, propositalmente. Esperava que aquilo fosse uma distração para os lobisomens, então chutei um fragmento de pedra para o alto e o peguei com a mão esquerda que não possuía o isqueiro. Improvisar é sempre bom e por enquanto não tinha minha espadinha, a pedrinha afiada deveria dar para o gasto.
Parti em disparada para cima de um dos monstrengos, o que estava mais próximo de mim para ser mais exato. No momento correto desloquei-me para o lado evitando um possível movimento do híbrido, passei deslizando próximo a pata esquerda dele e com um movimento ágil forcei o cotovelo e cravei a pedra na panturrilha peluda, mais um chute no chão para impulsionar-me e me erguer atrás da criatura. Pulei nas costas peludas do monstro agarrando-me ao emaranhado negro. Com a boca próxima as orelhas da besta eu gritei, queria que cada onda sônica invadisse seus tímpanos e explodisse os mesmos. Foquei toda minha energia no punho direito fechando-o sobre o isqueiro e então estiquei-me sobre o monstro e dei um soco bem potente no focinho do lupino.
Chutei as costas dele deixando de lado minha montaria e pulando para longe dali e aterrissando com as costas no chão. Precisaria de uma boa massagem depois de tudo aquilo. Eu olhei para o lado para constatar como Angel se saia. Depois de termos enfrentado tantas coisas não poderia deixar de preocupar-me com a trovoada, ela havia salvo minha vida, eu a dela, quase nos matamos e agora batalhávamos contra Licaão. Eu confiava no nosso taco, sabia que passaríamos por cima dos vira-latas e torcia para que os dois convidados entrassem para o nosso lado na festa.
- Equipamentos:
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Flechas [2x] - Emprestadas de Angelique ::: Guardados na calça.
- Pedra Afiada - Retirada do arredor ::: Portada pela mão esquerda >> Cravada na panturrilha do lobo próximo.
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Poderes:
- ::: PASSIVOS :::Tenacidade Física.
Grito Sônico.::: ATIVOS :::Pirocinese Inicial.
Punhos Firmes.
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Última edição por David B. Feuer em Qua Ago 01, 2012 2:47 pm, editado 1 vez(es)
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Re: O Novo Imortal
Caminhava junto à Hao pela trilha roxa. Não tínhamos ideia alguma de para aonde estávamos indo, mas aquilo logo iria ser explicado, tinha certeza. O caminho era escuro, mas isso não era um problema algum nem para mim, nem para Hao. Éramos conhecidos das sombras, tínhamos afinidade com as mesmas o suficiente para ver através delas. Olhava para o lado enquanto corríamos o mais rápido que podíamos. Meu parceiro tinha a mesma expressão de determinação que eu. Era bom que tivesse mesmo. Através da floresta densa, ouvíamos estranhos barulhos de vozes e de chamas dançando. O cheiro de árvores queimadas também me chama a atenção. Logo, um grito ecoou pelo local. Aquilo era um mau sinal, mas indicava apenas que teríamos algum tipo de diversão, afinal.
"Mantenham a festa em pé para nós."
Aceleramos o passo. Em minha cabeça, podia ouvir uma voz cochichando. Era uma voz bastante forte, mas desconhecida. "O som... vá até ele, Andrew". Com um aceno de mão, apontando para uma direção específica, chamei Hao. Por lá nós seguimos, atrás dos barulhos e do cheiro podre que se revelava e impregnava conforme nos aproximávamos mais e mais. Podíamos ver quatro silhuetas, iluminadas por um paredão de fogo.
- ...nem seus amigos!
Falava outra voz na floresta. Não sabia de onde vinha e, pela expressão dos dois à minha frente, nem eles. Eram dois campistas, mas eu os desconhecia completamente. Um garoto e uma garota. Ele possuía tatuagens pelo corpo e segurava um isqueiro em uma das mãos. Tinha bem mais tatuagens que eu, mas era um pouco mais magro. Tinha uma expressão séria no rosto. Ela, por outro lado, tinha olhos fortemente azuis que me lembravam do céu. Podia jurar que faíscas iluminavam as suas íris. Defronte a eles estavam duas criaturas enormes e repletas de pelos. Eram licantropos, tinha certeza. Seu cheiro de cachorro molhado de sangue era facilmente reconhecido. Estavam separados, os dois pares, por uma parede de fogo. Olhei para trás dos mesmos, aonde uma estranha movimentação me chamava à atenção. Lá estavam meus dois irmãos, Nico e Sebastian. Junto deles estavam James e Kyle, que havia tomado outra rota. Eles lutavam com uma quimera um pouco diferente. Sentia uma energia conhecida vindo daquela direção, a de Nyx. Voltei minha atenção ao que se passava em minha frente.
- Se disfarçar nas sombras não vai ser muito efetivo, Hao. Eles têm um faro muito apurado, no máximo os confundiria por um tempo. Vamos nos espalhar.
Podia ver que o garoto tatuado conversava com a garota filha de Zeus e, assim que ele partiu em direção a um dos lobos, usei de minha agilidade de ceifador, acumulando energia em meu corpo, para me projetar com velocidade até a garota, ficando do seu lado, a alguns passos de distância. Poderia ter aparecido de repente, considerando que ela estivesse prestando atenção nos lobisomens à sua frente. Sem tirar os olhos das criaturas, falei quase sussurrando, ao mesmo tempo em que levava minha mão até meu peito:
- Vamos equilibrar essa luta... filha de Zeus...
Com uma batida no lugar onde, supostamente, estaria meu coração, fiz minha camisa de caveira ir mudando de material e se estendendo pelo meu corpo todo. Ela havia se tornado um peitoral, de onde saíam ombreiras. Destas, se espalhavam braçadeiras e punhos. Do peitoral ainda, vinha o resto da armadura, desde a cintura até os pés. Estava agora revestido em uma armadura banhada em ferro estígio. Erguendo minha mão para o lado, fiz aparecer minha foice, junto com sua corrente, além da capa que se desenvolvia atrás de mim. Ela era como um grande borrão de fumaça que tremia na escuridão daquela clareira. O garoto havia acabado de começar seu ataque. Concentrei-me no segundo lobo e, atirando a corrente na ponta da foice, mirei no meio do peito do lobo. Tinha ótima visão no escuro e minha mira era muito boa. Porém, não me importava se eu conseguisse fincar a lâmina na extremidade da corrente no tórax do lobo ou se ele agarrasse. Fosse o que fosse, usei de um pulo alto e, segurando no meio da corrente com a mão esquerda, girei e atirei com a mão direita à própria foice em direção ao lobo. Agora eu agarrava apenas a corrente, enquanto a lamina estava indo em direção ao tórax do lobo e a foice, girando sem parar em sua própria base, ia de encontro à cintura do monstro. Parei no ar, usando de minhas habilidades de ceifador. Aquela luta não seria fácil, mas bastava uma boa estratégia.
"Mantenham a festa em pé para nós."
Aceleramos o passo. Em minha cabeça, podia ouvir uma voz cochichando. Era uma voz bastante forte, mas desconhecida. "O som... vá até ele, Andrew". Com um aceno de mão, apontando para uma direção específica, chamei Hao. Por lá nós seguimos, atrás dos barulhos e do cheiro podre que se revelava e impregnava conforme nos aproximávamos mais e mais. Podíamos ver quatro silhuetas, iluminadas por um paredão de fogo.
- ...nem seus amigos!
Falava outra voz na floresta. Não sabia de onde vinha e, pela expressão dos dois à minha frente, nem eles. Eram dois campistas, mas eu os desconhecia completamente. Um garoto e uma garota. Ele possuía tatuagens pelo corpo e segurava um isqueiro em uma das mãos. Tinha bem mais tatuagens que eu, mas era um pouco mais magro. Tinha uma expressão séria no rosto. Ela, por outro lado, tinha olhos fortemente azuis que me lembravam do céu. Podia jurar que faíscas iluminavam as suas íris. Defronte a eles estavam duas criaturas enormes e repletas de pelos. Eram licantropos, tinha certeza. Seu cheiro de cachorro molhado de sangue era facilmente reconhecido. Estavam separados, os dois pares, por uma parede de fogo. Olhei para trás dos mesmos, aonde uma estranha movimentação me chamava à atenção. Lá estavam meus dois irmãos, Nico e Sebastian. Junto deles estavam James e Kyle, que havia tomado outra rota. Eles lutavam com uma quimera um pouco diferente. Sentia uma energia conhecida vindo daquela direção, a de Nyx. Voltei minha atenção ao que se passava em minha frente.
- Se disfarçar nas sombras não vai ser muito efetivo, Hao. Eles têm um faro muito apurado, no máximo os confundiria por um tempo. Vamos nos espalhar.
Podia ver que o garoto tatuado conversava com a garota filha de Zeus e, assim que ele partiu em direção a um dos lobos, usei de minha agilidade de ceifador, acumulando energia em meu corpo, para me projetar com velocidade até a garota, ficando do seu lado, a alguns passos de distância. Poderia ter aparecido de repente, considerando que ela estivesse prestando atenção nos lobisomens à sua frente. Sem tirar os olhos das criaturas, falei quase sussurrando, ao mesmo tempo em que levava minha mão até meu peito:
- Vamos equilibrar essa luta... filha de Zeus...
Com uma batida no lugar onde, supostamente, estaria meu coração, fiz minha camisa de caveira ir mudando de material e se estendendo pelo meu corpo todo. Ela havia se tornado um peitoral, de onde saíam ombreiras. Destas, se espalhavam braçadeiras e punhos. Do peitoral ainda, vinha o resto da armadura, desde a cintura até os pés. Estava agora revestido em uma armadura banhada em ferro estígio. Erguendo minha mão para o lado, fiz aparecer minha foice, junto com sua corrente, além da capa que se desenvolvia atrás de mim. Ela era como um grande borrão de fumaça que tremia na escuridão daquela clareira. O garoto havia acabado de começar seu ataque. Concentrei-me no segundo lobo e, atirando a corrente na ponta da foice, mirei no meio do peito do lobo. Tinha ótima visão no escuro e minha mira era muito boa. Porém, não me importava se eu conseguisse fincar a lâmina na extremidade da corrente no tórax do lobo ou se ele agarrasse. Fosse o que fosse, usei de um pulo alto e, segurando no meio da corrente com a mão esquerda, girei e atirei com a mão direita à própria foice em direção ao lobo. Agora eu agarrava apenas a corrente, enquanto a lamina estava indo em direção ao tórax do lobo e a foice, girando sem parar em sua própria base, ia de encontro à cintura do monstro. Parei no ar, usando de minhas habilidades de ceifador. Aquela luta não seria fácil, mas bastava uma boa estratégia.
- Poderes:
- † Noturno - Os meus filhos enxergam normalmente no escuro.
Perícia com Foice I. Terão uma certa habilidade ao manusear foices, realizando golpes incríveis com a arma.
Benção de seu Mestre. Quando nas sombras, seus poderes, sentidos e habilidades são dobradas.
Impulsão Espiritual Inicial. Concentra energia espiritual no seu corpo, impulsionando movimentos, acrobacias e velocidade para os seus dobros.
Passos Aéreos. Concentra energia espiritual na sola dos pés, mantendo-o como que "em pé" no ar. Só pode fazer isso em baixas altitudes e o gasto de MP é contínuo enquanto usar a habilidade (5 a 10 por turno).
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Re: O Novo Imortal
POST XIII
"Eles precisam de você, desesperadamente. De certa maneira, você é a pessoa mais importante entre os sete... Como o disco de controle no cérebro do dragão. Sem você, o poder dos demais não vale nada."
Odeio pessoas que não me escutam – Pensei comigo mesma. Um suspiro profundo escapou dos meus lábios. Não pude identificar se era por frustração, cansaço ou uma raiva tentando ser suprimida. O humor negro de Licaão não era bem visto aos meus olhos; sua voz de escárnio incomodava-me como mil agulhas de gelo cutucando meu cérebro, quase insuportável, e seu jeito descrente. Ah, isso sem dúvida era o que mais me irritava. Aquela maneira de olhar para nós e sorrir, como se já nos visse como perdedores antes mesmo de medir forças, fazia meu sangue ferver, repudiando o clima frio da escuridão. – Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo – A voz ecoou de um lugar que eu não pude identificar, mas limitei-me a olhar em volta. Os olhos de águia, agora ativados, tentando captar qualquer movimento suspeito. - Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. – Alguns segundos após a frase ser concluída, uma gargalhada escandalosa irrompeu de David, o que me fez rolar os olhos e ponderar comigo mesma sobre o que Licaão havia dito... “Nem seus amigos".
- Ouviu anjinha? Não poderá mais usar a língua venenosa contra mim. – Não, eu não tinha mais esperanças de que Dave era capaz de levar algo a sério. Por um momento, desejei que o David “assassino de Angelique” estivesse ali, não o David “adoro irritar a Angelique” de agora. Enfim, nada respondi. E recusei-me a escutar o que mais ele tinha a dizer, continuando a prestar atenção nos que no que nos rodeava. – David, me dê cobertura. – Aquilo não era um pedido.
Aumentei as chamas que me rodeavam, e em uma brisa rápida, alguém apareceu ao meu lado. Alguém que poderia ser facilmente ser confundido com o inimigo, por exalar escuridão, mas meus olhos já haviam captado os dois semideuses. E de repente o que Licaão dissera se encaixava perfeitamente aos dois novos convidados. Amigos. - Vamos equilibrar essa luta... filha de Zeus... – Assenti calmamente e quase ao mesmo tempo em que ele se preparava para lutar, enrosquei meus dedos em volta de minha foice. Estava dentro do meu círculo de fogo sagrado, onde manipular o fogo era mais fácil, e eu assim o fiz, rodeando fogo sagrado em volta da lâmina sem realmente queimá-la. – Angelique... – Murmurei baixinho, um segundo antes do filho de Hades atacar. Queria que ele me chamasse pelo nome, não por meu progenitor.
David fazia de cavalinho um dos lobos. O filho de Hades atacava o outro a sua maneira. Estava em dúvida se deveria continuar tentando localizar Licaão, ou se os ajudava na batalha. De qualquer modo, eu não poderia sair do círculo sagrado, então lancei fogo contra ambos os lobos assim que os semideuses estavam longe o suficiente para não atingi-los. Meus olhos ostentavam eletricidade, fazia tempo que eu não a usava, afinal, mas as chamas também faziam parte de mim. Era como “eletricidade em chamas”. Ridículo. Dei mais uma olhada em volta... Os olhos de águia tragando tudo novamente, enquanto eu esperava que os outros semideuses me dessem cobertura enquanto eu o fazia. – Vamos, Licaão. Não quer prestar contas com a mocinha, filha de quem lhe amaldiçoou? – Agarrei-me a lança, ao fogo e confiei em meus olhos, esperando alguém sair de qualquer lugar sem aviso. Ah, eu estava preparada para cortá-lo no meio caso ele o fizesse.
- O Herói Perdido. Pág 205
...
Odeio pessoas que não me escutam – Pensei comigo mesma. Um suspiro profundo escapou dos meus lábios. Não pude identificar se era por frustração, cansaço ou uma raiva tentando ser suprimida. O humor negro de Licaão não era bem visto aos meus olhos; sua voz de escárnio incomodava-me como mil agulhas de gelo cutucando meu cérebro, quase insuportável, e seu jeito descrente. Ah, isso sem dúvida era o que mais me irritava. Aquela maneira de olhar para nós e sorrir, como se já nos visse como perdedores antes mesmo de medir forças, fazia meu sangue ferver, repudiando o clima frio da escuridão. – Desculpem, semideuses, mas nem o vosso senso de humor pode abater os sentidos de um lobo – A voz ecoou de um lugar que eu não pude identificar, mas limitei-me a olhar em volta. Os olhos de águia, agora ativados, tentando captar qualquer movimento suspeito. - Suas vidas não serão longas o suficiente para que suas línguas ainda estejam dentro de suas bocas para a próxima vez que utilizarem-nas. Nem vocês, nem seus amigos. – Alguns segundos após a frase ser concluída, uma gargalhada escandalosa irrompeu de David, o que me fez rolar os olhos e ponderar comigo mesma sobre o que Licaão havia dito... “Nem seus amigos".
- Ouviu anjinha? Não poderá mais usar a língua venenosa contra mim. – Não, eu não tinha mais esperanças de que Dave era capaz de levar algo a sério. Por um momento, desejei que o David “assassino de Angelique” estivesse ali, não o David “adoro irritar a Angelique” de agora. Enfim, nada respondi. E recusei-me a escutar o que mais ele tinha a dizer, continuando a prestar atenção nos que no que nos rodeava. – David, me dê cobertura. – Aquilo não era um pedido.
Aumentei as chamas que me rodeavam, e em uma brisa rápida, alguém apareceu ao meu lado. Alguém que poderia ser facilmente ser confundido com o inimigo, por exalar escuridão, mas meus olhos já haviam captado os dois semideuses. E de repente o que Licaão dissera se encaixava perfeitamente aos dois novos convidados. Amigos. - Vamos equilibrar essa luta... filha de Zeus... – Assenti calmamente e quase ao mesmo tempo em que ele se preparava para lutar, enrosquei meus dedos em volta de minha foice. Estava dentro do meu círculo de fogo sagrado, onde manipular o fogo era mais fácil, e eu assim o fiz, rodeando fogo sagrado em volta da lâmina sem realmente queimá-la. – Angelique... – Murmurei baixinho, um segundo antes do filho de Hades atacar. Queria que ele me chamasse pelo nome, não por meu progenitor.
David fazia de cavalinho um dos lobos. O filho de Hades atacava o outro a sua maneira. Estava em dúvida se deveria continuar tentando localizar Licaão, ou se os ajudava na batalha. De qualquer modo, eu não poderia sair do círculo sagrado, então lancei fogo contra ambos os lobos assim que os semideuses estavam longe o suficiente para não atingi-los. Meus olhos ostentavam eletricidade, fazia tempo que eu não a usava, afinal, mas as chamas também faziam parte de mim. Era como “eletricidade em chamas”. Ridículo. Dei mais uma olhada em volta... Os olhos de águia tragando tudo novamente, enquanto eu esperava que os outros semideuses me dessem cobertura enquanto eu o fazia. – Vamos, Licaão. Não quer prestar contas com a mocinha, filha de quem lhe amaldiçoou? – Agarrei-me a lança, ao fogo e confiei em meus olhos, esperando alguém sair de qualquer lugar sem aviso. Ah, eu estava preparada para cortá-lo no meio caso ele o fizesse.
...
PODERES UTILIZADOS:
- Olhar de Águia Inicial {Nível 4} A águia é o símbolo de zeus e um dos animais que possuem a melhor visão. O filho de Zeus tem olhar privilegiado e pode olhar perfeitamente tudo que esta a 10 m de distância dele.
- Pirociclo Inicial: Vocês conseguem criar um círculo, forma que simboliza Héstia, formado por chamas sagradas, então pode lançá-las contra algum corpo, causando um certo dano ou destruição. Custo: 11 MP. Limitações: Max.: 18m de distância.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Respeito Elevado: Assim como sua mestra você é repeitada entre humanos e semideuses, mortais e imortais, por isso você nunca será atacada por um oponente sem motivos, ou seja, a não ser que você inicie o embate ou o provoque não importa a ferocidade ou irracionalidade, o adversário não lhe atacará.
- Pirociclo Inicial: Vocês conseguem criar um círculo, forma que simboliza Héstia, formado por chamas sagradas, então pode lançá-las contra algum corpo, causando um certo dano ou destruição. Custo: 11 MP. Limitações: Max.: 18m de distância.
- Piroconverção Sagrada: Para conseguir utilizar sua Pirocinese Sagrada, as Vestais tem a capacidade de transformar qualquer fogo conveniente em fogo sagrado, para que possa assim manipulá-lo. Mas só pode transformar o fogo já existente e não produzi-lo para depois transformá-lo.
- Pirocinese Sagrada I: Vestais de Héstia possuem a habilidade de manipular o fogo sagrado, é semelhante ao fogo convencional só que suas tonalidades ao invés de serem vermelho, laranja e amarelo, são amarelo, beje e branco. Você pode movimentar tal elemento de acordo com seus comandos mentais, por enquanto nada muito complexo e que não envolva nada além da movimentação do novo elemento. Custo: Quantidade pequenina de energia (Exatidão Variável)
- Respeito Elevado: Assim como sua mestra você é repeitada entre humanos e semideuses, mortais e imortais, por isso você nunca será atacada por um oponente sem motivos, ou seja, a não ser que você inicie o embate ou o provoque não importa a ferocidade ou irracionalidade, o adversário não lhe atacará.
Angelique Marshall Harmon- Filhos de Zeus
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Re: O Novo Imortal
A caminhada havia sido calma e sem problemas. Podia sentir aura tenebrosa do local para o qual estavámos indo. Isso me deixava bem confortável, sempre me sentia mais poderoso em ambientes sombrios, ainda mais quando já era noite. À nossa frente mais barulhos de vozes. Um poderoso grito fez com que corrêssemos ainda mais. Andrew apontou um caminho e por ele seguimos, ouvindo barulhos indistintos.
- ...nem seus amigos! - foi o que ouvimos assim que pudemos distinguir completamente as silhuetas de dois semideuses e dois lobisomens. Me concentrei na voz procurando sua fonte. Por ums segundo ou menos, pude ver outro licantropo , mas um pouco diferente dos outros, graças à minha ótima visão no escuro.
Eram uma menina e um menino e estavam separados dos licantropos por uma parede de fogo. Imediatamente reconheci o garoto, era David, filho de Hefesto. Ele era bem popular no acampamento por ser um dos melhores artesões, mesmo entre seus irmãos; mas não pude reconhecer a menina de primeira por causa do fogo. Mais a frente, pude distinguir mais quatro semideuses, entre eles um de meus irmãos, James, e Kyle, que parecia ter acabado de chegar lá.
- Se disfarçar nas sombras não vai ser muito efetivo, Hao. Eles têm um faro muito apurado, no máximo os confundiria por um tempo. Vamos nos
espalhar. - disse Andrew que em seguida se projetou para onde estava a garota.
Enquanto isso David havia investido com tudo no lobisomem mais próximo de si. Andrew parecia se preparar para atacar junto da garota o outro licantropo. Concentrei-me em tentar localizar o lugar de onde tinha vindo aquela terrivel voz meio-humana. Habilitei as katares e com o escudo nas costas entrei na floresta.
Mais uma vez entrei em meu modo assassino, me esgueirando com o maior cuidado, conseguindo ver na escuridão da floresta, procurando pelo dono da voz misteriosa. Fiz cinco bolas de escuridão em minhas mãos, pronto para lançá-las ao menor indicio de cheiro do homem-lobo.
- ...nem seus amigos! - foi o que ouvimos assim que pudemos distinguir completamente as silhuetas de dois semideuses e dois lobisomens. Me concentrei na voz procurando sua fonte. Por ums segundo ou menos, pude ver outro licantropo , mas um pouco diferente dos outros, graças à minha ótima visão no escuro.
Eram uma menina e um menino e estavam separados dos licantropos por uma parede de fogo. Imediatamente reconheci o garoto, era David, filho de Hefesto. Ele era bem popular no acampamento por ser um dos melhores artesões, mesmo entre seus irmãos; mas não pude reconhecer a menina de primeira por causa do fogo. Mais a frente, pude distinguir mais quatro semideuses, entre eles um de meus irmãos, James, e Kyle, que parecia ter acabado de chegar lá.
- Se disfarçar nas sombras não vai ser muito efetivo, Hao. Eles têm um faro muito apurado, no máximo os confundiria por um tempo. Vamos nos
espalhar. - disse Andrew que em seguida se projetou para onde estava a garota.
Enquanto isso David havia investido com tudo no lobisomem mais próximo de si. Andrew parecia se preparar para atacar junto da garota o outro licantropo. Concentrei-me em tentar localizar o lugar de onde tinha vindo aquela terrivel voz meio-humana. Habilitei as katares e com o escudo nas costas entrei na floresta.
Mais uma vez entrei em meu modo assassino, me esgueirando com o maior cuidado, conseguindo ver na escuridão da floresta, procurando pelo dono da voz misteriosa. Fiz cinco bolas de escuridão em minhas mãos, pronto para lançá-las ao menor indicio de cheiro do homem-lobo.
- Poderes Usados:
Passivos:
○ Perito Assassino ○ – O filho de Érebo é perito no manuseio de armas como katares e hidden blades. Com tais armas são mais precisos e conseguem executar movimentos com grande habilidade.
○ Trevosidade Natural ○ – Como filhos das trevas, filhos de Érebo tem seus poderes e habilidades aprimoradas quando estão em um ambiente sombrio, além disso também conseguem enxergar normalmente em ambientes escuros e se aprimoram durante o período noturno.
Ativos:
○ Trevosfera ○ – Consegue concentrar quantias de escuridão em sua mão formando esferas formadas por trevas. Estas podem ser lançadas contra algum corpo. {Criadas: 5}
Hao Asakura- Filhos de Érebo
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Re: O Novo Imortal
As gingadas de David não superavam o extremo reflexo lupino do híbrido, que já afiava umas presas nas outras, convicto da mordida que daria assim que David se aproximasse um pouco mais, só um pouquinho mais era necessário para encontrar o pescoço do garoto. Sua boca asquerosa foi se planeando em um sorriso famélico, suas garras iam se abrindo, esperançosas de que fechariam-se no crânio do filho de Hefesto. David avançou contra o lobo; o lobo faria o mesmo contra David, logo quando rajadas de fogo, procedentes do isqueiro do garoto, foram disparadas. Um fulgor ofuscou os olhos noturnos do lobo, que, avezados com as sombras e trevas, foram domadas de uma intensa ardência, suas lágrimas negras e condensadas escoavam do vazio dos seus olhos. À visão de David, foi a mais bela cena que se podia ter naquela noite. A padra foi lançada da mão do rapaz, cravando na barriga da perna do lobo. Um uivo desesperado vez com que, por alguns segundos, David cogitasse em vacilar, mas não o fez. O velho lobisomem estava de joelhos, prostrado ao filho de Hefesto que, em cima de suas costas, emitiu ondas sonoras tão poderosas quanto as de antes, agora tão perto dos tímpanos daquele canídeo, fazia seus pelos tremerem. Montado no animal, David sentia as vibrações no corpo da besta, seu punho se chocando com o focinho moncoso e úmido do lobo, e ambos caíram. As costas do semideus encontravam o chão, do seu lado, o concentrado sangue negro do híbrido escorria de seu nariz e ouvido.
Tudo era muito rápido para que fosse raciocinado, principalmente seus inimigos, rápidos demais para que fossem subestimados. O filho de Hades, inteligente e ciente do faro apurado dos lobos, deu apenas alguns passos até que se projetasse ao lado de Angelique, a filha de Zeus. Provavelmente não se conheciam, mas dado que Andrew já estava entrajado para o combate que vinha a seguir, eles lutariam juntos, quase tão dinamicamente quanto ela e o filho de Hefesto, os "Tomada Desencapada". O rapaz saltou, seus pés pareceram apoiarem-se no ar, como se escadas sombrias se formassem especialmente para ele. A extremidade de sua corrente prende-se à sua foice, e sendo segurada pelo garoto, tendo total plenitude mesmo na escuridão, fazia o lobo de alvo, seu tórax era o ponto. Numa espécie de movimento giratório, a corrente seguia em direção ao lobo, até que ele agarrasse-a. As mãos nojentas do monstro agarraram a corrente, impedindo que ela continuasse seu curso, ainda que a foice, parando bruscamente sua rota, cravasse em seu peito. "Urr" - emitiu o híbrido, arrancando a lâmina da foice de sua pele, que se regenerou imediatamente. - Ferro estígio? - o lobisomem perguntou, com desdém, rindo do fracasso de Andrew. - Vamos brincar de verdade agora, semideuses! - Ao findar da frase, o fogo sagrado de Angelique se espalhou, queimando seus pelos. As chamas o consumiam aos poucos, ele soltava gemidos de cachorro, mas ele parecia regenerar-se a cada fio de cabelo queimado. Ainda sim, ele sorria arrogantemente.
"Angelique..." - a garota filha de Zeus fazia questão de deixar claro seu nome. Seus olhos elétricos admiravam a lâmina chamejante que Hades lhe presenteou. O fogo sagrado que ela mesmo manipulava naquela arma, identificava-se com seus olhos azul relâmpago. Ainda que ela não se orgulhasse se ser intitulada a filha do soberano, ainda era detentora de tais olhos intimidadores, detentora de um espírito que resistiu à peste, de uma alma inabalável. Aquela era uma filha de Zeus, personalidade a qual nunca a abandonaria, afinal. Suas provocações para Licaão não passavam de tolices para ele, não funcionariam sozinhas, o desejo de matá-la partia dele, e então este saiu das trevas. Suas feições encontravam-se idênticas as de antes, pelo menos por enquanto. Ele fitou Angelique, suas presas foram novamente reveladas, e então uma das piores cenas foi presenciada pela garota. O luar, de súbito, iluminou Licaão, a noite pareceu envolvê-lo, seu corpo se esticava. Barulhos foram ouvidos, os ossos do lobo estavam se quebrando, sua pele rasgava e era substituída por pelos, assim como os outros lobisomens; contudo, esse era pior. A coluna foi a primeira a se destacar, formando um lobo muito maior e intimidador comparado aos outros. Resquícios de sua pele jaziam no chão, baba gotejava de frestas entre suas presas, Licaão nada disse, ele uivou para a lua. Com um rápido movimento de mãos, suas garras dobraram de tamanho, talvez quase a metade do tamanho de uma lâmina longa de espada, quão enormes eram as dimensões daquele lobisomem. Armado e camuflado, Hao era o único que partilhava daquela visão com Angelique.
Tudo era muito rápido para que fosse raciocinado, principalmente seus inimigos, rápidos demais para que fossem subestimados. O filho de Hades, inteligente e ciente do faro apurado dos lobos, deu apenas alguns passos até que se projetasse ao lado de Angelique, a filha de Zeus. Provavelmente não se conheciam, mas dado que Andrew já estava entrajado para o combate que vinha a seguir, eles lutariam juntos, quase tão dinamicamente quanto ela e o filho de Hefesto, os "Tomada Desencapada". O rapaz saltou, seus pés pareceram apoiarem-se no ar, como se escadas sombrias se formassem especialmente para ele. A extremidade de sua corrente prende-se à sua foice, e sendo segurada pelo garoto, tendo total plenitude mesmo na escuridão, fazia o lobo de alvo, seu tórax era o ponto. Numa espécie de movimento giratório, a corrente seguia em direção ao lobo, até que ele agarrasse-a. As mãos nojentas do monstro agarraram a corrente, impedindo que ela continuasse seu curso, ainda que a foice, parando bruscamente sua rota, cravasse em seu peito. "Urr" - emitiu o híbrido, arrancando a lâmina da foice de sua pele, que se regenerou imediatamente. - Ferro estígio? - o lobisomem perguntou, com desdém, rindo do fracasso de Andrew. - Vamos brincar de verdade agora, semideuses! - Ao findar da frase, o fogo sagrado de Angelique se espalhou, queimando seus pelos. As chamas o consumiam aos poucos, ele soltava gemidos de cachorro, mas ele parecia regenerar-se a cada fio de cabelo queimado. Ainda sim, ele sorria arrogantemente.
"Angelique..." - a garota filha de Zeus fazia questão de deixar claro seu nome. Seus olhos elétricos admiravam a lâmina chamejante que Hades lhe presenteou. O fogo sagrado que ela mesmo manipulava naquela arma, identificava-se com seus olhos azul relâmpago. Ainda que ela não se orgulhasse se ser intitulada a filha do soberano, ainda era detentora de tais olhos intimidadores, detentora de um espírito que resistiu à peste, de uma alma inabalável. Aquela era uma filha de Zeus, personalidade a qual nunca a abandonaria, afinal. Suas provocações para Licaão não passavam de tolices para ele, não funcionariam sozinhas, o desejo de matá-la partia dele, e então este saiu das trevas. Suas feições encontravam-se idênticas as de antes, pelo menos por enquanto. Ele fitou Angelique, suas presas foram novamente reveladas, e então uma das piores cenas foi presenciada pela garota. O luar, de súbito, iluminou Licaão, a noite pareceu envolvê-lo, seu corpo se esticava. Barulhos foram ouvidos, os ossos do lobo estavam se quebrando, sua pele rasgava e era substituída por pelos, assim como os outros lobisomens; contudo, esse era pior. A coluna foi a primeira a se destacar, formando um lobo muito maior e intimidador comparado aos outros. Resquícios de sua pele jaziam no chão, baba gotejava de frestas entre suas presas, Licaão nada disse, ele uivou para a lua. Com um rápido movimento de mãos, suas garras dobraram de tamanho, talvez quase a metade do tamanho de uma lâmina longa de espada, quão enormes eram as dimensões daquele lobisomem. Armado e camuflado, Hao era o único que partilhava daquela visão com Angelique.
† † † † †
• Angelique Marshall Harmon - HP: 150; MP: 130.
• David B. Feuer - HP: 120; MP: 115.
• Andrew Maverick - HP: 190; MP: 175.
• Hao Asakura - HP: 100; MP: 85.
♦ Licaão - HP: 800;
♦ Lobisomem I - HP: 460.
♦ Lobisomem II -
Missão ligada: https://gods-and-demigods.forumeiros.com/t303p45-o-novo-imortal#7786
Hades- Deuses
- Mensagens : 193
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Data de inscrição : 08/01/2012
Localização : Mundo Inferior
Ficha do personagem
HP:
(99999999/99999999)
MP:
(99999999/99999999)
Arsenal:
Re: O Novo Imortal
BARKING TO THE MOON
tell all the enemies, we're ready for the war
O lobão caiu ao chão diante de meus olhos, sangue negro jorrava de seu focinho quebrado e de seus ouvidos que tiveram os potentes tímpanos estourados por meu grito escandaloso. Era um a menos e agora restavam mais dois, o líder do bando e seu último capacho. Ainda no chão virei-me para encarar o resto do filme, o outro lobisomem estava saindo-se bem contra as tentativas de minha parceira e nosso mais novo auxilio, fiquei aliviado ao perceber que o garoto estava do nosso lado da dança. Ele regenerou-se mesmo com o golpe de foice do carinha que logo reconheci como um ceifador, sua capa trevosa deixava bem óbvio. As chamas de Angel também não tiveram muito efeito.
Eu sorri insatisfeito e levantei-me. Neste momento ouvi um uivo retumbar por toda a floresta, talvez o Olimpo tivesse escutado aquilo. Os pelos de minha nuca arrepiaram-se. Se o lobo lacaio estava diante do ceifeiro, era óbvio que o outro seria Licaão, mas aquele uivo foi muito mais potente do que os que ele dera antes. Eu então enfiei a mão mecânica no bolso e vasculhei até encontrar uma coisa que há muito tempo não era portada por mim, o cristal negro que brotará do solo assim que vi Angel. Ergui a pedrinha obscura diante de meus olhos segurando-a com o indicador e o polegar, tudo com a velocidade que era exigida.
▬ Olha só... ▬ Eu murmurei para a pedra. ▬ Eu acho que fui um dos poucos que não pediu nada para um deus desde que chegou, como deve saber senhor do submundo sou muito irreverente e tenho certas raízes de rebeldia... ▬ Chacoalhei a cabeça em meio aquilo que era o que eu mais fazia próximo de uma oração, mas lembrei-me que não era uma visita ao terapeuta. ▬ Entonces... Peço que me dê uma mãozinha por obséquio para vencer o lobão que seu maldito irmão deu asas, ou melhor pelos e garras.
Coloquei o cristal sombrio em meu bolso novamente e parti para auxiliar meus parceiros. Em meio ao caminho, abri a boca e emite ondas sonoras com frequência controladas, rapidamente meus ouvidos captaram as localidades próximas graças ao sonar. Havia Andrew e em sua frente o lobisomem, havia mais uma forma feminina que era Angie e próximo dela mais um alguém, o garoto sombrio que outrora havia visto ao lado do rapaz de foice. Porém o principal, o maior, estava de frente para a senhorita elétrica, um lobo humanoide realmente colossal. Prossegui minha disparada um pouco preocupado com aquilo. Licaão teve um upgrade um tanto repentino.
Postei-me ao lado do ceifador sombrio. Esbocei um sorriso que transformou-se em careta ao sentir o cheiro de pelo queimado vindo do monstro na minha frente. Infelizmente não havia prata disponível por ali e isso sim seria efetivo contra o lobito. Eu pisquei para Andrew tentando transmitir a ideia de acompanhar a dança. Lancei mais um par de bolas de fogo de meu isqueiro para os céus, clareando o ambiente. Esperava dar uma deixa para que o ceifeiro atacasse a besta iludida pelas flamas luminosas pairando no céu. Chutei várias pedras para o alto e então soltei do fundo de minha garganta uma onda sônica que as arrebatou durante seu percurso pairando. Assim voou sobre o monstro uma rajada sônica recheada de projeteis pedregosos. Fechei os olhos e enviei mais uma onda sônica, mas desta vez não com o fim de localização e sim para desviar a rota de alguns morcegos espalhados pela floresta e pelo templo para que viessem até aquela marte da floresta e nos ajudassem contra os lupinos.
Eu sorri insatisfeito e levantei-me. Neste momento ouvi um uivo retumbar por toda a floresta, talvez o Olimpo tivesse escutado aquilo. Os pelos de minha nuca arrepiaram-se. Se o lobo lacaio estava diante do ceifeiro, era óbvio que o outro seria Licaão, mas aquele uivo foi muito mais potente do que os que ele dera antes. Eu então enfiei a mão mecânica no bolso e vasculhei até encontrar uma coisa que há muito tempo não era portada por mim, o cristal negro que brotará do solo assim que vi Angel. Ergui a pedrinha obscura diante de meus olhos segurando-a com o indicador e o polegar, tudo com a velocidade que era exigida.
▬ Olha só... ▬ Eu murmurei para a pedra. ▬ Eu acho que fui um dos poucos que não pediu nada para um deus desde que chegou, como deve saber senhor do submundo sou muito irreverente e tenho certas raízes de rebeldia... ▬ Chacoalhei a cabeça em meio aquilo que era o que eu mais fazia próximo de uma oração, mas lembrei-me que não era uma visita ao terapeuta. ▬ Entonces... Peço que me dê uma mãozinha por obséquio para vencer o lobão que seu maldito irmão deu asas, ou melhor pelos e garras.
Coloquei o cristal sombrio em meu bolso novamente e parti para auxiliar meus parceiros. Em meio ao caminho, abri a boca e emite ondas sonoras com frequência controladas, rapidamente meus ouvidos captaram as localidades próximas graças ao sonar. Havia Andrew e em sua frente o lobisomem, havia mais uma forma feminina que era Angie e próximo dela mais um alguém, o garoto sombrio que outrora havia visto ao lado do rapaz de foice. Porém o principal, o maior, estava de frente para a senhorita elétrica, um lobo humanoide realmente colossal. Prossegui minha disparada um pouco preocupado com aquilo. Licaão teve um upgrade um tanto repentino.
Postei-me ao lado do ceifador sombrio. Esbocei um sorriso que transformou-se em careta ao sentir o cheiro de pelo queimado vindo do monstro na minha frente. Infelizmente não havia prata disponível por ali e isso sim seria efetivo contra o lobito. Eu pisquei para Andrew tentando transmitir a ideia de acompanhar a dança. Lancei mais um par de bolas de fogo de meu isqueiro para os céus, clareando o ambiente. Esperava dar uma deixa para que o ceifeiro atacasse a besta iludida pelas flamas luminosas pairando no céu. Chutei várias pedras para o alto e então soltei do fundo de minha garganta uma onda sônica que as arrebatou durante seu percurso pairando. Assim voou sobre o monstro uma rajada sônica recheada de projeteis pedregosos. Fechei os olhos e enviei mais uma onda sônica, mas desta vez não com o fim de localização e sim para desviar a rota de alguns morcegos espalhados pela floresta e pelo templo para que viessem até aquela marte da floresta e nos ajudassem contra os lupinos.
- Equipamentos:
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Flechas [2x] - Emprestadas de Angelique ::: Guardados na calça.
- Cristal Negro. - Fragmento, item de missão. ::: Devolvido ao bolso.
- Isqueiro - Ganhado durante os Jogos Olímpicos ::: Portado pela mão direita.
- Poderes:
- ::: PASSIVOS :::Tenacidade Física.
Grito Sônico.
Ecolocalização.::: ATIVOS :::Pirocinese Inicial.
template based in neon suicide at @ops
David R. Feuer- Filhos de Hefesto
- Mensagens : 169
Pontos : 173
Data de inscrição : 10/01/2012
Idade : 28
Localização : Cracolândia.
Ficha do personagem
HP:
(160/160)
MP:
(160/160)
Arsenal: