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Ω Uma fissura no mundo Ω - Missão para Gabrielle

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Mensagem  Thanatos Seg Dez 30, 2013 1:21 pm

Cada dia no Acampamento Meio-Sangue começava do mesmo jeito. O sol nascia preguiçoso, como se relutasse em acordar as crianças e adolescentes daquele local para mais um dia difícil. Nada de especial. Pelo menos não de primeira vista. Todos os dias, uma manhã que nascia comum logo se tornava em treinos arriscados e complexos, aulas de mitologia super difíceis, missões duvidosas e encontros esquisitos com deuses nada amigáveis.
Mas não naquele dia.
Naquele dia, o próprio Zeus arregalou os olhos. Hera, ao seu lado, costumava fazer piadas sempre que Zeus se assustava com algo. Soltava um "Olhem só, o Deus dos Deuses com medo de uma energia suspeita. Estamos arruinados".
Naquele dia, ela não falou nada mais do que: "Eu senti também. Avise Dionísio."

E, assim, somos levados à nossas duas meio-sangues, as vítimas dessa história. Ambas deveriam estar dormindo em seus respectivos chalés, afinal, eram três da madrugada. Corallyne, por ser uma comensal de Nyx, e Gabrielle, por ser uma ceifadora de Thanatos, se fortaleciam, de noite. Talvez essas naturezas secundárias das semideusas as mantivessem de olhos abertos. O que quer que estivessem fazendo, foram interrompidas por um som que quebrava a noite. O silêncio, devido a todos estarem dormindo, foi atravessado por um barulho conhecido de cascos. Eram dois. Um sátiro.

De cabelo em formato de cuia, liso e castanho, chifres prateados e um pouco mal cuidados emergindo da cabeça e uma barba por fazer, Ian Gravelock seguia com feições de pura preocupação e nervosismo. Vestia-se pronto para a batalha, por algum motivo: uma armadura de couro negra, cobrindo o corpo perfeitamente. Por baixo, uma malha preta, perfeita para movimentação. Guardadas em várias bainhas anexadas ao longo da armadura estavam um total de vinte e seis adagas. Ombros, antebraços, coxas, todas as laterais repletas de lâminas curtas e prateadas embainhadas. Em sua mão, dois pergaminhos. Seus olhos claros encontraram a porta do chalé de Éris e, logo após, do de Quione.

O sátiro bateu na porta quatro vezes, deixando o pergaminho no batente. Foi até o próximo chalé e fez o mesmo. Ian esperou pelas duas no meio do pátio dos chalés, sentado em um banco. Dava olhadas ao redor, esperando pelas duas.

No pergaminho, havia:
Caro(a) campista,

Você foi escolhido especificamente para realizar uma missão aos deuses. Embora esse pergaminho de missão seja padrão para todos os eventos em que a atuação em campo de meio-sangues seja requisitada, existem certos detalhes que devem ser mencionados. Para facilitar o entendimento da missão para a qual foram convocados, aqui está um formulário preenchido e assinado pelo Sr. D. Caso existam duvidas, por favor seguir o sátiro até a Casa Grande. Caso contrário, Argos os(as) espera.

Nível da missão: Desconhecido
Tipo de missão: Reconhecimento de campo
Deus responsável pela convocação: O panteão
Detalhes adicionais: Desconhecidos

Sr. D




Spoiler:


Última edição por Thanatos em Ter Jan 07, 2014 9:10 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Gabrielle Fountain Seg Dez 30, 2013 7:16 pm

O dia foi cansativo. Estava retornando da Arena reparando em mais nada além do chão enquanto caminhava em direção ao chalé de minha mãe, carregando meu arco na mão direita e, pendurado nas costas, a cesta a qual minhas flechas de treino estavam guardadas. Coberta por lama e sujeira, até mesmo por dentro da armadura, eu não andava muito animada, estava quase me arrastando pelo acampamento como se um fardo de 10 quilos estivesse sobre minha cabeça e a gravidade ajudando a empurrá-lo para baixo, como um castigo. O calor tinham esse efeito sobre mim e como as regras sobre o horário de recolher no Acampamento eram extremamente rígidas, não me sobrava nada a não ser usar o tempo que podia para treinar, terminando os exercícios um pouco antes do Sol se por. Sabia que quando a escuridão chegasse todas as minhas forças restaurariam-se como uma bateria. Então logo entrei na casinha destinada aos filhos de Quione e caminhei em direção ao meu quarto, o qual era divido entre 4 irmãs, contando comigo. Retirei a armadura devagar, peça após peça e coloquei meu equipamento no canto do recinto. Soltei os cabelos do coque mal feito, vi uma toalha rosa pendurada na cabeceira da cama ao lado e segui para o banheiro com apenas com ela amarrada ao redor do meu corpo, pronta para uma banho gelado que me aguardava. Da janelinha do banheiro dava para ver o último raio solar se despedindo, o que significava que logo a Lua reinaria no céu e minhas forças retornariam para meu corpo. Liguei a torneira do chuveiro e estendi a mão para debaixo da água, garantindo se estaria devidamente congelaste. Retirei a tolha, pendurando-a na porta do box, e entrei sem pensar duas vezes, sentindo aquelas gotas baterem em meu corpo trazendo a sensação relaxante que eu tanto ansiava naquele dia tão quente de verão, como todos os dias naquele local magicamente controlado entre as colinas. Foi quando minha mente começo a viajar e analisar o quão intensa havia sido minha jornada até ali, depois de tanta caminhada.

Eu havia encontrado um lugar no meio do nada e de tudo, lugar o qual eu estava chamando de lar e eu sempre poderia voltar quando necessário. Era bom quando eu pensava na cama me esperando no beliche no canto do quarto, ao lado das minhas coisas. Apesar de tudo eu ainda sentia um pouco de saudades da minha vida peregrina, pois eu não estava acostumada com rotinas e podia fazer o que quisesse na hora que quisesse, sem restrições ou regras, sem controle ou rédeas, ao contrário daqui. Percebi que havia diminuído a quantidade de vezes que pensava nisso, assim como também pensava no orfanato, nos meus irmãos e na moça que cuidava de nós. Não foram ruim os tempos que passei ali. Mesmo sem ter tido uma casa fixa, ou pais para me segurar na queda, eu sempre me virei muito bem e aproveitei bastante minha infância. A decisão de ter saído de lá acabou sendo tanto minha quanto do destino, pois não poderia ficar ali quando completasse 18 anos de qualquer jeito. Teria que ir embora, então escolhi me adaptar antes do tempo previsto. As únicas coisas que restaram de antigamente feram o violão, encostado no canto do quarto perto da minha cama, e o maço de cigarros, vício companheiro desde os 15, adquirido no orfanato mesmo. Pensava onde estariam meus amigos e o que estariam fazendo, ter a chance de vê-los de novo e poder abraçá-los, relembrando os velhos tempos. Todavia era quase inútil pensar nisso, apenas me daria esperanças em coisas as quais não viriam a acontecer e trazendo mais decepção.

Fechei a torneira do chuveiro, peguei a toalha estendida e enxuguei primeiramente o rosto, seguindo para os cabelos molhados e o resto corpo. Sai do banheiro com a toalha enrolada, o Sol já tinha se posto e vi que meus irmãos de sangue ainda não haviam chegado. Me sentindo revigorada, abri o baú de madeira que ficava encostado na minha cama e de lá puxei uma escova de cabelo, calcinha, uma camisola e o isqueiro, colocando-os na tampa do baú ao fecha-lo.  Coloquei as roupas e sentei na cama para pentear levemente os cabelos molhados. Ao terminar peguei o isqueiro, que ainda estava sobre o baú, e o maço, o qual estava em cima de uma mesinha em um dos cantos do quarto. Eu não era a única fumante do Acampamento, porém nunca vi outros filho de Quione, além de mim, fumar. Talvez fosse por causa do desagradável calor emanado pelo cigarro, ou talvez apenas preocupação desnecessária com a saúde. Não largava aquele maço nem mesmo durante as missões, pois eram meus calmantes em tempos de crise. Eles que me seguraram quando estava passando por momentos ruins, e só eles tinham conhecimento de minha jornada por inteiro. Além de me proporcionarem uns bons sermões de como posso morrer mais jovem por fumar tanto, ou como eu poderia gostar de uma coisa tão horrível, eles eram capazes de fazer com que meu corpo entrasse em transe de uma forma que só eu entendia. Nunca quis parar e a ideia nunca passou pela minha cabeça. Encostada na varanda do quarto e tragando lentamente antes de soltar a fumaça, eu sabia porque eu gostava tanto deles, e não interessava para mais ninguém meu motivo. Depois de ficar ali por um bom tempo após pegar meu violão e ir tocando enquanto fumava, vi aqueles que moravam ali comigo querendo descansar e se posicionando em suas respectivas camas, resolvi parar e deitar. Conforme o planejado, a minha energia havia sido recuperada por causa da escuridão e eu não estava mais com tanto sono. Me forcei a dormir enquanto rolava de um lado ao outro na cama, até que…




"- Você me matou."- Dizia uma voz feminis no meio da escuridão. Eu estava em desespero! O que estava acontecendo? Onde estava? Olhava de um lado ao outro e nada, apenas o negro emanando… "- Você me matou! Você me matou!" , repetia a voz cada vez mais alto e agonizante. Um vento soprou na direção do meu rosto. "- Acorda Gabi, acorda.", dizia a voz sem eu entender. " - Acorda p***a!" . Foi então que eu abri os olhos e uma de minha irmãs estava em cima de mim balançando meus ombros. "- Tava lá na porta, é pra você.". Ela extendeu para mim um pergaminho enquanto eu levantava devagar e sentava na cama. Eu o pegeui, o abri e li o que estava escrito enquanto ela dava meia volta e retornava ao seu quarto. Olhei no relógio da cômoda e vi que eram mais de 3 horas da manhã e eu estava sendo requisitada em uma missão. Não sabia se ficava feliz ou preocupada pela confiança que depositavam em mim. Esfreguei os olhos e me espreguicei lentamente, alongando todos os músculos do meu corpo gentilmente. Fiquei de pé e comecei a organizar tudo para a missão, a qual aparentemente não iria ser nada fácil, conclusão que eu tirei após o aviso na madrugada… Fui até o baú e estiquei minha mão até o fundo para pegar a mochila, com cuidado para não revirar as poucas roupas e objetos que tinha lá dentro. Peguei uma roupa leve: uma calça legging preta, uma regata branca, um casaco fino listrado de vários tons de azul por cima e um tênis de sola lisa. Dentro da mochila eu organizei minha adaga de prata entalhada com flocos de neve com sua capa, o primeiro presente que tive de minha mãe, a capa de Ceifadora, a qual eu iria usar apenas no ponto de partida da missão, uma garrafa de água vazia, algumas barras de cereais, roupas limpas e o meu famosos travesseiro pequeno. O resto do que eu precisava estava no meu pulso em forma de pingente em uma pulseira prateada. Tanto a foice, presente do meu protetor Thanatos, quanto o arco presenteado pela minha mãe, estavam ali, em miniatura, onde eu pudesse transportá-los sem qualquer esforço, por isso nunca os tirava. Depois de tudo arrumado, coloquei a mochila nas costas e peguei o pergaminho seguindo até a Casa Grande para qualquer informação extra que pudesse conseguir ao encontrar com o sátiro. Tentando não fazer muito barulho, sai do chalé dessa vez observando o luar que me fortalecia e cheguei até o meu destino, onde o sátiro me aguardava preocupado.
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Mensagem  Corallyne Kramer Ter Dez 31, 2013 11:56 am



Missão '0'

Onde: Acampamento
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”Madruga tarde escura, acho que vai chover...” A musica era baixa e a melodia deixava o lugar iluminado apenas por velas ainda mais estranho. No chão com as costas escoradas apenas no sofá se encontrava uma garota de pela branca e cabelos quase brancos... Nas mãos da jovem apenas uma adaga, enquanto apoiava um dedo na ponta da adaga a garota pensava em algo, filetes de sangue escorriam por sua mão, alguns já seco, outros bem recentes. Não, ela não estava a se cortar, mas com os olhos fechados e com pequenas lagrimas escorrendo pelo rosto ela mal conseguia controlar a força que aplicava sobre a adaga. A lamina da arma manchada por sangue, as pernas desnudas do ser também... Em alguns momentos sombrios ouviam-se pequenas, breves e agudas risadinhas. Talvez estas viessem da pessoa sentada ali ou então algo sobrenatural se manifestava no ambiente. Quatro toques na porta e o ser abriu os olhos, rapidamente se levantou e assoprou cada uma das velas. Arrumou o short jeans sobre o corpo e levou o dedo que sangrava até a boca, talvez aquilo assustasse o visitante. Passando pelo mp4 a musica cessou. Seja lá quem fosse havia desligado a musica, a maçaneta da porta girou lentamente e os raios da lua invadiram o local iluminando o rosto do ser. Uma menina, o dedo ainda estava na boca e a blusa, bom, seria interessante se houvesse uma sobre o corpo da garota. Apenas o que se via era o short jeans e a parte de cima de uma lingerie tentadora e vermelha. A garota olhou para os lados mas  não conseguiu ver nada, ao tentar dar um passo sentiu algo abaixo dos pés. Recuando o mesmo ela teve a visão do pergaminho... Rolou os olhos e recolheu o papel adentrando o chalé. Alguns minutos mais tarde, no máximo trinta minutos a musica voltou a tocar, ainda assim sem as velas deixa o local com uma aparência triste. Ao lado do mp4 um espelho e a garota em frente a ele arrumando o cabelo...
Não demorou muito e esta por sua vez saiu do chalé indo em direção ao local citado no papel, ela ria com a possibilidade de matar ou lutar com alguém. Um tipo de machado era carregado nas costas da garota, um tipo de corda estava presa a cada ponta da arma e cruzava do ombro direito até o lado esquerdo da cintura da menina. Embaixo do machado um manto, aparentemente comum mas que até mesmo a semideusa desconhecia tal poder que este possuía. Ela chegou rapidamente ao centro dos chalés e encontrou sentado um sátiro. ”Ótimo... Receber ordens de um  bode....” O comentário da jovem causou-lhe um  breve risinho que despertou a atenção do sátiro para si mesma. Ela tornou a rolar os olhos ignorando a outra garota que se mantinha perto do sátiro. Um pequeno bocejo foi dado pela menina e esta se sentou ao lado do sátiro com um sorriso fraco e um tanto forçado nos lábios. –Então... Poderia me explicar melhor o que está acontecendo? As palavras saíram mais quase como um sussurro, os olhos da jovem estavam vidrados na outra semideusa e o sorriso permanecia em seus lábios. Em uma vaga e rara tentativa de ser amigável a menina estendeu a mão em direção a outra. –Me chamo Corallyne... Prole da Discórdia... A recém apresentada Corallyne observou a garota esperando que esta fosse gentil.
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Mensagem  Thanatos Ter Dez 31, 2013 4:09 pm

As duas seguiram seu caminho aparentemente tranquilas. Entretanto, pelas expressões feitas pelo sátiro e pelo conteúdo estranhamente preenchido pelo Sr D, na carta, algo estava não só errado, mas muito estranho. Era como se, realmente, ninguém soubesse o que os ameaçava. Gabrielle sabia que aquele seu sonho tinha algo peculiar, uma energia conhecida de tempos atrás ou, quem sabe, de tempos por vir. Tudo que ela sabia era que não gostava nada de tal energia. Corallyne sentia também. Com o canto do olho, pensou ter visto algo se mover. Uma pena suja de sangue voou no ar, deu uma ou duas piruetas na frente dos olhos da filha de Éris e pousou no joelho de Ian. O garoto sentava ao seu lado, no banco. Com um suspiro de nervosismo, ele rapidamente pegou a pena e a tirou da vista de Cora e Gabrielle. Mãos rápidas e treinadas. A filha de Quione reconhecia aqueles movimentos de quem tinha experiência em furtos, mas havia delicadeza neles. Era como se a aparência desajeitada e largada de Ian, à salvo pela sua armadura impecável, fosse completamente rebatida por um simples movimento das mãos.

- Muito prazer, Corallyne, me chamo Ian Gravelock - Falou o sátiro se pondo de pé. Seus cascos possuíam um tipo de forro por baixo, negro. Suas canelas de bode eram revestidas com um material que lembrava borracha. Talvez ele tivesse vestido enquanto esperava as garotas. - Terceiro em comando das patrulhas secretas do acampamento. Instrutor de acrobacias. Fui designado especialmente para levar as duas em segurança até o... - Seus olhos varreram para os lados, inquieto por um momento - ahm... local designado.

Silenciosamente, começou a caminhar na direção das colinas, esperando que as garotas o acompanhassem. Sua armadura negra quase o misturava com o ambiente, mas a iluminação do acampamento era o suficiente para distingui-lo.

- Vocês... não tem percebido, não é? Coisas estranhas estão acontecendo. Anormais. Não tanto no acampamento por causa da barreira mágica, mas até ela não vai aguentar muito. Logo haverão brechas... Dionísio está disposto a tirar qualquer duvida que exista quanto à missão, mas ele também está perdido. E muito ocupado. O deus da loucura... Os hospícios em todo o país estão batendo recordes de internações. Então... Colina ou Casa Grande?

Seus cascos pararam. Ele se virou e encarou as duas com olhos claros e vidrados. Como se estivesse lembrando de algo que houvera presenciado. Sua mão direita brincava com uma adaga retirada da cintura. Ela possuía um aro metálico no cabo, assim como todas as outras, por onde a rodava rapidamente com o dedo médio.

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Mensagem  Gabrielle Fountain Qua Jan 01, 2014 10:37 am

Quando estou na direção para falar com o sátiro, escuto ao longe passos de outra pessoa que se aproximava cada vez mais, pisando duramente na grama e nas pedras até chegar no recinto. A recém-chegada era outra semideusa, de cabelos loiros, a qual uma hora bocejava e outra ria com seus próprios pensamentos. "–Então… Poderia me explicar melhor o que está acontecendo?" - Disse ao sátiro, fria e duramente. Parecia irritada por ter sido acordada na madrugada, ainda mais com péssimas notícias. E depois referindo-se a mim se apresentou: "–Me chamo Corallyne... Prole da Discórdia…". Quando eu estava prestes a responder cordialmente a garota, o homem bode acabou nos interrompendo. Ele era baixinho como de se esperar. Suas pernas cobertas por pelos e o par de chifres na cabeça ainda me surpreendiam, por mais comum que fosse ver um homem daquela espécie andando pelo Acampamento e principalmente na plantação de morangos, ação a qual sustentava os gastos dali. Ele estava irrequieto e toda vez que tinha oportunidade, mexia na adaga em um sua cintura ou movia rapidamente suas mãos sem sentido algum,  enquanto mantinha a pose dentro daquela grande armadura negra perfeitamente polida. Eu estava extremamente desconfiada do que acontecia e, por causa de toda essa desconfiança, semicerrei os olhos em direção ao sátiro sentado do lado da garota que chegara a pouco, com o intuito de deixá-lo mais nervoso para liberar qualquer tipo de informação escondida, o motivo pelo qual meu pesadelo fora interrompido. Ao invés disso ele resolveu se apresentar, levantando-se bruscamente e falando sobre a missão sem revelar nada essencial, apenas o que já sabíamos quando o pergaminho chegou em nossas mãos e mais algumas informações inúteis sobre si."- Muito prazer, Corallyne, me chamo Ian Gravelock.Terceiro em comando das patrulhas secretas do acampamento. Instrutor de acrobacias. Fui designado especialmente para levar as duas em segurança até o... " - Exitou por um momento, atitude muito estranha e suspeita ao se levantar. - "ahm... local designado.". Ao terminar seu pronunciamento ele, sem avisar, começou a andar. Não, mais rápido que isso. Ele praticamente corria pelo Acampamento enquanto eu e a outra semideusa, sem tempo para nos encarar ou comentar qualquer coisa, íamos atrás dele. Passávamos pelos recintos daquele enorme lugar e estava tudo tão calmo, apenas conseguíamos ouvir os animais pequenos praticando seus ruídos noturnos, como em uma sinfonia, e os cascos do homem-bode batendo com rapidez no chão, seguido de nossos próprios pés. Estávamos indo em direção as Colinas e era quase como se não conseguíssemos ver o nosso guia camuflado na escuridão. O que nos orientava era o refletir de sua armadura ao entrar em contato com a luz de algumas tochas acesas, as quais também produziam nossas sombras, quase que maleficamente, na parede e no chão de onde passávamos.

Ele parou. Eu, quase num susto, pois o movimento era inesperado, recuei e arregalei os olhos, sem perceber se a menina que me acompanhava fazia o mesmo. Ele então virou para nós que o seguíamos e começou a falar com um ar de preocupação profunda, a qual eu, mesmo conseguindo ler auras produzidas por todas as criaturas, não conseguia decifrar."- Vocês... não tem percebido, não é? Coisas estranhas estão acontecendo. Anormais. Não tanto no acampamento por causa da barreira mágica, mas até ela não vai aguentar muito. Logo haverão brechas... Dionísio está disposto a tirar qualquer duvida que exista quanto à missão, mas ele também está perdido. E muito ocupado. O deus da loucura... Os hospícios em todo o país estão batendo recordes de internações. Então... Colina ou Casa Grande?" Ele estava nos dando a escolha de seguir até o sr. D, o diretor do Acampamento, o famoso Dionísio, Deus do vinho, das festas, mesmo ele não estando lá muito são. Nunca tive a chance de conhecê-lo pessoalmente, mas, nas devidas circunstancias, não seria uma vista agradável.Sua fama não era das melhores, porém eu ainda estava mais perdida do que cego em tiroteio em relação a o que deveríamos fazer e o que iríamos enfrentar nessa jornada. Então minha decisão logo foi tomada sem muito esforço, resolvi ir ao encontro do Deus e ver o quão ruim estava a situação a qual nos encontrávamos, pois qualquer informação extra que conseguisse abstrair, ajudaria bastante futuramente. Olhei para o sátiro franzindo o cenho, um certo ar de dúvida e confusão. Cruzei os braços e caminhei lentamente em sua direção olhando para baixo, pensativa. Ergui minha cabeça para apenas dizer minha decisão final. - Pretendo falar com Dionísio. Sucinta e sem rodeios. A essa hora o sono já tinha evaporado, nem lembrava mais do terrível pesadelo e nem pensava em acender um cigarro. Eu só estava interessada em descobrir o que me aguardava em meio a tanto mistério
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Mensagem  Corallyne Kramer Qua Jan 01, 2014 12:13 pm



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Onde: Acampamento
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O sátiro realmente transpareceu em um primeiro momento querer se vangloriar por todos os cargos que possuía. As palavras dele pareceram cansar a jovem filha de Éris, o sono não a predominava e este parecia que nem tão pouco iria chegar. Algo despertou completamente a atenção da jovem. Uma pena negra manchada de sangue a atraiu e por longos e apenas para Corallyne eternos segundos a pena pareceu dançar na sua frente como se estivesse gritando para a jovem que algo muito errado estava acontecendo, em uma vaga tentativa Cora tentou agarra-la, mas na verdade a pena pousou no joelho do sátiro que a tirou dali. A comensal observou o denominado Ian séria, aquela pena poderia ser até mesmo uma das pistas do que se passava... Por milésimos de segundos na cabeça de Corallyne ela imaginou que Ian poderia muito bem querer atrapalhar a tal missão... Enquanto pensava a jovem encarava o ser e pouca importância dava as palavras... A cada palavra algo se fixava mais e mais na mente da jovem, algo lhe dizia que Ian não era nada do que aparentava... Loucura dela ou talvez não... Como num livro que ela havia lido, aquele que parecia ser o mocinho era na verdade o pior dos vilões... Os pensamentos da jovem foram rapidamente afastados, bem a tempo dela simplesmente ouvir a ultima frase de aparentemente um discurso feito pelo sátiro. –Os  hospícios em todo o país estão batendo recordes de internações. Então... Colina ou Casa Grande? Cora abriu a boca indo responder a pergunta, porém a outra semideusa interrompeu lhe e respondeu primeiro. A prole da discórdia apenas entortou a boca e deu de ombros. Ela não se importava se iriam ou não falar com o deus ou iriam direto para a missão... Ela apenas queria voltar para o chalé e ficar pensando, ficar imersa em seus loucos e intensos pensamentos.
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Mensagem  Thanatos Qua Jan 01, 2014 9:14 pm

O sátiro assentiu. Olhou para Corallyne com um olhar seguro, como se imaginasse o desconforto que toda aquela confusão causasse para todos e quisesse, e algum modo, se desculpar. Seus cascos voltaram a trotar, pedindo que as duas o acompanhassem. Eles iam em direção à Casa Grande. A noite parecia muito mais fria do que o normal. Fria demais. Mas Gabrielle sabia que não era um frio do gelo, um frio comum. Ela sentia aquele frio na alma, não no corpo. Com os cantos dos olhos, os três podiam ver pequenos vultos dançando. Com alguns minutos de caminhada, já na metade do caminho, os vultos deixaram de se limitar aos cantos dos olhos e pareciam dançar ao redor do trio. Não eram feitos de sombras. Observando-os, era como se as imagens e o cenário ao redor tremulassem. Como se fizesse muito calor. O ar tremia. Corallyne pôde ver, à sua frente, o rosto e Ian tremeluzir como uma ilusão, assim como todo o resto. Suas próprias mãos logo sofreram o mesmo.

- É uma ilusão - Disse Ian balançando levemente a cabeça. Sua mão esquerda pairava sobre uma das muitas adagas, presa na coxa. Sua respiração estava vascilante- Quanto mais você olha pra elas, pior fica. Continuem andando... Ou vocês vão acabar como eu... - Ele virou o rosto, seus olhos fechados e cerrados. Ele se guiava pelos outros sentidos - Nem fechar os olhos faz as imagens sumirem mais.

Dionísio esperava na varanda da Casa Grande. Ele já devia saber que o grupo se aproximava. Esperar fora da sua sala não era do feitio do deus, e isso apenas preocupava mais os que estavam ali.

- Ótimo, vocês chegaram. Não há tempo a perder. Vocês precisam parar isso... Nunca tive que trabalhar tanto na minha vida. E EU ODEIO MEU TRABALHO. - O rosto de Dionísio, normalmente já rosado, se avermelhou completamente. - Metade dos Estados Unidos está sendo diagnosticado com alguma patologia mental. Psicose, delírios, pós-traumas... Eu mesmo estou começando a ver vultos. Zeus fechou-se dentro da sala do trono. Se disse inapto a governar dado sua atual condição. Apolo então... o deus das profecias... foi atingido muito mais gravemente. Ele está em transe em sua cama, repetindo uma só frase, de novo e de novo. - Ele piscou os olhos rapidamente e esfregou a testa, como se tentasse limpar a cabeça de alguma coisa. - Vocês querem informações sobre a missão. Eu darei. Bem, a quatro dias atrás, todos os deuses perceberam uma energia estranha emanando da terra. Eles o chamam de "ponto de fissura" ou "ponto zero". Foi onde as alucinações começaram, antes de se estender pelo mundo inteiro. Primeiro achávamos que fosse algo bom. Todos os assassinos e corruptos começaram a enlouquecer de culpa, por algum motivo, e se entregar às autoridades. Depois as pessoas comuns começaram a enlouquecer. Logo depois atingiu os deuses... A missão em si é simples: Nenhum deus consegue se aproximar do ponto zero. Todos já tentamos e nem Hermes conseguiu. Uma força nos repele. Então vocês irão até lá e, bem, descobrirão o que é. Trarão de volta um relatório, nada muito arriscado. Ian é responsável pela... Bem, ele é necessário... - Dionísio piscou para Ian, que acenou com a cabeça levemente, juntando os cascos em uma semi-continência. O sátiro trotou na direção do deus, passou por ele e entrou na Casa Grande - Alguma outra pergunta antes de partirem?



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Mensagem  Gabrielle Fountain Qui Jan 02, 2014 9:55 am

Quando o sátiro assentiu, olhei para a menina do lado e ela pareceu não se importar muito com a minha escolha, apenas nos acompanhou até o Deus. Enquanto andávamos percebi o quão fria estava a temperatura. Todavia não era um frio comum, era como um frio de morte, um clima fúnebre estava se espalhando pelo ar do Acampamento. Definitivamente alguma coisa estranha estava acontecendo, como o sátiro havia dito. E enquanto andávamos o que antes eu via como nossas sombras nos acompanhando, agora elas estavam nos amaldiçoando. Dançando ao nosso redor, pareciam nos perseguir, e aquilo estava começando a me deixar tonta. E de repente era como se elas estivessem rindo, gargalhando pela nossa situação cada vez mais alto e, no fundo, veio a voz do meu pesadelo cochichando. "- Você me matou". Fui acordada pelo sátiro nos explicando a situação, parecia que não era só eu quem estava tendo aquelas alucinações. "- É uma ilusão.Quanto mais você olha pra elas, pior fica. Continuem andando... Ou vocês vão acabar como eu... Nem fechar os olhos faz as imagens sumirem mais." Agora eu entendia o que tanto o atormentava, ele estava em seu pico de loucura. Mas o que diabos estava causando tudo isso? Mesmo só tendo sofrido as consequências a pouco tempo já estava me sentindo incomodada, imagina quem está sofrendo a tempos com aquele mal.

Quando nos aproximamos da Casa Grande, logo percebi o Deus nos esperando na varanda parecendo muito aflito. Andava de um lado ao outro revirando os olhos e começou a falar conosco assim que nos viu, nem esperando a gente subir na varanda e ficar ao seu lado, tão vermelho que parecia que ia explodir. "- Ótimo, vocês chegaram. Não há tempo a perder. Vocês precisam parar isso... Nunca tive que trabalhar tanto na minha vida. E EU ODEIO MEU TRABALHO.Metade dos Estados Unidos está sendo diagnosticado com alguma patologia mental. Psicose, delírios, pós-traumas... Eu mesmo estou começando a ver vultos. Zeus fechou-se dentro da sala do trono. Se disse inapto a governar dado sua atual condição. Apolo então... o deus das profecias... foi atingido muito mais gravemente. Ele está em transe em sua cama, repetindo uma só frase, de novo e de novo. Vocês querem informações sobre a missão. Eu darei. Bem, a quatro dias atrás, todos os deuses perceberam uma energia estranha emanando da terra. Eles o chamam de "ponto de fissura" ou "ponto zero". Foi onde as alucinações começaram, antes de se estender pelo mundo inteiro. Primeiro achávamos que fosse algo bom. Todos os assassinos e corruptos começaram a enlouquecer de culpa, por algum motivo, e se entregar às autoridades. Depois as pessoas comuns começaram a enlouquecer. Logo depois atingiu os deuses... A missão em si é simples: Nenhum deus consegue se aproximar do ponto zero. Todos já tentamos e nem Hermes conseguiu. Uma força nos repele. Então vocês irão até lá e, bem, descobrirão o que é. Trarão de volta um relatório, nada muito arriscado. Ian é responsável pela... Bem, ele é necessário... Alguma outra pergunta antes de partirem?". Eu prestei muita atenção no que ele dizia, mas minhas feições continuavam calmas e sem transparecer muita coisa. Franzi as sobrancelhas e tentei linkar os fatos: A loucura era que nem uma peste, até os Deuses estavam sendo afetados, o que significava que apenas nós, semideuses, poderíamos resolver o problema. A força vinha da terra e os Deuses não podiam se aproximar de onde vinha e Ian era uma peça importante de todo esse quebra cabeça. Eu não possuía mais nenhuma pergunta, estava pronta para partir..
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Mensagem  Thanatos Dom Jan 05, 2014 12:26 am

Dionísio entendeu o silêncio de Gabrielle como uma negação à sua pergunta. Com uma tosse rouca, ele se virou de costas. Segurava uma espécie de tablet e uma caneta digital. Dionísio, o deus do vinho, pela primeira vez sendo visto realmente trabalhando por um campista. Ele andava de um lado por outro, falando sozinho e escrevendo sem parar. De vez em quando assinando algo e gritando com os céus. Não demorou muito para que Ian retornasse da Casa Grande. Em suas costas, havia uma espécie de embrulho em pano. Tinha o tamanho e formato aproximado de uma espada, mas era impossível afirmar qualquer coisa. O sátiro se despediu de Dionísio, que respondeu com um grunhido raivoso. Seus olhos azuis, então, passaram por Gabrielle - É agora que começamos nossa missão. Encontrei Quíron lá dentro e tenho péssimas notícias. Bem... aparentemente o ponto de fissura está soltando tanta energia que o carro de Argos agora não consegue mais chegar nem mesmo a alguns quilômetros de distância. A interferência mágica é muito grande, então teremos de andar um pouco a pé. Não que isso seja o problema. O problema real mesmo é sua amiga. - Ian ia na frente das duas. Ele falara sem virar o rosto, mas sua voz, que até então tinha recuperado a firmeza e confiança, parecia novamente nervosa.

Alguns minutos de silêncio se passaram, sem Ian falar nada, por mais que Gabrielle talvez tivesse perguntado ou ficado curiosa com o último comentário do sátiro. Ele mantinha as mãos ao lado do corpo, como se estivesse esperando por alguma coisa, qualquer que fosse, para retirar suas adagas. Parecia que uma batalha iria se desenrolar ali mesmo, a qualquer momento, a poucos metros do carro de Argos. A briza local, agradável, trazia consigo folhas secas e pedaços de casca de árvore arrancados pelos ventos fortes do inverno. Nenhum sinal de neve ainda, mas devia ser culpa da cúpula de força que pairava sobre o acampamento. Então, a briza trouxe uma pluma negra, suja de sangue. E mais outra. Gabrielle podia ouvir Corallyne começar a arfar, como se estivesse com uma asma pesada. Seus olhos estavam vidrados e até tremiam um pouco. Ela encarava todas as direções em um pânico crescente. Ian parou por um momento, colocando a mão no ombro de Gabrielle. Corallyne, aparentemente, aproveitou a pausa para desabar de vez em seu ataque de pânico, abraçando as pernas e escondendo o rosto enquanto soluçava algo. Ao longe, duas coisas podiam ser vistas. No norte, o carro de Argos, o monstro esperando sentado no capô. Ao sul, um homem adulto sendo morto por uma harpia de plumas negras. Suas garras cortavam a garganta do homem, que caia como um peso de papel, contorcendo-se um pouco no chão. A harpia, logo depois, percebeu o trio e avançou, com as garras à mostra. Ian retirou de seu antebraço uma adaga pequena, uma de suas menores, e a arremessou em Corallyne. A adaga cortou-a superficialmente no braço e retornou para a mão de Ian, como um bumerangue. A garota caiu, desacordada. O corpo do homem tremeluziu e sumiu. Mas não havia muita sorte ali. A harpia tremeluziu, mas apenas isso. Ela continuava lá, irada e atordoada. Ian retirou das costas duas espadas curtíssimas, de trinta a quarenta centímetros de comprimento, de prata. - É uma miragem. Corallyne deve ter visto e alimentado ela desde nosso encontro nos chalés, só assim para resistir mesmo sem uma fonte de pensamentos. Gabrielle, para nós, ela existe e pode matar. É um monstro comum. Claro... com a exceção de que ao tremeluzir ela fica inatingível, mas está fraca. Vamos.

E, com uma investida para frente, Ian agarrou uma das adagas presas no ombro, com o dedo médio enquanto ainda segurava a espada, e a arremessou na harpia. A adaga cravou-se no ombro do monstro. Entretanto, um tremeluzir da criatura e a arma deslizou pelo que parecia um holograma de Harpia e caiu no chão. O monstro gritou de raiva e voou em cima do alvo mais próximo, Gabrielle, investindo com suas garras.

HARPIA 150/200 HP
GABRIELLE 150/150 HP
IAN -/- HP



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Mensagem  Gabrielle Fountain Seg Jan 06, 2014 6:09 pm

Fiquei assustada ao me deparar com a situação do Dioníso, pois tudo indicava o quão feia estava a situação. Sua reputação de preguiçoso alcoólatra, por mim, não fora contestada. Ele não parava um segundo, andando pra lá e pra cá gritando coisas sem sentido e mexendo em um aparelho estranho o tempo todo, como se o mundo dependesse daquilo, e realmente devia depender, afinal ele era quem controlava sérias coisas do Universo inteiro. A outra semideusa não havia mais falado nada depois da pergunta do Deus, apenas encarava o nada sem demonstra qualquer tipo de emoção, incluindo sua áurea. Ainda não era craque em dominar meus poderes, mas poderia dizer que tudo ali emanava loucura e desespero, vindo até um pouco de Corallyne, quem ainda não pronunciando uma só sílaba. Eu semicerrava os olhos tentando quebrar o enigma a minha frente, o que quer que estivesse acontecendo não seria fácil enfrentar, mesmo tendo alguns poderes especiais… Todo aquele mistério me deixava confusa, porém eu queria prosseguir e fazer o meu melhor para orgulhar meu líder dos Ceifadores, meu mestre Thanatos e até mesmo minha mãe, Quione, a qual não se fazia muito presente em minha vida desde que havia chegado ao Acampamento meio sangue. Uma brisa noturna me envolveu e eu respirei fundo. Percebi então que com ela entrava novamente o sátiro galopando pela mesma porta a qual havíamos entrado, segurando algo coberto por um pano branco em suas costas, deixando-me extremamente curiosa para saber o que era. Um de meus defeitos era a curiosidade, e sabia que isso me prejudicaria um dia.

Ian começou então a falar e nos guiar novamente para fora da Casa Grande. Olhei para trás enquanto saíamos e me senti mal por Dionísio estar afogado em tantos problemas os quais não podia lidar. Não era nada fácil ter diversas situações a resolver, imagina quando tudo o que faz remete efeito no Universo…"- É agora que começamos nossa missão." Cessei meus pensamentos quando o sátiro retornou a falar. "Encontrei Quíron lá dentro e tenho péssimas notícias. Bem... aparentemente o ponto de fissura está soltando tanta energia que o carro de Argos agora não consegue mais chegar nem mesmo a alguns quilômetros de distância. A interferência mágica é muito grande, então teremos de andar um pouco a pé. Não que isso seja o problema. O problema real mesmo é sua amiga." Olhei para Corallyne novamente e percebi o quanto pior estava sua situação. Ela estava atônita e olhava para todos os lados, parecia que a qualquer momento iria gritar por causa do desespero. A encarei por mais alguns segundos e ela pareceu não notar, estava mais preocupada com o que passava em sua mente. Era melhor que ela voltasse para seu chalé e descansasse, não participasse daquela missão que parecia ser um tanto desconfortaste, ainda mais na sua situação. Resolvi dizer isso ao sátiro: -Não é melhor levá-la de volta?. Ele acabou me ignorando, ou talvez não tivesse ouvido, e continuamos a andar em silêncio por mais um tempo. O homem-bode parecia desconfortável e desconfiado de algo, pois não tirava a mão a muitas distâncias de suas armas e isso também me deixava preocupada. Ajeitei a mochila que estava nas minhas costas, segurando as duas alças enquanto andava para aliviar o peso, mesmo não estando lá muito pesada e com o canto do olho, tentava vigiar a garota a beira da loucura. Estávamos nos aproximando de Argos, que nos esperava encostado em seu carro antigo azul quando o vento começou a soprar mais forte. Aquilo me alegrou um pouco pois logo sairíamos das barreiras do Acampamento e nos juntaríamos a neve branca e macia, meu conforto. Algumas folhas secas voavam e até me incomodei com a poeira que se aproximava do meu olho, num movimento com a mão como se espantasse mosquitos do meu rosto.

Assim que parei com o movimento, vi algo voando o qual era muito escuro para ser uma simples folha seca. Depois voaram mais e percebi que eram penas negras cobertas de sangue. Fiquei confusa por ver tantas penas voando e pensei se não eram novamente miragens da minha cabeça. O grito de Corallyne me provou o contrário, aquilo era real. Ian parando e colocando a mão em meu ombro fez com que qualquer sombra de dúvida sobre a situação fosse exterminada. Olhei para trás e vi o que a semideusa havia visto. Uma harpia estava dilacerando um homem, uma cena horripilante e pavorosa pra quem não estivesse acostumado a lidar com isso. Mas o que me intrigou foi que, como um holograma, a criatura tremeluzia e logo em seguida o homem, o qual era presa, fez o mesmo e desapareceu. O sátiro fez com que a menina ficasse desacordada e logo me explicou a situação: "- É uma miragem. Corallyne deve ter visto e alimentado ela desde nosso encontro nos chalés, só assim para resistir mesmo sem uma fonte de pensamentos. Gabrielle, para nós, ela existe e pode matar. É um monstro comum. Claro... com a exceção de que ao tremeluzir ela fica inatingível, mas está fraca. Vamos." O homem-bode a atacou bravamente e conseguiu feri-la um pouco que fosse, deixando-a mais irada. Ela ainda apagava e voltava, como uma imagem defeituosa, fazendo com que a espada lançada em seu ombro caísse. Ela seguiu então em minha direção. Não entrei pânico ao ver suas garras sendo apontadas para mim, um ataque doloroso seria se eu não desviasse. Ao ver ela se aproximando em um rasante, fiz questão de rolar no chão para desviar, com a vasta agilidade que adquiri esses anos. E quando cessei o rolamento, um pouco de poeira levantou juntamente com o vento e eu parei em uma posição onde apenas um joelho estava no chão e a outra perna dobrada, um pouco curvada com um mão posicionada no pingente de arco na pulseira que sempre andava comigo. Fechei a palma sobre ele e logo um brilho azul claro rapidamente aumentou de tamanho e no lugar dele surgiu um arco bonito como vidro, mas resistente como o diamante. Aproveitei o frio por causa do vento que soprava, a mão que não segurava a arma formava as flechas e logo atirava sobre a fera. E assim fui fazendo continuamente, tentando atingi-la de todas as formas.
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Mensagem  Thanatos Ter Jan 07, 2014 9:40 pm

Gabrielle era uma garota sortuda. Não importava a velocidade da harpia, seu movimento dificultando a flecha, ou o fato dela piscar da própria realidade. Por um breve momento, tudo foi ignorado. A primeira flecha atravessou a criatura, claro, mas eram flechas... especiais. Ao zunir pelo ar, elas condensavam e esfriavam o caminho por onde passavam. Assim que a harpia voltou à materializar-se completamente, sentiu o frio em suas entranhas. Isso a atordoou tempo o suficiente para que a segunda e terceira flecha a acertassem, respectivamente no ombro direito e na cintura. A criatura teve seu voo comprometido e caiu no chão. Ian apareceu logo em seguida no campo de visão de Gabrielle. Ele, de alguma forma, recuperara as adagas lançadas e desferiu mais duas, ambas cravando-se no peito da harpia. A mesma agonizou e desabou de frente, fazendo com que as adagas cravassem ainda mais em seu tórax.

Assim que a criatura parou de se mover, o sátiro se aproximou. Ele a virou de costas e retirou suas adagas, limpando-as na armadura e guardando novamente. Ele olhou para Gabrielle e fez um gesto para que se aproximasse. - Você vai querer ouvir isso. - A harpia ainda estava de olhos abertos e, se Gabrielle prestasse uma atenção mais aguçada em suas vibrações espirituais, veria que não existiam. Nunca existiram. O monstro tinha um mesmo rosto, uma mesma expressão, sempre. E uma mesma fala.

- Ora ora, um humano especial. Você é velho mas vai servir.

Era como um disco arranhado. A mesma expressão, a mesma fala, tudo igual. Assim que a cena terminava a harpia piscava, desmaterializando e materializando novamente, recomeçando tudo. As flechas de Gabrielle caíram e se quebraram. Ian coçou a cabeça e soltou uma pequena risada: - Olha... estou contando com você pra me ajudar, por que eu não estou entendendo muita coisa. É quase como se ela... - Ele olhou para onde estava o corpo do velho, antes de sumir - Fosse uma memória. Vamos. - Ele catou uma quantia considerável de penas, que sofriam o mesmo efeito oscilante. As colocou num invólucro e pendurou no cinto. O corpo não parecia sumir, continuava lá, como uma miragem indecisa.

De fato, algo estranho ocorria ali. O sátiro andou até o carro de Argos e, vendo o monstro, o entregou o invólucro que continha as penas: - Leve isso para Dionísio. Nós continuaremos daqui. - Argos o encarou com todos os seus olhos. Ele então gesticulou para o carro e apontou para seu próprio rosto, que não mostrava nada além de aborrecimento: - Ah... Sim. O Olimpo está em situação de risco. Vamos precisar dele, você não pode se arriscar, será útil para outra coisa. Além do mais pode comprar outro e encantar. - Argos revirou todos os olhos, o que mais pareceu uma onda ou um efeito que faria uma criança ter um ataque de epilepsia. Tirou do bolso um molho de chaves e jogou para Gabrielle, pegou o pacote de Ian e se retirou, colina abaixo. - Sinto muito - Começou o ser da natureza - Sátiros não podem dirigir. Cascos são pouco confiáveis. Espero que saiba dirigir até Salt Lake City. - Ele deu um sorriso e deu uma pequena batidinha no teto do carro, dando a volta e abrindo a porta do carona. O carro não era aparentemente especial. Tinha tudo que um carro comum tinha, com a exceção de duas coisas. Ele possuía um GPS no centro do volante, onde ficaria a buzina, e uma buzina do lado do volante, onde ficaria o GPS. A segunda coisa era um botão vermelho e gasto perto do painel, com as palavras "Dobra Mágica" escritas. - Eu... não apertaria isso antes de ligar o carro. E antes de saber pra onde você vai. - Avisou o sátiro.



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Mensagem  Gabrielle Fountain Qui Jan 09, 2014 1:17 am

Ao perceber o atordoamento da criatura fiquei menos preocupada. Apesar da primeira flecha ter passado direto, o gelo conseguiu segura-la e as outras flechas acertaram respectivamente no ombro e na cintura. Vi a fera caindo no chão de costas segurando o ferimento da cintura e gritando em agonia, seguido pela aproximação de Ian, quem certificou-se de sua morte. Não desviei o olhar quando ele a finalizou, apenas vi seus últimos suspiros sendo tirados com toda aquela animosidade. Mas o que me surpreendeu foi que mesmo após a cena, a harpia não havia nenhuma vibração de morte, ou seja, ela não estava viva desde o princípio. Porém como uma coisa não-viva poderia nos causar tanto estrago daquela forma? Isso fazia parte do que estava acontecendo no mundo, o que Dionísio havia nos alertado que estava acontecendo. O sátiro então pediu para que eu me aproximasse dele quando terminou de limpar suas adagas, uma por uma, ao retirar do corpo penoso da besta. Me agachei para observar o que o homem-bode estava tentando me mostrar: a harpia, na verdade, não passava de um holograma elaborado. Era como a cena de um filme enguiçado, a imagem a qual havia parado apenas reiniciava e repetia-se, até alguém retirar o disco do dvd e dar uma boa limpada. Mas ninguém havia o feita e ela continuava a se mexer repetindo a mesma fala com as mesmas expressões faciais. Franzi o cenho e me levantei. Com os punhos cerrados ainda olhando para a criatura tentei imaginar quem estaria controlando esse tipo de situação. E se pudesse criar uma harpia falsa, com alguns aprimoramentos, poderia criar criaturas muito piores do que aquela. Era óbvio que muita coisa ainda deveria ser feita para tal ato ser concluído, dito isso com base no protótipo derrotado por nós, o qual parecia apresentar sério problemas ainda. Mesmo assim ali estava uma representação de que o primeiro passo já havia sido tomado e eu deveria parar antes que tudo acabasse em uma catástrofe.

O que me incomodava era a origem desses hologramas. Quando Ian disse, depois de uma risada sem graça, era que a criatura parecia ter sido baseada em uma memória ou algo do tipo. Baseada na reação de Corallyne, talvez fosse relacionado a ela, por isso ela teve que ser controlada. Olhei para seu corpo estirado no chão. Era melhor levá-la de volta ao chalé antes que o pior acontecesse. "Vamos.", disse o sátiro acordando-me de meus pensamentos confusos. Ele rapidamente colhe algumas penas da criatura e isso me faz querer fazer o mesmo, porém, ao invés de pegar muita, agacho-me e apanho apenas uma, guardando-a no primeiro zíper da mochila enquanto me levanto vagarosamente vendo como aquele disco com defeito em forma de harpia iria estar por ali a noite toda, sem sumir ou desintegrar, pensando em como aquela pena talvez fosse útil mais tarde. Voltei meus olhos para a garota deitada no chão enquanto o sátiro conversava com o Argos, aquele monstro de tanto olhos espalhados pelo corpo. Mesmo tendo que estar acostumada com sua aparência, ainda parecia-me insuportável a ideia de ter um olho em minha ou Deuses sabem lá onde. Virei-me para observar a conversa e só vi um molho de chaves sendo jogado em minha direção. Consegui pegá-lo com apenas uma mão sem muito esforço, mesmo estando distraída anteriormente. O monstro vai indo em direção da Casa Grande do Acampamento, passando antes para recolher a semideusa e carregá-la nas costas de volta à enfermaria para descansar um pouco de toda a cena a qual teve que enfrentar. Após vê-lo partir olhei novamente para o homem-bode e ele logo me orientou: "- Sinto muito. Sátiros não podem dirigir. Cascos são pouco confiáveis. Espero que saiba dirigir até Salt Lake City." Olhei para as chaves e suspirei fundo fechando os olhos. Ao abri-los de novo, entrei no carro pela porta do motorista e segurei com as duas mãos no volante observando bem o que havia no painel. Já havia dirigido antes, mas bem pouco e não por muito tempo. Quando tinha 15 anos, um pouco antes de fugir do orfanato, a irmã mais nova que cuidava de lá achou que seria bom eu aprender alguns comandos para poder ajudar em algumas tarefas quando atingisse 16. Eu sabia como trocar as marchas, mas não estava acostumada com a rapidez a qual deviam ser trocadas. E também tinha sérios problemas em controlar o acelerador, confundindo com o freio, algumas vezes. Isso significava que a viagem toda havia sido desse jeito, com o bode gritando comigo, dizendo que eu estava fazendo tudo errado, e me dando instruções a cada dez segundos. Tão caótica o trajeto tinha sido que eu nem tive tempo de pensar nas possibilidades da existência da harpia fajuta. Todavia ele logo havia pressionado o botão de "Dobra Mágica", como ele havia explicado, e estávamos no famoso estado de Utah.

Meus olhos logo haviam focado nas enormes montanhas. A neve no topo delas era convidativa e me fazia sentir bem, como se quisesse esquecer a missão e usar o carro para subir todo aquele rochedo até o pico para poder brincar naquele ouro branco. Mas apesar de olhar pelo vidro com os olhos cheios de desejo e os lábios sorrindo, dei uma risada baixinha e continuei de olho na estrada, dirigindo apenas de primeira para não ter mais confusão. Ao chegar na cidade eu percebi que nunca havia chegado tão ao sul do país. Apesar das montanhas parecerem reconfortantes, a umidade do ar conseguia ser bem menos do que a dos lugares por onde peregrinava. Observei o quão arrumada e bonita era a cidade. Mesmo não tendo tantos prédios quanto Nova York, os edifícios ali eram bem sofisticados e arquitetados, acompanhados por jardins e muitas árvores em volta. O sol estava nascendo quando chegamos lá, isso significava que havíamos conseguido atravessar o país em menos de uma hora. A sensação era mágica, mas não estávamos ali a passeio. Cocei a garganta, produzindo um oco som, e virei-me para o sátiro.- E então senhor bode, como vai ser? Qual o próximo passo por aqui?Esperei calmamente sua resposta.
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Mensagem  Thanatos Qua Jan 07, 2015 11:23 pm

O sátiro sorriu, o que parecia um pouco inapropriado, julgando o modo como esteve se comportando até o momento, com uma paranoia quase beirando a loucura e um medo aparentemente irracional. - Relaxe, pode apreciar a paisagem se quiser. Estamos um pouco longe ainda, temos de chegar naquelas montanhas mais ao sul. - O sátiro levantou o braço, fazendo a armadura de couro e malha roçar e tilintar - Siga por essa estrada aqui o máximo que conseguir. Vai acabar subindo a encosta das montanhas. O ponto zero fica em algum lugar perto do topo daquele conjunto à direita. O carro vai parar sozinho, a energia destruiria os circuitos mágicos dele. - Terminou Ian. Ele se recostava no assento do passageiro, como se esperasse que Gabrielle chegasse ao destino estabelecido. No caminho, detalhes na cidade acabaram chamando a atenção da garota, a distraindo da bela natureza geográfica. Diversos cartazes de pessoas desaparecidas, latas de lixo reviradas, portas arrombadas. Ao passarem na frente de um hospital, a garota pôde perceber como o mesmo estava completamente lotado. Haviam filas quilométricas de pessoas para serem atendidas; todas elas reclamavam, gritavam,se debatiam e se balançavam como se estivessem dementes. - Só espero que não deixe sequelas. A loucura, quero dizer. Seria bom se ela só.. sumisse. - Ian murmurou, encarando o hospital. O sátiro então se colocou para a esquerda, dando um giro e passando pela fresta entre os bancos, sentando-se na parte de trás do carro. Lá, havia o pacote que havia pego na Casa Grande. Se tratava de um embrulho que mais parecia abrigar uma espada ou algo do tipo.

-
Estamos nos aproximando do nosso destino. Por isso, vou tentar passar para você alguns detalhes que estavam.. indisponíveis antes. O primeiro deles é o porquê de eu ter sido escolhido para acompanhá-la. Bem, o fato é que esse surto de loucura infere imagens nas cabeças das pessoas. Ninguém sabe exatamente ao certo como, mas Dionísio acha que seja relacionado àquilo que povoa o subconsciente delas. Caso você tenha tido um grande trauma com aranhas ou esteja profundamente estressado com uma prova, as aranhas e a prova aparecerão para você como fantasmas. E se você pensar muito nisso, aí viram reais. Ou quase. - Ele colocou o braço para frente, atravessando a separação entre os bancos e mostrando a pena da harpia, que tremeluzia, para Gabrielle. - Eu, entretanto, por algum motivo, tenho entre minhas visões algumas frases e pistas que revelam mais sobre a natureza de tudo isso. Eu vi um mapa que mostrava a localização do ponto zero. Eu vi o objeto que está gerando tudo isso e, em um sonho, pude chegar perto dele e estudá-lo. Foi o suficiente para Hefesto criar isso. - Ele tirou o pano que cobria o embrulho e mostrou para Gabrielle o que parecia ser um tipo de tripé de máquina fotográfica. - Teoricamente, se prendermos o objeto com isso, poderemos destruí-lo. Isso encerraria o problema e fecharia a fresta. Isso é tudo que sei, por enquanto. - Ele novamente cobriu o objeto e o colocou de lado. - Sei que não confia em mim. Cresci como um ladrão e fui treinado para ser um espião, você tem todo o direito, mas eu nunca brincaria com algo assim. Estou quase enlouquecendo.

A cada minuto, aquela viagem parecia que ia durar mais e mais. Gabrielle ainda precisaria subir as encostas e ir caminhando a partir do momento que o carro morresse. E agora, precisaria fazer isso rapidamente. Pois seu companheiro sátiro tinha acabado de entrar em uma pequena convulsão e desmaiado. Seus olhos se fecharam e, atrás do carro, três lobos do tamanho de mini-vans surgiram. Os mesmos corriam atrás de Gabrielle a toda a velocidade. O botão de Dobra Mágica estava emperrado, sem energia. Ela teria de despistá-los ou matá-los, sabendo que a qualquer momento durante a subida da montanha o carro poderia morrer. As ruas estavam razoavelmente trafegadas e haviam avisos para tomar cuidado nas estradas montanhosas.


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Mensagem  Gabrielle Fountain Sáb Jan 10, 2015 5:31 pm

A cidade era realmente impressionante, localizada na base de tantas montanhas ao redor. E neve. Como sentia falta daquela natureza branca e inóspita. Após apreciar mais um pouco a cordilheira a qual me rodeava, o sátiro acabou interrompendo-me para avisar que ainda teríamos um longo caminho pela frente até nosso destino. Um local onde ele se referia como ponto zero. Voltando o rosto para para frente e concentrando-me mais no caminho por onde passava, fui adentrando as ruas de Salt Lake City enquanto procurava algum espaço que poderia nos levar até as montanhas mais à direita, como o homem-bode havia orientado. Estranhei o jeito como a cidade estava. Quase abandonada, apenas alguns carros na avenida a qual eu estava. Os latões de lixo revirados no meio da rua, comércios destruídos, portas arrombadas... Prossegui pela cidade e notei que o único local com um número significativo de pessoas era o hospital. Diminui a velocidade e segui observando atentamente a situação do grandioso Salt Lake Regional Medical Center, a placa reluzindo esse título em letras de um vermelho vivo do lado de fora. Pude escutar a gritaria vindo de dentro do recinto. “- Só espero que não deixe sequelas. A loucura, quero dizer. Seria bom se ela só.. sumisse.”. O tom sombrio com o que o sátiro havia pronunciado aquelas palavras havia me deixado preocupada. Franzi as sobrancelhas e voltei a olhar para frente, voltando a velocidade normal.

Como co-piloto, o sátiro não estava ajudando em nada. Eu nunca tinha ido àquela cidade, mas estava tentando me virar como podia, observando atentamente as placas com desenhos de montanhas e torcendo pelo melhor. Enquanto tentava enxergar a informação de uma placa verde, o homem-bode chamou minha atenção e começou a explicar mais detalhadamente a missão da qual eu estava participando. Explicou o porquê de ter vindo me acompanhar e como funcionava o surto de loucura que até mesmo os Deuses estavam sentindo. Era tudo consequência de traumas e aflições das pessoas, tudo vindo do subconsciente. Fique receosa do pesadelo o qual havia acordado antes de iniciar viagem fazer parte de toda essa maluquice circulando pelo mundo. Cessei minha preocupação rapidamente e voltei a escutar a voz trêmula do bode, que, ás vezes era interrompida enquanto ele engolia em seco de medo. Ele continuou dizendo que era o único capaz de ver algumas pistas dentre essas miragens criadas pelo próprio portador do medo, e depois concluiu mostrando o que era aquele enorme pacote enrolado em um pano branco em suas costas. A arma a qual poderia acabar com todo aquele sofrimento, criada por Hefesto. Me mostrou como ela seria capaz de aprisionar aquilo que o bode havia identificado como o causador de toda essa loucura. Ele só não havia me informado que objeto/monstro/pessoa era esse, o causador de tudo isso. Imaginei que ele me avisaria somente quando fosse necessário.

Ele então concluiu seu monólogo: ” - Sei que não confia em mim. Cresci como um ladrão e fui treinado para ser um espião, você tem todo o direito, mas eu nunca brincaria com algo assim. Estou quase enlouquecendo.” Prestei bastante atenção nas informações que o sátiro havia me explicado e em nenhum momento duvidei de sua palavra, pois podia sentir quando sua aura possuía qualquer malignidade, o que não era o caso. Quando ia dizer isso à ele e perguntar qual era o objeto/monstro/pessoa misterioso(a), meu coração parou de bater um segundo. Estava sentindo que alguma coisa muito ruim iria acontecer. Após minha percepção ter passado como um piscar de olhos, o sátiro havia começado a ter convulsões. Meu primeiro extinto foi chamar seu nome repetidamente: ”Bode¿ BODE!”. Logo em seguida fui tentar ajudá-lo, mantendo a mão esquerda no volante e sacudindo seu ombro com a direita. Não obtinha nenhuma resposta em retorno, ele estava completamente apagado. Comecei a ficar mais nervosa, pois não poderia perdê-lo ali, antes de ao menos chegar ao nosso destino ou ele me dizer o que estava causano tudo isso. ”BODE! Me responde car@$%*!” Desci meu braço até seu pulso e, com o dedo indicador e médio, verifiquei sua pulsação. Ainda estava vivo. Fiquei um pouco mais aliviada. Ele era uma peça importante daquela missão, não fazia sentido que ele fosse derrotado antes mesmo da ação começar, mal sabia eu que ela havia acabado de começar.

O chão estava tremendo, mas o latido foi o que me chamou a atenção e me fez olhar pelo espelho retrovisor. Não era somente um, mas três cachorros do tamanho de minivans e caninos afiados. Meu coração agora estava acelerado, quase rasgando meu peito. Deu tempo de ver que eles estavam procurando algo pelo faro, mas depois que um deles latiu, os outros dois olharam em minha direção e correram em disparada. Recoloquei a mão direita rapidamente no volante novamente e empurrei a tábua do acelerador o mais forte que pude. O bode ainda estava desacordado e eu mirava meus olhos em direção a todos os espelhos tentando calcular o quão rápido aqueles caninos podiam correr. A avenida a qual eu estava tinha uma intercessão, logo tive a brilhante ideia de imitar um daqueles filmes de ação que sempre passava propaganda nos telões da Times Square enquanto estive dormindo por lá. Assim que a intercessão havia chegado, virei o volante rapidamente e fiz uma espécie de drift para a esquerda, enquanto colocava meu braço esquerdo para fora da janela do motorista e  ativava meu poder para deixar a pista de asfalto escorregadia, com o objetivo de fazer com que os cães de desequilibrassem. Ao mesmo tempo rezando para minha mãe e meu protetor para dar tudo certo.


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Mensagem  Thanatos Dom Jan 11, 2015 2:15 pm

Gabrielle estava testando suas habilidades de motorista até o limite absoluto. Seu coração batia com uma velocidade maior do que a do seu carro. Suas mãos, provavelmente trêmulas, faziam manobras seguidas de manobras para despistar, em vão, os cachorros demoníacos. Inicialmente, eles estavam longes demais para que ela tivesse uma visão clara dos mesmos. Além disso, completamente focada em não morrer, ficava difícil olhar pelo retrovisor e tentar apreciar a aparência dos mesmos. Ela só sabia que estava sendo caçada. Por sorte, os semideuses nasceram preparados para situações assim. Adrenalina em quantidade letal para qualquer humano mortal corria nas veias da filha de Quione. Gabrielle arriscou uma manobra, enquanto Ian apenas murmurava algo, inconsciente, arremessado de um lado para o outro do carro impiedosamente com cada virada do volante. Em um giro acelerado, o carro derrapou para o lado, em um drift. Indo para a esquerda, Gabi colocou seu braço para fora e congelou toda uma faixa da rua, a qual levava para um cruzamento. Um dos cães virou rapidamente para a esquerda também, estendendo o pescoço para morder o braço da garota, se aproximando o suficiente para ela ver seu rosto. Seus dentes arranharam a pele e entraram levemente na carne da garota, mas os pés da criatura deslizaram e ele continuou seu caminho em direção ao cruzamento; os dentes criando uma ravina na pele do braço da garota enquanto ele se distanciava. O cão que estava mais ao centro foi pego de uma vez, deslizando e se chocando contra um caminhão, que tombou de lado. Atordoado e com a cabeça sangrando muito, ele cambaleou e caiu, ainda respirando. O terceiro, mais à direita, pulou para a calçada oposta, subiu uma casa e pulou de lá para a faixa onde agora se encontrava o carro de Argos. Logo o primeiro se juntou a este, enquanto o que havia batido continuava deitado, imóvel.

Diferentemente da harpia, os cães aparentemente não piscavam ou ficavam etéreos. Eles eram materiais e constantes, sempre. A aura de ceifadora da garota, entretanto, não conseguia sentir nenhuma força maligna nos corpos dos cães. A energia deles, quase inexistente, era idêntica à de Ian, que havia batido com a cabeça com força contra a janela devido á manobra. Sua testa sangrava, mas seus olhos estavam abertos: - Em nome de Pan... - Ele se levantou devagar, confuso, olhando ao redor:
- SANTA M*RDA!! GABRIELLE, O QUE...???
- Ótimo momento que você escolheu para desmaiar!
- Desculpe-me se não controlo meus desmaios! - Ian ajeitava sua postura, ainda atordoado. - O que aconteceu??
- Olhe pra trás. - O sátiro se virou e a cor fugiu seu rosto.
- Não acredito... Eles surgiram quando eu...
- Quando você desmaiou. Sim. - Ele se espremeu e passou para o banco do co-piloto, o sangue ainda pingando pelo queixo. Ele colocou o cinto e tentou raciocinar. - Esses são meus pesadelos. Certo... certo... Ian calma... Gabi, eles são facos contra fogo. Ahm... - A filha de Quione murmurou um "Que ótimo". Ele batucava no painel à sua frente. - Calma. Tem um posto de gasolina daqui a cinco ruas, à direita e... Ah, um caminhão de gás na faixa ao lado, um pouco na frente de nós. - Os dois cães continuavam perseguindo o carro, agora um pouco mais distantes, mas ainda enfurecidos. Nenhum sinal do terceiro. Gabrielle havia entrado em uma avenida ampla e não muito movimentada.
- Você está querendo que...
- Talvez. Chega perto do caminhão. - Ian apertou as amarras das sua caneleiras e grevas. Assegurou as suas adagas e puxou uma das costas, por baixo do braço. Ele desceu a janela do passageiro e começou a sair, usando a faca para se segurar melhor, e escalando até o teto do carro.
- Pode deixar. - Terminou Gabrielle.
O sátiro levou a mão à cabeça em dor, gritando de agonia. Os cães piscaram e, como se alguém tivesse cortado um pedaço de uma fita VHS e colado as pontas, eles avançaram vinte metros. No retrovisor,, Gabrielle via uma figura envolta em uma pano branco como a neve, com apenas o rosto de fora, os olhos vermelhos e os dentes negros.

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Mensagem  Gabrielle Fountain Ter Jan 13, 2015 12:05 am

Parecia que meu coração iria explodir! Eu sentia os hormônios da adrenalina percorrer pelo meu sague. Com a manobra realizada, o sátiro no banco de trás acabou batendo a cabeça, abrindo um corte que sangrava. Vi tudo isso acontecer apenas com o rabo de olho, enquanto tentava focar nos monstros correndo atrás de mim. Estava tão atenta aos dois caninos na parte de trás que acabei não percebendo o terceiro quase arrancando meu braço fora enquanto tentava congelar o chão. Dei mais uma pisada no acelerador e me concentrei para fazer com que o gelo encrustado em minha alma fosse até minhas mãos, e, em seguida, criasse uma fina camada escorregadia de gelo que atingisse o asfalto. Com toda aquela energia correndo em minhas veias eu não havia percebido que o enorme cão teria conseguido com encostar aponta de um de seus caninos em meu braço. Logo depois que conseguir fixar meu poder na avenida, o animal começou a escorregar e acabou se afastando um pouco mais do veículo o qual eu estava dirigindo. Sua mordida ardia um pouco e eu sabia que, depois que/se saíssemos daquela situação, ele começaria a doer muito mais por falta da adrenalina. Ouvi um estrondo e notei, olhando pelo espelho retrovisor do meio, que um dos cães havia batido contra um caminhão e ficou ali imóvel. Menos um, logo pensei. O chão tremeu logo em seguida. Um segundo cão havia pulado do telhado de uma casa atrás de nós, juntando-se ao canino que quase arrancou meu braço fora. Eu pisava muito forte no acelerador, tendo a sensação de que a qualquer momento eu o afundaria para fora do carro. Respirei fundo, sem tirar o pé da tábua, e tentei compreender as criaturas que nos seguiam. Não possuiam aúrea! Eram pesadelos, como aquela harpia – logo conclui. Mas, olhando pelo espelho retrovisor, suas imagens não falhavam como a da harpia. Eles estavam maciçamente correndo atrás de nós.

Meus pensamentos foram cortados por Ian acordando em um súbito. ” - SANTA M*RDA!! GABRIELLE, O QUE...???” Ele deu um pulo e chutou forte o meu banco com um de seus cascos. Apenas inclinei um pouco para frente e logo comentei: - Ótimo momento que você escolheu para desmaiar! Eu alternava em olhar os três espelhos retrovisores. Nunca desejei tanto ser o Argos em toda a minha vida. ” - Desculpe-me se não controlo meus desmaios! O que aconteceu?” Eu estava atônita e quase não conseguia pronunciar as palavras direito, de tão ocupado que meu cérebro estava, tentando processar e calcular qual seria o próximo movimento daquelas feras. - Olhe pra trás. Não consegui ver a reação do bode por motivos óbvios, mas isso nem foi preciso. O jeito como  pronunciou suas próximas palavras já revelavam a origem daqueles monstros. ” - Não acredito... Eles surgiram quando eu...” Eu pensava que o pobre sátiro iria novamente cair na terra de Hipnos, me abandonado por ter encarado seu próprio medo de frente e desta forma. Mas sua reação foi contrária às minhas expectativas. Ele se espremeu entre o banco do piloto e do passageiro para conseguir sentar na frente, esbarrando um pouco de seu pelo em meu rosto. Logo em seguida se impôs e fez questão de me informar o ponto fraco dos animais. ” - Esses são meus pesadelos. Certo... certo... Ian calma... Gabi, eles são fracos contra fogo. Ahm... Calma. Tem um posto de gasolina daqui a cinco ruas, à direita e... Ah, um caminhão de gás na faixa ao lado, um pouco na frente de nós.” Fogo!¿ Tinha que ser fogo¿ O ponto fraco desses caninos não podia ser neve ou... Qualquer coisa menos *arrepios* fogo. - Você está querendo que... ” - Talvez. Chega perto do caminhão.”  O que o homem-bode estava me propondo era muito perigoso. Podíamos acabar muito machucados, ou até mesmo mortos. Mas a morte era certa se não nos livrássemos daqueles cães horrendos. Um plano logo surgiu pela minha mente enquanto prosseguíamos a 110 km/h naquela avenida de Salt Lake City. A única coisa a qual emitia fogo e me deixava segura era meu cigarro. Dentro da minha mochila estava o maço juntamente com o isqueiro. O plano era fácil de ser imaginado, então coloquei a cabeça para fora da janela e gritei para que o bode pudesse ouvir:- Abra uma fresta mínima no caminhão de gás ou no tanque de gasolina! Vou tentar jogar um cigarro aceso para fazer explodir! A cidade parecia estar meio fazia, então estava rezando para esses lugares estarem desocupados. Se tudo ocorresse como o planejado, e o bode conseguisse acertar uma de suas adagas, eu acenderia um cigarro e o jogaria em direção ao líquido ou gás inflamável. Super simples. Molezinha. Mamão com açúcar meladinho. Até mesmo sem qualquer imprevisto, esse plano poderia dar muito errado. O sátiro, quem estava no teto do carro ao lado de fora, de repente começou a gritar com suas mãos segurando sua cabeça. Mesmo focada no trânsito, notei que os cães começaram a falhar, assim como a Harpia anteriormente e arregalei os olhos, pois não estava certa se aquela nova informação seria boa ou não.

Meu coração parou. Meu cérebro resolveu imitá-lo. Avistei pelo retrovisor, a moça. Vestida com um capuz branco como a neve. Cabelo escuro como as trevas. Olhos vermelhos. Dentes afiados e pretos. Era a personificação de um espírito vingativo. A morte a qual nunca poderei justificar. Quando descobri ser filha de uma Deusa a qual poderes podiam trazer tanta tristeza. Era a mulher que me assombrava em meus pesadelos. Pisei como reflexo no freio, empurrando-o com a mesma quantidade de força que antes pisava no acelerador. Não controlava mais minhas funções motoras, então o carro escorregava em várias direções antes de parar totalmente. Senti a pupila do meu olho diminuir de tamanho.
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Mensagem  Thanatos Qui Jan 15, 2015 9:16 pm

Gabrielle pisou com força no freio, mas ele havia parado de responder. De algum modo, havia quebrado ou estava emperrado. O carro balançava sem direção e freios, serpenteando pela pista. Ian, recuperado de sua dor de cabeça, por ora, se segurava o máximo que podia em ambas as facas que atravessavam pelo teto do carro, mantendo-o firme à bordo do veículo. Suas pernas eram atiradas de um lado pro outro, até que Gabrielle obteve estabilidade. - Eu disse chegue perto do caminhão! Não disse me jogue no chão a 100 km por hora!!! - O sátiro se colocou de volta em pé e, observando que já estavam relativamente perto do caminhão, tirou uma de suas facas do carro, guardando-a, e apontando o pulso na direção do veículo de grande porte. - Além disso, esse plano é quase impossível. - Ele usou a fresta criada pela faca que havia retirado do teto e, por lá, enfiou uma que mais parecia uma ponta de flecha. - Uma agada incendiária! Basta raspar, que nem palito de fósforo. Melhor que um cigarro. - Ele então atirou o que parecia uma faca com uma longa corda ligada à ela. Ela voou veloz e se fincou na porta do motorista. Ian logo puxou a outra faca que o prendia ao carro, a guardou, e algum dispositivo na sua manga o puxou pela corda em direção ao caminhão, em um salto. Uma vez dentro, Gabrielle não conseguiu ver o que o sátiro fez, mas viu o motorista sendo arremessado no teto de outro carro, ao lado, se segurando. Felizmente, o carro parou lentamente e ninguém se feriu. Depois disso, o caminhão cruzou à frente de Gabrielle, cortando-a rapidamente, e passando à sua direita, a três ruas de distância do posto de gasolina.

- AQUI CACHORRINHO! CARNE DE BODE ASSADA! VAMOS, SEUS SACOS DE PELOS IMUNDOS!!! - Ian gritava do caminhão, atraindo os dois cachorros em sua direção. Um deles acelerou e se manteve na mesma velocidade da filha de Quione, bem do lado do carro de Gabrielle, mas a ignorou completamente, os olhos apenas no caminhão. O outro estava um pouco mais atrás e mais distante para a direita.
A figura estranha havia desaparecido completamente, mas Gabrielle ainda sentia sua presença no carro. Era como se ela fugisse perfeitamente do seu olhar, se locomovendo constantemente pelo carro, sempre atrás da cabeça dela. De alguma forma, o volante começou a fazer pequenas viradas sozinho, como se estivesse possuído. O acelerador afundou de uma vez, e a velocidade do carro começou a crescer violentamente. Gabrielle teria que se apressar e testar suas habilidades se quisesse usar o arco naquele momento. Ela começava a ultrapassar o monstro que se encontrava logo ao seu lado e, talvez, perdesse o caminhão de vista. Ian ainda mantinha a atenção dos dois monstros e seguia na direção do posto de gasolina, agora na próxima rua.
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Mensagem  Gabrielle Fountain Dom Jan 18, 2015 11:04 pm

Meu sangue continuava gelado, mas nada que fosse muito fora do normal... O retrato da moça de branco ainda pairava em minha mente. Sacudi minha cabeça rapidamente, voltando para a realidade. "Calma Gabi, tem muita coisa em jogo nesse momento. É tudo uma alucinação, lembre-se disso. Se o bode consegue lidar com seus medos, você também consegue." Graças aos Deuses o pedal do freio não estava funcionando, senão o bode, quem estava no teto, poderia ter voado longe. Ele havia recusado meu plano, gritando que era algo impossível de se fazer, imaginei que ele tivesse bolado algo melhor em sua mente. Apenas fiz questão de chegar mais perto do caminhão. O bode logo passou pela fresta do teto do carro uma faca com um pouco de carbono em cima. “- Uma adaga incendiária! Basta raspar, que nem palito de fósforo. Melhor que um cigarro.” Arregalei os olhos e percebi o quão mais poderoso seria aquela adaga quando lançada em qualquer liquido ou gás inflamável. Não entendi muito bem os movimentos do bode, mas ouvia seus cascos batendo na lataria do carro. Apenas consegui ver uma corda sendo lançada por cima do carro e atingindo a porta do caminhão. O bode entrou no veículo como um agente secreto ninja, desabilitando minha visão. O que consegui ver em seguida era o antigo motorista daquele caminhão de gás lançado pelo teto e caindo no carro ao lado do nosso e estava seguro. Aquilo me deixava mais aliviada pelo menos. O bode estava agora dentro do caminhão de gás se oferecendo de banquete para aqueles enormes Rottweilers. Um deles até conseguiu ficar ao meu lado, mas me ignorou por causa do “delicioso” sátiro à frente. Resquícios da mulher de branco ainda me assombravam. Todavia, ela não estava à vista, o que melhorava 10% da minha concentração.

O volante do carro começou a se mexer sozinho, juntamente com o pedal do acelerador. A besta que antes estava ao meu lado começou a ficar para trás, e percebi que teria que agir o mais depressa possível. Coloquei as duas mãos do volante e fui tentando manobrar, em alta velocidade, para o lado do caminhão onde o motorista estava, no caso Ian. Quando emparelhei ao seu lado, buzinei e esperei para que ele olhasse em minha direção. Dei um sinal com a cabeça e acelerei mais ainda. A força que antes havia controlado o carro parecia ter desaparecido e eu poderia seguir com ele normalmente. O plano era eu ficar na frente do caminhão de gás uns bons metros e tudo teria que ser sincronizado. O bode primeiro usava seu rapel e seu ganho para pular para o meu carro, enquanto eu virava, puxava meu isqueiro do bolso da minha mochila, materializava meu arco que antes estava em forma de pingente, incendiava a flecha e mirava no caminhão de gás, o qual Ian, antes de pular do carro, havia mirado para bater no posto de gasolina. O que poderia dar errado¿ Quando estávamos nos aproximando do posto de gasolina, virei para trás e cassei meu isqueiro e posicionei meu arco. Pronta para o plano ser executado.
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Mensagem  Thanatos Qua Jan 28, 2015 1:53 pm

Ian se aproximava rapidamente do posto de gasolina. Com um chute forte, o barulho do casco batendo no metal ecoando pelas ruas, Ian abriu a porta do caminhão, já danificada. Ele então colocou o braço esquerdo apontado para o carro de Gabrielle e atirou seu gancho, que se fixou bem na lateral do veículo. Ian se chocou contra a porta do passageiro quando ativou o rapel, entrando rapidamente pela janela. - ATIRA! - Ele retirou seus dois rapeis dos braços, fixou-os na janela do motorista e atirou os ganchos em uma loja do outro lado da rua. Assim que a flecha de Gabrielle voou, incendiada como um cometa, o carro foi pego pela tração dos dois cabos e fez uma curva violenta e repentina. A filha de Quione teria voado carro afora, caso o sátiro não a tivesse segurado com um dos braços, o outro firme no banco do motorista. Uma explosão forte seguiu, imediatamente. Toda a parte exposta do carro foi incinerada, o fogo crepitando muito perto dos dois. O caminhão explodiu com sucesso, levando todo o posto de gasolina com ele. Todo o quarteirão havia sido destruído na explosão. No meio do fogo, cambaleando, os dois cachorros. Ambos pareciam derreter, como se fossem feitos de cera, até sumirem completamente em uma grande poça de piche.

- Bem, isso foi intenso. Ainda podemos chegar ao nosso destino. - Ian retirou um extintor de incêndio de debaixo do seu assento, apagando as chamas no carro. - Dessa vez eu dirijo.
Em pouco tempo, ambos estavam no topo da montanha. Gabrielle podia sentir, conforme iam subindo aquela encosta, que algo completamente desnatural permeava o ar. Pulsando de uma caverna adiante, era como uma energia que vibrava em cada molécula de rocha daquele local. Na frente deles, a filha de Quione pôde ver, por pouquíssimos segundos, a dama de branco que a perseguia. Ela logo desapareceu. A montanha, então, começou a tremer, como se um terremoto a estivesse arrancando. Uma luz dourada irrompeu do chão, acima da caverna, indo em direção aos céus e sumindo.

- Parece que é sua vez de quase nos matar com seus pesadelos, Gabrielle. - Ian comentou, engolindo em seco. Um pouco longe dali, o fantasma que acompanhava a garota dançava. Ela parecia fazer um tipo de valsa, rodopiando e dando passadas largas e suaves. Sua cabeça, entretanto, não parava de estar voltada à dupla. Todo movimento que o corpo fazia, era como se o pescoço compensasse para o outro lado, dando um efeito sinistro que, aliado aos olhos perfurados e sangrentos e os cabelos, soltos, flutuando como se não houvesse gravidade, faria qualquer um ter uma morte por medo. Sua dança então ficou mais violenta e rápida. Com um salto à frente, estacas de gelo irromperam do chão, em meio à neve que agora infestava a montanha. As estacas cercaram Ian, se aproximando e fazendo uma prisão que deixava de fora apenas sua cabeça. - Gabrielle! Que diabos? Pensei que estava do meu lado!
A mulher, então, deu um giro de balé, a cabeça desafiando a biologia, sem sair da posição. Cinco flechas de gelo voaram na direção dos heróis, se clonando no ar e dando origem a quinze novas. Ian estava completamente imobilizado e era um alvo facílimo. A dama de branco logo continuou sua dança, se aproximando com velocidade pela direita, os braços envoltos no que pareciam lâminas de gelo que tocavam o chão.
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Mensagem  Gabrielle Fountain Sex Jan 30, 2015 6:26 pm

Apenas consegui ouvir a explosão acontecendo e onda de calor se aproximando. Minha visão havia ficado turva e tudo parecia passar extremamente devagar. O carro estava se afastando das chamas, mas as cordas de rapel de Ian o puxava para o lado contrário. Quase vi minha cara estalada no asfalto por causa da inércia. Minha sorte foi o bode, quem me segurou com uma de suas mãos enquanto a outra ficava no banco do motorista para manter seu equilibrio. De certa forma, estava feliz por ele ser meu companheiro nessa jornada, ele eram bem esperto e ágil. Característica de todos os quais já tiveram que virar ladrões para sobreviver, e eu sei bem como é. Logo, podia ouvir e sentir a lateral do caro pegando fogo. Aquilo me dava uma extrema agonia. Sentia uma espécie de calar me envolvendo e tive vontade de gritar enquanto via as chamuscas saindo da lataria do carro. Eu odeio o fogo mais do que qualquer coisa. Aquele demônio vermelho só era útil apenas para uma coisa, acender cigarros. Foi então que me concentrei um pouco e fui capaz de diminuir a temperatura de dentro daquele carro até ficar perfeita para mim, uns -3℃. Dei um suspiro de alívio e senti meu coração ir desacelerando conforme nos afastávamos cada vez mais da explosão.

Quando a sensação de que a morte estava próxima passou, minha visão, que antes estava embaçada, voltou e pude ver pelo espelho retrovisor os dois enormes cães derretendo, como se fossem feitos de uma espécie de neve preta, transformando-se depois em piche. Podiam ser apenas sonhos, mas pareciam bem sólidos para mim. Bem diferente do efeito que a harpia havia nos causado. Comecei a pensar se a força que controlava aquela loucura não estava ficando mais forte a cada momento. Pisei no freio assim que a explosão parou de se manifestar, virei-me para alcançar minha mochila e salvar meus pertences do banco de trás em chamas. Foi quando o sátiro falou: "- Bem, isso foi intenso. Ainda podemos chegar ao nosso destino. Dessa vez eu dirijo." Nada mais justo, pensei comigo mesma. Seria um bom momento para recuperar um pouco da minha energia. Mesmo sendo uma meio-Deusa, minha parte meio-humana ainda estava presente, fazendo assim com que a adrenalina circulasse rapidamente em meu sangue em uma situação de perigo. Então, enquanto o bode sacava um extintor de debaixo do seu banco e sai pela porta para apagar o fogo na lateral do carro, eu sai também sai de dentro do veículo, dei a volta pela frente e sentei no banco do carona.

Enquanto o bode ia dirigindo, eu nem reparava no fato de que ele tinha cascos ao invés de pés. Fiquei com a minha cabeça recostada no banco, olhando janela a fora. As montanhas ficavam cada vez mais próximas. Em minha mente passaram, então, a imagem da mulher de cabelos negros que aparecera a pouco. Ela podia reaparecer novamente a qualquer instante. Ela era fruto do meu trauma de adolescência e eu tinha que estar preparada para enfrentá-la novamente. Será que tudo funcionava como se fosse um pesadelo? Assim que você percebe que esta sonhando, você é capaz de mudar suas características? Ou até mesmo criar asas e sair vando para longe? As chances eram pequenas, porque, querendo ou não, ainda estávamos no mundo real... Virei minha cabeça e encarei o bode, estava pronta para fazer minhas perrguntas:"- Bode, me responde algumas coisas?". Ele respondeu sem tirar os olhos da direção: "- Ahm, claro. Só não me cutuca, dirigir com cascos é muito difícil..." Não entendi muito bem o que ele quis dizer com aquilo, mas continuei com meu interrogatório."- Bem... Como posso dizer?.. Essas visões, miragens, vêem dos nossos medo, não é?" Ainda observava o bode dirigindo, e nem ligava para o fato de seus cascos as vezes escorregarem dos pedais. "-Sim... Mas eu não acho que sejam da nossa cabeça mesmo." Franzi a testa e transparecia uma interrogação bem grande. "- Como assim?" Me endireitei no banco, sem tirar os olhos do sátiro."- Bem.. Quando eu desmaiei, entrei em um transe, como um sonho." Estava finalmente conseguindo chegar no ponto o qual queria. "- E você sabia que estava em um sonho?" "- Eu sentia, era como um instinto. E também por que nada fazia sentido." Estava bem perto de saber o que queria. "-E você... Conseguiu, por algum acaso, controlar esse sonho?" "- Isso não importa, ok? O que importa é que eu não acho que elas vêm das nossas mentes. Elas não são ilusões. São reais... A harpia era daquele jeito por defeito, mas os cães eram reais, de carne e osso." Ele puxou uma lata do chão e a mordeu, destruindo-a. Assim como as asas da minha curiosidade e da minha oportunidade de armar um plano contra aquilo que estava perturbando a Terra. Mas pelo menos a uma conclusão eu tinha chegado."- Entendi. Então, não é algo de dentro pra fora. É de fora pra dentro." Levei a mão ao queixo enquanto falava. "- Sim, é como se alguém tivesse o trabalho de procurar na cabeça de cada um o que mais o perturba e trouxesse pra esse mundo, de uma forma idêntica..." Afirmei com a cabeça e fiz uma pausa. Depois cheguei a outra conclusão espontaneamente."- E essa coisa ou pessoa ou sei lá o que, está ficando cada vez melhor. Seus cães gigantes estavam perfeitos. Diferentes da harpia que vimos no início." "- Sim, ele tem tido tempo." Fiquei perplexa novamente. "- A quanto tempo isso está ocorrendo?" O bode não tinha certeza em sua resposta."- Eu não sei, alguns meses? O que quer que seja, temos que parar." Me deixou revoltada saber que nos mandaram depois de tanto tempo, mas agora não fazia mais diferença. Podia ver pelo comportamento do bode, quem ficava observando ainda mais as placas e entradas de ruas a cada segundo. Estávamos chegando ao nosso destino."- Te garanto que darei minha vida para parar com isso, se for necessário." Seu rosto permaneceu sério durante sua resposta."-  Acho que se fosse para morrermos, já tinha acontecido. Relaxe. Chegamos." - Ele dizia enquanto brecava o carro. Descemos do carro e eu senti o vento gelado vindo do topo da montanha. Abri um sorriso. Mesmo indo em direção á uma força desconhecida, mas extremamente poderosa. Eu estava em campo amigo, onde podia controlar minha volta. Aquilo tirava 5% da minha preocupação. Os 95% ainda palpitavam em minha cabeça;

O quanto mais subíamos a costa da montanha, mais minha preocupação aumentava. Agora eu era 98% de pura preocupação e angustia. Observei um ponto preto ao longe que foi se aproximando a medida que íamos caminhando. Era uma caverna, e, de dentro dela, uma energia maligna pulsava. Não havia dúvida, havíamos encontrado o ponto zero de toda aquela loucura. Meu instinto de que algo ruim estava prestes a acontecer palpitou bem alto. Como um flash, vi a moça de branco aparecer em minha frente. Eu congelei por alguns segundo, mas quando ela desapareceu fiquei rodopiando a sua procura. Calma Gabrielle, era óbvio que em algum momento você teria que lidar com essa situação que aconteceu à três anos atrás. Não sairia impune por um ato tão repulsivo. - Pensei comigo mesma. Um terremoto logo em seguida disparou. Era como se estivesse acontecendo de novo! Uma avalanche se aproximava. Mas ao invés da neve começar a cair, uma luz dourada de cima da caverna surgiu e foi em direção aos céus, acompanhei seu movimento com a cabeça. O QUE DIACHO SERIA AQUILO? A luz também acabou sumindo e retornei o meu olhar a montanha, ainda procurando aquela moça que tanto me perturbava. "- Parece que é sua vez de quase nos matar com seus pesadelos, Gabrielle." O bode engolira em seco. Apesar de ser o meu pesadelo, ele também estava com medo. Assim como tive medo dos seus cães gigantescos. Mesmo enquanto o bode falava, não o olhei, apenas continuava a procura daquele espirito obsessor e brincalhão.

Ai está você. Pensei. Ela dançava sem tirar os olhos de mim. Eu arregalei os meus e me senti imóvel por um momento. A culpa estava me consumindo enquanto aquela mulher rodopiava como se estivesse em uma valsa. Fui levada de volta no tempo e a lembrança me corroeu:

Era um lindo dia de inverno. O céu estava nublado e nenhum sinal que o Sol iria voltar tão cedo. Eu, com meus 15 anos, tinha acabado de sair do orfanato e resolvido que iria viver a vida sozinha dali pra frente. Meu violão na mão, uma pequena mochila nas costas e uma adaga na cintura. Era tudo que eu precisava. Era um pouco antes de eu descobrir a magia do cigarro. Ao longe eu vi, uma linda montanha recoberta de gelo. Era pra lá mesmo que eu queria ir. Ignorei a direção que o mapa me informava até a cidade mais próxima, e fui em direção à enorme montanha. Lá, vi que uma barraca de lona estava situada e uma pequena lareira acesa. Fui me aproximando do local e observando. Uma moça de cabelos negros saia de dentro de sua moradia improvisada e bateu suas mãos uma na outra, deixando cair um pouco de neve que restava. Ela notou minha presença e veio em minha direção, continuei caminhando a seu encontro.

Ainda no pé da montanha, chegamos perto o suficiente para ouvir uma a outra. "-O que faz aqui preciosa?" Ela era bonita. Olhos verdes e pele clara como a neve, contrastando com seus cabelos escuros. Ela então puxou um maço de cigarro do bolso e me ofereceu um. Nunca tinha pensado na hipótese de fumar, mas não parecia uma má ideia naquela ocasião. Aceitei com um aceno da cabeça. Ela acendeu um em sua boca e me entregou. Demorou um pouco para eu começar a tragar sem tossir, mas depois me acostumei. O fogo e a fumaça me deixavam incomodada, mas não queria ser rude com a moça.

Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa pra ela, a moça notou a adaga presa na minha cintura. "- O que é isso na sua cintura?" Logo entrei na defensiva. "- Não interessa a você" "-É uma arma é, é isso? Acho que uma menina com você não devia andar por ai com isso. Alguém poderia... Sei lá... Querer roubar." Ela abria um sorriso malicioso enquanto falava isso. "- Me dê." Ela ordenou. "-Não." Retruquei com toda força. "-Me dê logo esta m*rda" Ela ia ficando mais brava. "-Não" Eu estava andava para trás, em direção á montanha. "-ME DÊ OU EU TE MATO!" Minhas costas agora haviam encostado na base da montanha. "-NÃO!" Reuni todas as minhas forças para gritar aquilo. Talvez fosse minha última chance de viver nobremente, pois aquela moça poderia ter alguma arma escondida ou mais experiência de luta do que eu. E eu não iria matá-la para me defender. Foi quando aconteceu.

Meu grito ecoou pela montanha e o chão começou a tremer. Tremia tanto quanto um terremoto e, de repente, tudo havia ficado escuro. Quando acordei, percebi que não estava morta e nem coberta por neve. Olhei para frente e dei um grito. Bem perto do meu rosto estava um bloco de gelo extenso, no formato da avalanche. Dentro dele estava a moça congelada de boca aberta, olhando em minha direção. Seu rosto era uma assombração, e eu tinha certeza que nunca mais iria esquecer aquela imagem.


E ali estava, o meu pesadelo em carne e osso, rodopiando em minha frente, me torturando. Meu medo agora estava sendo substituído por uma espécie de raiva. Ela estava brincando comigo, me fazendo de idiota, e nada me deixava mais irritada. Quando nos conhecemos, era o objetivo dela me matar. Todavia, agora, era minha missão matá-la. De repente sua dança ficou mais violenta e estacas de gelo apareceram do chão da montanha. Várias delas prenderam Ian, quem logo me acusou de traição. Ele não conseguiria se mexer, não poderia me ajudar naquele momento. Estava pensando em uma maneira de tirá-lo dali. E mais surpresas iam chegando. A mulher rodopiava e lançava cinco flechas em nossa direção. Mesmo cercado por estacas de gelo, o sátiro estava logo atrás de mim. Quando as flechas se multiplicaram no ar, logo criei um escudo de gelo, fui para o mais próximo que consegui chegar de Ian e dos espinhos de gelo e gritei: "-ABAIXA!"- acendo com a mão para que chegasse o mais próximo que conseguia de mim. Apontei o escudo diagonalmente para cima, na direção de onde vinham as flechas. Logo reparei que ela se aproximava correndo, com duas lâminas de gelo presas em seus braços tão longas que eram capazes de tocar o chão.

Entreguei o escudo para Ian e gritei: "-PROTEJA-SE". E ainda convoquei 5 abutres, mentalizando a presença deles perto de onde estávamos. Quando vi que eles estava mais perto, gritei: "- PROTEJAM O BODE!" E com isso, eles levariam uma flechada para salvar a vida do sátiro, ou qualquer coisa do tipo. Não os chamei para me ajudar porque não sabia se aquela mulher era sólida, ou não se passava de apenas um espírito. Aguardei parada para que ela chegasse mais perto de mim. Assim que ela se aproximou pela direita, pulei e rolei no chão para a esquerda. Materializai a foice do meu mestre, que antes era meu pingente, e tentei acertar um golpe por trás da mulher. Meu sangue estava mais gelado do que nunca, e aquilo era a melhor sensação do mundo.



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Mensagem  Thanatos Seg Fev 02, 2015 7:35 pm

Gabrielle pensou rápido. Criou um escudo sólido e forte de gelo e se aproximou de Ian, defendendo-o da saraivada de flechas que caía sobre eles como chuva. Algumas fincavam no escudo, outras nas colunas de gelo que prendiam Ian, uma delas acertou o sátiro no braço, perfurando-o. O mesmo soltou um grande urro de dor, mas também de alívio. As flechas tinham quebrado parte das estruturas de gelo, permitindo-o locomover o tronco de forma a fragilizar o gelo e quebrá-lo gradualmente. O escudo de gelo de Gabrielle também havia se tornado pó, fragmentando-se aos poucos após os impactos das flechas. Foi então que ela viu a ameaça que se aproximava muito rápido. Lançando cinco abutres no ar, que se formaram a partir puramente de sombras, a filha de Quione criou uma guarda para Ian. Perfeiro para ajudá-lo a escapar, dando-o cobertura enquanto ele quebrava a sua prisão, já com uma de suas facas na mão com o braço bom. Feito isso, voltou suas atenções à mulher. Ela era rápida, mas Gabrielle era uma ceifadora e, portanto, também tinha pés ágeis. Seu rolamento efetuou uma esquiva de sucesso, não fosse por um corte no ombro esquerdo; não fundo ou longo, mas o suficiente para incomodar e retardar certas ações. Sua foice surgiu e, imediatamente após, ela acertou um grande corte, que fincou nas costas do ser, percorrendo-a da cintura ao pescoço.

O corte, entretanto, não pareceu causar efeitos físicos, mas não precisava. Gabrielle sabia que a foice era também espiritual e dava danos à alma. A mulher se arqueou como se estivesse experimentando a pior dor do mundo. Com um rápido movimento circular, ela acertou um chute certeiramente no rosto da ceifadora, usando-a de impulso e ganhando uma distância de três metros. Daí, ela arranhou o chão da montanha com seus braços-lâminas de gelo, criando estacas de gelo que brotavam do solo, inclinadas e afiadas, logo na frente de Gabrielle, vindo na direção de seu estômago, crescendo como espinhos. Enquanto isso, Ian se livrava dos últimos pedaços de gelo que agora só o prendiam pela perna esquerda. Enquanto brandia espada curta, cortando o gelo como lenha, parecia tirar uma adaga especial do bolso, a qual jogou, com muito esforço devido ao braço perfurado, na mulher. A lâmina a acertou certeiramente no pescoço, assim que ela havia invocado as estacas de gelo, fixando-se de alguma forma ao seu corpo etéreo e deixando-a em choque, trêmula e agonizante. Seu grito de horror parecia o de um animal sendo estrangulado e soou por toda a montanha, ameaçando uma avalanche.
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Mensagem  Gabrielle Fountain Dom Fev 08, 2015 8:26 pm

O corte ardia. Ela havia conseguido me pegar. Enquando fazia um rolamento, a mulher conseguiu acertar um corte superficial sobre meu ombro esquerdo. Quando terminei meu movimento, olhei para trás e vi o estrago feito naquela criatura dos meus pesadelos. Ela tremia em agonia, mas rapidamente se recuperou e me chutou no rosto. Não tive como prever aquilo, estão fui obrigatoriamente lançada para trás e a raiva daquele golpe fez com que meu sangue gelado corresse mais rápido. Depois do espírito arranhar e fazer com que espinhos fossem crescendo do chão em minha direção, fui recuando para trás o mais rápido que pude. Em seguida e depois do desespero, lembrei que possuía armas e usei a foice para cortar a ponta daquelas estacas de gelo.


Depois disso apenas consegui ouvir o grito agonizante daquela mulher miserável. De repente o chão começou a tremer e minha visão ficou turva. O que iria acontecer em seguida era totalmente previsível. Eu não era capaz de movimentar tanta quantidade de neve, era o fim. Corri em direção ao bode, agarrei seus dois braços e gritei: - O QUE FAZEMOS AGORA?- E olhei em direção à caverna.
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