Love Arrow - Missão para Christopher

Era um dia lindo de sol, as flores floriam os canteiros dos chalés e o cheiro de amor pairava no ar. Christopher estava cochilando debaixo de uma arvore, pe em suas mãos folhas de seus rascunhos poéticos voavam para todos os lados. Algumas pétalas choviam, deixando o garoto de Eros, quase imortalizado ali, como se fosse um anjo bonito que resolvera descer dos céus para buscar inspiração no mundo dos pecadores. Seus cabelos aloirados adornavam seu rosto bonico e até mesmo uma ou outra borboleta pousava nele ou voava em volta de seu corpo. Se alguém o fotografasse ali, talvez a foto fosse exposta mundialmente como se fosse uma pintura.

O garoto, em meio à sonhos e fantasias, estava vislumbrando um anjo de cabelos acobreados e olhos tão verdes que mudavam para o azul, dependendo da iluminação dos candelabros da sala na qual sonhava. Ele vestia roupas vitorianas e suas asas eram grandes com penas arredondadas e perfeitamente alinhadas. Ele tinha uma beleza etérea e absolutamente sublime. Ele era simples, mas ao mesmo tempo muito desejável. Em suas mãos havia um arco de ouro branco com detalhes em cristal rosado e em suas costas uma aljava de couro negro com setas de ouro branco - Filho! Que bom que consegui falar contigo - disse feliz com um sorriso branco e dentição perfeita. Chris ficou abismado com seu pai, pois não achou que Eros pudesse ser o homem mais bonito que já vira. Uma ou outra pena caia no chão de forma dançante e os passos de seu pai ecoavam no chão de mármore. O anjo do amor tocou o rosto do filho, o fazendo corar de leve - Preciso de ajuda para unir um casal... Tá tão difícil flechar um dos dois - comentou suspirante e sonhador.

Christopher não sabia ao certo se dizia sim ou se não. Mas o fato, era que ele logo acordaria de seu sono, pois seu corpo estava sumindo e a voz de seu pai mais longe do que parecia estar. Talvez fosse uma missão difícil, mas pode ser que seja a coisa mais fácil do mundo, aind amais se não houver monstros para atrapalhar. Eros lhe olhara fundo nos olhos e o garoto-metade-deus pode sentir o amor de seu pai fluindo em seu peito - Nos vemos por ai Christopher... - disse aveludado antes de sumir de vez da cabeça do garoto que já despertara de seu profundo cochilo. Ele estava meio assustado por ter tido um sonho desse, mas sabia exatamente o que fazer agora.

O garoto sentia em seus ossos exatamente pra onde deveria seguir e, recolhendo suas coisas, subiu em seu mascote e voou pra fora do acampamento, sem mesmo pedir permissão. Quando estava a quase dez quilômetros longe dos limites do Campus, o grifo começou a ficar agitado, pois havia algo que voava junto deles entre as nuvens. Não eram patos, pois não era tempo de migração, mas também não parecia ser nenhum tipo de avião ou jato, pois não parecia ser um local rota de tráfego aéreo. Chris olhou para os lados e escutou um barulho zumbindo alto, passando rente ao grifo, fazendo o mesmo se desestabilizar. Mais a frente uma explosão sônica ecoa nos ares, deixando o grifo desorientado. O que poderia ser? Chris sabia que monstros não usavam misseis ou equipamentos tecnológicos a tal ponto. Outra coisa passou voando e explodiu a poucos metros de Ralf. O barulho afetou os sentidos do animal e de seu cavaleiro, fazendo-os cair em círculos no vasto céu.

O garoto tentou de tudo fazer o que podia. Ele lançava flechas e flechas num inimigo que não podia ver. Outro projétil explodiu e Chris ensurdeceu-se, mas seu animal despertou de seu abalo antes que fosse tarde demais. O garoto ainda estava meio atordoado, mas estava preso à Ralf e estava seguro da queda. As nuvens estavam densas e algumas até escurecidas, mas não havia sinal de chuva. Uma sombra rolava por todos os lados, deixando o filho do amor alerta ao que possivelmente poderia acontecer. Até mesmo seu grifo estava alerta e batia as asas com cautela, tentando planar pelo maior tempo possível.

Depois de um tempinho em alerta, o garoto pode escutar uma risada sapeca ecoando no ar. Havia som de motor misturado a algo sônico. algumas pombas passavam em revoada, assustando o grifo e consequentemente o garoto de Eros. Porem, no meio das pombas, um gancho em formato de mão agarrou as rédeas do mascote de Christopher. A mão era feita de borracha e resina e a haste parecia ser de cabo de aço ou algo muito parecido. O Grifo assustou-se no ar e debateu-se como se fosse um touro mecânico. Chris devia permanecer em cima do animal e ao mesmo tempo tentar resolver a questão do "gancho" - ESSE GRIFO VAI SER MEU!!!! - berrou uma voz do meio das nuvens. 

Christopher parecia saber o que fazer. Porem de todas as suas tentativas, somente as sombras deram resultado. Os dedos do gancho de borracha se soltaram das rédeas. O meio sangue escutou outra voz saindo das nuvens e parecia mais uma risadinha, a mesma que ouvira tempos atrás ainda nos céus. Fogos de artifícios romperam o claro céu, distraindo o grifo, fazendo o garoto chacoalhar em seu dorso de penas e pelos. As nuvens se dissiparam e as formas foram tomando significado. Eram dois robôs (aparentemente). Um era vermelho com um triangulo azulado no meio do peito. Este tinha asas como um jato veloz, parecia impenetrável e era pequeno, como se tivesse 1,60 metros de altura. De seus ombros, duas bazucas de misseis se projetavam, além de uma mira. De suas ancas, um par de metralhadoras modernas. A mão de borracha se dobrava e entrava num compartimento de outro androide. Este era azul e muito maior que o outro (quase 2 metros), e em seu peito um triangulo avermelhado. Ele também tinha asas de jato e em seus ombros um par de caixas com meia duzia de bombas sônicas em cada uma delas. Seus dedos pareciam revólveres e parecia ser blindado dos pés à cabeça.

O tempo parecia ter parado para o meio sangue. Pois o que parecia ser um, na verdade eram dois. A máscara das armaduras metálicas se abriram revelando seus rostos quase idênticos. Ambos morenos dos olhos hazel do tipo flamejantes. O mais alto tinha traços másculos e o mais baixinho era mais feminino e delicado apesar de também ser um homem - Esse Grifo vai ser nosso, não importa o que diga! - falou o robô de couraça vermelha, num tom de criancinha mimada. O mais alto revirou os olhos e as caixas de misseis fizeram um som de ativação, como se estivessem preparados para serem lançados a qualquer momento - Alkon, tenha paciência... A gente já tem um Hippogrifo no nosso zoológico... - comentou entediado o grandão de azul. Chris não estava entendendo nada, mas devia chegar logo em seu destino.

Christopher estava usando de seu charme natural para tentar cativar os dois homens de couraça metálica. O de azul cruzou os braços, dando de ombros ao que o garoto loiro fazia e bocejou. O pequenino fez careta e mostrou a língua para o filho de Eros. Sua armadura cintilava em tons de vermelhos tão fortes que incomodava o garoto bonito. O tom bronzeado e os olhares sedutores dos morenos eram muito mais atrativos, apresar de Christopher não ver através das armaduras, ele percebia que tanto o grandão, quanto o pequenino eram bonitos apesar de tudo. O de azul mordeu os lábios e disse numa voz grave e poderosa - Seus truques não nos afetará garoto...- o pequenino deu uma gargalhada e tagarelou fazendo charme - somos os deuses dos ritos sexuais e não tem como você nos ludibriar com esse teu charme bobo!

O filho de Eros ficou embasbacado, pois apesar de seus esforços, parece que seria inútil confronta-los com apelo sexual ou qualquer coisa parecida. O grandão ativou um uma espécie de corrente que laceou o pescoço do Grifo, o contendo com força. O pequenino vermelho sumiu dos olhos de Chris, reaparecendo montado no grifo, segurando o meio-sangue por trás, mordendo seu pescoço e - Nós temos um pequeno zoológico particular no Monte Gibbs, e precisamos desse teu Grifo raro para completar parte dos híbridos voadores - sussurrou em seu ouvido de forma bem manhosa, fazendo o menino do amor arrepiar-se - A propósito, me chamo Alkon e este é meu irmão gêmeo Erymedon - falou alegre, passando a mão no peito do garoto, o prendendo com ele.

O grandão ativou as asas e e os arrastou pelos céus até chegar aos pés do monte Gibbs. O lugar era de tirar o fôlego...

A entrada do local era maravilhosa e parecia primavera, mesmo não sendo a estação dessa época do ano. O ar fresco e o cheiro de hormônio no ar deixava Chris enebriado com o clima festivo daquele monte. Erymedon guiou o animal do meio sangue até um outro corredor, que talvez desse até a área onde os outros animais estariam. Pelo menos estava escrito "Área Restrita" na entrada e um outdoor indicando que ali era a porta dos fundos do tal zoológico de criaturas míticas.

O pequeno guiou o semideus para um outro corredor que dava até uma ferraria, ou um laboratório de caldeiras e construções. O local era quente e havia placas de ferro, aço e outros minérios organizados em ordem alfabética. Algumas pedrarias enchiam potes que davam a sensação de um arco-íris luxuoso e muito valioso. Cada pote tinha uma cor diferente e, consequentemente uma pedra diferente. Por exemplo um pote vermelho por causa de pedaços de rubi ou, um pote amarronzado por causa de olhos-de-tigre. Havia um gerador de eletricidade que fazia o local bem tecnificado, com computadores de ultima geração e outros objetos como soldas e modeladores. Alkon pressionou o triangulo azul no meio do peito e a armadura vermelha se tornou uma maleta, saindo de seu corpo. O filho de Eros pode observar o quão belo era aquele deus de pele morena. Seus cabelos eram de um tom de chocolate escuro e combinavam perfeitamente com seus olhos de ouro. Apesar de baixinho e feminino, ele tinha um corpo esculpido de homem e braços bem definidos. Ele vestia uma regata e uma calça jeans rasgada e não usava nada nos pés. Em seu ombro havia uma tatuagem como se fosse um triangulo com uma seta pra cima, envolta por tribais - Bem vindo as nossas forjas menino bonito - falou girando um martelo pesado de forja.  

O deus de boa aparência puxou uma cadeira para que o garoto pudesse sentar e lhe ofereceu um chá de amêndoa. Christopher não estava algemado e nem nada... Ele parecia mais um convidado à um prisioneiro, mas mesmo assim era estranho. O garoto também percebeu que havia um quadro de uma mulher linda com porte real, cercada de leões num quadro que havia por ali. Alkon bebeu um gole de água e passou as mãos nos cabelos até que Erymedon surgiu vestindo um terno azul petróleo riscado de giz, camisa sem gravata com os dois primeiros botões abertos. Seu rosto era idêntico ao do pequeno, mesma cor de olhos, cabelos e tom de pele. Em sua mão, uma maleta metálica azul, fazendo par com a maleta vermelha de Alkon - O animal está em exposição - falou o grandalhão.

O pequenino ria baixinho e o grandão vestido como um executivo sentara na mesa de projetos. Chris ainda tinha dúvidas e dúvidas a respeito de muitas coisas, principalmente em relação ao seu precioso mascote. Alkon levantou-se de onde estava e foi fuçar num monte de flechas e espadas forjadas que estavam num cantinho. O homem de terno azul olhava Chris com tédio com sua cara de beleza paralisante. O menino de Eros ainda se sentia confuso sobre como lidar, mas sabia que a qualquer momento esses deuses poderiam de uma vez destruí-lo se assim quisessem.

Erymedon abriu uma pasta e vasculhou num monte de papel algo que parecia importante, como se fosse uma espécie de contrato ou algo parecido. O pequeno trouxe uma flecha de ouro branco, como aquela que o garoto vira em seu sonho com o pai. O deus gigantesco lhe estendeu o papel e em anexo tinha uma foto - Seu pai disse que viria... desculpa se fomos um tanto agressivos demais - comentou o grande limpando a garganta. O garoto pegou o os papéis e leu o documento. Basicamente era a ficha de uma moça que vivia em Los Angeles, mas que adorava subir o Monte Gibbs. A garota tinha um sorriso bonito, cabelos cor de rosa e olhos violáceos - Meu irmão é muito tímido para dar em cima de uma mortal e por isso precisamos da tua ajuda para flecha-la - disse bobão o pequeno de tatuagem.

O homem de terno deu uma corada de leve quase imperceptível, pois sua pele morena não avermelhava com facilidade. Ele recolheu os arquivos e fechou a pasta rapidamente. Alkon apertou a bochecha do garoto meio-sangue - Você ja está no Mt. Gibbs e seu "Ralf" está doando um pouco do amor dele para reproduzir nossa Hippogrifo - disse sem graça o pequetucho de braços musculosos. Erymedon mordiscou seus lábios carnudos e suspirou.

O garoto de Eros estava imaginando no que o deus de terno azul-petróleo pensava nesse momento, mas antes que pudesse falar algo, um estrondo abalou a oficina do local, assim como toda a montanha. Alguns animais gritaram e gritaram, deixando o zoológico uma algazarra. O deus de quase dois metros correu para ver o que havia acontecido e o pequeno puxou Eros pelo braço, até sair de onde estavam, pois precisavam ir para um lugar aberto antes que tudo desmoronasse. Alkon estava segurando o martelo de guerra e seu irmão gêmeo já voltava do corredor do "pessoal autorizado" - O Alicanto fugiu!!! - disse ele grave.

Alkon empurrou seu irmão para cima de Christopher, rodando seu martelo enorme de forma bem sensual, já que além de ferreiro, ele era o deus dos ritos sexuais do monte Gibbs. O deus de 1,60 metros abriu um sorriso besta e - Eu procuro o pássaro de ouro e você cupido, flecha a menina e tenha certeza de que ela olhe para meu irmão grandão ai! - disse e entrou no zoológico em busca do alicanto que escapara de sua jaula. Chris não sabia como aquele garoto deus iria achar a ave, mas também não queria se aprofundar no assunto, pois sua missão era outra.

Erymedon apontou para uma escadinha de rochas que dava do topo até o restante da montanha. Ele não falava muito, mas era objetivo quando apontava as coisas. Seu terno continuava impecável e seus sapatos lustrados de forma impecável. A unica missão do garoto de Eros, era achar a menina de cabelos rosados e garantir que os alvos se apaixonem. Era simples e o pai do herói era profissional na hora da flechada. Se ele conseguiu fazer Hades amar, e puniu vários reis com suas flechas de amor apaixonante, Christopher deveria pelo menos ter uma boa mira.

Eros estava olhando seu menino de onde estava repousado e Psykhe, a esposa amada do pai de Chris, o acompanhava na observação. Certamente o deus do amor estava ansioso por ver a criatividade de seu filho, mas ele acabou se decepcionando, pois o menino não sabia muito bem como combinar suas habilidades. O meio-sangue não sabia disso e Eros, seu pai, nunca contaria para o garoto que ele falharia na missão. O céu estava lindo e a flecha do garoto acertara o braço da menina de cabelos róseos, mas o problema foi o seguinte: Uma pena dourada embaçou a mirada violácea da menina, tampando o rosto do deus Erymedon. O feitiço estava feito e a mortal se apaixonara instantaneamente por algo inimaginável. O filho de Eros já podia se desesperar, pois a simples missão de fazer um coração humano se apaixonar por um homem imortal, havia falhado.

Eram dois sóis nos céus, porem um deles se aproximava pouco a pouco batendo as asas cor de ouro, fazendo o imenso azul falhar. A imagem era de tirar o fôlego de qualquer um que olhasse diretamente para aquela estátua de ouro viva. Era como um anjo banhado em água dourada. Seu canto melodiosamente ruim ecoava no ar, fazendo Chris segurar a cabeça para tentar parar o barulho estridente. Era como se duas placas de metal raspassem uma na outra. Faltava só faíscas saírem e metais retorcidos caírem no chão rochoso da montanha. O som penetrava intimamente no cérebro do meio-sangue de forma tão imponente, que seus joelhos fraquejaram levando-o ao solo, como se a musica do pássaro lhe obrigasse a se prostrar diante dele. O pássaro que se revelava ali no seio da montanha Gibbs, era estonteantemente lindo e maravilhoso. Parecia um canário da terra gigantesco e brilhante. Suas asas pareciam navalhas de ouro e seu bico era tão maciço e refinado numa única bicada poderia partir o monte no meio. Seus olhos de ouro negro eram profundos e miravam os da menina mortal. Em poucos segundos a mortal se tornara um estátua de ouro puro e totalmente densa. Seus olhos apaixonados se tornaram vazios e permaneceriam assim para todo sempre. A ave piou novamente e parte das rochas cederam.

Chris estava encantado e sentia temor ao mesmo tempo, pois não sabia se olhava ou não para aquela imensidão dourada e viva. Os olhos da criatura eram enigmáticos e pareciam dragar a atenção do menino. Assim como a medusa, esse pássaro feito de ouro puro e refinado, despertava uma extrema curiosidade a quem olhasse. Será que nosso herói vai resistir a não admirar o pássaro? Será que as parcas estão trançando um fio de ouro na tapeçaria da vida de Christopher? Será que Eros, ele mesmo encomendou esse desafio para que seu filho pudesse provar seu valor? Eram tantas perguntas que talvez os deuses não soubessem responder todas as questões. Erymedon não estava mais ali, e o menino-meio-deus parecia não saber por onde ele estava, até que - Cuidado com o Alicanto!! - escutou a voz grave do homem de terno.

O filho de Eros parecia estar chocado com o que aconteceu, mas ainda tinha esperança de poder consertar seu erro. Chris largou mãos das sombras, pois viu que não conseguiria conter uma ave daquele tamanho todo. Então rapidamente ele pensou na mesma coisa que Perseu, o herói mitológico, fez com a górgona Medusa. Basicamente ele queria um espelho para que o Alicanto pudesse se ver, mas no caso, Christopher não queria arrancar a cabeça do pássaro e sim, ver se o mesmo caísse em seus próprios poderes, como Narciso caiu. Erymedon deu de ombros meio chateado, mas deixou que o meio-sangue fizesse o que tinha na mente. Alkon rasgou o céu com sua armadura vermelha e junto de si, trazia o tal item espelhado. De alguma forma esses deuses podiam se comunicar mentalmente. Alias, deuses né!

O Alicanto se olhou no espelho e o item ficou dourado. A ave continuava linda e dourada cantando igual metal retinindo no outro. A ave pareceu irritada, e começou a farfalhar as asas e a se mover como se fosse um touro louco. Seus olhos de Onix fitaram os assafirados do filho de Eros e num bater de asas, avança pra cima do mesmo como um míssil de ouro. Porem antes que tudo terminasse, os deuses robóticos estavam segurando a ave - Sai daqui Chris! - gritou o baixinho de vermelho!

Chritsopher era um garoto corajoso apesar de tudo. Ele não fugiu da batalha certa e se provou um semideus cheio de ideias, mesmo não sendo muito boas em sua maioria. A estratégia agora seria arrebentar a cabeça do pássaro e depois ferir suas pernas com suas garras retráteis de bronze celestial. O único detalhe era que o Alicanto era constituído totalmente de ouro. O escudo de rochas nem fez cócegas ao animal. No máximo reverberou algumas penas, mas fora isso, a ave continuava saudável. Os deuses ainda carregavam a criatura com suas forças sobre-humanas, mas mesmo sendo divinos, não conseguiriam segurar o bicho por muito tempo.

O meio-sangue estava sem ideias do que fazer e o mesmo não poderia olhar para os olhos de Onix do canarinho dourado, ou se transformaria num filho de Eros feito de ouro muitos quilates. Ele estava sem esperança e parecia não ter mais jeito, a não ser aceitar suas falhas, porem os deuses em seus esforços o comunicavam - Christopher!! - Gritou o menor - Só tem uma coisa que pode parar essa Ave! - continuou Alkon - Água régia... - disse o outro dando uma chave de braço no Alicanto. O menino-deus não sabia do que se tratava, mas uma luz de esperança já corria em suas veias - Vá ao nosso laboratório, tipo AGORA!!!

O garoto não era só um gênio em combate, como também era o mestre em química. O olimpo deve estar dando vivas de vitória por existir um meio-sangue bom em tudo o que faz. Talvez ele só não seja bom na única coisa que nasceu pra fazer: trazer o amor entre duas pessoas. Porem, fora isso, Christopher era um garoto determinado e multiuso. Rapidamente, depois de ter criado a substância mais poderosa do mundo, saiu do laboratório dos deuses filhos de Hefesto, correndo pela montanha para enregar o conteúdo do líquido. Alkon pegou o líquido e despejou por cima da criatura, que caiu no ato. O alicanto fechara os olhos depois de se debater, mas acabou se silenciando - Parabéns garoto! - disse o pequeno de armadura vermelha, dando um tapinha de leve nas costas do menino de Eros - Vou buscar o teu mascote - afirmou e saiu voando pelo céu para dentro do zoológico de criaturas místicas, carregando sozinho o pássaro nas costas.

Erymedon estava com a aparencia chateada, mas sua armadura azulada o deixava menos quebrantado do que parecia. O deus estava sentado de frente para a estátua de sua "amada" mortal transformada em ouro. Ele nada dizia, mas Christopher podia sentir uma energia melancólica vinda do homem divino - Obrigado por ajudar a capturar o Alicanto... Alkon gosta muito daquele pássaro.... - disse distraído o homem-deus, quebrando o silêncio.