Escolta para Franklin G. Alastor

O sol estava a pino. O centauro galopava rapidamente em meio a uma floresta, ele sabia que o garoto que carregava estava correndo extremo perigo, sangue escorria pelo ombro ferido dele. O homem meio cavalo precisava ser rápido ou então, o fim daquele garoto não seria muito bom. As árvores estavam diferentes, em seus troncos via-se grandes cortes, como se garras poderosas houvessem rasgado cada pedaço do tronco. Dos “ferimentos” parecia sair sangue, porém o centauro não possuía tempo para averiguar aquilo. Sons de galhos sendo quebrados assustou o homem e em sua frente surgiu uma garota de pele tão branca quanto à neve e de cabelos loiros e grandes, Annelyse, uma curandeira filha de Nyx. A menina sorriu ao ver o centauro e aparentemente aquele encontro despertou o garoto ferido. - O acampamento precisa muito mais de você do que esse garoto. Dionísio me enviou para escoltar o garoto até lá e me entregou isso para dar a você. Nas mãos da jovem surgiu uma pequena perola, Dionísio possuía algumas destas, eram objetos da deusa da primavera, Perséfone e as pequenas perolas eram capazes de teleportar alguém. A jovenzinha colocou o pequeno objeto brilhante no chão e ajudou o garoto a sair das costas do quadrupede. O rapaz fora encostado em uma arvore que possuía as marcas de garra, em um segundo o centauro já havia desaparecido do local. Anne tirou de sua bolsa duas pomadas, estas que ela espalhou pelo ombro ferido, logo em seguida a jovem puxou algumas faixas e começou a cobrir o ferimento o mais rápido possível. - Olá, sou Annelyse, filha de Nyx e uma curandeira. Quem é você? Nos lábios da jovem garota havia um doce sorriso, em seus olhos toda a serenidade existente no mundo.

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ESCOLTA

O disparo acabaria me pegando em cheio, o sangue escorria pelo meu braço e eu já estava ficando zonzo de tanto sangue que estava perdendo. Uma figura estranha estava me levando às pressas para algum lugar que eu não sabia qual era, uma figura híbrida que era a mistura de cavalo e homem, ele galopava sobre aquela floresta que me dava arrepios a cada galopada, eu não tinha nem forças mais para reclamar de qualquer coisa. As árvores estavam terríveis, parecia que tinham sido estraçalhadas por garras sobrenaturais, sem dúvidas um animal simples não conseguiria causar aquele estrago todo nos galhos.
A floresta árida chegava cada vez mais do fim, meus olhos se fechavam a cada segundo e a única coisa em meu corpo que estava funcionando era meu subconsciente, o homem-cavalo parou devido a um susto que teria levado ao ver a movimentação incomum dos galhos, era apenas uma garota. A garota tinha uma pele pálida e cabelos dourados, aquele encontro me despertou de alguma forma e eu consegui me levantar ao menos um pouco. - O acampamento precisa muito mais de você do que esse garoto. Dionísio me enviou para escoltar o garoto até lá e me entregou isso para dar a você. - essas foram as palavras da garota, aquilo estava ficando cada vez mais esquisito, a loura parecia ter alguma coisa em mãos, uma pérola pequenina, eu não sabia ao menos o significado delas.
Ela colocou a bolinha no chão e me ajudou a sair das costas do homem-cavalo, me colocando encostado em uma árvore. O centauro havia sumido, aquilo parecia algo mágico, a jovem retirou da blusa algumas pomadas e começou a espalhar pelo meu ombro, depois desse processo ela passou algumas faixas para encobrir o ferimento e parar o sangue que estava fluindo do meu ombro. O sorriso dela me deixava mais calmo e todo o medo passou, a voz dela ecoou com calmaria. - Olá, sou Annelyse, filha de Nyx e uma curandeira. Quem é você? - mesmo com a calmaria que a voz dela acarretava, eu ainda estava meio desconfiado e não poderia sair dizendo por ai quem eu era, me levantei e coloquei as mão sobre as faixas, aquilo estava doendo. - Sou Gregory, e falando a verdade, eu não estou gostando nada disso. - bem, na verdade, eu tinha dito meu nome, ao menos parte dele.
Eu não podia esperar nada daquela jovem, as aparências podiam enganar e eu nem sabia quem ela era de verdade, comecei a caminhar pela floresta com o ombro enfaixado, mas mesmo assim eu estava atento a qualquer tipo de movimento.

Poucos eram os raios que conseguiam realmente adentrar aquela floresta. As folhas das arvores eram tão grossas que os raios de sol encontravam dificuldade para atravessa-los. Annelyse levantou o olhar para acompanhar o garoto ferido que de forma desprevenida caminhava pela floresta. Antes de sair do acampamento em direção ao local a semideusa recebeu instruções para tomar cuidado com o local, pois uma energia diferente e sombria emergia dali a cada segundo que se passava. Finalmente a curandeira avistou os profundos cortes existentes no tronco da árvore que a pouco havia colocado o garoto encostado. Anne se assustou ao ver o que era expelido dos cortes, não era normal e ela sabia que aquilo era um veneno bastante poderoso que poderia matar qualquer um. Franklin deu apenas mais um passo antes de ter uma flecha atirada próxima ao seu pé. Logo atrás vinha a filha da noite, os olhos dela haviam se tornado tão negros quanto a própria noite. Ela engoliu em seco e puxou o garoto o fazendo cair, no exato momento que uma raiz emergiu da terra e consigo surgiu um gigante de dois metros e meio feito todo e completamente de raízes venenosas. Do seu peito era expelido o mesmo liquido que havia no corte na arvore. Annelyse não hesitou, puxou de suas costas sua foice, e da cintura ela puxou um punhal dourado, este fora entregue na mão do rapaz. - Ele não pode nos ver, mas em compensação possui uma forte e potente audição e olfato. Fique com esse punhal, quando quiser ativa-lo concentre-se em algo que goste. Uma lembrança. A semideusa se levantou em um pulo, entre seus dedos girava a potente foice. Os semideuses agora deveriam trabalhar juntos.

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