GvP - Aragom

Eu fui para a arena logo cedo, como sempre fazia, mas quando cheguei lá eu notei uma coisa diferente: A arena estava vazia. Onde estavam os outros campistas? Quando eu estava começando a achar que tinha perdido alguma coisa, eis que surge o inesperado. Me virei quando senti uma outra presença na arena, uma presença que faz com que qualquer um queime de raiva, a presença de Ares. Ele usava farda, corte militar, óculos escuros para esconder os globos de fogo e empunhava uma lança. Ele caminhou até mim arranhado a chão com a lâmina e provocando um som incomodo. Ares falou e ficou em posição de combate e, por não ter atacado, eu soube que estava esperando eu começar.
Levei a mão até o cabo de minha espada, mas ela se desviou e pegou uma barrinha de metal escuro no meu bolço, o metal brilhou em um brilho escuro e a lâmina cresceu quando eu a ergui. Com o costumeiro barulho de relógio apitando, o Agriochoiros apareceu preso em meu braço já em posição de defesa. - Olá, pai!.
Um ataque direto no deus da guerra não era uma coisa muito prudente, mas eu não tinha muita escolha. Avancei contra ele empunhando a Sword of Heroes pronto para um ataque ou defesa.  

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  Minha primeira investida não teve muito sucesso, isso para não falar que foi um fracasso. O deus da guerra simplesmente desaparece na minha frente, e, antes que eu pudesse raciocinar o que eu vi, senti a haste da lança do meu pai batendo em minha barriga e me empurrando. Eu pati as costas em uma parede e senti uma pouco de dor momentânea, mas eu posso simplesmente ignora-la agora. Cai no tatame e vi que o deus já estava se preparando para um novo ataque, fiquei de pé em posição de combate. - Achei que batia mais forte. - Eu decidi fazer um movimento um tanto arriscado. Fiquei parado enquanto a maça descomunal, que era o papai, vinha em minha direção com a lança pronta para o golpe, do jeito que eu queria. Esperei até os últimos instantes para evitar que ele mudasse de rota e, no ultimo segundo antes de eu ser transpassado por sua lança, tento me esquivar para o lado deixando com que a lança se enterrasse na parede. E, supondo que eu não tenha sido morto, desfiro um golpe em semicírculo com a espada na direção do deus.   

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Ok conseguir ferir o deus, legal. Mas parece que só o irritou.  Quando eu vi o Ikhor do deus eu fiquei meio fascinado, já que nunca tinha visto isso antes, e isso me custou, mais uma vez, o meu folego.  Me lembro de ter sentido dor quando a lança do meu pai se crava no mesmo lugar em que eu golpeei ele. A dor gera a raiva. A raiva gera a fúria. A fúria gera o ariano.
Não me pergunte como, mas eu em um salto me pus em pé com a Sword of Heroes em minhas mãos e avancei contra o deus da guerra. Tentei fazer o lugar ficar escuro enquanto ia na direção dele, mas dessa eu não ataquei igual antes, correndo igual um louco na direção dele. Meu corpo ficou mais leve para esquivas, ao mesmo tempo que os músculos ficavam mais potentes para golpes. Eu avancei contra meu pai pronto para  me esquivar dos golpes de sua lança, que era uma arma de longa distancia e por isso te torna mais veraneável a combates mais diretos, e atacar. Mas não atacar com a espada, eu fui, com as minhas mãos brilhando em vermelho, pronto para tentar me esquivar de sua lança e, quando estiver próximo o suficiente, da rum salto para cima dele afim de tentar acertar o rosto do deus.      
 

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 O lugar escureceu quando eu ataquei o deus, mas ele me viu chegando graças as minhão mãos que brilhavam em vermelho. Mas mesmo assim meu soco acertou o rosto do deus, só que, por uma diferença de poucos segundos, meu punho acerta o deus guerreiro quando ele tinha refeito a sua armadura e, com isso, meu soco acertou sua mascara de ferro que eu senti que afundou um pouco. Ambos, ele pelo soco e eu pela lança que me acertou, fomos lançados em direções opostas na arena. Meu pai parecia ter ficado satisfeito com meu golpe e estava me chamando para continuar a luta. Isso é fácil quando você é imortal. Mas eu tinha ossos que doem sempre que eu era arremessado pela arena, coisa que estava acontecendo muito. Me coloquei em pé, mais uma vez ignorando a dor, e olhando para a divindade. Ele usava uma armadura que ele podia fazer mudar de forma, coisa extremamente útil em um combate. Mas percebi que sua armadura não era indestrutível, ela tinha amaçado pelo meu soco e talvez eu tenha tido uma ideia, não aquelas meio suicidas que eu tenho, uma que pode dar certo. Corri na direção do deus, enquanto projetava minha Aura negra sobre ele, esperava que ele me atacasse com a sua lança e dai eu me esquivaria para o lado e golpearia com a minha espada de Ferro Estígio o braço dele que empunhava a lança. Após ter tentado fazer aquilo, eu tendo me esquivar para trás e de qualquer eventual golpe da divindade, no fim avançando novamente para tentar lhe acertar um chute em um giro bem no estomago do senhor da guerra. 
    
 

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  A armadura de meu pai se transforma novamente. Agora eu entendi porque ele era o mais venerado em Esparta, Ares era a imagem do guerreiro. Eu vi que ele não tinha atacado e investi pronto para desferir o meu golpe, mas aí o plano se desfez. Duas sombras surgiram atrás do Deus da Guerra e eu soube quem eram antes de serem anunciadas por Ares. Eu só sabia de duas pessoas capazes de provocar aquela sensação de medo e pavor que me assolou. A voz do meu pai apenas confirmou a chegada de meus dois irmãos. Phobos e Deimos, os dois que lutavam ao lado de meu pai nas gueras. Ares zombou enquanto eu ainda estava paralisado olhando para os deus de armadura roxa e castanha. Eu consegui tirar os olhos dois recém chegados e falar: 
- Coragem? - Tentava manter minha voz o mais firme possível - Pelo que vejo, não fui eu que chamei reforços! Isso aqui virou uma reunião de família, Ares? 
 Ta aí um detalhe sobre os filhos de Ares: Eles não medem consequências do que fazem ou falam. Por um segundo eu fechei os olhos tentando expulsar aquela sensação de mede de dentro de mim. Nada além daqueles meus dois irmãos poderia injetar meda em alguém daquela forma. Mas medo não era costume de um filho de Ares. Eu abri os olhos e consegui voltar a me mexer. Sem esperar, sem pensar ou calcular o risco que seria atacar Ares com os seus dois filhos atrás dele, eu ataquei. Ataquei reunindo toda a coragem que eu tinha, na verdade eu reuni tudo que eu tinha só para dar um passo na direção dos deuses. Mas eu ataquei com a lâmina de Ferro Estígio que estava com um tom avermelhado.
 Meu plano era basicamente isso: Vencer o caminho até onde Ares estava. Se esquivar das possíveis eventuais lanças dos meus irmãos. Defender os golpes de espada de Ares usando a minha e atacar em um golpe em semicírculo na parte do seu corpo que não esta cobrida pela armadura.      
 

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 Quando semideuses estão lutando com um adversário forte e poderoso, eles costumam rezar para os seus pais imortais. Mas algo me diz que isso não funciona quando o adversário forte e poderoso é o seu pai imortal. Me querido pai Ares, com a ajuda presencial de meus adorados irmãos, me ataca e quando eu vejo ele já estava encima de mim. Por sorte a espada dele se choca com a minha e eu não sou fatiado em dois. Mas Ares, diferente de mim, não se cansa. Ele continua a atacar enquanto eu faço o possível para defender seus golpes e tentar achar um brecha para atacar. O deus desvia de meu golpe e me derruba com um golpe no tornozelo. Ok, eu já estava irritado de ouvir a mesma coisa. Como se fosse fácil ficar em pé com o senhor das guerras brutais te derrubando toda hora. Ares quer que eu levante? Então eu vou levantar um pouco mais.   
 Quando eu bati no chão meus olhos se fecharam por um segundo e quando se abriram eu não teria me surpreendido se estivessem em fogo igual aos de Ares, tamanha era a fúria que eu estava sentindo nesse momento que ela não dava sequer lugar para o medo. Eu fiz a arena inteira ficar escura, mergulhada em um breu total. Quando eu me levantei em um salto eu continuei subindo, sustentado por um par de asas de sombras solidificadas. Eu subi até estar fora do alcance de Ares, sempre atento ao fato de não poder voar muito alto, e falei para ele: 
- Me levantei alto o suficiente? 
 Lá do alto eu arremessei a minha espada na direção do deus e mergulhei reto com ele, já empunhando minha espada de guerra que estivera breza no cinto, fiz um mergulho pronto para atacar o deus com a espada.     

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 Investi contra o deus em meu mergulho pronto para golpeá-lo com minha espada, só que as mudaram de uma hora para outra com a chegada de mais um dos meus irmãos. Meu golpe colidiu com uma especie de barreira invisível e senti o golpe voltando contra mim com tanta força que eu fui arremessado para trás e a espada caiu de minha mão. Percebi que eles tinham sumido, deixando apenas Ares e eu. De pé eu encarei meu pai, o que ele falou só aumentou minha raiva. Eu tive vontade de dar respostas como: Se você parasse de pedir ajuda a seus filhinhos. Eu quis dizer muitas coisas nesse momento, mas eu escolhi a mais inteligente. Nada.
 Minha espada estava fora de alcance e Ares já não estava mais empunhando a dele. 
 - É verdade que você é o melhor lutador do mundo? 
 Mal terminei de falar e já corri na direção dele, meus punhos brilhando em vermelho e pronto para socar, chutar, esquivar, rolar ou o que mais seja preciso para acertar o olimpiano.  
 

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  Eu investi contra o olimpiano para um combate corpo a corpo. Desferi um soco mas ele bloqueou, ele ataca e eu desvio. Isso continuou até eu desferir um sequencia de socos fulminantes no Lord da guerra, ele bloqueia a mair parte, mas ainda sim recebeu uma parcela dos impactos. Talvez eu ainda tivesse chance de não morrer ali. Só que não.
 Duas palavras mudaram tudo. Meu soco é interrompido e a força dele volta contra mim e me arremessa para longe. Mas antes que eu tivesse a chance de me achatar em uma parede, outros dos meus irmãos imortais aparece e meu pai desaparece de onde estava reaparecendo atrás de mim. Mas não parou por aí. Ares invoca outro de seus filhos imortais e eu sinto que uma manada de búfalos estava passando pelas minhas costas, mas talvez sejam apenas socos.  Só que a palavra "apenas" não combinava com a situação. Socos, em uma velocidade que eu achava que nem um deus teria, me acertam nas costas e eu comecei a achar que a qualquer momento meu corpo iria ser transpassado pelo braço do deus. Só que apenas oque é bom dura pouco, quando a coisa é ruim sempre tem mais para vir. De repente eu sentia que o tudo era nada e nada era tudo, da mesma forma a luz era trevas e as trevas era luz, o verso era o inverso da versão da inversibilidade (seja lá o que for isso). Talvez eu estivesse derretendo junto com a paisagem que também parecia estar se desfazendo. Eu nem sentia mais as dores, eu não sentia mais nada. Isso até eu ouvir o chamado de Ares e umas das ultimas partes do meu cérebro que ainda era capaz de pensar, congelou. De repente tudo se desfez em total destruição e dor. Rachaduras irromperam pela arena enquanto eu era jogado até o outro lado dela. Quando dei por mim, eu estava preso nos descombros enquanto cada centímetro do meu corpo gritava de dor. Mas Ares ainda não tinha terminado. Uma música tremula veio de todos os lados e destruir todos os sentidos que ainda me restavam.

 Estava debruçado no chão. Da minha boca e nariz saia um filete de sangue enquanto eu tentava me levantar. Mas parecia que cada osso do meu corpo tivesse se partido, isso se eu ainda tivesse ossos. Por fim conseguir me sustentar em pé, ainda que com muita dificuldade, e manter o olhar firme na direção de meu pai. Minha camisa tinha simplesmente se desintegrado e minhas calças camufladas estava meio fumegadas. Eu não me sentia capaz de dar mais nem um soco sequer. 
 Quando os espartanos entravam em uma batalha, eles não recuavam, se entregavam ou davam trégua. Lutavam até a morte. Eu sempre achei que foi Ares que ensinou isso a eles. E eu sempre segui esse exemplo.
 Mesmo sentindo que não tinha mais força para lutar, eu reuni toda a energia que ainda tinha e ataquei. Ataquei pouco me importando se meus irmãos imortais ainda estivessem ali. Ataquei para tentar dar, pelo menos, um ultimo soco.           
          
 

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