Pillars of the Oceans (Missão para Frida + Lola + Michael)

Michael estava bem. Podia sentir sua respiração, e seu coração pulsar. Frida, como eu soube, trouxe tudo muito rapidamente, o que fez com que eu ficasse mais do que feliz. Deixei Michael nas mãos dela. A verdade era que eu esperasse que as marcas da minhas mãos não ficassem definitivamente no corpo dele. Fico imaginando "Nossa que queimadura é essa?" "Ah, minha amiga, filha de Zeus me eletrocutou pra tentar ver se eu estava vivo" Provavelmente, achariam que ele era louco e eu um psicopata. Me afastei um pouco dos dois, para tentar olhar um mapa. As núvens começaram a sumir aos poucos deixando uma fresta de sol nos iluminar. O que eu via agora era incrível. Os cabelos loiros de Mich brilhavam como ouro, e os negros de Frida balançavam ao vendo. Os dois não estavam muito limpos, o que me fazia lembrar que eu devia estar com os cabelos chegando ao Olimpo de tão arrepiados... falando nisso, os cabelos de Michael pareciam na mesma situação por causa do choque. Espero que ele goste de usar um moicano. Assim que reparei, as suas pontas pareciam meio queimadas, graças aos Deuses dele ter se salvado.

Abri o mapa e peguei por um tempo os lugares. Aonde nós estaríamos? Pelo clima ainda estávamos distantes de nosso destino. Se estivéssemos perto de de onde Bóreas vive, tinha certeza de que o clima aqui estaria muito, muuuito frio. Olhei para os dois. Também não estávamos em NY. Disso, eu tinha mais do que certeza. Se estivéssemos, não importa aonde, eu sentiria o cheiro magnifico - digo isso muito ironicamente - de poluição. O que significava que já estávamos na ponta do canadá. Aonde? Eu não sei. Sky parara de comer pequeno meio pássaro, isso porque ele engoliu a parte em uma dentada; Olhei para Frida, sorrindo.

- Vou sobrevoar rapidamente Frida, quero ver qual cidade está aqui perto.

Subi em Sky, que deu seu longo voo. Como eu pressentia, havia uma cidade em 15 minutos de voo. Graças aos Deuses, claro. Voltei, com Frida acho, um pouco temerosa por minha demora.

- Estamos na divisa de toronto, ou seja, a quinze minutos daqui está nossa incrível Niagara Falls. - sorri para ela.

O grande problema era, ir agora ou não. Esperar que Michael acordasse.

- Ele está melhor? - falei preocupada e sorri. - Acho que seria melhor irmos agora. Você consegue voar em um Hiogrifo sozinha. Frida?

Minha ideia era essa. Eu Levaria Michael comigo e Frida andaria no Hipogrifo, claro, se ela quizesse.

Meu rosto corou instantaneamente quando Michael me abraçou daquela forma. Ok, eu sei, contatos são normais, mas desde que entrei no acampamento, a única pessoa que me abraçou dessa forma foi Alba, que na verdade, namora um garoto. Ok, é difícil entender. Minha maior vontade era nunca mais soltar o garoto, a final, ele me matou de susto, Depois que retribui o abraço sorri para ele e dei um tapa.

- Nunca mais faça isso entendeu? - falei brava, realmente estava, mas meu olhar suavizou como se a tempestade acabasse - Você quase me matou de susto.

Voltei a olhar o tempo. Aos poucos a noite caia e acabamos todos adormecendo. Sky, sobrevoava na frente, não deixando as rajadas fortes baterem em Frida e Black. Eu tive um sonho estranho.

Michael parecia preocupado. Não estávamos em cima de Sky, era uma floresta fechada. Frida começou a chorar. Alguma coisa nos perseguia. Aos poucos, a luz foi sumindo e a unica coisa que se podia ver era o Negro a nossa frente. Preto, escuro, sem nada. A luz voltou. Mas Frida e eu já não estávamos mais com Michael. Uma águia passou perto de nós, segurando um trigo. Era uma coisa bonita de se ver, mas então, Uma pomba aparecia segurando uma flor de mirtilo. Eu não entendia nada. A Águia e o trigo não pareciam fazer nada, enquanto a Pomba de alguma forma despedaçava a flor de mirtilo. Só então entendi. Água, Zeus; Trigo, Deméter; Flor de Mirtilo, Macária. Eram nossos pais. e A Pomba? Vagamente me lembrei do cara bonito. Ele era filho de Afrodite. E estava atrás de Michael. Não terminei meus pensamentos. Acordei olhando para A representação de Apolo.

Os dois ainda estavam dormindo, e não quis acorda-los, precisavam descansar. Sky estava mais devagar, e isso me lembrava, ele nos aqueceu a noite toda.

- Obrigada Sky - acariciei seu pescoço - Vou te dar um presente beeem grandão quando chegar, tá? Só espere mais um pouquinho.

Abri o mapa e vi nossa localização. Tinha uma cidade bem próxima. Talvez Pudéssemos descer. Acordei Michael o cutucando de leve, eu ainda estava preocupada com ele, se meu sonho fosse igual os outros, ele estaria em perigo, aliás, o garoto andara em silêncio demais, talvez soubesse de algo, mas se não queria falar nada, eu não iria pressionar e pedi para que o Hipogrifo acordasse Frida levemente. Assim que os dois abriram seus olhos e se recuperaram de seus sonhos estranhos (Frida falava dormindo) Mostrei o mapa para eles. E nossa localização.

- Temos algumas escolhas - disse - Na verdade, alguns fatos. Precisamos comer. Sky e Black estão meio cansados e há uma cidade próxima. Podemos descer, acho que a névoa por aqui deve ser forte o suficiente para eles acharem que Sky é um helicóptero, sei lá - Sky ficou meio bravo, quase me fazendo cair, ri para ele - oh, não é sua culpa bebe, são eles mesmo, mas é melhor para nós voltei minha atenção aos dois mais belos Semideuses - Em fim, eu sinceramente não sei bem qual a melhor coisa, ou a melhor idéia.. se vocês puderem ajudar. O que acham?

Chamar a atenção é algo que eu sempre consigo fazer sem querer. Bom, não é que eu quisesse chamar atenção, mas entenda.. Uma garota cai de um prédio de 20 andares em uma excursão de colégio e em vez de se esbofetar no chão, voa. Ou simplesmente um poste com vários fios elétricos caem em mim e me electrocutam e a unica coisa que acontece é queimar minhas roupas. Chamar atenção era meu forte, e quando vimos vários olhares para cima do prédio, sabia que teríamos que usar a névoa muito, muito bem. Logicamente, com o descer de um "helicóptero" em um local, os porteiros subiriam para ver o que era. Ou talvez, estivesse até acostumado com isso. Fitei o local. Ali era um bom lugar para descansar, colocar conversa em dia, bater em Frida e Michael para não me assustarem mais (se eles morressem, eu não teria coragem de continuar a missão, me apeguei demais a dois campistas que nunca, nunca mesmo iria deixar isso acontecer). Mas primeiro, precisávamos de alguma coisa para nossos mascotes.

- Eu tenho uma idéia maluca - sorri para os dois travessamente, um sorriso, que mesmo que fosse a primeira vez, expressava que era loucura - Mas espero que os Deuses nos ajudem.

Contei para eles meu plano. Primeiramente, descer nos andares encontrando uma casa vaga. Bom, não ia ser legal entrar na casa de alguém (nossa sorte era que todos os cômodos eram mobiliados) e então iriamos até a portaria falar com o porteiro. Ai vinha a ideia mais do que estranha. Frida simplesmente não parecia se dar muito bem com garotos, eu não iria coloca-la em uma situação constrangedora, Michael não teria escolha.. era o único garoto dalí.

- Depois de tudo, quando encontrarmos o apartamento e formos até a portaria.. vamos falar com o porteiro. Frida, você é nossa filha e nós moramos aqui, no apartamento que seja vago. - os olhares deles pareciam confusos. - Michael, você vai ser meu marido por alguns instantes - tentei não corar, era loucura isso - e Frida, se perguntarem algo sobre você ser maior que eu, ou sobre ser bem diferente, diga que é adotava e faça um escândalo como uma criança. E outra coisa..

Eu sabia qual Deus nosso poderia nos ajudar. Ela não era a Deusa mais amigável, mas quando se tratava de casais ela poderia dar uma mão. Claro, nenhum de nós formávamos um casal ali (pelo menos, eu acho), mas quem sabe, poderíamos conseguir. Já que, para entrar na casa e conseguir dinheiro, teríamos ser bem persuasivos, não só dependendo da névoa.

- Afrodite - sussurrei aos céus - seria uma boa hora para ajudar alguém, não acha? - eu sabia, se Afrodite aceitasse, seriamos bem persuasivos e a chance de falhar diminuiria. Olhei para os dois sorridente - Sei que é um plano maluco, mas foi a única coisa que pensei.. - confessei - se vocês tiverem qualquer coisa, mesmo, melhor, me fale, essa minha ideia é meio maluca... sabe? - comecei a corar novamente. Merda! Eu estava corando demais ultimamente, qualquer coisa, colocaria culpa no frio. [/color]

Ok, minha ideia era realmente absurda. Mas nada foi mais estranho quando Frida me puxou de lado. Assim que disse que eu sentia interesse no Michael, abaixei a cabeça. Sentir interesse por um garoto, nada disso era possível, olhei para ela, um pouco triste.

- Antes de vir para o acampamento, eu era apaixonada por um meio-sangue que vagava comigo pelas cidades. Ele se chamava Bryan. Fomos atacados e ele morreu em meus braços. Sabe? Simplesmente morreu. Eu não fiz nada, ele me afastou. A culpa realmente foi minha - respirei fundo, as lembranças me faziam sentir uma dor horrível - Acho que me interessar por um garoto.. é a coisa mais difícil de acontecer, na verdade, é mais fácil você se interessar, do que eu - ri, sabendo que os sentimentos dela eram bem diferentes, mas meu riso era realmente triste - e..a ideia veio de um filme - confessei, agora rindo. Bryan sempre dizia que eu era incrivelmente maluca, adorava ver filmes e sair imitando-os. "Sai da minha cabeça, filho de Hefesto!" pensei.

Depois que discutimos, a ideia do Michael era a Mais segura. Mesmo que Frida fosse bem diferente mesmo. Seriamos três irmãos. Olhei para eles, já recuperada da memória.Não podíamos simplesmente falar que eramos irmãos e pronto. Precisávamos de um apartamento.

- Ok, mas precisamos achar um apartamento vago. E conseguir as chaves - minha mente começou imaginar uma cena esquisita, comecei a rir - Eu acho que não quero entrar em um apartamento, do nada e achar duas pessoas lá. "Oh, somos seus filhos!" - fiz com uma tonalidade diferente - Não acho que névoa nenhuma iria convencer alguém disso.

Olhei para o dragão e o hipogrifo. Eles estavam realmente com Fome. Sky fixava seus olhos em alguns pássaros no céu, meio famintos. Digo o mesmo para Black. Olhei para os dois.

- Não saiam daqui, voltaremos com carne logo, logo. - me virei para meus dois amigos - temos dinheiro? [/color]

Desde nossa conversa "particular", Frida se sentiu meio ressentida. Ela parecia não olhar em meus olhos e isso começou a encomodar, talvez, tivesse se arrependido de ter perguntado ou tocado no assunto. Eu não guardei mágoa dela, e quase nunca guardo de alguém, mas agora, não era a hora certa para perguntar. Tínhamos um plano bolado e iriamos começar agora. Me despedi dos animais, pedindo novamente para que não fizessem nada que chamasse atenção (ou mais).

Começamos a descer as escadas andar por andar. As vezes, tivemos que nos esconder antes que alguém abrisse a porta, mas felizmente, quando chegamos ao 4º Andar o apartamento 43 parecia vago. Frida preferiu ficar no corredor, já que ela não se parecia comigo ou com Michael, eu não contestei. Assim que chegamos no térreo, ou andar baixo, Michael saiu para comprar as coisas. No total, ele saberia o que fazer. Minha cabeça começou a calcular quando me aproximei do porteiro. O que não gostou nada de mim, se bem que o garoto era muito, mas muito atraente. Não, eu não ligo para esse tipo de coisa.

- Olá... é... você mora aqui? - ele me olhou arqueando a sobrancelha. Sorri, forçando um olhar muito convincente.
- Ah, olá! Na verdade acabamos de nos mudar - sorri novamente, tentando ser a mais fofa possível - Sou Jackeline Ohanoa. Nós compramos um apartamento faz pouco tempo, claro, estamos de mudança ainda, mas eu e meu irmão Joseph já viemos para cá. - a névoa poderia estar agindo então sorri novamente - nós já nos vimos, desci ontem para pegar algumas cartas que estavam para chegar. Você foi muito gentil, me ajudando - pisquei, de alguma forma, ele teria que entregar as chaves.

Coloquei as mãos no bolso, fingindo que estava procurando algo e então uma cara de desespero. Joguei minha bolsa em cima da mesa a abrindo e enfiando as mãos por dentro, depois de um longo teatro limpei meus olhos com algumas lágrimas de crocodilo.

- Ah meu Deus! - exclamei, sem dizer Deuses, não seria a melhor opção por palavras - Minhas chaves! - olhei pelo caminho - impossível! Não, eu não acredito! Acho que as esqueci no taxi!

Neste momento Michael apareceu, cheio de sacolas com carne na mão, conseguia carregar bem, e parecia feliz. Mas o coitado teria que agir comigo na dramatização. Pisquei para ele, quando me viu "chorando". Ele precisava entender que era somente um momento de teatro.

- Oh, Joe! - sorri para ele - Joseph Ohanoa! As chaves estão com você? Não! Acho que eu as deixei cair! - falava rápido desesperada - Mamãe vai nos matar se ver que perdemos a chave do nosso apartamento! Nunca mais poderemos ficar sozinhos, sabe como ela é rigorosa - me virei para o garoto porteiro bonito, com uma voz manhosa - Será que pode nos ajudar? Eu.. eu não sei o que fazer. Não temos como voltar sem essas chaves, iriamos fazer a cópia hoje - meus olhos lacrimejaram - por favor.. Juro que eu, Jackeline Ohanoa, nunca te peço mais nada - aproveitei, dizendo meu "nome" para que Michael não me chamasse de Lola. [/color]