Praia - Local Publico

Convidad Qua Jan 04, 2012 8:56 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Praia - Local Publico - Página 14 Page10

A praia é um lugar como qualquer outra região litorânea. Água salgada do mar, brisa fresca com cheirinho de sal, areia fofa e branca com conchinhas pela orla e, um resto de floresta que separa a praia do restante do acampamento. Um Sol belo e brilhante para dias de calor e diversão ou uma noite romântica para luaus, completam o clima do lugar. A praia serve para relaxar, então pegue seu guarda-sol, protetor solar, um livro ou uma boa companhia e venha relaxar!

**Michael Keephe** Seg Set 24, 2012 4:09 am

A visão de Seth saiu do meu foco, seus brilhantes olhos azuis foram para a água. Encarava metade da sua face virada para mim sem poder olhar de verdade nos seus olhos. Até que ela realmente me olhou. Um suspiro desesperado saiu do meu peito, não sabia o que falar já tinha aberto meu peito e dito o que pensava, há alguma outra coisa que eu poderia dizer? Já que palavras mágicas não existem preferi ficar calado enquanto suas palavras foram descendo pelo meu peito enquanto Frida aproximava-se de nós com as pernas entrelaçando-se uma na outra, mostrando que ela estava um pouco bêbeda. Senti a mão de Seth, com pele quente e macia segurar a minha, segurei a sua também porem meu toque estava mais solto. Frida chegou próxima de Seth e de mim, deu um sorriso para ela e outro para mim, retribui e olhei para ela.

Aquele momento estava muito estranho e incomodo, não sei para as garotas mas eu me sentia desse modo e não iria conseguir esconder isso. Sentei com meu corpo ereto na areia e encostei minhas costas em Seth, sorri para ambas as garotas mas permaneci em silencio sem saber o que falar. Sabia o que sentia pela filha de Hipnos mas o mesmo ela sentia por Frida e assim como seria?
- Você não está atrapalhando... Pode chegar mais perto. - falei sem pensar vendo que ela estava mantendo-se distante de nós.

Virei meu rosto para o mar ali do lado, iluminado, debaixo daquela bela luz lunar, e aquela briza fria que batia agora a noite com um pouco de sal vindo junto à ela. Agora estava com medo do silencio que foi instalado sobre nós três continuasse, se devíamos falar não sabíamos o que dizer um para o outro.

**Seth O. Drowsiness** Seg Set 24, 2012 9:36 pm

UM CORAÇÃO E DUAS BANDEJAS

As costas de Mike eram enormes e me deixavam segura em relação ao que estava para acontecer. Sua pele quente e macia deixavam o meu corpo sonolento e tímido ainda mais relaxado. Passei minhas mãos melo ombro largo do garoto, deslizeis meus dedos pelos seus bíceps, passando pelo seu cotovelo e dedilhando seu antebraço até novamente encaixar meus dedos em sua mão quente. Não sei o motivo de insistir em encaixar nossos dedos, mas me fazia bem. Meu coração dantes confuso podia pensar claramente agora. A brisa que passava por nós, fazia meus cabelos dançarem ao vento. dourados ou não, no caso de Frida, flutuavam na leveza do ar que nos transpassava.
- Senta aqui do meu lado.... - disse calma a chamando com meus dedos além de minha voz como um veludo azul.

A morena trançava as pernas, seu rosto avermelhado e um sorriso bobo no rosto acusavam níveis altos de álcool no organismo. Mesmo assim a pele morena deslizado na areia da praia, me deixava tímida e meu coração acelerava um tanto. Meus olhos claros fitavam o caminhar da filha de Deméter até nosso encontro. Assim que ela chegou próxima de mim, lhe estendi minha mão livre e a conduzi até que sentasse do meu lado. Frida, entrelaçada em meus dedos, eu e minha outra mão agarrada na palma de Mike. Ao meu ver, nós podíamos ficar juntos para todo o sempre. EU gostava de estra ao lado de um homem, pois ele me dava segurança e acho que poderia suprir minhas necessidades enquanto mulher, mas Frida por outro lado, tirava de mim um lado nunca antes explorado, além de que ter uma moça ao meu lado seria bom, quando eu estivesse com assuntos íntimos.

Meu coração estava dividido em duas bandejas. Uma delas era feita de prata e em cima dela havia uma toalhinha branca de renda, a outra era de madeira maciça com entalhes de flores e pintada com minúcia. Não que eu me sentisse obrigada, mas acho que eles merecem uma resposta de minha boca, mesmo eu querendo viver esse amor à três. Apertei a mão de ambos e os puxei para mais perto de mim.
- hm... acho que... é.... hm... não sei como dizer... - "acho que gosto de vocês dois". Era isso que queria falar, mas não conseguia. Minha frustração era enorme, mas nunca fui tão corajosa quanto Cain e nem tão delicada e gentil como Abel. Eu e uma gelatina temos o quase o mesmo valor.

**Frida Forestiere** Seg Set 24, 2012 10:36 pm

Parecia que não estava atrapalhando nada, até porque nunca seria minha intenção. Michael foi bem receptivo, mas o que chamava atenção no momento era o olhar de Seth. Tão pouco tempo juntas e já havia provocado uma sensação muito boa, feito um furacão dentro de mim. Caminhei até a garota e sentei-me ao seu lado. Conseguia sentir seu perfume, seu cheiro doce no ar. Suspirei. Sua mão tocava minha mão. Sua pele era macia. Fechei os olhos por um momento e deixei minha imaginação fluir. Por um momento estava tocando delicadamente suas mãos e seu antebraço.
Ela nos puxou para perto, apesar de estar um pouco bêbada, senti uma coisa estranha no estômago. Como se eu quisesse correr e vomitar.

A terra estava rodando, mas eu não conseguia sentir o chão. Olhei por um momento seu rosto, seus olhos, sua boca. Queria beija-la, morde-la, tudo que tinha vontade. Apenas sorri. Parecia que a filha de Hipnos queria falar algo para nós. As palavras pareciam fugir de sua boca rosada ou faltava um pouco de coragem para solta-las. Ela disse, mas não disse nada ao mesmo tempo. Olhei para os dois e lembrei de uma música.

- Let's make a team, Make 'em say my name. Loving the extreme. Now, are you game?- sussurei cantando e sorri.

Não era uma péssima ideia. Passei minha mão no rosto da garota e arrumei seu cabelo. Peguei em sua mão e beijei-a. Como se fazia antigamente com as damas. Olhei para Michael e pisquei. Fiquei brincando com a areia, mas minhas mãos queriam tocar a garota. Meu único problema era essa necessidade de toque. Meus dedos caminhavam pela arei quando toquei em sua coxa. Olhei em seu rosto e mordi os lábios sorrindo.

**Michael Keephe** Ter Set 25, 2012 12:08 pm

Minhas mãos ainda tocavam as de Seth, deixei meu aperto fraco e leve, passei a segurar com mais força a filha de Hipnos. Ela soltou por um instante e levou-as pelo meu ombro, senti a ponta de seus dedos pela minha pele e sorri um pouco mais, e então ela fez um caminho completo pelo meu braço, passando por meus bíceps, meu cotovelo e meu antebraço até que ela encaixou novamente seus pequenos dedos entre os meus. Encarei o rosto da garota com um sorriso em minha face, seus cabelos dourados dançando o balé dos ventos assim como os castanhos de Frida também bailavam no ar. Seth ergueu seus dedos na direção de Frida, chamando-a com sua voz calma e leve para que ela juntar-se a nós.

A filha de Deméter foi aproximando-se de nós, com seu andar errado e atrapalhado, face avermelhada e um sorrisinho bobo tudo graças ao álcool, fiquei olhando para ela com um sorriso por debaixo da luz do luar pensando nisso até ela realmente estar diante de Seth e de mim, a filha de Hipnos ofereceu sua mão à filha de Deméter e então a morena sentou-se conosco, junta a Seth. Por um momento o silencio tomou conta, cada um envolvido em seus próprios pensamentos. Ali a minha vontade de permanecer com as duas ia e voltava, uma dúvida chata permanecia do que estava acontecendo. Meus olhos corriam dos lábios de Seth para o mar e então voltavam e focavam-se em Frida. Nós três não daríamos juntos... Ou daríamos? Um trio ali, elas e eu. Seriam os três juntos ou dois juntos, de um jeito todos ficariam bem e do outro um de nós ficaria sem o coração da dama.

Meus devaneios foram cortados pelas palavras de Seth que tentaram formar uma frase, acabando sem sucesso e deixando um pouco mais confuso quando seu aperto na minha mão e provavelmente na de Frida tornaram-se mais forte e ela nos puxou para mais perto, sorri naquele momento deixando um riso bobo escapar. Frida também falou, um trecho de uma música da Britney Spears? Acho que sim, reconhecia vagamente. Ajeitei meu corpo ali, sentado e em meio a um abraço coletivo com as garotas. Deixei minha mão cair sobre a coxa de Seth e encarei os olhos de Frida no momento que ela piscava para mim, sorri de volta para ela. No mesmo instante por algum motivo passei minha mão livre pelas costas da filha de Deméter e a puxei mais, fazendo um sanduíche de Seth.

- Seríamos um time mesmo? - minha mente não raciocinava direito, mas e daí? Fazer o que se o coração da filha de Hipnos permanece indeciso, teríamos que nos resolver melhor depois quem sabe.

**Mannuella J. Connolly** Qua Set 26, 2012 5:14 pm

This was never the way

Passava pouco mais das três da tarde quando eu resolvi fazer uma 'passeio' pela praia. Eu não queria ficar parada, não agora. Tirei meus sapatos e segurei eles na mão enquanto sentia a maciez da areia sob meus pés. Depois de longos momentos caminhando, eu resolvi me sentar e ficar olhando tudo ao meu redor. Havia chegado recentemente no acampamento e ainda não conhecia tudo por ali, então ainda me impressionava com que eu via. O mar não estava agitado, havia algumas pequenas ondas por ali e a brisa estava bem leve e fresca por ali. Fiquei brincando com a areia que estava ao meu redor.

I planned!

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**Thiago Wong** Qua Set 26, 2012 5:39 pm

Safe House. - Or not -

Não tinha muito tempo desde que eu havia chegado para o acampamento. Na verdade, duas semanas, ou três no máximo, e devo dizer que aquela vontade que eu tinha de viver na praia, havia se extinguido. Claro que depois de matar onocentauros, e muitas outras criaturas, a gente fica meio... Traumatizado, creio. Não podia acreditar que eu era um filho de Apolo. Apesar de nossos gostos serem extremamente parecidos, eu nunca imaginei que deuses podiam realmente existir. Claro que dos monstros eu não duvidava, pois já vinha os enfrentado desde que era um fedelho. Finalmente, decidi sair do chalé de Apolo. Peguei meu arco e a aljava, os prendi em minhas costas e saí. Estava sem camisa, somente a calça jeans e um chinelo comum, já que sabia que eu iria pra praia, exibir meu corpo digamos que... Sarado. É o que se ganha quando ficamos anos e anos nas praias, treinando e tomando banho de Sol. Antes que estranhe, o arco e a aljava estavam presos a uma espécie de cinto. Cheguei na praia, haviam muitas pessoas, algumas eu já até tinha visto, mas nunca mantido contato, já havia os visto entrando em seus chalés, coisa e tal, mas havia uma garota que chamou bastante minha atenção. Nunca havia a visto. Caminhei com calma até ela, já descalço, sentindo a areia fofa inundar meus pés, enquanto eu ia me aproximando cada vez mais. O arco já estava nas minhas mãos, e eu coloquei numa pequena mureta de calcário, a minha vista, claro. Me sentei ao seu lado, estendendo as mãos com um sorriso no rosto Oi, Thiago, prazer... Nunca te vi por aqui

**Mannuella J. Connolly** Qua Set 26, 2012 6:00 pm

This was never the way

Depois de um grande tempo, resolvi simplesmente ficar para, sem bricar com a areia nem nada. Havia bastante gente por ali, nadando, jogando e fazendo outras coisas. Era meio chato ficar num lugar onde você não conhece ninguém, e é meio que 'obrigada' a ficar assistindo as brincadeirinhas e diversão de outras pessoas.

Por um breve momento, fiquei ali perdida em pensamentos que nem notei que um cara se sentou ao meu lado, só então quando ele começou a falar que eu 'voltei' ao mundo. Não tinha ouvido direito o nome dele, thiago? Deve ser isso. - Hey. Prazer, sou Mannuella Judd. - Sorri para ele - Bom, você nunca deve ter me visto pelo fato de eu ter chegado há pouco tempo por aqui... - Dei de ombros. Eu acho que cheguei aqui há uns três ou quatro dias, não sei ao certo. Não estava contando, mas quem liga? Eu passaria boa parte da minha vida por ali mesmo, sendo assim acho que não seria preciso contar quantos dias estou ali e tudo mais. - Hum... Thiago, certo? - Perguntei incerta, vai saber se eu não escutei direito... Você é filho de quem? - Perguntei mordendo o meu próprio lábio inferior.

I planned!

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**Thiago Wong** Qua Set 26, 2012 7:00 pm

Safe House. - Or not -

Sorri com o cantinho da boca, olhando em seus olhos, lindos, por sinal. Sua mão era leve, macia e delicada, assim como - aparentemente - ela também era. Novatas... Eu me lembro muito bem quando eu era novato, até porque não havia tanto tempo assim. Sorri mais uma vez, exibindo os dentes brancos, enquanto olhava de relance para o céu Apolo. O sol está lindo hoje, não? Falei rindo, observando mais uma vez o sol, tendo que forçar os olhos para não ficar... Cego, eu diria. Olhei agora para o mar, haviam alguns campistas nadando, fazendo brincadeiras, e até alguns filhos de Hermes fazendo com que uns se afogassem, mas não ao ponto de termos que montar uma mortalha pra algum campista. Estava até tranquilo, eu diria, geralmente era muito mais movimentado. Algumas filhas de Afrodite tomavam seu banho de Sol, com aqueles biquínis minúsculos, mas eu não prestava muita atenção nelas, - na verdade, tinha uma certa repulsa - minha atenção agora estava focada em Mannuella. Eu lembro quando era indefinido, no chalé de Hermes sem dormir direito, esperando que meu pai me reclamasse logo... Mas não demorou. Espero que não demore pra você também, Mannu. Se é que posso chamá-la assim..

**Mannuella J. Connolly** Qua Set 26, 2012 7:30 pm

This was never the way

Não me surpreendi ao descobrir que ele era filho de Apolo. Ele meio que tinha o 'perfil' para isso. Claro que eu cheguei essa conclusão depois de ter visto outros filhos de apolo andando pelo acampamento. Cruzei minhas pernas, e fiquei apoiando o queixo nas palmas de minhas mãos. Dei uma última olhada para o Sol, antes de responder a sua pergunta. De fato o Sol estava lindo, e toda essa paisagem havia ficado perfeita. Parecia cenas de filmes americanos, o Sol, o mar... Enfim. Olhei para ele assentindo com a cabeça - Sim, de fato o sol está lindo. - Respondi sorrindo. Ainda não conseguia parar de admirar tudo aquilo, se eu tivesse uma maquina fotográfica, com certeza já teria tirado centenas de fotos. Tudo bem, já estava ficando ridículo isso, mas era a verdade, sempre que eu estava em lugares assim, essa era a minha vontade.

Os minutos iam passando, e chegava mais campistas por ali. Não havia percebido que tinha muitos campistas por aqui. Ficava me perguntando quem seria meu pai. Queria mesmo saber, como queria que fosse mais rápido esse negocio da reclamação e tudo mais... E se eu nunca fosse reclamada? Teria que ficar mais tempo no chalé de Hermes... Um arrepio me atingiu, de fato eu não queria mais ficar lá... - Cara, é terrivel ficar lá. Não aguento mais as brincadeirinhas de todos os filhos de Hermes... - Contive uma risada e mordi novamente meu lábio, que mania chata que eu tinha.-Tomara que não demore mesmo... Acho que eu ficaria louca se tivesse que ficar por lá por muito tempo... E bom, pode me chamar de Mannu sim... É como boa parte das pessoas me chamam... - Sorri para ele.

I planned!

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**Seth O. Drowsiness** Qui Set 27, 2012 11:14 am

TRIO STYLE

Não sei o que era, mas nós três parecíamos tão certos em relação ao que estava para acontecer. Porem eu acho que tudo isso foi armado por mim, tipo, eu não consigo largar a mão de ambos, ou de olha-los nos olhos e de sentir o perfume dos dois. Ok, eu acabei de os conhecer, mas é como se nossas almas já estivessem sido apresentadas num passado remoto. Eu sabia que Mike era gentil e acalentador e Frida era selvagem como um fogo consumidor, e que os dois estariam dispostas a se digladiar pelo coração da donzela, que no caso sou eu. E claro eu não poderia faze-los lutar até a morte, já que meu coração me diz que amo os dois. Tá certo que os amo em intensidades diferentes, já que o filho de Macária é homem e Frida é mulher, e eu ainda tenho que me acostumar com isso, mas assim que houver oportunidade eu trocaria minha vida pela alma de um dos dois sem pestanejar.

- Então... - disse beijando Mike demoradamente, passando a mão pelo seu pescoço - eu gosto de você e....- devolvi o beijo longo que dei no vermelhão, nos lábios de Frida - e de você... Assim como a musica sugere... 1 2 3 - disse tímida, sinalizando os números com os dedos no ritmo da canção. Logo em seguida tampando meu rosto com minhas mãos tremulas. Meu coração foi de 1 a 1000 batimentos e minha respiração tornou-se um pouco mais profunda. Nessas horas eu gostaria da coragem do meu pai, tipo ele fez Zeus dormir de boa, eu queria essa coragem para enfrentar esse romance proibido que está pra acontecer. Bom, não sei se é o certo, mas eu gostaria de tentar...

**Thiago Wong** Sex Set 28, 2012 11:47 am

A beautiful man, talking to a beautiful woman. -

Oh, então ela também gostava do Sol. Perfeito, eu também, até porque eu sou filho do Sol, praticamente. Soltei um sorriso involuntário, ouvindo ela assentir sobre minha opinião a respeito do Sol, e tudo mais. É, meus instintos já me falavam que ela era indefinida. Até porque eu nunca havia a visto antes, então só me restara duas conclusões. Ou ela era novata, ou eu era um lerdo idiota que ainda não tinha a notado, e como eu não sou isso, ela com certeza era novata. Muitos outros campistas chegavam, filhas de Afrodite com seus espelhos e biquínis ainda menores que os de antes, outros irmãos que chegavam pra tomar Sol, antes de ir matar algum monstro... Acho que matar não é a palavra certa. Enfim, isso não importava agora. Sorri sobre seu comentário sobre os filhos de Hermes, realmente eles eram bem... Chatos. Já havia ficado por um tempo lá, e só não havia matado um ainda porque não tinha sido reclamado. Olhei para seus lábios, e a vi morder ali mais uma vez. Esperei ela terminar com aquela aparente mania e passei o dedo suavemente sobre seus lábios Essa é sua mania? Sorri docemente, como se fosse um garotinho ingênuo de 7 anos, o que um dia eu fui, mas tive a infância destruída por monstros. Malditos. Não se preocupe, logo, logo saberá quem é seu pai ou mãe e sairá de lá. Se eu fosse melhor com profecias poderia te ajudar... Ri e estiquei as pernas, arrastando um pouco a areia dali. Não vai ficar louca, Mannu. Tente não ligar para os filhos de Hermes. Sorri para a garota

**Daryl Mackenzie** Sex Set 28, 2012 11:24 pm

Mais uma tarde estava findando, à poucas horas atrás eu sabia exatamente onde estava e para onde queria ir. O pequeno dissimulado ônibus dos menestréis tinha parado não muito longe do acampamento, onde eu poderia voltar caso não encontrasse nada lá. Minhas constantes e irregulares idas e voltas daquele lugar nunca me afetaram, porque nunca tive uma corrente forte o suficiente que me prendesse ali; todavia, agora eu tinha. Não correspondido, provavelmente, mas eu estava satisfeito por não viver metodicamente; com uma garrafa de vinho numa mão, o violão apoiado nos meus ombros, e o resultado disso: minhas eventuais insanidades e ilusões momentâneas, que nem sequer me levariam a um lugar diferente que não fosse o de sempre. Diferentemente que de costume, fui recordar meus velhos e curtos instantes como bom contemplador do sol. Ainda que meu violão, preso as minhas costas, nunca estivessem mais longe que isso de mim, levei uma gaita de boca, a qual toquei pelo caminho. Nunca se sabe quando um menestrel precisa usar seus dotes e alegrar o dia, existem momentos e momentos. Caso os dotes de menestrel ainda não fossem o suficiente, eu ainda tinha os de filho do deus do vinho, que me eram muito úteis, as vezes. Se eu possuísse um carro, por exemplo, poderia beber e ainda dirigi-lo, não ficaria bêbado de qualquer forma mesmo.

Procurei um lugar vazio, assim eu não importunaria ninguém que não quisesse ser importunado. Aqueles que apreciassem a música, que se aproximassem, e eu não teria problemas com isso. Fiquei admirando todas as fases do sol, desde seu nascer, até seu poente, que ainda estaria por acontecer. Tirei uma garrafa de cachaça vínica do bolso, um frasco de ferro, tão pequenino que caberia dois deles num só de meus bolsos. Tomei de pênalti, um gole, e voltei a guardar o frasco no bolso. Por quê eu estava ali? Porque eu sei que encontraria alguém, no acaso do destino até nas mesmas circunstâncias que encontrei um dia, quando o sol não ocupava os céus. Eu deixei algo com ela, algo que me fazia senti-la ao longe. Aguardaria e aproveitaria de cada segundo que eu passasse ali, e não perderia a conta deles, desde que ela aparecesse antes que eu saísse. Até lá, nada maior me tiraria dali. - Wish You Where Here. - recitei uma parte da música, falando, numa das poucas horas que a gaita já estava nos meus lábios. Joguei-a não só o instrumento para o lado, como meu corpo, na areia. Meus olhos se colocavam fechados, eu precisaria apenas dos ouvidos atentos, ouvindo o barulho do mar e do vento.

**Mellody M. Grigori** Sex Set 28, 2012 11:43 pm

Life's too short for so much sorrow

He says.

Mais uma tarde caía no Acampamento Meio–Sangue, e com ela, mais um dia de rotinas na vida de um semideus. Veja bem, meu dia, assim como o da maioria dos campistas, não havia sido exatamente calmo, e com exatamente calmo eu quero dizer, que logo após o café da manhã nos levantamos de nossas cadeiras e fomos à arena onde treinamos alguns golpes, seguida de um pequeno treino onde chutamos algumas bundas de monstros, após uma pequena corrida no rio de canoagem, com direito à uma curta partida de vôlei antes de subirmos a parede de escaladas, tomando coragem para desviarmos em uma altura questionável do magma quente que descia por ali. Um dia quase normal para mim e todos os outros loucos que ali viviam... Se eu estava cansada? Estava elétrica! Havia me saído muito bem em meus treinos, havia conseguido matar dois monstros, havia ganhado a corrida de canoagem, eu simplesmente estava animada, eufórica, e com o fim do dia no nosso pacato acampamento, resolvi fazer uma coisa que não fazia desde que havia sido reclamada, ou seja, há quase um ano: Sair para correr.
Não estava em grandes trajes de corrida, apenas usava meu short preto de ginastica e o top, com um lugar especial onde eu conseguia colocar o iPod que havia arrumado clandestinamente com os filhos de Hermes. Veja bem, eu realmente respeito as regras do acampamento, acho que temos toda a razão em nos precavermos de monstros, mas tirar as minhas músicas? Desculpe, mas aquilo era como pedir para a chuva não cair. Com o rabo de cavalo que insistia em não parar em meus cabelos lisos, apertava o elástico a cada vinte passos que dava, olhando para a areia não muito longe dos meus pés e o mar, de onde vinha uma brisa refrescante que tinha como papel, refrescar-me. O pôr do sol. Mas é claro. o fenômeno mais belo da natureza e o que me abrigava as melhores lembranças. Toquei o pingente que batia contra meu pescoço e soltei um suspiro. Eu não o via há mais de uma semana. Havia simplesmente sumido, como se nunca tivesse existido e tudo houvesse sido apenas fruto da minha imaginação, digo, eu até poderia pensar que estava solitária a ponto de inventar amigos imaginários, mas aquilo, ali pendurado em meu pescoço era a prova de que minha mente continuava sã... Pelo menos por hora.
Parei por um momento apoiando-me em meus joelhos com a respiração alta. Sentia o cansaço começar a me atingir e com ele o suor que molhava meu corpo naquele momento. Parei os olhos para o horizonte, vendo um pequeno sorriso se esboçar em meu rosto, eu nunca cansaria daquela imagem, do pequeno traço, que era capaz de separar o oceano do céu, que naquele momento de mistura de cores, pareciam um só. Apoiei-me em uma árvore prendendo meu pé para trás do meu corpo, dobrando meus joelhos na tentativa de me alongar enquanto escutava Red Hot soar em meus fones de ouvido. Eu nunca me cansaria daquela música. Snow. Escutava há alguns anos atrás e continuaria com meu vício por Red Hot, afinal, eram poucas as bandas de hoje que poderia ser dar um verdadeiro valor.
Meus olhos por fim, pararam em algum canto da areia, onde tive a pequena surpresa, que foi capaz de mudar completamente o meu dia. Não. Não era possível. Será que mais uma vez, justo quando eu não estava de fato voltando à floresta na tentativa de reencontra-lo, ou quando não perguntava para campistas se sequer haviam o visto ultimamente, eu iria vê-lo? Assim, bem quando não esperava? Não tentava fazer com que isso acontecesse? Talvez fosse o maldito do destino trabalhando de novo. Com um sorriso tirei meus tênis, deixando a areia tocar meus pés descalços, e em passos leves, deitei-me ao lado do garoto, sem sequer falar nada. Uma palavra. Abri um sorrisinho virando meu rosto em direção à ele, para que pudesse enxerga-lo mesmo com o sol dificultando aquilo. Pisquei algumas vezes tentando dar nitidez à visão.
-Olá estranho. Você vem sempre aqui?

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Sáb Set 29, 2012 12:12 am

Por vezes, a maré insistia em bater no meu pé, molhando-o, e me fazendo voltar ao dia que, meus cabelos, já encharcados, caíam nos meus olhos, enquanto eu, na persistente tentativa, tirava os de Mellody de seus olhos para beijá-la. Apalpei a areia ao meu lado, no intuito de pegar minha gaita. Suavemente, coloquei-a na boca e comecei a tocar, uma música que eu costumava tocar quando estava esperando algo, digamos que seria eu cantando Macho Man na fila do banco, só que de modo mais sutil. O nome era Pink, do Aerosmith. Eu não cantaria, apenas tocaria, era a hora para qualquer um nos arredores, que ouvissem, fizesse algo insano e que fizesse diferença na sua vida; como beber, pular num lago de crocodilos e perder as pernas. Que seja. Só que algo me fez cessar com a música. Eram leves batidas, pernas se movimento mais rapidamente, um objeto metálico balançando. É claro que eu sabia quem era, e não vacilaria em sorrir e ficar mais contente do que comumente estaria. Era quem eu pensava e não existiam dúvidas nos meus pensamentos.

- Olá, estranho. Você vem sempre aqui? - uma voz tão próxima a mim me dirigia. Abri um sorriso maior, como uma criança e, colocando minhas mãos na frente dos olhos, abri-os, virando-os ligeiramente para o lado. Até seu cheiro era o mesmo, deveria mesmo ser sua mãe uma deusa, para concertar todo o estrago que a figura paterna de Hades causava. Arqueei as sobrancelhas, respirando fundo o ar que me cercava e expelindo um leve suspiro depois. - Venho caçar algumas marrentas as vezes. - respondi, sem mostrar claramente uma expressão engraçada.

**Mellody M. Grigori** Sáb Set 29, 2012 12:38 am

Life's too short for so much sorrow

He says.

O sorriso se alargou em meu rosto com a confirmação de que era com Daryl com quem eu falava naquele momento, e não com outro campista qualquer, com o qual eu fosse pagar um mico maravilhoso. Ele tocava uma gaita quando havia chegado, a qual interrompeu a melodia com minha presença. Não queria que ele parasse de tocar, eu gostava. Ergui uma sobrancelha quando ouvi sua provocação e fiz uma careta, fingindo estar incomodada com o que tinha acabado de ouvir. Ele não expressava, mas eu tinha quase certeza que ele estava brincando naquele momento. Um sarcasmo impecável, devo admitir... Eu um dia teria capacidade de fazer algo parecido.
-O que? Existem outras marrentas na sua vida? Chateada em saber que perdi o posto. -Sorri , mesmo tendo tentado ao máximo permanecer séria. Que ótima atriz eu era. -Mesmo duvidando que se você procurar, dificilmente achará um exemplar como eu.
Pisquei dando uma risadinha e sentindo meu corpo esquentando-se mais contra a areia que o sol aos poucos esquentava, mesmo enquanto preguiçosamente, se arrastava para trás do oceano. Mais uma vez, a briga constante do sol e da lua, e mais uma vez, eu estranhamente presenciava o mesmo fenômeno natural com Daryl, que mostrava-se desaparecido há pouco mais de uma semana. Abri um sorriso presa em meus pensamentos. Mais uma coisa peculiar, além de o fato de quando nos vemos, nossas primeiras palavras sempre vem em tom de ironia ou então uma brincadeira: Daryl e eu devemos combinar mentalmente um lugar para assistirmos o pôr do sol. Sempre o pôr do sol.
-Isso virou tradição? Posso tirar um horário semanal para lhe encontrar acidentalmente e ver o pôr do sol. –Brinquei exibindo meu melhor sorriso no rosto. -Aliás, você evaporou. Tem algum esconderijo pelo acampamento , sem ser o armário para outra dimensão do meu irmão, o qual não estou sabendo?
Perguntei um pouco confusa, digo, eu sabia que ele era líder do grupo de menestréis e que viajava pra caramba... Mas seria possível que ele tivesse deixado o acampamento e voltado em tão pouco tempo? Digo, será que suas viagens eram assim? Semanais? Estremeci. Eu não conseguiria lidar com uma carga dessas para mim. Eu era líder das feiticeiras, mas nada eu fazia além de brincar de "Abracadabra" com a bunda bem confortada no sofá do meu chalé. E ali estava ele, eu nem podia acreditar, com o mesmo aroma delicioso de vinho e a expressão confiante que deixava qualquer um intimidado... Até mesmo eu. Não gostava daquela sensação. Eu tinha tantas perguntas para fazer... Como sobre o colar que trazia comigo em meu pescoço naquele momento. Algo que me pareceu tão pessoal nosso, que seria impossível ele arranjar em pouco mais de três horas de conversa comigo. Será que ele tinha o poder de fazer brotar acessórios? Caso contrário eu não achava uma explicação plausível para tudo aquilo.

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Sáb Set 29, 2012 1:07 am

Com a resposta dela, nunca deixando de usar o evidente sarcasmo, talvez para equiparar-se a mim, algo que ela já estava fazendo, eu movimentei a cabeça de modo giratório, esboçando um sorriso sem mostrar os dentes. Reparei que algo que usamos sem moderação no nosso primeiro encontro era a ironia. Embora ainda existisse a boa e velha ironia, eu não sei se ela tinha consciência, mas eu não seria nada irônico se dissesse que seria sempre uma desculpa para voltar a vê-la. Eu sempre a veria novamente, sempre sem exceção, porque, dado a isso, aquele colar que deixei com ela, era para ser dela, de alguém que eu realmente gostaria de ver de novo e temesse que isso não acontecesse. Eu poderia tranquilamente viajar ou sumir, mas eu sabia que ainda sim, a veria de novo, e isso era o fundamental. Seu rosto me interrogava, eu já não entendia ao certo se ela sentia raiva de mim por simplesmente não mandá-la uma mensagem de Íris, se eram saudades camufladas, ou apenas curiosidade sobre o que aconteceu. Lembro-me bem que o adjetivo que ela melhor usou em mim foi fraco, nada me garantia que ela ainda me achava o mesmo fraco que fui. Fui, realmente fui.

Me apoiei com um braço, para levantar apenas um pouco meu corpo, assim podendo olhá-la. Com a mão desocupada, tirei, como fiz um dia, os cabelos do seu rosto. Ela estava suada, tão confiante como sempre. Encostei o dedão na sua bochecha, quando uma gota de suor acabara de correr da extremidade de sua sobrancelha esquerda, eliminando-se ao tocar minha pele, que, por sua vez, tocava a dela. Ela estava com outra roupa, obviamente, passou pela minha cabeça de quantas formas eu ainda a veria...talvez triste, realmente brava, sem nenhum sarcasmo. - É um esconderijo que gosto de chamar de pensamento. - respondi, dando um certo mistério à minha resposta, algo que eu sabia que desagradaria a ela, mas era impossível perder a oportunidade de vê-la ainda mais curiosa. - Nos meus, ou nos seus, talvez. - completei ainda, sorrindo, dessa vez sem ser sarcástico. Não que deixasse de ser verdade, não deixei de pensar nela.

**Mellody M. Grigori** Sáb Set 29, 2012 6:08 pm

Life's too short for so much sorrow

He says.

Senti um pequeno acelerar dos meus batimentos cardíacos quando os dedos de Will tocaram minha pele. Abri um sorriso. Mais uma vez aquele toque, que diferente de qualquer outro, não me dava vontade de recuar, e sim, vontade de pedir mais... Coisa que poderia não ser exatamente boa. Soltei um leve suspiro e revirei os olhos ao ouvir sua resposta. Típica. Não poderia esperar algo direto do garoto, não importava a forma como eu estava lhe perguntando aquilo. Dei um pequeno peteleco na ponta do nariz do garoto e ri com a cena, enquanto tocava levemente o pingente em meu pescoço e olhava para ele. Wish You Were Here... E eu realmente desejava.
-Na minha mente? Talvez. Mas se estava aqui ou não, nunca irá saber. -Brinquei, lhe dando uma piscadela e soltando uma risada gostosa em seguida.-Tire-me uma dúvida então, ursão. A maior delas aliás. Você não quer me contar onde costuma caçar suas marrentas com medo de eu exterminá-las usando nada mais do que um remo como arma... Ou simplesmente tem gosto de me dar respostas vazias e me irritar?
Ergui uma sobrancelha com uma caretinha enquanto virava-me um pouco, batendo a areia das coxas, que grudavam em meu corpo à medida que o vento as trazia. Arrumei o top um pouco torto, logo em seguida os fones de ouvido que continuavam a tocar, agora em um volume mais baixo para que eu pudesse escutar o garoto, a música Pretty Fly, do The Offspring. Uma música engraçada e um tanto inapropriada para o momento, talvez, mas eu gostava. Considerando meu desastre total em tentar ser romântica, talvez um soudtrack um pouco mais animado pudesse me deixar um pouco mais confortável ali do lado do garoto de olhos azuis, que conseguiam prender-me de forma irritante. Toquei sua mão que tirava uma mecha de meus cabelos olhando fundo em seus olhos, enquanto tentava achar qualquer falha em sua expressão, qualquer coisa que me dissesse o que ele estava pensando... Mas era impossível. Eu definitivamente não conseguia entender Daryl. Ele sempre seria um mistério para mim. Mordi o lábio enquanto olhava de forma hesitante para o pingente que caía perfeitamente entre meus seios, engoli em seco.
-O... o que é isso? Digo, como...?
Eu nem sabia como iniciar minha pergunta à ele. O que eu queria saber mesmo? Como ele havia conseguido um colar tão significativo em tão pouco tempo? Como ele parecia saber de tudo o que aconteceu conosco, antes mesmo de acontecer? Era isso? Droga eu... Eu não me lembrava.

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Sáb Set 29, 2012 7:01 pm

Ela acertou meu nariz suavemente, compartilhei de alguns risos com ela, sem tirar os olhos dos dela, sugar um pouco daquela beleza que ela emanava, depois de tanto tempo, ainda que pouco, separados. Ela segurou o pingente, o violão, e eu olhei-o de relance também, era algo especial para nós dois, repeti várias vezes o que estava gravada naquele objeto. Sua risada era gostosa de se ouvir, sua voz era tão suave para uma filha do submundo, embora ainda fosse uma princesa. Dei algumas risadas, imaginei que ela estivesse pensando que pelo mesmo motivo que ela, então devolvi a piscadela rapidamente. - Não teve como pensar em algo poético e que enrolasse o suficiente, tão rápido. - respondi, encarando-a com a sobrancelha esquerda arqueada. Lembrei do velho costume que Mellody tinha de morder os lábios, quando nervosa ou confusa, procurando algo inteligente e que me colocasse na parede para dizer. Ela estava ficando boa nisso, me colocar na parede.

Indaguei que músicas ela estivesse ouvindo, talvez alguma com uma letra profunda, que falasse algo inteligente, mas não romântico demais, para se fazer. Suas perguntas me levavam a uma confusão mental, porque sempre que ela tentava descobrir o que eu pensava, me levava a fazer o mesmo. Por isso eu devia usar tantas respostas vagas com ela, era mais fácil descobrir o que ela queria saber, quando se rebatia a pergunta, e não a respondia diretamente, coisa que normalmente eu faria, eu gostava de ser direto, e estava perdendo esse costume. - Era de uma pessoa que eu pensei amar. Amanda era seu nome, Whish You Were Here havia sido lançada a pouco tempo, eu não sabia que era um semideus. - falei, rápido, porque era difícil contar aquilo para alguém, mas me senti feliz em ser direto.

**Mellody M. Grigori** Dom Set 30, 2012 6:13 pm

Life's too short for so much sorrow

He says.

Arregalei os olhos completamente estupefata com a notícia, de que aquele colar que eu usava, já havia pertencido à alguém anteriormente. Sem pensar duas vezes, tirei-o do meu pescoço, entregando-o à Daryl, e balancei a cabeça negativamente, completamente descrente de que ele simplesmente havia me dado algo que pertencera anteriormente à uma namorada sua. Franzi a testa agora completamente confusa. Como assim? Amanda. Eu não era a Amanda e muito menos queria algo que fosse dela. Aquilo era muito pessoal para se compartilhar. Fiz uma caretinha.
-Não posso ficar com isso, não é meu.-Falei com um sorrisinho enquanto colocava o colar nas mãos de Daryl. -Não sei se te interessa muito, mas enquanto você da suas voltinhas pelo mundo eu fico treinando como uma retardada aqui. Queria eu ter sua vida.
Pisquei dando uma risadinha e virando-me de barriga para cima, observando o céu que brilhava nas mais diferenciadas cores. Soltei um suspiro. Logo mais eu voltaria para o chalé, estava cansada, mas e aí? Daryl sumiria de novo? Eu o veria apenas na semana seguinte onde estaria igualmente indisposta a vê-lo, e novamente na semana seguinte? E assim continuaria até um de nós desistir de encontrar o outro? Eu imaginava que sim. Talvez eu desistisse, talvez não. Eu diria que queria ter a vida daquele garoto, mas pensando bem agora, com tantas viagens e tudo mais... Poderia ser cansativo.

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Seg Out 01, 2012 9:45 am

Ela colocou o colar em minhas mãos, e eu não me dei ao trabalho de fechá-la, observei os olhos da garota, que controlavam sua ira por algum motivo, possivelmente não queria estragar um encontro que anteriormente havia sido tão especial, mas fiz questão de estragar. Mas era preciso, eu não mentiria sobre a origem do colar, havia um significado por detrás daquilo, que era essencial contar a ela, caso contrário eu não teria voltado ao acampamento. Ela falava com tanto desdém, não entendia ao certo se ela queria me ver aquele dia, ou se a decepcionei por não tê-la procurado logo no dia seguinte. Amanda não era um nome que sobressaía o nome Mellody. – Enquanto você luta como uma retardada, eu tomo vinho, toco violão e espalho a alegria. – destaquei, esperando uma reação não muito boa da parte dela. – Mas porque eu tenho um motivo para voltar. – Tirei o violão das costas e coloquei no nosso meio, encarando-a com um meio sorriso. – Quer fazer meu papel e ir? Pode ir, para mim não fará diferença, ao invés de querer voltar, só estarei esperando. – Ao terminar de falar, peguei o colar e amassei-o, segurei a mão da garota e, colocando o artefato dentro dela, fechei-a. – Tem uma alma aí dentro. – Delicadamente, segurei o queixo de Mellody e o virei para minha direção, aproximando ainda meu rosto para deixar frente a frente os meus olhos dos dela. – Não aceito devolução, a essa altura do campeonato. – Abeirei meus lábios aos dela, e dei-lhe um só breve beijo. Ela não apareceu na praia porque eu já estava lá, ela apareceu por um simples acaso, mas era esse acaso que me garantiu chegar antes e lhe provar que todas as vezes que ela me visse, não se arrependeria.

**Mellody M. Grigori** Seg Out 01, 2012 5:16 pm

Wish You Were Here

He says.

Revirei os olhos e ri alto com o que ouvi sair da boca de Daryl. Ok, talvez a imagem de ele ficar fazendo absolutamente nada o dia todo, enquanto eu imaginava que ele estivesse... Sei lá, salvando o mundo, era broxante, mas também completamente cômico. Ameacei pegar seu violão e ri mais um pouco com a cena, revirando os olhos por um momento.
-Acho que farei o seu papel então, mas não se surpreenda se eu curtir a boa vida e nunca mais voltar.
Sorri lhe dando uma piscadela enquanto soltava um leve e quase imperceptível suspiro. Aquele garoto era definitivamente uma incógnita para mim, mas eu estava começando a desconfiar que aquele fato não era realmente um ponto negativo em nossa relação -seja qual era fosse -e sim um ponto positivo. Era como se eu não fosse me cansar. Como se sempre tivesse algo novo para descobrir ou pelo menos tentar entender. Um rosto com milhões de segredos por trás, como o colar que colocava na palma da minha mão, deixando-me sequer rejeitá-lo. Havia "uma alma" ali dentro, ele havia dito. Acontece que antigamente, quando não sabia o que eu era, "uma alma" em um colar seria algo sentimental e tão sério que chegaria a ser uma declaração nojenta de tão romântica, porém, tratando-se do mundo em que eu vivia hoje, se o colar fosse realmente uma espécie de compartimentos de almas, e Daryl fosse um traficante maligno de espíritos, eu não me surpreenderia. Ok... Talvez um pouquinho. Franzi a testa analisando o pingente tão bem feito, e passando o dedo levemente sobre as palavras inscritas. Me pareciam tão pessoais, mas não mais agora. Daryl segurou meu queixo, forçando-me a olhar para ele, e depois de algumas palavras tocou os lábios macios aos meus. Não pude impedir o mínimo entorto de canto de lábio -que chamei de sorriso -aparecer em meu rosto. Engoli em seco, enquanto pousava as mãos em meu colo, sentando-me na areia. Impotente.
-Almas? Pesado. -Grunhi em um tom irônico enquanto balançava a cabeça negativamente. -Olha, Daryl. Não quero parecer chata, mal agradecida, muito menos ciumenta, considerando que a situação, seja qual for, a nossa não nos permite sentir ciúme algum do outro... Mas por que faz questão que eu fique com isso? Quer era Amanda, afinal?
Tá. Eu não queria perguntar, mas eu estava realmente me coçando para aquilo. Minha mãe sempre dizia que eu era uma pessoa que não punha a língua entre os dentes, e que esse poderia ser um grande problema meu futuramente... Mas eu não ligava! Eu estava curiosa e se curiosidade um dia matou o gato, o meu destino era cruel. Prendi a respiração enquanto analisava calmamente o garoto, que como sempre, demonstrava absolutamente nada em sua expressão.

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Seg Out 01, 2012 5:45 pm

Semicerrei os olhos, contemplando alguém rindo da minha cara, enquanto eu tentava não ocultar fatos que ocultei por uma vida toda. Seus olhos agora sim demonstravam total desdém, e tudo que eu vira dela, desde que a vi de novo, foi puro sarcasmo. Eu ainda estava tentando ampliar um pouco mais a concepção que ela mesmo estava dando de si, à mim. Refleti em pouco tempo se era eu que captava errado o que ela me enviava, se de fato ela não fosse alguém diferente, só outro nome que ficasse do lado de "Amanda" numa lista de erros e más interpretações de sentimentos, por minha parte, ou por parte dela. Porventura ela também interpretou errado o que sentia por mim, afinal tudo foi realmente rápido, num passar de uma semana ela teve e oportunidade de pensar melhor sobre mim, enquanto socava e destruía algo na arena. Comecei a rir, imaginando as diferentes formas as quais ela encarou o "tem uma alma aí". Quando eu tentava ser direto, abria lacunas ainda piores, que fazia os outros rirem de mim. Ela riu. - Não estou sendo sentimental, moça, tem uma alma aí. Não uma alma, de alguém, está aí, quiçá metade dela. - sorri, com uma pitada de sarcasmo, vendo-se que não pude retribuir na quantidade que ela merecia.

Deixei minha cabeça descansar na areia, olhando para o céu, que agora não tinha o sol e suas luzes me incomodando, ainda que eu fosse um cultuador dele. Eu já não achava formas corretas de falar a ela o que ela merecia ouvir, isso se merecia ouvir, ela não estava ali para isso. Tentei me recordar do dia em que Orfeu disse aquilo à mim, tentei me recordar da origem do objeto, até que ele parasse nas minhas mãos, até que parasse nas mãos da garota, até que parasse nas mãos de Mellody e ela fizesse questão de retornar as minhas. Sempre retornava as minhas. - Ela também riu. - comentei, sem responder ainda a qualquer pergunta. - Ela só foi alguém que pensei ser outra pessoa. Orfeu não foi claro o suficiente, eu era ingênuo demais pra perceber. - dei um suspiro, e então afastei aquele arrepio que estava prestes a surgir em mim. - Mas espero que não fuja com o meu violão, senão terei que ir atrás do que é meu. - ri sozinho, com o duplo sentido da frase. Não foi engraçado, mas fingir que era poderia ser uma boa tática.

**Mellody M. Grigori** Seg Out 01, 2012 6:18 pm

Brick By Boring Brick

He says.

Estremeci assim que ouvi sair dos lábios de Daryl, o comentário sobre o lance da alma. Mas é claro que tinha uma alma ali. Como eu lutava com cães infernais e chutava alguns ciclopes. Mas que coisa! Eu acho que nunca me acostumaria com uma vida de semideusa, sem achar tudo o que acontece completamente peculiar e impossível... Mesmo sabendo que não era. Olhei para Daryl sentindo um certo peso em minhas mãos agora, e o colar se tornando mais gélido. Aquilo era simplesmente... Pesado. De quem seria a alma ali dentro? Não sabia se Daryl me confiaria uma parte de sua alma, assim, sem mais nem menos, por isso a ideia me soou um tanto idiota. Mas e se não fosse? Roí a unha do dedo indicador olhando para o pingente em minhas mãos e desviei os olhos, aflita, em direção ao horizonte, tentando respirar sem arfar, ou coçar as costas das mãos como sempre fazia quando ficava nervosa. Ergui uma sobrancelha para o garoto tentando amenizar a situação.
-Vai confiar uma alma em minhas mãos? Nas mãos da garota que conseguiu perder um lobo em um chalé?
Dei uma risadinha descrente enquanto balançava a cabeça negativamente. Como diria minha avó, e era verdade: "Eu só não perdia a cabeça porque estava colada no pescoço". Abri um sorriso e revirei os olhos com o trocadilho final de Daryl, dando uma leve risadinha, mais pelo fato de ele ter rido de forma tão deliciosa...E em parte por eu rir praticamente de tudo o que me contam com o intuito de ser engraçado. Ergui uma sobrancelha observando-o lentamente enquanto não resistia ao impulso de coçar as costas das minhas mãos, abraçando-me em minhas pernas e prendendo a respiração lentamente enquanto fitava o além com um interesse surpreendente. Rezei para que minha voz saísse um pouco mais confiante do que eu me sentia.
-Se eu fugir com seu violão, nunca mais irá ouvir falar nele. Sou uma menina rápida.
Brinquei, lhe dando uma piscadela e um risadinha em seguida, surpresa com a entonação confiante e indiferente que consegui fazer surgir da minha voz. Talvez tantos anos fingindo que estava tudo bem em casa, enquanto meu padrasto se tornava um maníaco abusivo, tivessem me tornado uma grande atriz. Da-lhe John.

Thanks, Baby Doll @ ETVDF

**Daryl Mackenzie** Seg Out 01, 2012 6:57 pm

Entendo porque com Orfeu é meu lugar, e não num acampamento cheio de semideuses. Tudo que eu falara para Mellody estava se tornando uma bola de neve, cada vez mais difícil de parar, quando descendo em disparada. O problema maior é que aquilo era ainda o começo da tal bola, e agora eu estava mudando de ideia quanto a vê-la de novo, não sei se era algo bom, era só um sentimento supérfluo e enganoso, ao menos ninguém me desmentia, nem mesmo ela. Constatei rapidamente a forma agoniada que ela se demonstrava, roendo unhas e mudando de posição, como se a companhia estivesse desconfortável, e não o chão duro. Sua sobrancelha se movendo, seu sorriso céptico e seu joguete destruidor, como de costume. A parte de Hades ainda estava viva... ou morta... dentro daquela marrenta, embora eu ainda não soubesse ao certo de ela herdou isso do pai, seria interessante. Já não era tão emocionante como da última vez, eu queria que fosse igual. - Se você fugir com o meu violão, aí você vai ouvir falar de mim. - corrigi a frase da marrenta.

**Vicktor R. Unlocker** Ter Out 02, 2012 5:52 pm

Após meu encontro com a simpatica May, me dirigi novamente a passos sem rumo. Gostei do lugar em que cheguei, a praia.
Bocejei e me espreguicei, tirei minha camisa e os chinelos, os deixei de lado e corri para dar um mergulho.

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