Praia - Local Publico

Will we survive the sleep?

Common Skinny Love

I told you to be patient
I told you to be fine. I told you to be balanced. I told you to be kind. In the morning i'll be with you, But it will be a different "kind". I'll be holding all the tickets, And you'll be owning all the fines

E se o mundo desse voltas? Mas ao seu redor? Seria interessante? Me perguntava isso enquanto estava na cama olhando o teto. Eu não dormia, devido ao uso de remédios antidepressivos. Me levantei da cama e decidi caminhar por ai, sem rumo, apenas para sentir o vento nos cabelos. Andei em direção ao meu armário e coloquei uma camisa com as mangas cortadas preta com uma caveira mordendo outra caveira, uma jaqueta preta por cima e short jeans, seguido de meu all star. Sai de meu chalé e caminhei por ai cantarolando:

-Come on skinny love just last the year, Pour a little salt we were never here. My, my, my, my, my, my, my, my, Staring at the sink of blood and crushed veneer...

Essa frase ecoava em minha cabeça, e me fazia perder o ritmo da vida. Dei de ombros sozinha e cheguei a praia, fitando o longo mar. Tirei meu all star e a meia e caminhei deixando meus cabelos soltos ao vento e tirei minha jaqueta, expondo minhas tatuagens nos braços e avistei dois semideuses conversando e suspirei. Um casal na mesma praia que eu? Só podia ser uma grande sacanagem divina. Caminhei passando pela frente deles, um pouco mais distante, e parei perto de uma pedra e me sentei na mesma, pensando em como eu tinha sido idiota em toda minha mísera existência, e sussurrei:

-I tell my love to wreck it all, Cut out all the ropes and let me fall. My, my, my, my, my, my, my, my, Right in the moment this order's tall

Will we survive the sleep?

Common Skinny Love

I told you to be patient
I told you to be fine. I told you to be balanced. I told you to be kind. In the morning i'll be with you, But it will be a different "kind". I'll be holding all the tickets, And you'll be owning all the fines

Meus devaneios estavam fortes, e tinha percebido que não tinha tomado meus remédios. Ouvi duas vozes distintas, como se já tivesse escutado elas. Me virei e vi o casal fazendo sinal para eu me aproximar. Era só o que me faltava, uma divina sacanagem. Um casal, e eu, ali. Tsc.
Caminhei até eles, relutante, e me apresentei, formalmente e sem muito entusiasmo, já que estava sem o efeito dos remédios antidepressivos:

-Oi, er... Prazer em conhecê-los, me chamo Sophie Krauser.

Estendi a mão, relutante sempre, pensando "Você nunca mais será feliz sem mim, Krauser". Ella, sempre me deixara claro aquilo, e aquilo me destruia por dentro. Me sentei do lado deles, colocando o all star para não me sujar na areia e fitei eles, esperando alguma resposta.

Will we survive the sleep?

Common Skinny Love

I told you to be patient
I told you to be fine. I told you to be balanced. I told you to be kind. In the morning i'll be with you, But it will be a different "kind". I'll be holding all the tickets, And you'll be owning all the fines

Fitei os dois, que apertaram minha mão como previsto. Eles pareciam ser simpáticos, até mesmo a garota com as tatuagens. Não teria motivo para eu descontar meus problemas neles. Mas, eu andava muito depressiva. As palavras de minha mãe, que ecoavam em minha cabeça me fazia querer chorar até que eu não tivesse mais água no corpo. Respirei fundo ao ouvir a pergunta da garota e disse de forma serena e calma:

-Sou filha de Hipnos, e vocês, são filhos de quem?

Fitei os olhos dos dois, e não via melancolia, o que me deixara pior. Soltei o ar e cruzei minhas pernas em forma de índia e passe a mão nos meus braços, tímida e preocupada por não ter tomado minhas pílulas.

Will we survive the sleep?

Common Skinny Love

I told you to be patient
I told you to be fine. I told you to be balanced. I told you to be kind. In the morning i'll be with you, But it will be a different "kind". I'll be holding all the tickets, And you'll be owning all the fines

Soltei um leve sorriso ao ouvir que eram meus irmãos. Era estranho, já que eu não gostava tanto do conceito de família devido as circustâncias criadas pela minha família mortal. Cai em devaneios de novo, e sem me dar conta que eles estavam ali, pois estava fitando o mar, começo a cantar baixinho:

People help the people
And if you're homesick,
Give me your hand and I'll hold it.
People help the people
Nothing will drag you down
Oh, and if I had a brain,
Oh, and if I had a brain,
I'd be cold as a stone and rich as the fool
And turned all those good hearts away

Gabrielle Davenport

But ... you discover what love was ... and hate yourself for feeling it.

"

Eu era recém chegada no Acampamento. Tinha sido reclamada no mesmo dia, e eu estava feliz em meu chalé. Bom, nem tanto, claro. Não tinha mais aquele sol forte como antes, estava tendo um crepúsculo, e via campistas indo para a praia ver. O que eu podia perder? Nada! Sai do chalé com a camisa do Acampamento, uma jaqueta amarrada na cintura, minha calça jeans rasgada no joelho, all star surrado e um lenço amarrando os cabelos. Meu violão nas costas e meu arco também, caso acontecesse algo. Caminhei até a praia, em passos rápidos, cantarolando algumas músicas rápidas, rindo comigo mesma por eu estar viva. Vi a praia de longe e corri, alegre até tocar a areia da praia. Tirei os tênis e amarrei os cadarços, pendurando no pescoço. Sorri vendo o por do sol, e avistei uma garota loira abraçando as pernas. Andei até ela e me sentei, sorrindo de forma amigável:

-É uma veterana? Por que está assim tão tristonha?

Ela era não tão veterana, e não estava triste, o que me deu uma vantagem. Seu sorriso, me encantou totalmente. Sua voz, doce, e seu perfume, de uva? Era fácil notar que ela era uma filha de Dionísio, ou estava perto de um. Seus cabelos loiros, seu olhar profundo, era cativante. Sorri, fechando meus olhos azuis, por ora verdes pelo tempo, e disse:

-É, sou nova. Me chamo Rachel Arnk, mas me chame apenas de Rachel, se não conseguir falar o sobrenome. E sou filha de Apolo, uma música nata, sei jogar vôlei, e sou conversadora.

Era verdade, eu falava demais, mas em um tom de riso, deixei o final da minha conversa e fitei seus olhos, esperando uma reação da garota.

Ri do que ela disse, e dela ter ficado corada. Audrey... Seu nome ficaria cravado na história de minha vida? Poderia ser, mas dependeria dela. Desenhei na areia seu nome, e sussurrei:

-Complete com o nome de quem você ama, e assim, seu desejo se realiza. É o que dizem.

Sorri e fitei seus olhos negros, esperando uma reação. "Vamos Audrey, vamos" Pensava eu. Era uma reação dela que eu queria, que eu esperava, e muito.

Corei forte ao sentir seu toque, e ainda mais ao ver meu nome ali. Fitei seus olhos, com os meus olhos verdes penetrantes e assustados, e ri nervosa

-Você pode sim, ter o que quer, é só você avançar e conseguir logo.

Disse, sentindo minha voz falhar. Me aproximei mais dela, sentindo meu coração palpitar e meu corpo ficar mais quente.
Desviei meu olhar nervosa pro mar, ainda sentindo seu toque.

Corei ao ser beijada. Era meu primeiro beijo "gay" se fosse pensar por esse lado. Era uma explosão dentro de mim, sentir seus lábios com gosto de uva, seu toque em meu queixo, meu maior ponto fraco, me fez delirar. Sorri com o que ela disse, e sussurrei:

-Você conseguiu o que queria.

Me aproximei mais dela, e dessa vez, desviei os lábios pros dela, lhe dando um selinho calmo e duradouro, e iniciando um beijo suave, acariciando sua mão.

Dela.

Walk and walk away

Com: --; humor: Happy; vestindo; Sweet Thanks Maay; From TPO

Final de tarde, nada para fazer no acampamento e eu,uma garota de olhos verdes e cabelos negros cacheados, andava sem rumo até adentrar a praia;lugar inóspito e tranquilo naquelas horas. Os filhos do dia se retiravam e os da noite perambulavam por aí. Ás vezes sentia saudade de Paris, da França, de minha casa e da loja onde atuava como estilista ao lado de minha mãe; tinha saudade do mar e do navio do meu pai, tinha saudade de velejar pela costa francesa. Minha Paris estava longe, mas era tudo para mim, ouvir o Bon Jour, me deliciar com croissants, ir aos festivais de cinema e aos desfiles de moda. Um dia voltaria para a França, mas até lá teria de ficar no acampamento, me sento em uma pedra, pego um caderno de desenho e começo a desenhar o longínquo mar com um sol poente, as náiades nadando também faziam parte do quadro.
-Mágnifique- e volta a desenhar calmamente.