Caverna - Local Público.

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O dia no acampamento estava ficando interessante... Ter visto aquele semideus me deixou com vontade de visitar vários locais dali, só que invisível. Não queria ser notado por algum grupo de semideuses. O sol estava esplêndido, como uma margarida. A água de um rio próxima me alegrava, levando-me junto ao vento, como uma folha... Só que bem viva e a mais bonita de todas, ou quem sabe um rosa em que eu era o mais belo entre todos?

Sim, de fato eu adorava ser o amor. O leito do rio logo poderia ser visto ao longe, com suas águas cristalinas. Dando uma olhada para o lado e ninguém por perto se encontrava, tirando minha bermuda grega, entrando totalmente despido na água. Sentindo aquela maravilha passar entre minhas pernas, enquanto boiava, levando-me entre a correnteza. Batendo minhas costas na pedra, só que a batida foi amortecida por alguns musgos que acabaram servindo como uma cama. Macios como gramas, e bem aconchegantes sentindo fazerem-me cosquinhas.

Logo notei que não era uma pedra e sim uma tartaruga que me encaminhava diretamente para frente da caverna, meus pensamentos pareciam bombas prestes a estourar, aquele semideus aparentemente me chamou a atenção, mas não queria que nada estragasse aquele momento gostoso em que eu estava.

A água fazia cosquinha em minha nádegas, entrando na caverna vendo que o local era um tanto lindo, algumas fontes estavam espalhadas mais a frente e sabia que ali era meu destino naquele rio, teria que entrar em alguma bem funda onde sentisse uma pequena solidão.

Três espalhadas e somente uma estava cheia o bastante para ficar dentro, entrei com vontade, sentindo o solo ao fundo em pedras. Alguns feixes de luz poderiam ser vistos deixando o local com ar de misterioso. As fontes haviam sido feitas há pouco tempo ou o local era pouco movimentado.

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Sim, eu estava sozinho e com isso algo já estava me incomodando. No meu palácio sempre tinha alguém para eu conversar, ou sempre estava levando o amor ao mundo. O som da água era o único barulho... As tartarugas nadavam e com isso davam um ar de não está somente sozinho.

Mas meus sentidos eram muito apurados, bem a frente uma pessoa vinham segurando-se entre as paredes, dava para notar, pois suas mãos tocavam fortes na água que escorria da caverna. Rapidamente fiquei invisível, afundando-me dentro da fonte, meus olhos viam tudo fora, quando uma perna é mergulhada seguida por outra, dando-me um pequeno susto.

Cabelos loiros, pele branca, vestes surradas que pelo olhar poderia notar que eram sujas, definitivamente era o semideus que havia encontrado no chalé de Zeus, o Julian(o garoto que tinha problemas com educação). Era só o que me faltava, pensei que eu ficaria sozinho, mas pelo visto isso não poderia ser bem sucedido naquele local. Uma ideia passou-se em minha mente, arranquei umas das penas de minhas asas, passando levemente nos pés dele. Mesmo debaixo d’água um deus tinha seus feitos divinos e isso não era problema ficar sem respirar por muito tempo.
Passava a pena levemente em seus pés, um de cada, sorrindo às vezes.

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Brincar com o semideus estava ficando interessante. Colocava algumas vezes a mão no rosto para as bolhas não subirem, sua expressão seria estava sorridente, pelo visto tinha-o animado. Mas logo isso parou, quando ele saiu e ficou olhando diretamente ao fundo, acho que deveria está procurando algo. Outra ideia se passou em minha mente, assoprando dentro d’água lançando algumas bolinhas feitas de coração, pegarem sem seu rosto e a partir daí queria ver se ele teria tamanha coragem, a bolhas que pegarão em seu rosto, causariam uma visão densa, onde uma grande fera com partes de onça e vários rabos, de cor verde, molhada olhando-o com suas presas enormes. Como se quisesse devora-lo, mas nada daquilo era verdade, somente uma visão.

Saindo de dentro d´água, invisível e ficando sentando a frente dele, esperando sua reação quanto a visão causada pelo meu hálito em bolhas.