Monstros à vista - Missão para Taylor von Dietricher (Atena)

Monstros à vista!

Pretty and strong, I'll be.

O chalé de Afrodite era uma edificação perfeitamente criada, mas com moradores que não gostavam muito de se esforçar. Taylor via essa "falha" em seus irmãos como um desperdício de guerreiros para o Acampamento e de armas, afinal, Afrodite agraciava seus filhos com ótimas armas para garantir a sobrevivência dos mesmos neste mundo repleto de monstros. O semideus pegou sua espada segmentada Soul-Edge e vestiu seu par de luvas especiais que possuíam mini-escudos, Lovely Dove. Claro, não podia deixar de levar, com a mão direita (enquanto a espada segmentada estava embainhada na cintura), o Cajado Esculápio, item que o asseguraria de usar suas habilidades curativas. Então, como que procurando por um abrigo daquele mundo cor-de-rosa, o Curandeiro de Asclépio saíra, dirigindo-se para a arena do acampamento.
Ao chegar no local de treinamentos, Taylor apertara o cordão de ouro com pingente em forma de cruz vermelha, um dos presentes do Deus da Medicina, rezando ao mesmo para pedir proteção e melhoras naquele dia. Ele havia ouvido boatos de que a Névoa havia acabado e os mortais estavam conseguindo enxergar os monstros e isso estava se tornando um caos, mas nada de oficial fora passado para os semideuses por Quiron ou Senhor D.
Olhando para os arqueiros que ali treinavam, Taylor sentira vontade de usar tal arma também, mas não tinha conhecimento sobre o tiro de arco-e-flecha. Pensou em pegar seu iPhone do bolso e ligar para sua mãe, pedindo um arco de presente, mas não iria atrapalhá-la, afinal, nunca o fizera. Então, fez uma coisa melhor: saíra da arena e fora para a Casa Grande, Quiron com certeza iria ajudá-lo a treinar arco-e-flecha.
Chegando lá o velho centauro estava jogando uma conversa fora com o Senhor D., e como percebi que nada de importante falavam, resolvi interromper.
- Senhor D., Quiron, desculpe interromper, mas... Senhor Quiron, poderia me ajudar a usar o arco-e-flecha? É que é uma arma super legal de se usar e nós, filhos de Afrodite, não gostamos muito de ficar na linha de frente nas batalhas... - Comecei. Estava forçando um pouco a voz e fazendo altas faces, para ver se minha beleza me ajudava ao menos uma vez. Quiron sorriu e disse: - Claro, claro. Vamos lá para dentro que vou pegar dois arcos e aljavas. Venha... - E então saímos da varanda e fomos para o interior da Casa.
Já com arcos nas mãos e aljavas nas costas, Quiron me ensinava ali mesmo algumas técnicas, quando de repente uma aura nova invade o local. A sensação era de uma sabedoria intensa, me deixava mais confiante. Quando dei por mim, a deusa Atena estava ali a nos cumprimentar.
- Senhora... Atena... Um prazer conhecê-la. - Disse, hesitante.
Respondendo aos cumprimentos, alguns segundos depois, Quiron fora conversar com ela em particular. Não era muito distante de onde eu estava, mas mesmo assim não consegui ouvir a conversa dos dois imortais. Porém eu via a deusa Atena olhando de minuto a minuto para mim. De repente, a última citada aproximou-se de mim, com um leve sorriso no rosto.
- Taylor, você terá sua grande chance de ir em uma missão muito importante. Você a aceita? - Eu não sabia o que responder. Falei a primeira coisa que venho à minha cabeça.
- Claro, minha senhora. Estou disposto a ajudar no que for preciso, afinal, esse é o principal objetivo dos Curandeiros. - Lovely Dove era um par de luvas leves, mas agora eu sentia o peso de seus mini-escudos. Sem esperar a reação da deusa, fui até o local na Casa Grande em que deixei Soul-Edge e o Cajado Esculápio e os peguei, logo voltando para a presença de Atena. - Estou pronto - falei, por fim.

Armas levadas:

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@Lilah

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Sentindo o olhar de desaprovação da deusa Atena caindo sobre si, Taylor sentiu uma energia péssima, se sentindo culpado, como se um punho apertasse o seu coração. Quando a deusa o mandara voltar ao seu chalé e escolher apenas uma de suas armas, o garoto não titubeou, afinal, não queria parecer indeciso na frente de tal divindade. Saí apressado da Casa Grande e me dirigi à ala dos chalés, mais precisamente ao chalé dez.
Tirou rapidamente as luvas, desembainhou a Soul-Edge e guardou o iPhone mágico. Em um baú ao lado de sua cama, guardou um dos seus itens mais preciosos: o cordão de ouro com pingente de cruz vermelha que se transformava em seu kit médico. Atena pedira-o para ser sábio ao escolher e, ao decidir levar apenas o seu cajado, que o permitia utilizar os poderes de Curandeiro mais facilmente, além de ser uma ótima opção para o ataque, por ser indestrutível. Tomou cinco segundos para pensar um pouco e respirou fundo, seguindo de volta para a Casa Grande.
Ao adentrar a porta, Atena e Quiron não estavam mais sozinhos: Rachel, a oráculo do Acampamento, estava lá. Quando ela estava presente, era sinal de que a missão era séria. Mostrei o cajado para Atena, em sinal de que fora esta a arma escolhida, e me voltei para a Rachel. Agora, seus olhos não eram os mesmos: estavam distantes, profundos, sinal de que estava sendo possuída pelo espírito do oráculo. Abrindo a boca para falar algo, mas sua voz não era a mesma e o que fora falado era uma profecia, provavelmente destinada ao filho de Afrodite.



Memorizando cada palavra dita pela garota antes de sair, cansada, para voltar pros seus aposentos, Taylor temia os significados obscurecidos nas entrelinhas da profecia. Quando Rachel passou pelo garoto, apenas olhou-o com uma expressão preocupada, deprimida.
Quando Rachel se fora, Atena aproximara-se do Curandeiro, levantando as mãos e com sua energia divina, materializou uma caixa de madeira entalhada e o entregou. Havia um cadeado sem chave trancando a caixa, feito de ouro celestial, pelo que parecia.
- Isso vai poder ser aberto unicamente em caso de vida ou morte e ninguém pode ver você com essa caixa, ela contém algo muito importante. - A deusa falara, e, de repente, num piscar de olhos, desaparecera, juntamente com Quiron. Muitas perguntas estavam pairando na mente do semideus, mas nem Atena nem Quiron estava lá para respondé-las.
Uma risada vinda do lado de fora da Casa Grande cortara os pensamentos do semideus, e o mesmo fora ver o que era. Chegando na varanda, viu Sr. D e Quiron jogando um jogo de cartas, rindo, como se o centauro não estivesse com o garoto há alguns segundos, e nem a deusa Atena tivesse visitado o Acampamento. Taylor estava escondendo a caixa de madeira entalhada em um dos bolsos grandes do casaco. Afinal, ninguém poderia vê-lo com tal objeto, seja lá o que fosse, que poderia salvá-lo ou matá-lo, e só pudesse ser utilizado uma vez. O filho de Afrodite se aproximara dos imortais e o que recebeu fora um olhar fulminante do deus do vinho, logo dizendo: - Tristan, o que faz ai? Já disse para dar o fora.
Pensou em corrigi-lo, mas não daria certo, pois o Sr. D. insistia em trocar o nome dos campistas. "Não gosto que me chamem de outro nome", pensou.
O centauro e o deus agiam como se nada tivesse acontecido e chegaram a mencionar que ouviram relatos de mortais sendo atacados por monstros em Nova York. Ao ouvir isso, Taylor apertara firme o cajado, rezando para que seu patrono o protegesse, seja lá para onde estaria indo. Agora ele só tinha uma coisa a fazer: cumprir sua missão. Mas por onde começar?

Arma levada:

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@Lilah

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Quiron parecia não poder falar, mas Taylor tinha a ligeira impressão de que o centauro lembrava-se perfeitamente da "reunião" com a deusa da sabedoria. O sr. D ignorava completamente o filho de Afrodite, o que já era normal, afinal, era raro um campista ganhar a sua atenção. Olhando para trás novamente para ver se Quiron ainda o olhava pesaroso, o curandeiro vira o sr. D bater as cartas na mesa, animado, e gritar que venceu aquela partida, ou alguma coisa do tipo. Nesse momento, o velho centauro parou de olhá-lo e se concentrou na mesa em que estavam jogando.
Então Taylor seguiu o seu caminho, saindo da varanda da Casa Grande sem falar uma palavra. Muita coisa estranha já havia acontecido naquele dia e ele não queria que acontecesse mais. Sorte de semideus é uma coisa rara, né? Sempre acontecem coisas estranhas. E com esse pensamento, alguém abraçou Taylor por trás, envolvendo os braços por cima dos ombros do filho de Afrodite. Olhou para trás, tomando um susto com a mais nova surpresa que lhe aconteceu. Quem o estava abraçando por trás era um garoto, com a camisa do Acampamento Meio-Sangue. Em seu rosto, apenas conseguia ver sua boca e o nariz. Os olhos estavam tapados por um boné que usava, mas o filho de Afrodite conseguia sentir um sorriso sorrateiro vindo de seu olhar. “Um dos Pégasos escapou, preciso que tome conta do estábulo enquanto não retorno. Serei breve, Taylor", disse uma voz em sua cabeça. Apesar de não ter mexido a boca em nenhum momento, a voz parecia ter vindo do campista que agarrava Taylor. O rapaz, então, dirigiu Taylor até o estábulo, sem o filho de Afrodite dar nenhum pio.
Chegando lá, o campista desconhecido o deixara sozinho, em um silêncio profundo, onde reinava o cheiro de bosta de cavalo. Cortando o silêncio, um relincho assustou o filho de Afrodite. "Óbvio que aqui teria cavalos, estou em um estábulo!", pensou ao perceber que não estava sozinho.
O cavalo de pelagem negra e crina de fios prateados o olhava, amedrontador. Então o curandeiro percebera as asas, escondidas na escuridão da baia em que estava. Era um pégaso, não um cavalo, como pensava antes. Mas mesmo assim isso não o impedia de ser terrivelmente mortal. Taylor tinha um pouco de trauma por esses animais, mas já que era uma criatura mágica, temia que fossem mais perigosos, principalmente por pégasos serem animais sagrados a Poseidon, e o garoto estar em uma missão a pedido de Atena, a maior inimiga do deus dos mares. Taylor pensou no que iria fazer a partir de então, encarando o animal.

Armas levadas:

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@Lilah