Viagem à Atenas - Missão para Lyra (Atena)

Estava tudo perfeitamente calmo no acampamento, talvez calmo até demais. Lyra, filha de Atena, estava em seu treino cotidiano de lanças e facas quando Quiron, o centauro do acampamento, troteou até ela a chamando para uma conversa mais privada. Apoiando seu bastão no chão, assim que ambos se retiraram da arena, o híbrido abaixou o olhar como se estivesse procurando as palavras corretas a serem pronunciadas com um brilho obstinado nos olhos.

- Criança, chegou sua hora de provar o valor para os Deuses. Um Pégaso mandado por Atena especialmente para essa missão lhe aguarda na colina meio sangue com a filha de Hades, mas é crucial que você leve apenas uma arma e nenhum item a mais. Exigências da Deusa sobre para essa missão ser necessário extrema discrição.

Ele ergueu o olhar e podia sentir a diferença de tensão no ar, conforme observava um Pégaso branco e com longas asas prateadas que troteava próximo à Peleu. Talvez soubesse o que estava por acontecer, mas não podia falar a respeito com a campista. Então, findou falando de maneira pensativa.

- Voe até o Oráculo em Atenas, na Grécia. Lá você encontrará sua profecia e terá o início da sua aventura. E lembre-se: Essa missão foi pedida pela própria Deusa da Sabedoria.

A última frase lhe saiu sussurrada como se aquelas palavras contivessem segredos que a garota poderia entender, saindo em um galope para os semideuses que ensaiavam um treinamento de arco e flechas falando em um tom alto e autoritário para que endireitassem sua postura.

Prazo:

Avisos importantes:

Assim a filha da Sabedoria percorreu o território de Nova York no seu cavalo alado e, logo a estátua da liberdade passava a se tornar cada vez mais distante até que desapareceu dando lugar a um cenário monótono de dois tons de azul: o céu e o mar, que não se modificavam. Porém, surpresas eram reservadas para aquele nível de missão dada à filha da Sabedoria que começariam em seguida. Uma chuva fina e trovões começaram a cruzar as nuvens com as ondas que já se agitavam embaixo das patas do cavalo alado, provavelmente mais uma briga entre Poseidon e Zeus. O fato era que jorradas de vento dificultavam a locomoção do animal que se assustava facilmente com os clarões rasgando o céu.

Ondas gigantescas se formavam abaixo de Lyra quebrando em rochedos e explodindo como o temperamento de quem as controlava. A cada novo elemento que se juntava à realidade do local, mais assustado o animal ficava começando a corcovear em pleno ar recusando-se a ir adiante e com razão. À frente dos dois, uma barreira aquática subia em um redemoinho sugando tudo que estava ao seu redor, o motivo da briga já estava claro: provavelmente, Poseidon estava tentando intervir na missão para a filha de Atena sob protestos de seu irmão, o Rei do Olimpo.

O que fazer a seguir? A parede crescia e se nada acontecesse ela acabaria por desabar sobre os dois que seriam afogados em meio às águas. Mas uma coisa chamou a atenção da filha de Atena também, a cabeça de uma criatura começava a ser colocada para fora da água dando diversas investidas no ar, como se quisesse morder algo mesmo sem conseguir ver devido aos clarões das trovoadas. Lyra, porém, foi capaz de enxergar o que parecia ser o focinho de um cachorro com pelagem escura, orelhas pontudas e olhos castanhos que alternava os locais de onde se revelava dando mordidas no ar e retornando à água.

O seu tamanho não era gigantesco, mas sem dúvidas uma mordida daquelas renderia grandes ferimentos. A filha de Atena olhava ao redor com esperança de encontrar uma saída de contorno, mas nenhuma brecha se fazia visível em seu campo de visão, quando uma voz feminina e calma sussurrou em sua mente sem pedir passagem: “Lembre-se, Lyra, toda a força do mundo ainda deve se curvar perante à sabedoria”.

Telquine – 120/120HP
Lyra – 120/120 HP
Pégaso – 100/100HP

Prazo:

Avisos importantes:

Eu concordava com a frase que só poderia ser de uma pessoa, ou melhor deusa, era minhã mãe, Zeus mesmo teve medo com o nascimento de sua filha, pois sabia que minha mãe, talvez fosse até mais forte do que ele. Olhei ao redor tinha que ter um jeito de derrota-lo, eu não tinha poderes com água ou fogo, ótimo pois não seria nada útil, magia? bem eu conhecia um pouco, mas o animal era imune, por mexer com magia das trevas nos tempos antigos.

Pensa Lyra, pensa, pensava eu desviando do animal com meu cavalo enquanto cada vez mais aquela parede de água crescia. Então uma ideia passou por minha mente, acabaria com aquilo lentamente, mas pra isso precisaria da ajuda do cavalo, e de minha pericia com a adaga.

Acariciei o doso do cavalo e com puxei suas rédeas, num mergulho perfeito o mesmo voou em direção a agua onde o monstro estava, ele tremia levemente e queria recuar, mas eu continuava firme passando confiança ao meu novo amigo, quando chegamos bem perto do bicho, que fora pego de surpresa, peguei minha adaga e com ela em punho desferi um golpe em seu dorso voltando aos céus.

Fizemos esse circuito três vezes e a cada nova perfuração de minha adaga em seu corpo eu o deixava mais furioso, até que comecei a voar em círculos ao seu redor, o fazendo vir atras de mim, me aproximava e recuava o deixando tonto.

A prole de Atena acariciava o dorso do cavalo-alado para encorajá-lo a ir adiante, apesar do visível temor do animal e as coisas corriam bem até que os golpes contra o demônio marinho se iniciaram. Em dois golpes feitos com sucesso resultaram em aberturas na criatura que continuava a abocanhar o ar de maneira esparsa e, com a densa parede de água entre Lyra e o Telquine era quase impossível conseguir prever de onde ele viria na vez seguinte. Talvez, se ela agisse com cautela conseguisse obter maior sucesso na sua estratégia.

A terceira tentativa de golpe quase fez com a campista despencasse do Pégaso causando um corte em seu braço, mas a filha de Atena fora rápida e sábia em subir até os céus. Porém, uma trovoada seguinte fez com que o cavalo alado se assustasse e voltasse para baixo: não tinha jeito, talvez o melhor fosse ficar entre os dois territórios, sem aproximar-se demais de nenhum deles. O corte em seu braço ardia e as sombras da parede de água se moviam com rapidez e agilidade, dando uma localização pouco precisa de onde o demônio se encontrava, mas ainda assim era melhor do que nada. "Mantenha a calma e vá com menos sede ao pote, filha." A voz de Atena ressoava nos pensamentos de Lyra em uma comunicação aflita da mãe com a filha tentando ajudar a prole a enfrentar aquele desafio digno dos desejos de Poseidon de se vingar da Deusa.

Telquine – 100/120HP
Lyra – 105/120 HP
Pégaso – 100/100HP

Prazo:

Avisos importantes:

Em uma de minhas tentativas falhas ele se aproximou demais e acabou por morder meu braço de leve, apenas raspou os dentes, mas a dor fora alucinante e ainda quase cai do meu cavalo em direção aquela imensidão antes azul e agora negra.

-Dii Immotalles, Vlacas Lyra- praguejei em grego segurando o braço que eu lutava com a mão e não me seria mais útil por muito tempo por hora.

Voltei para cima e olhei o ferimento, não era muito fundo mas ardia, mas algo me fez recuar, era melhor não ficar em apenas um domínio e sim entre os dois, deuses idiotas pensei, e suspirando lembrei de uma coisinha e observei a adaga em minha mão outra ideia surgindo. Me concentrando fiz a mesma levitar em minha frente e dar golpes no ar, era um poder que eu não controlava muito bem ainda, mas me seria de grande valia agora, encarei a mesma firme e a atirei em direção ao Telquine assim que o mesmo apareceu dando estocadas por seu corpo, a cada nova aparição sua, apenas usando a mente e em fim finquei a mesma em seu coração. Fazendo minha adaga retornar ao meu punho. Eu estava exausta não sabia mais o que fazer e ainda tinha um problema, a parede de água a minha frente, o que eu faria? Eu não tinha como escapar daquilo, estava mentalmente esgotada, e não sabia se acabara com o animal, estava difícil distinguir com tudo escuro onde ele aparecia.

A ideia de Lyra funcionara e assim que a garota começou a se concentrar, a adaga começou a levitar diante de seus olhos. Mesmo o controle não sendo dos melhores, era mais útil do que levar outra mordida em seu braço ou arriscar-se a cair. O cavalo alado continuava agitado com toda essa movimentação e tensão do ambiente, mas permanecia firme sacudindo as asas a fim de manter-se no ar no mesmo lugar.

A lâmina voava em direção ao demônio que, por diversas vezes, ficara tonto com a visão da movimentação da adaga sem dono e por fim acabou por engolir a adaga da filha de Atena, quando a mesma tentou cravar em seu coração que estava escondido por trás da parede de água, já que ele colocava apenas a cabeça para fora. O demônio encarou com os olhos obstinados o cavalo alado e a prole da sabedoria quando, lentamente, afundou mais uma vez na água se preparando para o próximo golpe. Era como se tudo ao redor ficasse em silêncio, mesmo em uma chuva torrencial.

Entretanto, algo estava estranho. A sensação sob o controle da adaga que a prole de Atena sentia ainda em sua mente, ao longe e imprecisa, mas ainda estava lá. Ela sentia como se a adaga tremesse dentro do corpo do monstro, como se enviasse a ela às vibrações do ambiente onde se encontrava, algo pulsava ritmando os movimentos de sua lâmina e isto estava próximo dela. O que a prole de Atena decidiria fazer a seguir? Ela precisava pensar, pensar nas frases que sua mãe lhe dissera em sua mente, no poder que estava utilizando. Sabia que a resposta estava debaixo do seu nariz e que, a qualquer momento, o monstro atacaria de novo sem avisos.

Telquine – 80/120HP, 120/120 MP
Lyra – 105/120 HP, 100/120 MP
Pégaso – 100/100 HP, 100/100 MP

Prazo:

Avisos importantes:

O plano da filha de Atena não poderia ter sido mais correto, com a adaga ainda sob seu controle e dentro do animal, perfurações começaram a acontecer aleatoriamente até que o animal teve seu coração por dentro rompido pela lâmina e virou poeira antes que ele a mordesse novamente. A lâmina, no entanto parecia continuar flutuando à frente da filha da Sabedoria em pleno ar. Lyra estava esgotada, no entanto, a barreira de água ainda continuava bloqueando sua passagem como uma enorme muralha sem fendas. O que fazer?

Parece que Atena e Zeus já tinham tomado essa decisão por ela, quando um trovão abandonou as nuvens e dirigiu-se diretamente para a base da parede a destruindo. “Considere como um presente à pedido de Atena, Lyra”. Uma voz masculina e grossa ecoou na mente da garota como um relâmpago, mostrando o que vinha à frente da garota. Sem que ela percebesse, durante a batalha a parede de água havia se movido diversas milhas e já podia ver terra firme, mesmo que não reconhecesse ela imediatamente.

Uma praia com rochedos se formou no campo de visão da campista e o Pégaso mergulhou em direção à areia e quando os cascos se pousaram a garota cambaleou para fora do cavalo alado em busca de forças. Mal conseguindo se manter em pé na faixa de areia, Lyra acabou caindo de joelhos e apoiando as mãos no solo tentando recuperar o fogo, quando foi interrompida por uma voz de um garoto que se aproximava correndo.

– Ei! Ei! Rapariga! Você está bem? – Perguntou o rapaz com um sotaque carregado, ajudando a garota a levantar-se e oferecendo um pedaço de chocolate à mesma. – Pareceis deveras fraca. Vamos! Coma isso. Vai te fazer bem. – Então, levou o braço da filha de Atena por trás de seu ombro a ajudando a caminhar até uma espreguiçadeira de madeira e deitando-a no confortável leito. – O que aconteceu? Podes me contar, rapariga. – Ele falava e, finalmente Lyra conseguia distinguir a sua face. Cabelos negros como a noite emaranhados contrastavam com olhos verdes que eram contornados por sardas nas bochechas. Parecia ter cerca de 16 anos, quem sabe 17.

A garota olhou para a divisa da areia e da água atordoada, em busca do cavalo alado no seu campo de visão, mas o animal já havia desaparecido, provavelmente voado para algum lugar onde se sentisse mais seguro, sem tantos mortais em volta. Logo, a garota voltou o rosto para o rapaz mais uma vez e tinha que decidir o que falar? A verdade? Confiar? Mentir para um estranho? Isso era um mistério que apenas Lyra poderia decifrar.

Lyra - 105/120 HP, 100/120MP

Prazo:

Avisos importantes:

Oentando esconder a faca na sua cintura (que não está colocada no spoiler como foi pedido, assim como os poderes), a prole de Atena começou a responder as perguntas do garoto com novas perguntas. Ele deu uma meia risada e estendeu a barra de chocolate insistindo para que ela comesse, sentando-se na areia ao lado da espreguiçadeira de madeira ele apoiou os braços sobre os joelhos e deu de ombros. – Estás na praia de Porto, moçoila. Mas ainda não respondeste minhas perguntas. E não tentas esquivar-te, porque sou mais esperto do que pareço.

Após pensar alguns instantes, encarando a praia, ele lançou um sorriso observando que Lyra já mastigava uma mordida do chocolate podendo reconhecer no rosto da filha de Atena a surpresa em sua expressão ao deparar-se com o gosto de ambrosia na barra também. A comida dos Deuses. Rapidamente, as energias da filha de Atena começaram a se recuperar quase que por instantâneo. Quem seria esse garoto tão misterioso? Então, voltando a face para frente, ele murmurou como se fosse para si mesmo. – ...E não é comum uma rapariga como vós chegar voando em um cavalo alado, não achas?

Em um movimento breve com a cabeça, ele afastou os pensamentos voltando ao que realmente importava e levantou-se, estendendo a mão para Lyra com um sorriso maroto no rosto. – Prazer, sou Joaquim, filho das águas. E você é...?

Lyra - 105/120 HP, 120/120MP

Prazo:

Avisos importantes: