How to save a life - missão de Abel O. Drowsiness (Atena)

**Atena** Qua Jul 31, 2013 11:58 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Um ambiente escuro, com estalagmites e estalactites deixando o local com a sensação ainda mais húmida, Abel deslocava-se com uma certa urgência esgueirando-se pelo local com a respiração tão ofegante que só fora abafada por um grito de socorro vindo de uma direção que não pôde ser diferenciada pelo rapaz. Ele tentava responder, perguntar quem estava ali, mas nada saia de sua boca, como se houvesse perdido a voz sem saber o motivo e um barulho de machado batendo em um metal repetidamente pôde ser ouvido por todo o local seguido por uma gargalhada estrondosa capaz de causar arrepios até no mais corajoso dos guerreiros.

Abel acordou ofegante e encharcado em suor na sua própria cama, sem conseguir tirar aquele sonho aterrorizante de sua cabeça quando olhou ao redor, pela sua janela podia-se ver que ainda estava escuro no acampamento e as novidades não cessaram naquele momento. Parada diante da porta do dormitório do rapaz, estava uma figura desconhecida, apenas um vulto sem feições, mas da estatura de uma criança. As linhas do suposto holograma remetiam à imagem de uma criança, mas a voz assolava uma sabedoria sem limites conforme os pés tocavam o chão e elevavam-se novamente.

- Assustador, não? Mas se você conseguir obter sucesso, mais de uma vida pode ser salva. Terei minha justiça, jovem e bravo guerreiro.

Uma luz branca a contornava, branda e calma, oscilando em suas formas. Com um brando passar de mão à sua frente, um pequeno baú de madeira caiu diante de Abel que permanecia na cama, chaveada e do tamanho referente à palma de sua mão.

- Os Deuses não permitirão que eu lhe ajude, apenas deixaram escapar de minhas posses este pequeno objeto que nem eu mesma sei o que contém. Deves ir até onde os titãs são impedidos de amarem-se e lá encontrará as respostas para o próximo passo. E um conselho, não se apegue no que pode perder.

Dito isso, a figura sem face desapareceu do quarto e pela janela o Sol já começava a surgir, em breve todos os campistas já estariam perambulando pelo acampamento e Quiron já estaria acordado. Uma missão assim jamais seria permitida à campista algum, o que fazer?

Prazo:

Avisos importantes:

**Abel O. Drowsiness** Sáb Ago 17, 2013 4:29 am

Assim como os heróis anônimos da mitologia, eu não nasci pra brilhar. Porem sou calmo demais pra discutir isso com James. Eu mal o conheço e seria muito bom que tenhamos uma boa convivência. Apenas sorri e assenti quando ele me dissera pra tomar a dianteira. Entretanto, nada aconteceu. O caminhão que entes me parecia verde, tornou-se vermelho e estacionou bem à nossa frente. Um cheiro de fuligem tomou minhas narinas e desejei morrer. Um cheiro ruim, estranho, eu até espirrei de tão irritado que ficou meu nariz. O homem que desceu do veículo era um tanto monstruoso demais. Marca no rosto, olhos meio azulados, como se tivesse sofrendo de catarata ou alguma coisa do tipo. Seu corpo era enorme, tipo, hum.... é.... daria pra somar eu eu James e ainda faltaria gente pra completar toda a corpulência desse homem careca. Seu sorriso era uma desgraça, mas minha simpatia natural devolvia o sorriso com esplendida alegria. Sorriso falso? não, não o era.

Assim que o homem disse o nome "James", fiquei um tanto apreensivo e farfalhei as penas de minha asa. Toquei novamente o ombro do gasparzinho e aguardei qualquer tipo de investida do senhor. Meu rosto permanecia angelical e suave, inocente e tranquilo como uma noite de estrelas. Eu quase virei lanche de lanchonete e não estou afim de sofrer o mesmo em tão pouco tempo. Meu estômago roncou de fome, mas nem liguei muito para o fato de estar definhando aos poucos. Entretanto, minha alma acalmou-se quando o velho caminhoneiro de camisa listrada chamou-me de forma despreocupada, relaxei minha mão e passei pelo ombro do menino fantasma. Intangibilidade dá nisso... Dei uns passos para frente e cruzei os braços. Meu rosto ficou curioso e olhei pra trás querendo ver o rosto de James - Quem é esse cara? - perguntei em silêncio para o meu parceiro de missão.

Fechei minhas asas, soprei minha franja e ajeitei minha aureola no alto da minha cabeça. Dei de ombros e tentei buscar respostas no emocional de James, queria um sim ou um não de sua parte. Não fui nomeado líder, então apenas queria discutir no campo emocional alguma vibração da parte de James. Se eu sentisse uma emoção positiva, seria um sim, logo estaríamos sentados com o caminhoneiro e seguindo viagem para qualquer lugar do mapa. Ergui uma sobrancelha para o penadinho, como se eu dissesse "E ai?". Bocejei e espreguicei-me. Na falta de telepatia, meu tato empático deve dar pro gasto. Bom, se a reposta for positiva, eu vou na janela. Não quero sujar minhas asas, pelo menos não agora - Que tipo de acordo seria esse? Se me permite perguntar, claro - perguntei gentil ao homem careca, enquanto aguardava algum sinal do meu mais novo "amigo".

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**James Macarthur** Dom Ago 18, 2013 9:39 am

Minhas pernas se moviam mais rapidamente, minha mão fechou ao redor do cabo do machado, estava prestes a esmigalhar qualquer coisa que ameaçasse o objetivo da minha e da nossa missão. Cessei, cerrei os dentes, o ruído da porta se abrindo antecedia meu ataque, eu já contava com garras e presas ou algo do gênero, o que vi, porém, nem sequer tinha dentes. Não que eu não esperasse uma criatura medonha, mas aquele era no máximo miserável, mesmo que seu corpo robusto fosse o suficiente para esmagar um mortal comum sem exigir muito esforço. - Vim em missão de paz, James e... - enunciou ele, como se me conhecesse. Se algo me enfurecia, era alguém que eu não conheço pronunciar meu nome. O seu cheiro e sua aparência não me incomodavam tanto quanto seu sorriso ingênuo e simpático. Meus olhos inquisidores fitavam os dele fixamente, não afrouxei o machado um sequer segundo. Três era demais.

Abel me encarou como se me perguntasse se eu conhecia o tal indivíduo. Olhei-o de relance, sério, balançando a cabeça negativamente. Ele também conhecia o meu companheiro, filho de Hipnos, fato que até eu desconhecia até então. Eu confesso que nunca fui um bom diplomata, minhas habilidades se limitavam a um campo de batalha, por isso eu simplesmente não sabia o que fazer, confiar num desconhecido sempre foi algo fora de questão. O ceifador arqueou sua sobrancelha, ignorei-o. - Que tipo de acordo seria esse? Se me permite perguntar, claro - ele se manifestou enfim, e eu esperei atento pela resposta. - Perdoe-me, senhor, apreciamos sua ajuda. Porém, antes de responder meu amigo, nos diga quem é e como sabia que estávamos aqui. Caso contrário, dispensamos sua ajuda. - olhei de canto para Abel, espero não ter ido longe demais.

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ATIVOS:

**Atena** Seg Ago 19, 2013 4:34 am

Observando os dois rapazes parados diante da porta do caminhão, o motorista entediado pegou um punhado de metais do porta mala do veículo e começou a montá-lo transformando os pedaços em diversas coisas seguidas. Primeiramente, em questão de segundos, o antes amontoado de metal transformou-se em um escudo em miniatura, então este foi rapidamente desmontado dando lugar a um relógio de sol típico da Grécia antiga.

Entre tosses que se podia sentir no próprio organismo o quão cheio de fuligem deveria estar os pulmões do homem, ele largou o pequeno “brinquedo” sobre o banco do caminhão e elevou as sobrancelhas parcialmente queimadas dando de ombros. As mãos maneavam conforme ele tentava parecer diplomático, mas estava óbvio que não estava acostumado a lidar com pessoas fazia muito tempo, quem sabe a quantos anos ele deveria conviver sozinho.

- Eu sou quem vocês estão precisando, James. E vocês são quem eu preciso. Porém, não tenho o dia todo e nem vocês.

Dava-se para perceber uma pequena ofensa nos olhos azulados do homem que estava tentando relevar a desconfiança dos dois e fora substituído por uma risada entre dentes deixando seu sorriso breve à mostra. Em seguida, o semblante dele tornou-se mais sombrio e o sorriso com dentes falhos não estava mais lá. Ele inclinou o tronco na direção dos dois e falou em um murmúrio olhando em volta, como se sua visão não estivesse de toda prejudicada e pudesse pressentir a audição de algo que os rondava.

- Coisas estão entrando em minhas terras. Criaturas, dessas que vocês são encarregados de cuidar. O que atacou o acampamento enquanto o irmão dos mil sonhos estava viajando foi só uma amostra do que irão enfrentar. Debaixo da terra dá para se sentir a tensão da superfície, você sabe melhor do que o ceifador, James. Aquilo que se apoderou do presente dos Deuses para os mortais não vai parar até conseguir o que deseja.

Havia um tom de suspense no sussurrar do homem robusto que, tão rápido quanto se inclinou, voltou à posição anterior elevando as sobrancelhas e tirando um restante de sujeira negra causada provavelmente por fumaças em altas temperaturas das unhas encardidas.

- Então, vão me ajudar?

Prazo & Ordem de postagem:

Avisos importantes:

**Abel O. Drowsiness** Seg Ago 19, 2013 11:26 am

Cruzei os braços quando o homem sem dentes e respirador de fuligem dobrou alguns metais e o transformou em algo diferente. Lentamente abri um sorriso e aos poucos assimilei aquela careca de camisa listrada com um dos deuses do olimpo. O único que conheço que seja capaz de dobrar ferro como se fosse manteiga e dar forma a ele em instantes como um origami, é Hefesto, o deus fogo. Sua tentativa de socialização não era lá muito perfeita e acho que faz anos que ele não vê pessoas ou deuses ou o que quer que seja. Talvez ele seja como eu, só que no caso dele só há metal e fogo e meus únicos companheiros são os sonhos de muitas noites. Enfim, dei de ombros quando o caminhoneiro se dirigiu novamente a James. Não que eu ligasse de ser o segundo em tudo, já estou acostumado a ser o step dos heróis. Acho que eu nasci justamente para ser o anjo da guarda dos outros e fazê-los vencedor. Não culpo as filhas de Themis por isso, elas estão trançando um ótimo bordado pra mim.

Num minuto seguinte, o homem cheirando a queimado e brasas inclinou-se para nós, como se quisesse esconder alguns fatos, ou desconfiado de algo que estivesse à nosso derredor. Não pude deixar de sentir as emoções de suspense e alerta no ambiente. Foi um momento tão forte que pude sentir meu corpo tremer de excitação. Era como se estivéssemos prontos para embarcar na missão de nossas vidas, sem aquela produção toda de cinema e os dublês. Soprei minha franja loira, deixando meus olhos sonolentos aparecerem. Gosto de olhar as pessoas nos olhos, sinto-me como se estivesse fitando a alma dos outros, ou seja, sentimentos tão vividos que quase posso tocá-los. De qualquer forma, o caminhoneiro novamente manifestou mais interesse no espectro no que em mim. Apenas abri um sorriso simpático e dei uns tapas na aparição, parabenizando-o pela conquista de ser importante. Eu ser um aliado dele já me basta a viagem e aventura que se sucederá - Hum... de fato eu vi umas coisas se aproximando do acampamento... - comentei aleatório olhando o céu. minha barriga roncou e eu desejava mais que nunca um sonho de baunilha.

O homem voltou em sua posição original e alguma espécie de fumaça e sujeira lhe caiam, enquanto ele se "limpava". Achei estranho, mas não deixei de sorrir. Quer dizer, muitas coisas me fazem sorrir. Espreguicei-me e dei um longo bocejo - Parece divertido pra mim - comentei batendo os tênis no asfalto e olhando com cara de bobo para James. Sorri com meus olhos e ajustei minha aureola. Meu rosto de anjo era tranquilo e tão sem más intenções que não há quem resista a minha benevolência - Vamos ajudar James, o que acha? - perguntei angelical. O máximo que pode acontecer é a gente morrer. Ou melhor... eu morrer. Mas até mesmo a morte, é uma aventura.

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**James Macarthur** Sáb Set 07, 2013 3:26 pm

Enquanto maquinava com meu companheiro a respeito do misterioso homem, um ruído rançoso chamou minha atenção, como ferro sendo retorcido. Observei a perfeição com que o homem movimentava as mãos, tamanha a sua maestria se comparava a minha para fazer aviões de papel. Eram mãos experientes e, mais que isso, extraordinariamente divinas. Meu instinto de justiceiro oscilava, não era como desenlear a mente mortal, a mente daquele homem era muito mais esfíngica. Já concluído, olhei para o relógio, minhas mãos instintivamente afrouxaram da arma, eu retrocedi um passo. O homem resfolegou, de sua boca expeliu-se uma fumaça enegrecida, como o escape de seu próprio caminhão, anteriormente. Se eu não estivesse acostumado com o cheiro do submundo, que é bem pior, provavelmente teria uma séria crise de tosse. Dobrei o joelho esquerdo e abaixei a cabeça, em respeito ao deus, apoiando-me com a mão no asfalto.

- Coisas estão entrando em minhas terras. Criaturas, dessas que vocês são encarregados de cuidar. O que atacou o acampamento enquanto o irmão dos mil sonhos estava viajando foi só uma amostra do que irão enfrentar. Debaixo da terra dá para se sentir a tensão da superfície, você sabe melhor do que o ceifador, James. Aquilo que se apoderou do presente dos Deuses para os mortais não vai parar até conseguir o que deseja. - ele inclinou-se em nossa direção, e eu ouvi-o, sua voz era grossa como era de se esperar, e ele tinha toda razão, com a guerra, até mesmo o submundo estava tenso. Sem olhá-lo nos olhos, perdi alguns segundos em reflexão, um deus não deveria ser ignorado, até porque, ele não viria até nós se não precisasse de ajuda. Abel tocou no meu ombro, novamente, parece que aquilo realmente havia se tornado um hábito. Esperei uma sentença, e então me pronunciei. - Parece que sim, amigo. Estamos honrados por lhe ser útil, senhor. Se meu líder apoia, irei convosco. - levantei e dei um tapa de leve nas costas do ceifador, em retribuição. O garoto sempre estava sorrindo ou bocejando, um bom camarada, possivelmente.

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